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METODOLOGIA DE ESTIMAÇÃO DO LIMIAR DA POBREZA ABSOLUTA

III. POBREZA MONETÁRIA ABSOLUTA 2015

3.6 METODOLOGIA DE ESTIMAÇÃO DO LIMIAR DA POBREZA ABSOLUTA

ABSOLUTA GLOBAL E POBREZA ABSOLUTA EXTREM A

Sendo a primeira vez que se calcula o limiar absoluto da pobreza, importa dar a conhecer toda a metodologia subjacente ao seu cálculo.

A abordagem metodológica adotada para calcular o limiar da pobreza absoluta em Cabo Verde tem como pressuposto que o valor assumido pelo limiar indica o nível de consumo necessário para atender às necessidades mínimas de subsistência, alimentação, bens e serviços não alimentares tais como: habitação, educação, saúde, entre outros, sem qualquer referência ao nível de desenvolvimento económico da sociedade.

A definição do limiar absoluto tem por base duas componentes: uma alimentar e outra não alimentar. A primeira é baseada na fixação de um limiar que garante um nível de consumo energético mínimo recomendado e que varia de 1800 a 3000 quilocalorias, por adulto e por dia. É calculada com base na valorização de um cabaz de produtos que garante as necessidades mínimas de energia per capita diária em quilocalorias recomendadas para se sobrevir.

A estimação do custo deste painel requer a determinação de uma população de referência, a partir da qual o painel de referência será utilizado para determinar o custo médio de cada quilocaloria. Depois, o custo médio por cada quilocaloria é utilizado para determinar a componente alimentar.

A estimação desta componente alimentar permite, por um lado, analisar o problema da insegurança alimentar e, por outro, deduzir o limiar da pobreza global e extrema que também incorpora a componente não alimentar.

A segunda componente, a não alimentar, é estimada a partir das despesas não alimentares dos agregados familiares pertencentes à população de referência, recorrendo ao método de Ravallion (1998), e que estima dois limiares não alimentares para a pobreza, sendo um considerado o limiar baixo, que define a pobreza absoluta extrema e outro, considerado como limiar alto, que define o limiar da pobreza absoluta global.

3.6.1 ESTIMAÇÃO DA COMPONENTE ALIMENTAR

A componente alimentar representa o custo de um painel de bens alimentares que satisfazem as necessidades energéticas mínimas recomendadas pelas normas da organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A sua estimação consiste em avaliar o custo unitário de aquisição de uma quilocaloria e estimar o custo de um painel de produtos alimentares que, consumidos, satisfaçam as necessidades mínimas de energia recomendadas.

A priori importa:

a) Definir uma população de referência;

b) Determinar o painel de consumo alimentar de referência; c) Dispor de uma tábua de composição alimentar;

d) Calcular o preço unitário dos produtos do painel de consumo alimentar de referência;

3.6.1.1 População de referência

O objetivo de escolha de uma população de referência é de dispor de um grupo, cujos hábitos alimentares sirvam de referência para definir um painel de consumo de bens alimentares, a partir do qual será calculado o custo unitário de aquisição de uma quilocaloria. Não existe nenhum método standard para a escolha da população de referência. Geralmente, opta-se pelo painel de produtos consumidos pela população, cujo padrão de vida mais se aproxima da linha de pobreza.

Como opção para Cabo Verde, após a simulação de várias hipóteses, tendo em consideração as práticas internacionais mais correntes, os analistas (do BAD, BM e do INE) entenderam que a melhor escolha seria a população do primeiro quintil (0-20), de acordo com a classificação, por ordem crescente, do seu nível de despesas anual de consumo per capita.

3.6.1.2 Tábua de composição alimentar

Para se determinar o valor médio do custo de aquisição de uma caloria é necessário estabelecer a composição calórica de cada alimento consumido pela população cabo- verdiana, em particular o consumido pela população de referência. Na ausência de uma tábua nacional de composição alimentar e considerando que a maior parte dos principais alimentos consumidos são importados, optou-se por recorrer à tábua de composição alimentar da FAO, complementada com a do Brasil, em casos de produtos omissos, tendo em conta a variedade de produtos alimentares consumidos em Cabo Verde. Assim, definiu-se uma tábua com base em 90 produtos alimentares consumidos pela população de referência.

