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“Vigotski deu ao mundo a possibilidade de ver a pessoa com deficiência com um novo olhar. Pois para ele, a interação com o outro favorece a aprendizagem”

“Tenho uma aluna que trazia as atividades de casa feita pela mãe. Isso me incomodava bastante. Não dava para ver as atividades com a letra da mãe e omitir. Ela não estava aprendendo. Agora eu preparo as atividades diferenciadas para que ela possa fazer sozinha em casa, mudei a maneira trabalhar com ela, procuro ficar sempre por perto para auxiliá-la nas dificuldades” (professora Karine).

“A autora deu ênfase às afirmações de Vigotski, para compreendermos a importância de uma educação que valoriza a diversidade. Na sala de aula, precisamos acreditar que mesmo o aluno que aparentemente não tem condições biológicas, psicológicas, poderá aprender e isso será possível através da mediação do outro, principalmente da nossa enquanto professora” (professora Regiane). “É através das práticas desenvolvidas em sala que a inclusão pode acontecer, quando o professor media as situações ele encontra caminhos para que o aluno aprenda” (professora Marisa).

“A proposta feita por Vigotski exigi-nos compreensão, não podemos negar a deficiência, mas não podemos torná-la uma desigualdade. É exatamente assim que procuro mediar a aprendizagem do meu pequeno, não esquecendo que ele tem suas limitações, mas entendendo que não posso usá-las como critério para tratá-lo de maneira desigual. Essa citação da professora me acalma” (professora Maria

Clara).

“Através de nossas práticas fazemos a inclusão acontecer. No primeiro grupo focal ficou claro que nós vamos experimentando e é através das práticas que descobrimos que existem muitos caminhos para aprender. Nesse processo o papel do professor é fundamental” (professora Ellen).

“Quando falamos sobre nossas práticas, aumenta minha convicção de que o professor faz muita diferença na aprendizagem do aluno. As limitações não devem ser negadas, mas é preciso respeitá-las e essa ação cabe principalmente ao professor” (Maria das Graças).

“É através das práticas desenvolvidas em sala que a inclusão pode acontecer, quando o professor media as situações ele encontra caminhos para que o aluno aprenda” (professora Lorena).

“É importante Elizete olhar a quantidade de aluno, isso implica muito nossa prática. É preciso preocupasse-se com essa situação. Neste ano tenho um número de alunos que não me permite ficar mais próximo deles para mediar a atividades propostas. Isso dificulta a realização de um trabalho inclusivo” (professora Natália). Categoria 2 – Perspectiva da Teoria Histórico Cultural

“O que percebi é que ao contrário daquilo que aprendemos ao longo dos anos na faculdade estudando Piaget, que falava que o período de desenvolvimento da criança ocorre em estágios, tudo delimitado e cronometrado. Hoje vejo que Vigotski apresenta outras possibilidades para essa limitação, não existe tempo, estágios, condições. Todos podem aprender! É um novo olhar sobre o a aprendizagem” (professora Marisa).

“Não sei por que os escritos de Vigotski ficaram tanto tempo inacessíveis e pouco divulgados. Como disse a professora Marisa, foi sobre Piaget que estudamos na faculdade. Vejam como temos parâmetros para ensinar, o PACTO, por exemplo, é uma proposta de uma alfabetização na idade certa. Quando falamos de inclusão, essa é uma discussão que vai além desse medir, desse marcar tempo, de alcançar metas. Precisamos estar atentos a essas imposições” (professora Karine).

“Fiquei impressionada com esse vídeo! É tão complexo que chega ser bonito. Uma perspectiva afirmada por Vigotski diz o quanto o ser humano é capaz de aprender e se isso foi possível em 1963 por que nós insistimos por uma educação tão medíocre? É possível acreditar na inclusão” (professora Ellen).

“A Perspectiva Histórico Cultural nos ensina que no desafio da inclusão não podemos negar a deficiência, mas também não devemos utilizá-la como desculpa para justificar a não aprendizagem dos alunos” (professora Carla).

“A escola de Zagorsk, foi fundamentada na teoria vigotskiana, acolheu alunos com as mais diversas limitações e respeitou suas especificidades” ( professora Natália). “Todo ensinamento de Vigotski discutido pelo grupo neste encontro nos passa a seguinte mensagem: a inclusão é um desafio que requer mudanças em nossas práticas” (professora Regiane).

“Acredito que todos os educadores deveriam assistir a esse vídeo, pois a frase que a gente mais ouve: esse menino não aprende, ele nunca vai aprender, está aqui apenas para socializar. Mas por que ele não aprende? Porque com diz Vigotski sobre a singularidade, cada um tem uma maneira de aprender. Tem criança que aprende mais ouvindo, outros escrevendo e tem aquelas que aprendem falando” (professora Maria das Graças).

“Esse documentário só reforça a ideia de que precisamos utilizar todas as estratégias para atender essas necessidades diversas do nosso aluno. Ficou nítida para nós a proposta apresentada pela Perspectiva Histórico Cultural: todos os alunos podem aprender” (professora Maria Clara).

“Vi nesse vídeo que os professores recebiam incentivo, um salário melhor para desenvolver esse trabalho específico. Então veja nosso retrocesso, uma politica brasileira que não valoriza o professor. Mas apesar de tudo continuamos tentando fazer o melhor” (professora Lorena).

“Quero agradecer a vocês pela oportunidade de me permitir participar deste grupo hoje. Trabalho em uma instituição privada e esse trabalho de vocês na escola pública é espetacular. Quando a professora disse que viria eu falei que queria tanto! Para mim foi uma riqueza aprender com vocês. Percebo que a pesquisadora é uma pessoa vocacionada, preparada para levar em frente esse trabalho tão bonito. Agradeço imensamente” (professora não participante da pesquisa foi apenas

ouvinte no grupo focal).

“Obrigada a todas vocês pela presença. Foi muito bom ouvi-las falar, sei que hoje foi bastante corrido, pois é véspera de feriado e muitas têm planos para viagem. Quero dizer que é um privilégio destacar o trabalho de vocês, saber que em nossa cidade existem professoras que desenvolvem práticas inclusivas. Meu trabalho é contar sobre os saberes e as práticas de vocês e tem sido muito gratificante para mim como pesquisadora” (mediadora do grupo).

“A vivência do grupo focal facilita organizar a formação continuada numa dimensão coletiva, assumindo a dinâmica da troca de experiências com o propósito de desenvolver uma formação mútua e a valoração do saber dos professores” (Gonçalves et al p. 36)

Após os agradecimentos, encerramos o encontro do grupo focal e servimos um lanche.

Foto 22 - Professoras participantes – Grupo Focal Fonte: Acervo pessoal da pesquisadora

Foto 23 - Professoras participantes – Grupo Focal Fonte: Acervo pessoal da pesquisador