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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MEP – A MÁQUINA DE EMARANHAR PAISAGENS [VI]

Publicado pela primeira vez, em volume, em Ofício Cantante, 1967, na Portugália Editora: (MEP [OC, 1967). Existe, apenas, enquanto volume integrado em volumes reunidos.

Integra: (MEP [OC, 1967: 247-253; 1.º texto-base), (MEP [PT, 1973: 47-53), (MEP [PT, 1981: 349-355), (MEP [PT, 1990: 273-278), (MEP [PT, 1996: 273-278), (MEP [OPC, 2004: 215-221), (MEP [OC, 2009: 215-221), (MEP [PC, 2014: 215-221).

1.ª pub./ed. e 1.º texto-base: MEP [OC, 1967, dat.: 1963. RM – RETRATO EM MOVIMENTO [VNI e VI]

Publicado pela primeira vez, em volume, em 1967, na Editora Ulisseia: (RM, 1967). Contém dedicatória manuscrita: «Para o Rui de Sousa, a amizade do Herberto Helder. Lisboa, Maio 67». Contém dedicatória: «Para a Maria Emília, em todos os lugares». Contém a seguinte indicação: «Razão (menor) — pontuação, acentuação, ortografia. Razão (maior) — concordância do predicado com o sujeito.» Integra: (RM [PT, 1973: 73-160; 2.º texto-base), (RM [PT, 1981: 375-463); mantém a indicação anterior. Não integra: (PT, 1990), (PT, 1996), (OPC, 2004), (OC, 2009), (PC, 2014). 1.ª ed. 1967, ed. única, dat.: 1961-66, s/n Tir. 2.º texto-base: RM [PT, 1973, dat.: 1961-1968.

AR – APRESENTAÇÃO DO ROSTO [VNI, VI parcialmente, porque integram partes de

textos]

Publicado pela primeira vez, em volume, em 1968, na editora Ulisseia: (AR, 1968). Contém a seguinte citação: «e tudo será devorado pelo exército que avança em força / todas as árvores de fruto até ao duplo tecido de sua casca / todas as bagas selvagens que a fecunda montanha faz crescer / e toda a água secará nas ribeiras / onde se mitiga a negra sede dos que bebem a longos tragos / e de longe se provocará uma nuvem de flechas como uma cúpula formada / sobre a cabeça dos soldados e um alto nevoeiro / como uma sombra ocultará o astro e o fogo se extinguirá / mas há-de florir o tempo de uma rosa de Locres / então depois de haver tudo queimado como se queima um deserto de restolho / por sua vez ele experimentará a fuga / buscará o abrigo da barca como uma rapariga / invoca e busca junto às sombras da noite / aterrorizado por uma espada nua // LYCOPHRON, dito “O Obscuro”»;

Contém o seguinte texto, acompanhado por um retrato do autor, nas badanas: «Uma das vozes mais pessoais da moderna literatura portuguesa, a obra de Herberto Helder caracteriza-se sobretudo pelo tom original e único da sua linguagem e estilo, pela féerie sempre caudalosa das suas imagens, pelo gosto e prazer encantatório de saber escrever e agradar, de descobrir os sinais mágicos de um mundo subterrâneo, mas distinto no panorama da nossa literatura contemporânea. Os magníficos contos de “Os Passos em Volta” abriram um caminho diferente na expressão criadora de Herberto Helder. “Retrato em Movimento” retomou depois, embora numa linguagem e construção mais apuradas, o mesmo caminho de um escritor que se cria ao escrever, que se autobiografa no próprio acto de criação. “Apresentação do Rosto”, outra espécie do mesmo “retrato em movimento”, é uma narrativa fragmentada, contada em sobressaltos de emoções e sentimentos, de ideias e paixões, numa escrita “circular”, hermética, mais surreal do que objectiva, mas clara e límpida na sua descoberta do mundo: o homem (autor) que é o arquitecto da própria casa (o livro), o escultor da própria peça que vai lentamente

modelando (o amor construído e lembrado nas imagens à distância daquilo que o tempo lhe fez conhecer, viver e sentir).

O “espanto”, a “purificação”, o “regresso às origens” fazem desta admirável autobiografia de Herberto Helder uma das obras mais autênticas da nossa moderníssima literatura. Apresentação do Rosto é, de facto, o livro de um poeta que não receia pôr-se diante do espelho e ver-se em profundidade com os “fantasmas” da sua verdadeira descoberta de homem que procura no tempo a dimensão exacta da sua presença no mundo. Através das páginas desta autobiografia romanceada, desde “Os Prólogos” aos “Epílogos”, percorremos sempre o mesmo caminho: a aventura de um grande poeta que tenta descobrir os labirintos da vida, encontrar a imagem plena e real da sua condição de homem.

