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Considerando que o local de estudo é o Porto Público de Itajaí, conforme foi apresentado anteriormente, a metodologia de análise adotada é descrita nos itens a seguir e apresentada, para melhor entendimento, no fluxograma da Figura 36.

Figura 36 - Fluxograma da organização do trabalho

Levantamento de dados pré-existentes

- Bacia hidrográfica Análise de dados

- Rio Itajaí-Açu - Energia de atracação

- Vazão fluvial - Esforços de atracação

- Estuário do Rio Itajaí-Açu - Esforços de amarração

- Sedimentos - Avaliação geotécnica

- Plano de dragagem - Simulação

- Batimetria

- Correntes

- Nível de maré

- Ondas

- Clima

- Histórico de enchentes Análise de resultados

- Ventos - Critérios de segurança

- Solos - Critérios de dimensionamento

- Embarcação atual - Implicações dos resultados - Velocidade de aproximação

3.2.1 Levantamentos de dados pré-existentes

Para o desenvolvimento do trabalho buscou-se um aprofundamento teórico sobre o assunto na literatura técnica especializada. Estudou-se a literatura nacional disponível, a norma brasileira, recomendações nacionais e internacionais e as resoluções para operações portuárias brasileiras para o local de estudo. Os materiais utilizados podem ser verificados nas Referências deste trabalho.

A norma utilizada para o desenvolvimento do trabalho foi a NBR 9782:1987 – Ações em estruturas portuárias, marítimas ou fluviais. Como apresentado no item 2.2.1 deste trabalho, embora esta norma esteja cancelada, os critérios apresentados por ela serão discutidos para fins de entendimento e por não existir nenhuma outra legislação nacional em substituição a esta.

A resolução para operações portuárias no Complexo Portuário de Itajaí é a Resolução nº06, de 08 de agosto de 2016. O documento estabelece as condições de operação para navios que se utilizam da bacia de evolução e dos canais aquaviários interno e externo de acesso ao complexo. Tal informação pode ser obtida através do acesso ao portal online do Porto de Itajaí e os dados, quando utilizados no trabalho, são devidamente apresentados.

No desenvolvimento do trabalho verificou-se também a necessidade da realização de visitas técnicas ao Porto. Durante estas visitas, os projetos e memoriais de cálculo das obras avaliadas foram disponibilizados pelos responsáveis de engenharia da Superintendência do Porto de Itajaí. Foram realizadas 3 visitas técnicas, nos meses de agosto/2018, outubro/2018, e maio/2019 sob o acompanhamento da empresa responsável pela fiscalização dos serviços, Estel Engenharia ou de estagiários do Porto de Itajaí.

Os dados de movimentação das embarcações e praticagem foram fornecidos em visita a sede da Itajaí & Navegantes Pilots, empresa responsável pelo serviço de entrada e saída de embarcações do Complexo do Portuário de Itajaí. As informações utilizadas encontram-se no Anexo A.

Informações de temperatura, pluviometria e ventos foram obtidos através do EPAGRI/CIRAM - Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina.

A elaboração da rosa dos ventos pôde ser feita com auxílio do software WRPLOT View® – Lakes Environmental onde foi realizado a simulação dos ventos registrados para o período (março de 2018 a março de 2019). Destaca-se que para a elaboração da rosa dos ventos, os dados fornecidos pelo EPAGRI/CIRAM não foram suficientes, sendo necessário a obtenção de dados através do INMET - Instituto Nacional de Meteorologia para períodos de vento de

hora em hora diários para o local. Devido a quantidade de dados meteorológicos em planilhas, não foi possível anexar ao trabalho.

Os dados batimétricos puderam ser analisados com base nos ofícios apresentados no Anexo B. Tais informações representam as menores profundidades observadas no canal e levantadas com os dados fornecidos pela Marinha do Brasil - Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí.

3.2.2 Análise de dados

Os dimensionamentos para a reconstrução do Porto Público de Itajaí, conforme memoriais de cálculo, foram realizados para uma embarcação de menor porte e verificados para uma embarcação de maior porte, pois são necessários reforços nas estruturas existentes para que possam operar no terminal portuário com o navio maior (PORTUÁRIA, 2018).

Os esforços de atracação foram calculados nos memoriais segundo a NBR 9782:1987 - Ações em Estruturas Portuárias, Marítimas ou Fluviais para a embarcação de menor porte, a mesma utilizada no projeto de reforço do cais existente, e no caso da embarcação de maior porte, foi utilizada a metodologia da The World Association for Waterborne Transport Infrastructure - PIANC, considerando o navio com 75% da capacidade.

Os esforços de amarração foram calculados segundo a British Ship Research Association - BRSA, a mesma utilizada no projeto de reforço do cais existente, e para a embarcação nova de maior porte (considerando o navio com 75% da capacidade).

Para efeito de comparação, os dados de energia, esforços de atracação, esforços de amarração e dimensionamento de estruturas foram definidos com base na norma brasileira NBR 9782:1987 neste trabalho e, devidamente apresentados, quando utilizados.

Por fim, as simulações foram realizadas com a utilização do software Infraworks 2018 da empresa Autodesk, nele serão utilizados os valores obtidos através dos cálculos com a utilização da NBR 9782:1987 – Ações em estruturas portuárias, marítimas ou fluviais e devidas considerações. Salienta-se que o objetivo das simulações são apenas por questões visuais de entendimento. O programa online disponível pela empresa Trelleborg também foi utilizado para simulações, permitindo verificar as defensas e cabeços necessários para resistir aos esforços das embarcações.

3.2.3 Análise de resultado

A análise de resultados baseou-se na verificação dos critérios de segurança, critérios de dimensionamento e critérios de utilização aplicados ao Complexo Portuário de Itajaí, conforme as resoluções e recomendações da Superintendência do Porto de Itajaí.

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