3.6.1.3 Definição do painel de produto

Em média, a população de referência desembolsa 13.642$00 em consumo alimentar de cerca de 90 produtos. Em termos calóricos, este montante equivale a 817 quilocalorias. Neste painel, os produtos mais consumidos são o arroz (de grão extra longo, longo e médio), o pão de trigo (tipo carcaças), óleo de soja, milho em grão seco, leite em pó, pernas de frango frescas ou congeladas e o açúcar, representando cerca do 50% do consumo alimentar per capita da população de referência.

população do primeiro quintil, e que representam cerca de 72% do valor do consumo alimentar da população de referência.

Este painel de 24 produtos parece-nos razoavelmente equilibrado (sob reservas de um estudo mais aprofundado sobre a insegurança alimentar), tendo em conta que inclui cereais, tubérculos, leguminosas, óleo, carnes (frango e porco), peixe (dobrada, cavala e chicharro), leite, ovos e frutas.

Tabela 4 – Lista de produtos do painel de referência (primeiro quintil das despesas), o conversor em quilocalorias por cada 100g, a quantidade do consumo per capita anual e

diário e o peso das despesas de consumo do produto nas despesas alimentares. Cabo Verde, IDRF 2015

Produto (Kcal 100g) Conversor

Consumo per capita anual (em

kg)

Consumo per capita diário (em kg)

Peso das despesas no consumo alimentar

ARROZ 30,11 0,083 20,77

Arroz grão extra longo 352,00 12,85 0,035 8,88

Arroz grão longo 352,00 10,78 0,030 7,60

Arroz grão médio 352,00 6,48 0,018 4,29

Pão de Trigo (carcaças, etc.)

- sem recheio, não integral 249,00 10,41 0,029 8,21

Óleo de Soja 900,00 5,57 0,015 6,16

Milho em grão seco 353,00 6,07 0,017 4,61

Leite em pó normal 495,00 0,91 0,002 4,50

Pernas de frango (frescas,

frigorificadas ou congeladas) 150,80 1,87 0,005 3,55

Açúcar branco granulado 400,00 4,36 0,012 2,80

Bolacha de trigo (do tipo de

São Vicente) 351,00 2,49 0,007 2,77

Batata comum 67,20 3,22 0,009 2,68

Caldos concentrados de carne, peixe, legumes ou temperos (Ex: Knorr, Maggi)

240,62 0,26 0,001 2,45

Dobrada fresca, refrigerada

ou congelada 88,04 1,47 0,004 1,77

Feijão manteiga ou

sapatinha , seco 335,00 1,22 0,003 1,44

Cavala fresca, refrigerada

ou congelada 88,04 0,83 0,002 1,36

Chicharro fresco, refrigerado

ou congelado 88,04 0,92 0,003 1,35

Farinha de Trigo 351,00 2,12 0,006 1,16

Ovos de galinha 122,32 0,44 0,001 1,13

Chouriço de carne 227,00 0,27 0,001 1,12

Cebola fresca, frigorificada

ou congelada 33,67 0,81 0,002 1,10

Café em grão sem torrar 354,00 0,30 0,001 1,09

3.6.1.4 Cálculo dos preços dos produtos do painel de consumo alimentar

Os preços de todos os produtos alimentares que compõe o painel foram calculados com base na informação recolhida no inquérito, ou seja, com base nas informações do valor total pago e da quantidade adquirida. Como já se referiu atrás, os produtos autoconsumidos, autoabastecidos ou recebidos como ofertas foram valorizados ao preço de aquisição do mercado, caso tivessem sido adquiridos no mercado.

3.6.1.5 Determinação do nível de necessidades calóricas mínimas

As necessidades calóricas recomendadas por cada individuo dependem das medidas antropométricas e do nível de atividade praticada e varia de 1800 a 3000 quilocalorias, por adulto e por dia, de acordo com as recomendações internacionais.