Obra de ímpar beleza literária e de sugestivo poder imagístico, “Apresentação do Rosto” consagra definitivamente Herberto Helder como um dos nossos escritores de maior personalidade e talento criador, confirmando ao mesmo tempo estas palavras de José Rodrigues Miguéis, aquando do aparecimento de “Os Passos em Volta”, numa entrevista ao jornal “República”: “Herberto Helder, sem dúvida o único caso de surrealismo que entre nós se aproxima da ‘perfeição’, restitui a realidade sensorial à ‘irrealidade’ natural, original, das coisas; o caos espontâneo, ao seu apelo primitivo; e posso dizer que não há nada mais difícil para um escritor, que não seja assim por natureza, do que fazer recuar a vida a uma espécie de estado nascente, o que só se consegue por meio da linguagem adequada. E ele tem-na: madura, elementar, concisa, essencial. Era a linguagem “diferente” que esperávamos para exprimir aquilo mesmo. O talento é, apenas, a coragem de o ter. (...) No panorama algo incolor das nossas letras, Passos em Volta (sic) é uma revelação. Que oxalá não degenere em “fácil” — mas os autênticos poetas são duma disciplina severa!”.»

No primeiro texto de «Artes e Ofícios», de Retrato em Movimento, o autor menciona «apresentação do rosto» no final do nono parágrafo: «Talvez procure o seu espelho,

o seu cravo, não sabendo de um impulso remoto, insondável desejo de morrer pelo perfume, pela apresentação do rosto.», (RM, 1967: 25).

«Apresentação do rosto» surge, ainda, num dos títulos de textos, dentro de Photomaton & Vox, grafado da seguinte forma: (os passos em volta, apresentação do rosto), (P&V, 1979: 71).

1.ª ed. 1968, ed. única, s/d, s/n Tir. Editora Ulisseia. BN – O BEBEDOR NOCTURNO [VNI, VI e VV]

Publicado pela primeira vez, em volume, em 1968, na Portugália Editora, com o título O Bebedor Nocturno, Versões de Herberto Helder: (BN, 1968).

Integra: (BN [PT, 1973: 207-295; 2.º texto-base), (BN [PT, 1981: 211-308), com o título O Bebedor Nocturno, Versões.

Integra: (BN [PT, 1990: 159-241), (BN [PT, 1996: 159-241), (BN, 2010), (BN, 2013); substitui, no título, «versões» por «poemas mudados para português».

Integra: (BN, 2015), póstumo.

Não integra: (OPC, 2004), (OC, 2009), (PC, 2014).

1.ª ed. 1968, com o título O Bebedor Nocturno, Versões de Herberto Helder, dat.

1961-66, s/n Tir., Portugália Editora.

2.ª ed. 2010, com o título O Bebedor Nocturno, poemas mudados para português por

Herberto Helder [no livro não refere que é uma 2.ª ed.] dat.: 1961-66; Tir. 1500, Assírio e Alvim.

3.ª ed. 2013, mantém título anterior, refere que é uma 2.ª ed. mas uma 2.ª ed. da

Assírio e Alvim [na Porto Editora], dat.: 1961-66, s/n Tir.

4.ª ed. 2015 [póstumo] mantém título anterior, refere que é uma 3.ª ed. da obra e a

2.º texto-base: BN [PT, 1973, com o título O Bebedor Nocturno, Versões, dat.: 1961-

1966.

O título O Bebedor Nocturno surge num dos títulos de textos, dentro de Photomaton & Vox, grafado da seguinte forma: (o bebedor nocturno), (P&V, 1979: 74), (P&V, 1987: 71), (P&V, 1995: 71), (P&V, 2006: 67), (P&V, 2013: 68), (P&V, 2015: 68).

