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METODOLOGIA

No documento WILBERSON DE OLIVEIRA (páginas 44-52)

A pesquisa a ser realizada nesse trabalho pode ser classificada como exploratória isso no tocante aos objetivos específicos uma vez que o norte a ser baseado na sua concretização tem o propósito de explicar o fato relacionado ao processo de impedimento (impeachment) por crime de responsabilidade do chefe do poder executivo federal.

É pertinente ressaltar que no tocante ao tipo de procedimento utilizado para a coleta de dados, à pesquisa terá um caráter hibrido, ou seja, ela tenderá a pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.

No que tange a pesquisa bibliográfica é aquela que se desenvolve tentando explicar o problema a partir de teorias publicadas nos diversos tipos de fontes, tais como meios eletrônicos, enciclopédias, artigos, livros, etc. A realização dessa pesquisa bibliográfica é fundamental para que se conheça e analise as principais contribuições sobre o assunto em questão.

Já a pesquisa documental identifica-se muito com a pesquisa bibliográfica. As duas adotam o mesmo procedimento na coleta de dados. A diferença está essencialmente, no tipo de fonte que cada uma utiliza. Enquanto a pesquisa documental utiliza fontes primárias como documentos jurídicos, fotografias, fontes estatísticas, publicações parlamentares, documentos oficiais, etc, a pesquisa bibliográfica utiliza fontes secundárias como livros, jornais, monografias, etc.

Vale ressaltar ainda que no tocante a abordagem do problema será realizado analise qualitativa buscando produzir informações aprofundadas a fim de esclarecer esse objeto de pesquisa.

Percebe-se que na perspectiva metodológica os métodos aqui apresentados serão necessários, e também importantes na legislação cientifica desse estudo.

É importante apontar será feito estudos em precedentes históricos, uma vez que a temática proposta exige uma volta no passado para melhor explicar o presente, dai a justificativa da sua presença nesse estudo.

A pesquisa utilizar-se-a, além de estudo bibliográfico, revistas científicas e em meio eletrônico, documentação diversa como suporte para efetivação da

pesquisa essas ferramentas permitirão agir de forma segura e equilibrada na averiguação dos fatos referentes á temática apontada.

O material documental bem como as respectivas analises, serão organizadas em relatórios de pesquisa, componente do estudo monográfico que se pretende construir.

CONCLUSÃO

Concluo, portanto, esse trabalho monográfico analisando o processo e julgamento por crime de responsabilidade do Presidente da República é possível chegar a algumas conclusões, cujo destacam as que seguem.

Primeiramente, não resta dúvida de que o procedimento de impeachment surgiu na Inglaterra marcada por um caráter empiricamente criminal. Em concordância com os anseios da época, o instituto nasceu como uma forma de limitar os poderes da autoridade máxima do reino. No entanto, em meio à sobreposição do impeachment sobre a evolução política da sociedade, o instituto teve que se aprimorar para atender às necessidades que foram surgindo com os novos sistemas de governo.

Prosseguindo, o procedimento fundamentou-se no sistema jurídico Americano como uma figura mais politizada, traçando um momento histórico onde foi possível visualizar uma separação entre a esfera política de responsabilização do Estado e a pretensão punitiva criminal. Nos Estados Unidos a instauração do processo de impeachment serviu como objeto de inspiração para instituir o

impeachment no Brasil.

Conforme a evolução histórica do país, o impeachment se mostrou como um dos institutos mais afetados pela instauração de cada uma das Cartas Magnas vigentes. Foi através delas que se pôde pautar uma linha histórica do instituto, que pendeu, em seu início, a uma linha criminal de acordo com o impeachment na Inglaterra. Ao evoluir da sociedade e da política no país, o procedimento do

Impeachment conquistou mais espaço e visibilidade jurídica, chegando até a figura

que é hoje.

Avançando, merece destaque a observação sobre os crimes de responsabilidade e sua natureza essencialmente política, que insiste no procedimento como princípio norteador da conduta que será ou não, julgada pelo rito do impeachment. Tal proposição é retirada do fato de a punição não ultrapassar a esfera política dos direitos do indivíduo condenado, que será afastado do cargo público por ordem do processo de impeachment.

Diferentemente do que acontece no sistema jurídico americano, no Brasil, é necessário que o agente pratique o ato tipificado da conduta descrita na Lei para ser punido com o afastamento do cargo.

No que se refere ao procedimento jurídico há a necessidade de ressaltar a complexidade e demora que resulta a aplicação da lei ao caso concreto, não obstante a especificidade do instituto, ainda, faz-se uma inversão nos papeis dos Poderes. Como se descreveu ao longo do trabalho, apesar de o Poder Legislativo não possuir a prática da competência de julgar, no entanto, ainda se mostra como o órgão mais adequado para proceder ao julgamento do processo de impeachment.

Conduzido pelo Presidente do Poder Judiciário da esfera competente ao julgamento –federal, estadual ou municipal - a presença deste terceiro poder, legifera o procedimento como produto de ordem jurídica, exercendo o papel de assegurador da legalidade do processo.

No entanto, o legislador não resolveu as discordâncias sobre a natureza deste instituto que se faz político desde sua tipificação criminal até a sanção aplicada. Como se pode observar ao longo do trabalho, a natureza política do instituto o acompanha desde seus precedentes históricos e é inerente ao procedimento.

Fato que dificilmente conseguirá ser desvinculado do processo, o

impeachment como configurado no ordenamento jurídico brasileiro se apresenta

como procedimento de natureza incontestavelmente política.

Elementos inerentes ao processo, os princípios do contraditório e da ampla defesa, devido processo legal, presunção de inocência se fazem presentes também ao longo processo de impeachment, ressaltando o julgamento como ainda mais maleável e com maior gama de possibilidades no tocante à defesa do agente acusado, a observância do princípio confere ao processo jurídico, a legalidade do procedimento.

Quanto ao trâmite do processo e julgamento por crime de responsabilidade do Presidente da República. O rito a ser seguido esta em consonância com os artigos 52 e 86 da Constituição Federal de 1988 e a Lei n° 1079 de 10 de abril de 1950. Adiante, aceita a acusação pela Câmara dos Deputados e autorizada por 2/3 de seus membros, será esta, remetida ao Senado Federal, cujo

vai funcionar como instância julgadora do impeachment, sendo admitido também o quórum de 2/3 dos membros para absolve ou punir o denunciado.

Retirar uma autoridade política do poder pelo procedimento do

impeachment, eleita democraticamente, no entanto, não é mero ato discricionário

sujeito a elementos subjetivo. Como já muito destacado, a instauração do instituto apenas se dará, caso o agente público cometa o delito tipificado como crime de responsabilidade.

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ANEXO

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No documento WILBERSON DE OLIVEIRA (páginas 44-52)

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