Para o caso de Cabo Verde, pese embora o IDRF 2015 tenha recolhido estas informações, optou-se por utilizar os resultados do estudo sobre a Nutrição realizado com base nos resultados do IDRF 2001/02, que estima, em média, 2.127 quilocalorias, como sendo o mínimo de calorias necessárias, diariamente, para a população.

3.6.1.6 Componente alimentar do limiar da pobreza absoluta

Com base no painel alimentar dos 24 produtos e considerando uma necessidade calórica mínima de 2.127 kcal per capita, a componente alimentar do limiar absoluto da pobreza no valor de 29.532$00 per capita / anual foi calculada a partir da seguinte fórmula:

Em que :

Qi = quantidade média diária consumida no produto i;

Ci = valor calórico (por 100g ou 100ml) correspondente ao produto i consumido; PrimoxBi = Preço médio do produto i na zona de referência.

3.6.2 ESTIMAÇÃO DA COMPONENTE NÃO ALIMENTAR

A componente não alimentar integra todas as despesas de consumo não alimentar observadas, o valor da renda (efetiva e imputada), o valor imputado para o uso dos bens duráveis e corresponde a um montante que cobre as necessidades não alimentares. Este montante, que representa o custo das necessidades não alimentares essenciais e básicas, é ditado pelo comportamento de consumo de dois tipos de famílias pobres e é determinado em função da parcela do orçamento não alimentar.

1. Famílias cujas despesas totais são iguais ao limiar de pobreza alimentar e que deriva o limiar não alimentar baixo - z nalim baixo

2. Famílias cujas despesas alimentares são iguais ao limiar da pobreza alimentar e que deriva o limiar não alimentar alto - z nalim alto

Dois métodos são, geralmente, utilizados para calcular a componente não alimentar: a) Coeficientes de ENGEL e

b) Modelo de regressão proposto por Ravallion (1998):8.

Y =α + β1 Log (X) + β2 Log (X)² + Z + d

Em que: Y = Proporção do consumo alimentar do agregado com respeito ao total; X = Desvio do consumo per capita do agregado com respeito a uma cesta alimentar básica estimada;

Segundo a metodologia de Ravallion (1994), estima-se um limite inferior e outro superior da componente do consumo não alimentar. O limite inferior é utilizado para construir o limiar da pobreza extrema e o limite superior para definir o limiar da pobreza global. O limiar da pobreza absoluta extrema inclui uma componente alimentar e uma componente não alimentar, sendo que:

 a componente alimentar corresponde ao limiar de pobreza alimentar,

 a componente não alimentar do baixo limiar é calculada considerando apenas as famílias cujo valor do consumo total corresponde ao limiar da pobreza alimentar

LIMIAR DA POBREZA EXTREMA: zbas= z

alim + znalim baixa

O limiar da pobreza absoluta global inclui uma componente alimentar e uma componente não-alimentar, sendo que:

 a componente alimentar corresponde ao limiar da pobreza alimentar,

 a componente não alimentar é estimada considerando as famílias cujas despesas alimentares sejam iguais ao limiar da pobreza alimentar.

LIMIAR DA POBREZA GLOBAL: zhaut= z

alim + znalim alta

Componente não alimentar baixa – Pobreza Extrema

A componente não alimentar baixa, que define a pobreza extrema, é estimada com base na observação das informações dos agregados familiares, cujo consumo total, por pessoa, corresponde ao limiar da pobreza alimentar Zalim. Não obstante a despesa de consumo total per capita desses agregados ser igual ao limiar alimentar, permite ainda que satisfaçam o consumo não alimentar, o que pressupõe que a satisfação das necessidades não alimentares tem um peso e é indispensável na melhoria do nível de satisfação das famílias. Assim, a proporção das despesas não alimentares é adicionada ao limiar alimentar para se obter o limiar baixo da pobreza, o que define a pobreza extrema.

