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4. Realização da Prática Profissional

4.3. Área III: Desenvolvimento Profissional

4.3.2 Estudo de Investigação – “A evolução da impulsão vertical, através

4.3.2.3 Metodologia

4.3.2.3.1 Participantes

Os estudantes que participaram no estudo eram de uma turma de 12º ano, do curso de ciências e tecnologias da ESRP, todos matriculados na disciplina de EF. Eram 24 alunos, 14 do sexo feminino e dez do sexo masculino, todos com idade de 17 anos.

4.3.2.3.2 Instrumentos

Foi utilizado um teste de condição física apelidado de impulsão vertical (ABALAKOV), que pertence à bateria de testes FITEscola. O teste de impulsão vertical consiste em atingir a máxima distância num salto vertical a pés juntos. Este teste tem como objetivo avaliar a força explosiva dos membros inferiores. Foi também utilizado para a realização do teste, fita métrica, giz, cartolina preta e fita cola.

Os procedimentos do teste consistiu em: 1) desenhar uma linha horizontal no chão (perpendicular à parede) para indicar o ponto de partida colando a fita

métrica à parede; 2) colar/desenhar uma linha de referência a cada 10 cm (1,5 m de altura) para facilitar a medição da distância alcançada; 3) explicar os procedimentos do teste: a) o aluno deve posicionar-se de pé, perpendicular à parede e sobre a linha que assinala o salto, posicionando-se com os pés à largura dos ombros; b) o aluno deve estender o braço que se encontra mais próximo da parede para que o professor/avaliador possa registar a altura inicial que servirá de referência para o cálculo da distância máxima (marcando este ponto com giz); c) o aluno deve fletir os joelhos, puxar os braços atrás e saltar o mais alto possível; d) o professor/avaliador deve colocar-se de frente para a zona de salto e registar a altura alcançada. O resultado do salto seria a distância entre a altura inicial e a altura máxima alcançada (calculada através da diferença entre a altura final e a altura inicial); 4) efetuar dois saltos registando o melhor dos dois, em cm.


4.3.2.3.3 Procedimentos da recolha de dados

A recolha de dados foi feita em três momentos distintos. O primeiro momento foi no início do 2º período, quando os alunos regressaram das férias de Natal, tendo se realizado a recolha do salto inicial e registo inicial. Em seguida e ao longo de todas as aulas do 2º período, houve uma intervenção de forma a aumentar a condição física dos alunos, através de circuitos de treino funcional. Posteriormente houve uma recolha de dados num segundo momento, antes de terminar o 2º período, com o objetivo de verificar se houve evolução ou não. Posto isto, os alunos deixaram de ter a intervenção do treino funcional, foram de férias e regressaram, não tendo havido no 3º período qualquer tipo de intervenção a esse nível. O terceiro momento viria no final do 3º período, com o intuito de verificar se houve manutenção ou não da condição física com a interrupção da intervenção.

4.3.2.3.4 Análise de dados

Toda a análise de dados, foi feita através do programa Microsoft Excel. Inicialmente foi analisado o panorama geral do desempenho dos alunos femininos e masculinos, nos três momentos de avaliação, colocando em gráficos e tabelas analíticas os resultados obtidos. Posteriormente foi feito uma análise descritiva em separado, no sexo feminino e do sexo masculino, usando novamente gráficos e tabelas analíticas. Em seguida foi comparado todos os momentos realizados, com a referência dada pela bateria de teste utilizada.

4.3.2.3.5 Apresentação e discussão dos resultados

Atendendo aos objetivos específicos, seguidamente são apresentados os resultados gerais obtidos em cada um dos momentos de avaliação para todo o grupo.

Os resultados obtidos fortificam a importância do desenvolvimento das capacidades essenciais na realização de qualquer movimento humano, enquanto suporte fundamental para a condição física geral dos alunos, através da aplicação de um programa de treino (Garganta & Santos 2015).

Analisando a figura 1 e a tabela 1 (média), conseguimos averiguar que existem diferenças nos três momentos de avaliação, principalmente do 1º momento, para o 2º momento, após 12 semanas de intervenção do treino. Já do 2º momento para o 3º momento a diferença não é tão acentuada, mostrando que houve descida da condição física devido a paragem do treino.

Relativamente aos valores do desvio padrão, que diz respeito à variação dos valores em torno da média, revela diferenças inter-individuais em todos os momentos, reforçando a ideia de que a escola é um lugar muito heterogéneo e que cada turma é constituída por alunos com diferenças consideráveis a nível motor.

Figura 1-Prespetiva geral ao longo dos três momentos de avaliação.

Legenda: N-Número da amostra; DP-Desvio Padrão; Max-Máximo; Min-Mínimo

Tabela 1-Análise descritiva dos resultados gerais obtidos nos três momentos de avaliação

Mais detalhadamente e indo ao encontro dos objetivos específicos, passamos a mostrar os resultados do desempenho em cada sexo.

Como podemos observar na tabela 2 no desempenho feminino, no que diz respeito ao 1º momento, sete alunas mostraram estar abaixo dos valores de referência. No 2º momento, após 12 semanas de treino, verificou-se um aumento de praticamente todas as alunas, a exceção de uma, que ficou abaixo da referência. No 3º momento, após dez semanas de destreino, os valores desceram em relação ao 2º momento, mas só três alunas ficaram abaixo dos valores de referência.

Analisando a tabela 2, em todos os momentos os valores da média ficaram acima da referência, mas o desvio padrão mostrou que o 3º momento é o mais homogéneo, pois o valor é mais baixo.

Figura 2-Diferencial do desempenho feminino nos três momentos de avaliação.

Legenda: N-Número da amostra; DP-Desvio Padrão; Max-Máximo; Min-Mínimo

Tabela 2-Análise descritiva do desempenho feminino obtido nos três momentos de avaliação

Como podemos observar no gráfico 3 no desempenho masculino, no que diz respeito ao 1º momento, um aluno mostrou estar abaixo dos valores de referência. No 2º momento, após 12 semanas de treino, verificou-se um aumento de todos os alunos. No 3º momento, após dez semanas de destreino, os valores desceram em relação ao 2º momento, mas só um aluno ficou abaixo dos valores de referência.

Analisando a tabela 3, em todos os momentos os valores da média ficaram acima da referência, mas o desvio padrão mostrou e ao contrário do

quadro feminino, que o 1º momento é o mais homogéneo, pois o valor é mais baixo.

Figura 3-Diferencial do desempenho masculino nos três momentos de avaliação.

Legenda: N-Número da amostra; DP-Desvio Padrão; Max-Máximo; Min-Mínimo

Tabela 3 - Análise descritiva dos resultados gerais obtidos nos três momentos de avaliação.

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