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Definições

Para efeitos do disposto no presente Anexo, entende-se por:

a) “Directrizes da ZCLCA”, as Directrizes sobre a aplicação das Medicas Correctivas ao Comércio;

b) “Indústria Nacional”, os produtores de produtos semelhantes, (ou produtos directamente competitivos nas medidas de salvaguarda) no Estado Parte importador da ZCLC cuja produção colectiva representa uma parte importante da totalidade da produção nacional deste produto;

c) “Dumping”, ocorre quando um Produto que é introduzido no comércio de um

outro Estado Parte a um valor inferior ao normal, caso o preço de exportação do Produto exportado de um Estado Parte para o outro é inferior ao preço comparado no curso ordinário do comércio para o Produto semelhante, quando destinado para o consumo no Estado Parte exportador;

d) “Prejuízo”, um prejuízo significativo ou uma ameaça de prejuízo significativo à

indústria nacional ou um atraso significativo no estabelecimento de uma indústria;

e) “Prejuízo Grave” em relação às salvaguardas, significa uma deficiência geral na

posição de uma indústria nacional;

f) “Partes Interessadas” inclui:

i. um Exportador, Produtor estrangeiro, ou importador de um Produto que está sujeito à investigação ou uma associação comercial ou empresarial, uma maioria de membros que são Produtores, Exportadores ou importadores de tal Produto;

ii. um Produtor do Produto similar no Estado Parte importador ou uma associação comercial ou empresarial, uma maioria dos Estados Partes, que produzem o Produto similar no Território do Estado Parte importador;

iii. o governo de um país de origem terceiro e do Estado Parte exportador do Produto sob investigação; e

iv. qualquer outra parte nacional ou estrangeira determinada pela Autoridade Investigadora;

g) “Autoridade Investigadora” significa a autoridade responsável pela investigação

h) “Aplicação devidamente documentada” uma queixa apresentada por escrito

pela indústria nacional ou representação desta no formato exigido;

i) “Salvaguardas”, uma medida adoptada por um Estado Parte quando um produto

estiver a ser importado para o seu Território em quantidades cada vez maiores, absolutas ou em proporção à sua produção nacional e nas condições que possam causar ou ameaçam causar um prejuízo grave à sua indústria nacional que produz Produtos similares ou directamente concorrentes;

j) “Ameaça de Prejuízo Grave”, um prejuízo grave iminente. A determinação da

existência de uma ameaça de prejuízo grave basear-se-á em factos, e não unicamente em alegações, conjecturas ou possibilidades remotas;

Artigo 2.º

Aplicação de Medidas Anti-dumping de Compensação e de Salvaguarda

Os Estados Partes podem, no que diz respeito a Mercadorias comercializados ao abrigo do presente Anexo, aplicar medidas anti-dumping, de compensação e de salvaguarda, conforme previsto no Artigo 17.º-19.º do Protocolo relativo ao Comércio de Mercadorias, o presente Anexo e as Directrizes da ZCLCA sobre a Implementação das Medidas Correctivas ao Comércio, em conformidade com os Acordo relevantes da OMC.

Artigo 3.º

Aplicação de Medidas de Salvaguarda Globais

Os Estados Partes confirmam os seus direitos e obrigações ao abrigo do Artigo XIX do GATT de 1994 e do Acordo da OMC sobre Medidas de Salvaguarda.

Artigo 4.º

Aplicação de Medidas de Salvaguarda Preferenciais

1. Sempre que, na sequência da aplicação do Acordo, qualquer Produto originário de um Estado Parte é importado para o Território de outro Estado Parte em quantidades elevadas, absolutas ou relativas à produção nacional e, em condições de causar ou ameaçar, causar Prejuízo Grave à Indústria Nacional de Produtos semelhantes ou directamente competitivos, esse Estado Parte pode aplicar medidas de salvaguarda preferenciais ao abrigo das condições e de acordo com os procedimentos estabelecidos no presente Anexo e Directrizes da ZCLCA.

2. Um Estado Parte que pretenda aplicar as Medidas de Salvaguarda Preferenciais finais, deve, antes de aplicar as medidas, fornecer aos Estados Partes em questão, toda a informação relevante, com vista a encontrar uma solução aceitável para todos os Estados Partes em questão.

3. O Estado Parte deve analisar as informações prestadas nos termos do n.º 2 do presente Artigo para facilitar uma resolução mutuamente aceitável da questão.

Se não for alcançada qualquer resolução, o Estado Parte importador pode aplicar medidas de salvaguarda preferenciais previstas no presente Artigo.

4. As Medidas de Salvaguarda Preferenciais referidas no n.º4 do presente Artigo devem ser imediatamente notificadas ao Secretariado que deve notificar a todos os outros Estados Partes.

5. As Medidas de Salvaguarda Preferenciais devem ser aplicadas apenas na medida necessária para prevenir ou reparar Danos Graves ou ameaças, e facilitar o ajustamento na sequência de uma investigação pelo Estado Parte importador, de acordo com os procedimentos estabelecidos no presente Anexo e nas Directrizes da ZCLCA.