Componente não alimentar alta – Pobreza Global

A componente não alimentar alta, que define o limiar da pobreza absoluta global, conjuntamente com a componente alimentar, é estimada com base em informações dos agregados cujas despesas alimentares sejam iguais ao limiar da pobreza alimentar.

3.6.3. Porque se decidiu por dois limiares

Da análise do comportamento das despesas da população de referência, população do primeiro quintil das despesas de consumo, constata-se que não existe uma diferença significativa no montante despendido na componente alimentar, quando se analisa segundo o meio de residência. A diferença do montante consumido em alimentação é pouco mais do que cem escudos, ou seja, é de 15.955$00, no meio urbano, e de 15.841$00, no meio rural.

A diferença no nível de consumo desta população, segundo o meio de residência, é essencialmente marcada pela diferença no nível de despesas de consumo não alimentar, com a população a residir no meio urbano a consumir muito mais na componente não alimentar do que a população residente no meio rural. No meio urbano, a população de referência despende 33.532$00 em consumo não alimentar, enquanto no meio rural o montante despendido é de somente 29.632$00.

Tabela 5 – Consumo médio anual, per capita, em alimentação, bens e serviços não alimentares, da população do primeiro quintil, segundo o meio de residência. Cabo Verde

2015 Cabo

Verde Urbano Rural

Total

(%) Urbano Rural

Alimentação 15.886 15.955 15.841 33,8 32,2 34,8

Não alimentar 31.150 33.532 29.632 66,2 67,8 65,2

Total 47.036 49.488 45.473 100,0 100,0 100,0

Fonte: INE, IDRF 2015

Assim, os limiares da pobreza absoluta ficaram definidos da seguinte forma:

Tabela 6 – Limiares da pobreza monetária absoluta Cabo Verde, 2015

Componente alimentar Limiar da pobreza extrema Limiar da pobreza global Urbano 29 532 ECV 49 699 ECV 95 461 ECV

Rural 49 205 ECV 81 710 ECV

Fonte: INE, IDRF 2015

IV.

POBREZA MONETÁRIA RELATIVA

A pobreza relativa é sempre medida com base num limiar relativo estimado, recorrendo, essencialmente, a uma determinada proporção da mediana do indicador de bem-estar e é determinada a partir da distribuição do indicador de bem-estar (rendimento ou consumo) de toda a população, utilizando os quantiles, sendo estes, na sua grande maioria, definidos como 60% da mediana do agregado de bem-estar, do consumo ou do rendimento.

Importa realçar, nesta metodologia de medição da pobreza, o facto de que a mediana e a média do consumo per capita do agregado são medidas de estatísticas de tendência central, e que oscilam no tempo sempre que a distribuição da população e seu consumo

per capita oscilarem. Na utilização deste limiar da pobreza para estimar a incidência, o

percentual de população pobre aumenta com o tempo, se a distribuição do consumo per

capita, por agregado, se tornar mais dispersa no país.

No caso de Cabo Verde, até 2007, a pobreza foi medida em termos relativos e o limiar é estimado como 60% da mediana das despesas de consumo, sendo a pobreza extrema determinada pelo valor de 40% da mediana das despesas de consumo.

Os limiares da pobreza relativa para 2015, limiar da pobreza relativa global e limiar da

pobreza relativa extrema, correspondem a 60% e 40% da mediana das despesas

médias anuais, por pessoa, respetivamente. Com efeito, fixa-se o limiar da pobreza global relativa em 70.620$00 e o limiar de pobreza relativa extrema em 47.080$00, valores a partir dos quais se considera como pobre ou em pobreza extrema, respetivamente, quando as despesas médias anuais, por pessoa do agregado, forem inferiores.

Tabela 7 – Limiar da pobreza monetária relativa, Cabo Verde, 2015

Limiar da pobreza extrema Limiar da pobreza global

Cabo Verde 47 080 ECV 70 620 ECV

Fonte: INE, IDRF 2015

O limiar da pobreza é um valor fixado como o mínimo aceitável. Quando o indicador de bem-estar (rendimento ou despesa) é inferior ao limiar fixado, um individuo é classificado como pobre.

V.

