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Melhoria com a aplicação das atividades subaquáticas nas aulas de

3. O nosso percurso

3.2 Melhoria com a aplicação das atividades subaquáticas nas aulas de

A problemática do sucesso no ensino na natação tem vindo a ganhar, progressivamente, crescente interesse nos professores de natação. Compreende-se que seja assim, em que o conhecimento é cada vez mais elevado tornando-se a mola central dos processos de criatividade, inovação e desenvolvimento.

O Problema e Objetivos

A formação só a nível da natação deixou de representar, antes de mais, um status prestigiante. Este processo incide em particular nas novas estratégias, mas envolve também, de maneira crescente, em nós, professores de natação, empenhados em iniciativas de formação ao longo da vida.

As repercussões desta grande alteração verificada na constante formação são decisivas para a vida profissional de cada um dos detentores dessas formações certificadas, no plano das suas capacidades.

Em suma, para o ensino da natação, a questão da formação, já não é a de regular o acesso à habilitação para exercício profissional, mas a de assegurar uma formação efetiva mais elevada a uma população de professores mais alargada. A promoção do sucesso das atividades subaquáticas, incluindo o combate ao insucesso e ao abandono precoce dos nossos alunos, situa-se nuclearmente neste quadro.

Dito de outro modo, a promoção do sucesso do ensino da natação, não pode deixar de ser considerada atualmente um objetivo fundamental das escolas de natação, e o insucesso e o abando, não podem deixar de ser considerados problemas preocupantes, tanto mais quanto se verifica hoje em dia um conjunto de circunstâncias específicas, entre as quais, a importância crescente que têm as qualificações dos professores no quadro atual de uma formação cada vez mais alicerçada.

A importância da avaliação através da observação.

Quantos de nós, avaliamos de forma empírica?

Como referimos já no tema do contexto, as escolas de natação que na sua maioria está centrada em três níveis, permite avaliar os diferentes parâmetros distintos em cada nível, mas para isso a observação é primordial. Vendo a observação como técnica de colheita de dados para conseguir informação, esteve sempre presente e utilizamos no sentido da obtenção de determinados aspetos, na tarefa primordial no ensino da natação e no treino de habilidades motoras complexas como são.

Os tipos de observação utilizados foram: observação formativa, observação avaliativa, em que na formativa tivemos sempre em conta a observação para retroagir, enquanto na avaliativa, avaliamos para decidir, e agir. A primeira abrangeu técnicas descritivas de forma sistemática e determinada, e como consequência os feedbacks corretivos, a segunda utiliza-mos as técnicas de medida que nos permitiu avaliar em termos de evolução. Na observação qualitativa que propícia a análise e a avaliação do nível de otimização dos gestos motores, em que neste caso utilizamos frequentemente, no contexto de aula, utilizada para fornecer o feedback com vista à melhoria de execução. Na observação qualitativa dá-nos a informação quanto à natureza da sua ação em direta ou indireta, na observação direta realizamos em simultâneo com a execução e sem recurso ao meio visual. Na observação indireta em que utilizamos a recolha de reproduções do exercício de modo rápido, tendo, portanto, um caráter imediato, proporcionando uma análise mais objetiva do movimento. Assim facilitou-nos a deteção das características do movimento, salientando detalhes e pormenores. Os métodos de avaliação/observação que utilizamos foram os tradicionais e relativamente aos métodos tradicionais, onde a observação é efetuada por um determinado período de tempo, sem tomar notas, sem utilizar nenhum guião e sem recolher nenhuma informação.

Em que ponto, melhorou o nosso processo de ensino, com a aplicação das atividades subaquáticas?

Conceção perante as bases pedagógicas e metodológicas da natação.

O ensino da natação, de modo geral, até os últimos tempos sofreu influência de numerosas correntes a ele relacionadas. Hoje, aperfeiçoado, apresenta maior estabilidade e abrangência, para satisfazer as carências daqueles que a ele se submetem (Machado, 1987).

Diante disso, o Projeto Aquasub adota a conceção sintética, que parte do todo e da adaptação que se caracteriza pela liberdade de movimentos, para as partes e os estilos, e trazendo como conteúdos da sua prática, uma melhor adaptação ao meio aquático, flutuação, respiração, propulsão e mergulho elementar; unidades que, cumpriram os objetivos.