6. As medidas de salvaguarda preferenciais não devem exceder um período de quatro (4) anos e devem conter indicações claras da sua eliminação progressiva no final de um período determinado. A medida de salvaguarda preferencial pode ser prorrogada por outro período não superior a quatro (4) anos, sujeito à justificação pela Autoridade Investigadora.

7. Um Estado Parte não deve aplicar uma Medida de Salvaguarda global em simultâneo com a Medida de Salvaguarda Preferencial sobre o mesmo Produto dentro da ZCLCA.

Artigo 5.º

Medidas de Salvaguarda Provisórias

1. Em circunstâncias críticas em que o atraso pode causar um prejuízo difícil de reparar, o Estado Parte em causa adopta uma Medida de Salvaguarda Provisória após uma determinação preliminar da existência de provas claras de que o aumento das importações causou ou ameaça causar um Prejuízo Grave.

2. O Estado Parte que pretenda tomar uma Medida de Salvaguarda Provisória deve, notificar imediatamente, antes da aplicação, o Secretariado e os Estados Partes em causa.

3. A duração da Medida de Salvaguarda Provisória não deve exceder duzentos (200) dias, período durante o qual os requisitos pertinentes do presente Anexo e das Directrizes da ZCLCA devem ser cumpridos. A duração das Medidas de Salvaguarda Provisórias deve ser considerada como parte do período inicial e qualquer extensão mencionada no presente Anexo e nas Directrizes da ZCLCA.

4. Essas medidas devem assumir a forma de aumentos tarifários a serem devolvidos prontamente se o inquérito subsequente referida no presente Anexo e nas Directrizes da ZCLCA não determina que o aumento das importações tenha causado ou ameaçado causar um Prejuízo Grave a uma Indústria Nacional.

Artigo 6.º Notificação

1. Relativamente aos inquéritos anti-dumping, a Autoridade Responsável pelo Inquérito deve evitar, a menos que tenha sido tomada uma decisão para iniciar um inquérito, qualquer divulgação da aplicação do início de qualquer inquérito de acordo com o Acordo Anti-dumping, o presente Anexo e as Directrizes da ZCLCA. Todavia, após a recepção de uma solicitação devidamente documentada e antes de se proceder ao início de um inquérito, a Autoridade Responsável pelo Inquérito deve notificar do Estado Parte em causa.

2. Nos inquéritos sobre subvenções e anti-subvenções, em que a Autoridade Responsável pelo Inquérito esteja convencida de que dispõe de provas suficientes para justificar o início de um inquérito, os Estados Partes devem ser notificados.

3. Nas investigações de Salvaguarda Globais, um Estado Parte deve notificar imediatamente todos os Estados Partes em causa.

4. Nas investigações de salvaguardas preferenciais, um Estado Parte deve notificar imediatamente acerca do início das investigações de salvaguardas preferenciais, em conformidade com o presente Anexo e as Directrizes da ZCLCA.

Artigo 7.º Consulta

1. Uma vez que a Autoridade Investigadora de um Estado Parte receba um pedido devidamente documentado, nos casos de subsídios e compensações da sua Indústria Nacional representativa, ou por sua iniciativa própria e após o estabelecimento de uma presunção prima facie, esse Estado Parte deve manter consultas conforme previsto nas Directrizes da ZCLCA.

2. Nas investigações de salvaguarda preferenciais uma Autoridade Investigadora do Estado Parte deve oferecer oportunidades adequadas para consultas prévias com os Estados Partes com grande interesse.

3. Uma Autoridade Investigadora que pretenda requerer ou prorrogar o período de uma medida de salvaguarda deve oferecer oportunidades adequadas para consultas prévias com os Estados Partes com grande interesse.

4. Quando uma solução mutuamente acordada for alcançada, deve ser produzido um acordo por escrito e o Estado Parte em causa deve notificar o Secretariado.

5. O Acordo escrito referido no n.º 2 do presente Artigo vincula todos os Estados Partes envolvidos e deve ser aplicado conforme previsto nas Directrizes da ZCLCA.

6. Se não for alcançada qualquer solução, o Estado Parte que solícita as consultas deve dar início e concluir a investigação e implementar as medidas adequadas, conforme as disposições dos Acordos relevantes da OMC, o presente Anexo e as Directrizes da ZCLCA.

Artigo 8.º Confidencialidade

As informações que são confidenciais por natureza ou que sejam prestadas de forma confidencial pelas partes numa investigação, são tratadas como tal pelas Autoridades Investigadoras e não serão divulgadas sem autorização específica das partes que apresentaram.

Artigo 9.º Transparência

1. Todas as Partes Interessadas têm a oportunidade de defender os seus interesses. 2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente Artigo, não deve haver qualquer obrigação das partes participarem numa reunião, e a ausência de uma parte não prejudica os seus interesses.

3. Qualquer Parte Interessada tem o direito, mediante justificação, de apresentar informações oralmente.

4. As informações orais referidas n.º 3 do presente Artigo são tomadas em consideração pelas autoridades apenas na medida em que sejam posteriormente reproduzidas por escrito e disponibilizadas para outras Partes Interessadas.

Artigo 10.o