METODOLOGIA

DE

ACTUALIZAÇÃO DOS LIMIARES DA

POBREZA NO TEMPO (2001, 2007 E 2015)

As análises temporais da pobreza requerem que as escolhas metodológicas dos diferentes inquéritos sejam similares, em particular na definição do agregado de bem- estar, do limiar da pobreza e dos indicadores de medida da pobreza.

A análise evolutiva da pobreza terá como fonte de informações, para além dos resultados do IDRF 2015, os dados disponíveis dos inquéritos IDRF 2001/02 e o QUIBB (Questionário Unificado de Indicadores de Básico de Bem-estar) 2007.

Realizados em 2001/02 e em 2007, em amostras de 4.584 e 6.924 agregados familiares, a nível nacional, respetivamente, estes dois inquéritos tinham objetivos similares aos do IDRF, realizado em 2015, ou seja, recolher informações necessárias à avaliação da pobreza monetária no país. Contudo, as abordagens de recolha do consumo das famílias diferem, em particular, no QUIBB 2007. Nos IDRF’s (2001/02 e 2015), a fase de recolha foi de 12 meses, com períodos de observação de 14 dias por cada agregado inquirido para a recolha das despesas efetivas durante esse período, complementada com a recolha retrospetiva de despesas não alimentares realizadas ao longo dos últimos 1, 3, 6 e 12 meses. Toda a informação foi recolhida em várias visitas realizadas ao longo do período de observação.

No QUIBB, cada agregado foi entrevistado durante uma única passagem e com uma única visita. Uma outra diferença metodológica do QUIBB é a estimação do consumo alimentar com base no consumo dos últimos 30 dias, cuja recolha foi de forma retrospetiva. Enquanto que nos IDRF’s (2001/02 e 2015), pelo facto de a recolha ter sido feita ao longo do ano, é possível captar o consumo real e a sazonalidade de certos produtos, o que no QUIBB 2007 não foi possível, pois as despesas captadas dizem respeito somente aos últimos 30 dias anteriores à realização do inquérito.

Pese embora estas diferenças metodológicas, o indicador de bem-estar é um agregado de consumo per capita calculado a duas etapas: primeiro, calculando as despesas de consumo total, a nível do agregado, e segundo, normalizado pela dimensão do agregado. O agregado inclui as despesas monetárias com alimentação, autoconsumo, autoabastecimento, recebimentos gratuitos de produtos alimentares valorizados a preços de mercado, valor de aquisição de bens e serviços não duráveis, valor do aluguel

cedência). Relativamente aos bens duráveis, em 2001/02, considerou-se o total do valor de aquisição e, em 2007 e 2015, imputou-se uma estimativa do valor de uso.

Como estratégia metodológica para atualizar os limiares da pobreza absoluta no tempo, para os diferentes inquéritos que antecederam o IDRF 2015, optou-se pela deflação das linhas de pobreza absoluta de 2015 com o IPC (Índice de Preços no Consumidor). Uma outra metodologia seria recalcular o limiar absoluto, considerando o mesmo cabaz de produtos alimentares, opção que foi descartada, tendo em conta que no painel de produtos de 2015 se encontravam produtos que não tinham expressão de consumo nos anos anteriores.

Importa referir que a mesma metodologia já tinha sido utilizada para atualizar o limiar relativo da pobreza de 1998/99 e de 2007, com base no limiar relativo de 2001/02, aplicando a taxa de inflação durante o período 1998/99 e 2001/02 e 2001/02 e 2007, respetivamente.

Tabela 8 – Evolução dos limiares absolutos e relativos da pobreza, Cabo Verde 2015

2001/02 2007 2015

Limiar Absoluto Alimentar 22.502 24.692 29.532 Limiar da Pobreza Global

Urbano 73.817 80.388 95.461

Rural 59.420 65.578 81.710

Limiar da Pobreza Extrema

Urbano 38.431 41.852 49.699

Rural 35.782 39.491 49.205

Limiar Relativo Global 43.250 47.8429 70.620

Limiar Relativo Extremo 28.833 31.895 47.080

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