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Microscopia eletrônica de varredura / espectrometria dispersiva em energia

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1.5 Microscopia eletrônica de varredura / espectrometria dispersiva em energia

O estudo de morfologia, trama e composição química foi realizado em análises no MEV e EDS. Nessa etapa, foram observadas amostras do minério nas faixas – 0,150 + 0,045 mm, – 0,045 + 0,010 mm e amostras dos produtos flotados nos sistemas amina/amido, oleato de sódio e hidroxamato na granulometria – 0,150 + 0,045 mm. As amostras foram estudadas em pastilhas de resina epóxi (fenólica) e na forma de partículas soltas. As amostras de minério na fração – 0,150 + 0,045 mm foram investigadas para fins de estudos de morfologia e trama, uma vez que guardavam informações não presentes na amostra fina. A composição química do minério foi investigada para as duas faixas, visando identificar as possíveis diferenças entre finos e grossos. Por fim, as amostras de produtos da flotação foram investigadas visando identificar a presença de . Para tanto, as amostras foram recolhidas do flotado, que foi coletado evitando se a modificação dos pHs nos quais foram realizados os ensaios. As amostras foram estudadas em pastilhas de resina de acrílico e na forma de partículas soltas.

A figura 5.13 e a tabela V.3 trazem uma análise geral da amostra de minério na faixa granulométrica grossa (– 0,150 + 0,045 mm). A imagem indica boa liberação do quartzo

(partículas cinza escuro) e a presença de partículas mistas de hematita (cinza bem claro), goethita (cinza médio) e quartzo. A microanálise EDS indica tratar se de um minério relativamente pobre (44,48% de Fe) e contendo, além do Si, S e Mn como principais elementos contaminantes. Uma vez que não foram identificadas fases que contêm tais contaminantes, espera se que os mesmos estejam presentes na estrutura cristalina das fases hematita e goethita. Para os elementos Al e P, a análise indicou valores abaixo do limite de detecção do método (Wt: 0,5 – 1,0%).

Figura 5.13 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethítico ( 0,150 +0,045 mm), secção polida.

Tabela V.3 – Microanálise química da área apresentada na figura 5.13.

Elemento O Al Si P S Mn Fe

A figura 5.14 e as tab de minério fina (– 0,045 + 0, que a fração fina do minério Contudo, o conteúdo de Al e que é composta por partícu aquele da análise geral e um maior junto aos finos, na reg

Figura 5.14 Imagem de elétrons

Tabela V.4 – M

Elemento O A

Wt(%) 22,50 0,9

as tabelas V.4 e V.5 trazem os resultados das aná 5 + 0,010 mm). Observa se, pela comparação das

inério apresenta menor conteúdo de Si e S, e ma e Al e Mn é maior nessa faixa granulométrica. Ao artículas mais finas, verifica se um conteúdo de l e uma presença menor do Si. O conteúdo de Al e na região 1.

étrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethític partículas soltas.

Microanálise química geral da área apresentada na figur

Al Si P S Mn

0,90 14,59 0,14 0,02 1,21

as análises para a amostra o das microanálises gerais, , e maior conteúdo de Fe. ica. Ao analisar a região 1, do de Fe ainda maior que e Al e Mn se mostra ainda

ethítico ( 0,045 +0,010 mm),

a figura 5.14. Fe

Tabela V.5 –

Elemento O A

Wt(%) 23,02 1,1

Os estudos de morfol 5.19. A figura 5.15 apresen principais feições apresentad hematita lamelar (região 1) figura também apresenta envolvendo os grãos de hem microanálise das quatro re conteúdo de contaminantes, provavelmente artefatos, resu

Figura 5.15 Imagem de elétrons

Microanálise química da região 1, apresentada na figur

Al Si P S Mn

1,16 7,18 0,29 0,12 1,33

orfologia e trama são apresentados nas figuras 5 presenta as três fases identificadas pelo MEV e

sentadas pela hematita nas amostras do minério g ão 1) e a hematita martítica (região 2) intercresc enta uma matriz de goethita maciça na região de hematita. O quartzo é apresentado na região tro regiões indica uma tendência da goethita d antes, especialmente o Si, que a hematita. As impu

s, resultantes do espalhamento do feixe de elétrons

étrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethític secção polida. figura 5.14. Fe 66,90 100,00 as 5.15, 5.16, 5.17, 5.18 e EV e exemplifica as duas nério goethítico, a saber, a rcrescida com goethita. A região 3 (cinza médio), egião 4 (cinza escuro). A thita de apresentar maior s impurezas do quartzo são létrons (tabela V.6).

