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APÊNDICE A DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO COM O USO DE ÁGUA AQUECIDA DE GELATINA DE RCCC SUBMETIDO A EXPLOSÃO A

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.3. FILMES POLIMÉRICOS DE AMIDO E GELATINA

5.3.3. Microscopia óptica nos filmes

As Figuras 36 e 37 apresentam o registro fotográfico da microscopia ótica realizada nas amostras produzidas com amido de milho, sem e com a adição de glutaraldeído, respectivamente. Em algumas regiões do filme obtido por casting percebe-se a presença de estruturas semelhantes a grânulos. A produção de solução filmogênica foi realizada acima da temperatura de gelatinização do amido, o que deveria resultar no processo completo de gelatinização.

Figura 36 - MO das amostras produzidas a partir de amido de milho e glicerol sem glutaraldeído (A(0,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 400X.

Figura 37 - MO das amostras produzidas a partir de amido de milho e glicerol com glutaraldeído (A(3,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 400X.

Fonte: o autor

As estruturas semelhantes a grânulos presentes nas Figuras 36 e 37 podem corresponder à aglomeração de grânulos de amido que passaram pelo inchamento, mas não chegaram a ser rompidos e gelatinizar. Uma distribuição não homogênea da temperatura da solução filmogênica durante sua produção pode ter acarretado na gelatinização incompleta do amido.

As Figuras 38 e 39 apresentam o registro fotográfico das microscopias óticas realizadas nas amostras produzidas com gelatina comercial, sem e com a adição de glutaraldeído, respectivamente.

Figura 38 - MO das amostras produzidas a partir de gelatina comercial e glicerol sem glutaraldeído (C(0,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X e 1000X.

Fonte: o autor

Figura 39 - MO das amostras produzidas a partir de gelatina comercial e glicerol com glutaraldeído (C(3,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X e 1000X.

As imagens de microscopia ótica das amostras produzidas a partir de gelatina indicam a produção de um filme uniforme. As marcas visualizadas no aumento de 1000x são as marcas do Teflon sobre o qual a solução filmogênica é espalhada e seca.

As Figuras 40 a 42 apresentam o registro fotográfico das imagens de microscopia ótica das amostras produzidas com a blenda amido de milho e gelatina comercial, sem e com a adição de 1,5 e 3.0% glutaraldeído, respectivamente.

Figura 40 - MO das amostras produzidas a partir de amido de milho, gelatina comercial e glicerol sem glutaraldeído (AC(0,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 400X e 1000X.

Fonte: o autor

Figura 41 - MO das amostras produzidas a partir de amido de milho. gelatina comercial e glicerol com 1,5% de glutaraldeído (AC(1,5)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 400X e 1000.

Fonte: o autor

Figura 42 - MO das amostras produzidas a partir de amido de milho. gelatina comercial e glicerol com 3,0% de glutaraldeído (AC(3,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 400X e 1000.

Fonte: o autor

Com relação às imagens de MO das amostras produzidas pela blenda amido de milho e gelatina comercial com a adição de glutaraldeído, destaca-se a presença de estruturas esféricas visíveis especialmente em aumentos de 1000X. Não foi possível visualizar tais estruturas nas

amostras produzidas sem glutaraldeído. Tais esferas podem ser resultantes da migração da fase da blenda rica em gelatina para a superfície do filme durante a secagem devido à menor densidade da fase proteica em comparação com a fase rica em amido (ACOSTA et al., 2016;

ACOSTA et al., 2015).

As Figuras 43 e 44 apresentam as imagens de MO das amostras produzidas com gelatina de RCCC sem e com adição de glutaraldeído, respectivamente.

Figura 43 - MO das amostras produzidas a partir de gelatina de RCCC e glicerol sem glutaraldeído (R(0,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 1000X.

Fonte: o autor

Figura 44 - MO das amostras produzidas a partir de gelatina de RCCC e glicerol com glutaraldeído (R(3,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 1000X.

Fonte: o autor

Percebe-se a presença de cristais com um aumento de 1000X. Estes provavelmente se formam a partir dos sais não removidos durante o processo de purificação da gelatina do RCCC. A Figura 45 apresenta o registro fotográfico das imagens de MO realizadas em filme de gelatina de RCCC não purificada (sem passar pelo processo de remoção de sais por ultrafiltração) plastificado com o uso do glicerol. A ultrafiltração reduziu o teor de sais presentes na gelatina, conforme apresentado na Tabela 28. Sendo assim, a maior densidade de estruturas semelhantes a cristais na Figura 45 em comparação com as imagens de MO para as blendas de amido e gelatina de RCCC purificada por ultrafiltração deve-se à maior concentração de sais nos filmes de gelatina não purificada.

Figura 45 - MO das amostras produzidas a partir de gelatina de RCCC não purificada e glicerol com um aumento de 1000X

As Figuras 46 a 48 apresentam o registro fotográfico das imagens de MO realizadas nas amostras produzidas com a blenda amido de milho e gelatina de RCCC, sem e com a adição de glutaraldeído, respectivamente.

Figura 46 - MO das amostras produzidas a partir de amido, gelatina de RCCC e glicerol sem glutaraldeído (AR(0,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 400X.

Fonte: o autor

Figura 47 - MO das amostras produzidas a partir de amido, gelatina de RCCC e glicerol com 1,5% de glutaraldeído (AR(1,5)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 400X.

Fonte: o autor

Figura 48 - MO das amostras produzidas a partir de amido, gelatina de RCCC e glicerol com 3,0% de glutaraldeído (AR(3,0)) com um aumento de, da esquerda para a direita: 40X, 100X e 400X.

A separação de fases da blenda amido de milho e gelatina de RCCC fica clara ao avaliar- se as imagens de MO apresentadas. Assim como visualizado nas amostras produzidas a partir de amido e gelatina comercial, destaca-se a presença de estruturas esféricas visíveis especialmente em aumentos de 400X. No caso das amostras produzidas com gelatina do RCCC, tais estruturas poderiam justificar a separação entre as fases visualizadas a olho nu.

As imagens de MO indicam que gelatina e amido são imiscíveis ou que a homogeneização destes não foi efetiva, originando uma estrutura heterogênea. Acosta et al. (2016) apresentaram imagens de MO para filmes produzidos pela blenda de amido e gelatina, chegando à mesma conclusão. Segundo os autores, a imiscibilidade dos dois polímeros leva à formação de fases ricas em gelatina dispersas em uma matriz rica em amido.

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