VA – VOCAÇÃO ANIMAL [VNI e ciclo de poemas em VI; integra parcialmente]

Publicado pela primeira vez, em volume, em 1971 nas Publicações Dom Quixote: (VA, 1971). Ciclo de sete textos, «Vocação Animal» integra: (RM [PT, 1973: 139-152; 2.º texto- -base), (RM [PT, 1981: 442-445). Não integra: (PT, 1990), (PT, 1996), (OPC, 2004), (OC, 2009), (PC, 2014). 1.ª ed. 1971, ed. única, s/d, s/n Tir., Publicações Dom Quixote. Na secção sobre «O Autor:» pode ler-se: «Herberto Helder nasceu a 23 de Novembro de 1930 na ilha da Madeira. Publicou: “O Amor em Visita” (1958), “A Colher na Boca” (1961), “Poemacto” (1961), “Lugar” (1962), “Os Passos em Volta” (1963), “Electronicolérica” (sic) (1964), “Húmus” (1967), “Retrato em Movimento” (1967), “Ofício Cantante” (1967), “O Bebedor Nocturno” (1968), “Apresentação do Rosto” (1968). Deixou de escrever em 1968.»; na contracapa: «A sua poesia tem esse carácter único dos grandes visionários, como um Van Gogh, um Rilke, um Boschère, um Blake [...] António Ramos Rosa» Os três ciclos de textos deste livro têm datas diferentes: «Dedicatória», 1963; «Os animais carnívoros», 1968; «Festas do crime», 1967.

2.º texto-base: RM [PT, 1973, dat.: 1961-1968; passa a ser ciclo de textos («Vocação

Animal») em volume integrado (Retrato em Movimento) em volumes reunidos.

PT – POESIA TODA [2.º, 3.º, 4.º e 5.º VR]

1.ª ed. 1973, s/n Tir., Plátano Editora. 2 vol. e duas partes; 1.ª parte: «Ofício

Cantante», s/d; 2.ª parte: «Movimentação Errática» s/d. Contém a seguinte informação: «Em dois volumes se reúnem todos os poemas, tidos pessoalmente

como aproveitáveis, que o autor escreveu entre 1953 e 1971. Com a evidente ressalva dos inéditos, os textos foram publicados — em jornais, revistas e livros — entre 1953 e 1972. Introduziram-se neles algumas alterações de composição, e outras ainda na organização dos conjuntos, havendo a indicar terem mesmo determinados desses conjuntos sido absorvidos por outros. Esta edição pretende-se completa e definitiva.»

2.ª ed. 1981, com o título Poesia Toda, 1953-1980, s/n Tir., Assírio e Alvim. [a editora

Assírio e Alvim não refere ser uma 2.ª ed. de PT]; contém citação: «AUTOR FRAGMENTO // Da metáfora e veracidade do chão recolho a poesia toda; herberto ou autor, no túnel / do universo pensa no exemplar bilingue de celan ou na vontade / de morrer sensivelmente sem a escrita, no esmalte. Este é a figura / de estilística da mesa ou do ciclo, de lamentos, na corola negra. / Esta (sic) é o símbolo da tempestade ou a realidade traduzida / do diálogo sobre a estrela entre os trópicos. / Livros lívidos! Palavra suicídio entre números dígitos de anos, autor! ignorando / como recomeçar o uniforme, o verso e o reverso. Dedica o livro, levanta-se sobre o verídico1 e desaparece nos precipícios que são os textos, / as estrelas negras na descrição de Autor. // 1O chão. // Fiama Hasse Pais Brandão // in O Texto de João Zorro, 1974.»; está incluído, neste volume de PT, e antes do índice, uma bibliografia das «Primeiras publicações dispersas de poemas deste volume antes de reunidos em livro ou de devidamente organizados em conjuntos»; contém a seguinte informação, no final do livro: «Para a reprodução deste volume, o editor foi apoiado pelo Instituto Português do Livro»

3.ª ed. 1990, s/d, s/n Tir. [a editora Assírio e Alvim não refere ser uma 3.ª ed.]

Contém dedicatória manuscrita: «Para o João Rui de Sousa, / este ponto final que tardou, / com um abraço amigo / do Herberto Helder. // Dez. 90»

4.ª ed. 1996, s/d, s/n Tir. [a editora Assírio e Alvim não refere ser uma 4.ª ed.] ME – MOVIMENTAÇÃO ERRÁTICA

Título que surge, pela 1.ª vez, em Poesia Toda, 2 vol., 2.º vol., 2.ª parte, 1973. [este título surge, também, em Photomaton & Vox, grafado da seguinte maneira:

(movimentação errática), (P&V, 1979: 136), (P&V, 1987: 130), (P&V, 1995: 130), (P&V, 2006: 124), (P&V, 2013: 124), (P&V, 2015: 124)]

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