Tabela V.6 – Microanálise química das regiões 1, 2, 3 e 4 apresentadas na figura 5.15. Elemento O Al Si P S Mn Fe Wt(%) 1 19,48 0,20 0,09 0,10 0,05 0,66 79,42 100,00 2 21,05 0,15 0,40 0,02 0,03 0,26 78,10 100,00 3 25,92 0,27 1,37 0,41 0,06 0,69 71,29 100,00 4 38,97 0,40 59,55 0,00 0,10 0,21 0,78 100,00

A figura 5.16 mostra uma partícula com goethitas com feições variantes. Além da goethita maciça intercrescida com hematita martítica em trama de treliça (centro), as goethitas botrioidal e terrosa são observadas nas bordas da partícula. Tais aspectos foram também identificados por Rocha (1997) para amostras de Alegria.

Figura 5.16 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethítico ( 0,150 +0,045 mm), secção polida.

O processo de martitização é notável no estudo de amostras de minério goethítico da mina de Alegria, como bem caracterizado por Rocha (1997) e Henriques (2012). A figura 5.17 apresenta bem esse processo ao mostrar uma partícula de hematita martítica em formato octaédrico, habitus típico da magnetita (pseudomorfismo). A trama5 de treliça e os planos (111) podem ser identificados, sendo esses os planos preferenciais para recristalização da hematita. Há ainda magnetita relicta no grão.

Figura 5.17 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethítico ( 0,150 +0,045 mm), secção polida.

A presença de poros é descrita na literatura como uma característica da hematita martítica e da goethita (ROCHA, 1997; HENRIQUES, 2012). A figura 5.18 destaca a existência de poros contendo material terroso, delimitado em vermelho, na amostra de minério goethítico. Esse material, constituído por goethita terrosa, consiste em uma fonte de lamas, que podem prejudicar o desempenho da etapa de concentração por flotação.

Figura 5.18 Imagem de elétrons

As observações reali (figuras 5.19a e 5.19b) frequentemente intercrescid apresentaram se lisa. A goe também comumente encontr esse mineral é visto com me (figura 5.19a). As imagens g mostradas nas figuras 5.20a apresentam se com aspectos goethita, independentemente oleato de sódio e hidroxamat esperava se que a cobertura

étrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethític secção polida.

realizadas com a amostra de minério na forma 19b) confirmaram a elevada rugosidade da rescida com goethita. As partículas de quartzo A goethita identificada no habitus botrioidal, na ncontrada nas preparações de partículas soltas (fig m menor frequência no habitus acicular, pseudom gens geradas para as amostras coletadas após o pro 5.20a, 5.20b e 5.20c. Nessas, observa se que as p pectos semelhantes, pouco recobertas por partícul

mente do sistema de flotação. Uma vez que a fl xamato foi realizada em pH 9,0 e no sistema amina ertura por finos fosse mais expressiva nos dois pri

ethítico ( 0,150 +0,045 mm),

forma de partículas soltas da hematita martítica uartzo, em contrapartida, nas secções polidas, é (figura 5.19b). Contudo, udomórfico dos anfibólios o processo de flotação são ue as partículas de quartzo rtículas finas de hematita e ue a flotação nos sistemas amina/amido em pH 10,5, ois primeiros sistemas, nos

quais existe maior propensão a heterocoagulação segundo o potencial zeta das fases envolvidas.

a) b)

Figura 5.19 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethítico em partículas soltas ( 0,150 +0,045 mm).

a) b)

c)

Figura 5.20 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério goethítico em partículas soltas ( 0,150 +0,045 mm). Flotado amina/amido (a), oleato de sódio (b) e hidroxamato (c).

Uma avaliação do recobrimento por finos também foi realizada para as amostras de minério fino (– 0,045 + 0,010 mm) e grosso (– 0,150 + 0,045 mm) através de imagens de elétrons retroespalhados (IER). Os resultados são mostrados nas figuras 5.21a e 5.21b. Observa se um maior recobrimento das partículas de quartzo por finos de goethita e hematita no caso da amostra de minério fino (b). Tal fato pode indicar uma menor eficiência da flotação nessa faixa granulométrica, mesmo após uma deslamagem eficiente.

a) b)

Figura 5.21 Imagem de elétrons retroespalhados (IER) da amostra de minério na forma de partículas soltas . a) grosso ( 0,150 +0,045 mm) em a) e b) fino ( 0,045 + 0,010 mm).

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