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Neste capítulo iremos apresentar, de uma forma sucinta as metodologias seguidas neste estudo, assim como o objectivo do estudo e as questões de estudo resultantes deste mesmo objectivo, a estrutura do inquérito e o modo de escolha dos inquiridos e como este foi aplicado.

4.1

Questões de estudo

O estudo apresentado nesta dissertação tem como objectivo específico compreender como é aplicado o controlo de gestão na hotelaria portuguesa actualmente, saber quais os modelos e técnicas que são utilizadas, quais as verdadeiras práticas adoptadas e as mudanças ocorridas nos últimos anos.

A partir deste objectivo foram definidas as seguintes questões de estudo: A.Nos últimos 10 anos tem se verificado ou não uma mudança nos sistemas de controlo de gestão, nos hotéis de cinco estrelas em Portugal continental?

B. Quais os factores que mais influenciaram a mudança no sistema de controlo de gestão, nos hotéis de cinco estrelas em Portugal continental?

C.Quais os factores de inibição à mudança no sistema de controlo de gestão, nos hotéis de cinco estrelas em Portugal continental?

D.Quais as técnicas mais utilizadas actualmente, no controlo de gestão nos hotéis de cinco estrelas em Portugal continental?

Estas questões de estudo serão desenvolvidas e estudadas de forma individual no capítulo 5.3, deste estudo.

4.2

Método de investigação

Para podermos atingir o objectivo já referido no ponto anterior, não podemos basear-nos apenas numa abordagem teórica, resultante na revisão da literatura.

Para termos um conhecimento actual e verdadeiro do controlo de gestão na hotelaria portuguesa tendo em conta a dispersão geográfica da população sobre a qual se pretendia recolher a informação decidimos que o melhor método a utilizar seria através de um questionário.

Com este fim resolvemos replicar o questionário utilizado por Vicente (2007). Desta forma temos uma garantia de que este é de qualidade e que as suas questões foram previamente testadas e validadas.

Dado que o questionário original foi concebido para analisar a mudança no controlo de gestão de empresas industriais, a sua utilização no sector hoteleiro exigiu a adaptação de duas perguntas, dando origem ao questionário apresentado no anexo 1. Após a conclusão de uma primeira versão do questionário, foi realizado um teste piloto com gestores de empresas turísticas e hoteleiras portuguesas localizadas na área da grande Lisboa.

Nos pontos seguintes iremos detalhar de forma mais profunda a aplicação deste questionário.

4.3

Estrutura do questionário

O questionário está dividido em 4 secções, identificadas por letras (de A a D).

Na primeira secção (A) são realizadas 12 questões, das quais 6 são abertas e 6 são fechadas.

Todas elas estão relacionadas com o controlo de gestão na organização, sobre a qual incide o questionário.

A segunda secção (B) é constituída por 5 questões, sendo a primeira questão constituída por várias alínhas, sendo ao todo 10 ou 6 questões a que o inquirido teria de responder, dependendo da resposta à primeira questão.

Esta secção também tem perguntas abertas, sendo 4 ou 2 em função a resposta à primeira pergunta, ao contrário da secção anterior em que as perguntas abertas não tiveram nenhuma resposta. Nesta secção, talvez por se tratar de respostas rápidas e concretas foram obtidas em 2 ou 1 perguntas abertas (conforme a resposta à primeira pergunta) o mesmo número de respostas do que nas restantes perguntas fechadas desta secção.

Todas as questões desta secção estão relacionadas com a organização que está a ser questionada.

A terceira secção (C) é constituída por 5 questões todas elas sobre o inquirido, sendo 3 destas abertas.

O facto das perguntas abertas serem de resposta simples e directa, proporcionou a obtenção da totalidade das respostas, dentro do leque de questionário validados.

A última e quarta secção (D) é constituída apenas por um texto introdutório, onde é sugerido que o inquirido relate no espaço deixado, todas as questões que não foram referidas anteriormente e que no seu ponto de vista venham melhorar o estudo do controlo de gestão na hotelaria portuguesa.

4.4

Definição de Universo

Para podermos realizar esta pesquisa contactamos o Turismo de Portugal, para que nos fosse fornecido uma lista completa, de todos os hotéis de cinco estrelas em Portugal continental (anexo 2).

Escolhemos esta categoria de hotel, na sequência do teste piloto realizado ao questionário. Os respondentes aconselharam-nos a inquirir apenas hotéis de cinco estrelas, pois a contabilidade de gestão e por sua vez o controlo de gestão na hotelaria não era uma ferramenta muito utilizada pela maioria dos gestores hoteleiros.

Após a obtenção da lista de hotéis constatámos que se tratavam de apenas 52 unidades hoteleiras, o que levou à decisão de realizar o questionário a todo o universo.

Do universo de estudo, apenas 45 hotéis contribuíram de forma positiva para este estudo, o que representa uma taxa de resposta de 87%.

4.5

Recolha de dados

A recolha dos dados foi um processo demorado e complexo.

Numa primeira fase foram contactados por telefone todos os hotéis de cinco estrelas de Portugal continental, o processo de contacto foi iniciado nos hotéis do norte do país, tendo sido concluído no sul.

O objectivo deste contacto telefónico era recolher o e-mail do responsável da área financeira do hotel e tentar sensibilizar para que o questionário fosse alvo de alguma atenção, evitando que o e-mail que seria enviado posteriormente fosse eliminado antes mesmo de ser compreendido.

Numa segunda fase foram realizadas novos contactos telefónicos com o objectivo de sensibilizar e persuadir os responsáveis financeiros a responderem ao questionário.

Desta forma obtivemos mais algumas respostas.

Numa terceira fase foram contactados telefonicamente todos os hotéis que ainda não tinham respondido ao questionário (mais de 50%) e voltámos a frisar a importância de cada colaboração neste estudo, em alguns caso tivemos de realizar mais do que um telefonema até conseguirmos atingir o nosso objectivo, ou obtermos uma resposta de recusa de colaboração com o estudo.

Durante este processo de recolha de dados verificámos que a hotelaria portuguesa não está muito sensibilizada para as vantagens resultantes da realização de estudos e pesquisas científicas na área da hotelaria e turismo.

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