Exemplo destas atividades, em que os nossos alunos deslocaram-se de diferentes formas, em que foram elas: jogos, submergir mantendo bloqueada a respiração, com auxílio do tubo, entre outros, fez com que a flutuação e a capacidade de manter o corpo parcialmente na superfície da água, estivesse intimamente ligada ao relaxamento muscular que, por sua vez, é associado ao bom estado mental, ausente, portanto, em situações de medo e ansiedade.

Fig. 9 – Jogos Lúdicos de mergulho elementar em duplas

Exemplo de atividades em duplas, um auxilia o outro fez com que existisse uma cooperação e um associativismo mais motivador nas nossas aulas, o que fez com que fosse essencial para o conforto no meio aquático, dependeu de uma adaptação, já que ocorre de modo diferente do habitual.

nestas atividades em que lidaram melhor com as noções de impulso e progressão isoladas ou complementares na execução da pernada. Na propulsão dos membros inferiores foram abordados exercícios visando o deslocamento centrado na movimentação; propulsão dos membros superiores: na qual estes lideram o deslocamento desejado nas diferentes atividades.

As formas de intervenções pedagógicas utilizadas para o desenvolvimento destes conteúdos foram detalhadas nos diferentes níveis abordados, por possuírem características particulares.

Ora perante a observação e as grelhas de avaliação (anexo 5), que tem como principal objetivo a correção dos erros mais comuns da natação, que na nossa opinião podem melhorar com a aplicação da atividades subaquáticas. Podemos assinalar alguns dos erros identificados, entre eles: muito “treino”, braçadas rápidas em vez

de longas, puxar demasiado cedo, olhar em frente e não para baixo, nadar rígido, cotovelo baixo e liderar o movimento de recuperação do braço com a mão,

existem muitos mais pois a natação exige uma técnica muito apurada, mas na nossa realidade, mais propriamente na via da prática são estes os mais comuns.

Os nossos alunos são na sua maioria frequentadores de duas vezes por semana, o que nos permite ver a sua evolução ao fim de alguns meses, no nosso caso não temos alunos que estejam a ter aulas todos os dias, mas aqui não nos dá a visão correta se com mais aulas por semana a sua evolução será mais rápida. Devemos começar essencialmente pela técnica, o que a médio prazo vai ser muito mais fácil trabalhar ao nível da “performance”, na maioria das vezes isto acontece porque o objetivo da aula seja nadar mais tempo com maior número de piscinas. Mas para isso os alunos deverão ter adquirido a técnica mais correta, porque a melhoria da mesma, resulta da redução da resistência hidrodinâmica e não diretamente do aumento da força, daí a importância da técnica.

Outro erro comum dos alunos, é o aumentar do ritmo da pernada e da braçada, vão deslocar-se mais rápido na água. Não deixa de ter algum sentido mas, se em cada braçada estiver a ir mais longe, mas mantendo o ritmo das braçadas isto significa que estão a nadar mais rápido com menos esforço, o que a utilização das barbatanas tem aqui um papel fundamental na correção da técnica da braçada. A braçada demasiado cedo perde grande parte do volume de água e cria resistência hidrodinâmica, daí a importância das braçadas mais longas.

Foi interessante notar que o uso de barbatanas no crol não induziu somente a redução da frequência de pernadas, mas também no decréscimo da frequência de braçada, e diminui a profundidade das pernas, ou seja, as pernas, bem como o

Isso indicou-nos que as barbatanas não somente melhoraram a eficiência propulsora dos membros inferiores, mas também influencia de alguma forma na eficiência propulsora dos braços.

Com o uso de barbatanas, o gasto energético é reduzido e a velocidade é aumentada, as exigências energéticas da natação dependem do tipo de barbatana que é utilizada, mas no nosso caso foram todas do mesmo material.

A utilização de jogos coletivos como o Hóquei subaquático, a nosso ver, veio suprimir um erro inicial dos nossos alunos na posição corporal, que é o fator mais importante na natação, a utilização das barbatanas e máscara, que em jogo os obriga a olhar para baixo para poderem jogar o disco.

Assim a resistência hidrodinâmica produzida e a velocidade da braçada vai ser controlada inconscientemente o que melhora a forma como deslizam na água, permitindo uma braçada mais suave e mais eficiente e consequentemente olham para baixo e elevam bem o cotovelo para realizar a braçada devido a terem o stick na mão.