• Nenhum resultado encontrado

MINERAÇÃO DO BITCOIN

No documento Moedas digitais bitcoin (páginas 43-50)

3. TOPOLOGIA DA REDE EM MOEDAS DIGITAIS

5.4. MINERAÇÃO DO BITCOIN

Nesta cessão iremos explicar o processo de mineração que é importantíssimo para o funcionamento da rede, a mineração consiste basicamente em usar a capacidade computacional das maquina disponíveis na rede para rodar os algoritmos do sistema Bitcoin, validar e gravar no blockchain as transações efetuadas pelos usuários. As minera- ções mantem a sincronização dos usuários da rede e prove a segurança da rede além de um funcionamento completamente descentralizado. Em toca da disponibilização de sua ca- pacidade computacional os mineradores recebem uma recompensa em Bitcoin.

De forma a limitar o número de Bitcoins em circulação, a taxa de geração de bloco é limitada o que implica em uma maior dificuldade de solução a cada novo Bitcoin gerado. O aperfeiçoamento dos hardwares e das técnicas de mineração vem contribuindo muito para o aumento da complexidade dos problemas, visto que quanto mais rápido se resolve um problema maior será a complexidade dos próximos problemas.

O protocolo Proof-of-work bastante usado na mineração, também chamado de prova trabalho este protocolo é comumente usando para prover segurança nos sistemas evitando ataques cibernético como DDOS e Spam, reduzindo os efeitos destes ataques usando a função hash. O conceito do protocolo consiste em provar para cada tarefa do usuário que o mesmo a realizou, está prova garante que o usuário de fato executou a tarefa e satisfez o requisito do sistema que o avaliou. Em sua maioria, os algoritmos proof-of-work retardam a velocidade de acesso ao serviço em questão, mas por outro lado proveem mais segurança ao sistema.

No caso da rede Bitcoin, o protocolo proof-of-work soluciona o problema das atualizações assíncronas na rede peer-to-peer. Neste caso adiciona-se uma transação vá- lida de cada vez à blockchain. O protocolo impede alterações ou tentativas de gastar o mesmo valor mais de uma vez, caso um nó da rede realizar duas transações numa tentativa de ataque Double spending existe a possibilidade de diferentes nós receberem uma ou outra transação em sequencias diferentes. Os nós da rede encapsulam as transações em um bloco adicionado a eles uma referência ao bloco atual da cadeia, com isto se evita a validação das duas transações. Na sequência, este nó executará um cálculo complexo, com uma duração aleatória de tempo. O primeiro nó da rede a resolver o bloco, ganhará bitcoins e validará a transação. Dificilmente mais de um nó resolvera um mesmo bloco si- multaneamente devido a forma que o algoritmo foi projetado.

44 Segundo Da Silva “Bitcoin usa o algoritmo hash SHA-256, uma das mais pode- rosas funções hash disponíveis. Aplica-se um dado, que compõe o bloco, a essa função hash e é esperado que se obtenha um valor aleatório entre zero e o valor máximo de um número de 256 bits e que seja menor que o número compartilhado por todos os nós da rede, denominado alvo. Caso o hash não seja menor que o alvo, o dado do bloco é incre- mentado e tenta-se novamente. Como em uma loteria o usuário “vencedor” então submete o bloco válido para todos os nós do sistema, para a inclusão do bloco na cadeia válida atual. Uma vez que o bloco é validado e submetido ao sistema e mais seis blocos forem adicio- nados à cadeia, as transações que o contêm são confirmadas. A ideia é que se um usuário desonesto emitir duas transações usando-os. Tecnologias de Suporte ao Conceito de Crip- tomoeda mesmos bitcoins, a probabilidade de só uma delas se confirmar após seis blocos válidos é muito alta. Portanto mesmo que a base de dados seja distribuída e as atualizações assíncronas da rede peer-to-peer possam causar certa desconfiança o processo de mine- ração do Bitcoin garante um único e coerente histórico de transações. Além de claro, mo- vimentar a economia de moeda digital, ao expandir sua oferta".

CONCLUSÃO

Acredita-se que durante a elaboração deste trabalho foi alcançado o objetivo de apresentar os principais aspectos das moedas digitais. Observa-se que as moedas digitais estudadas apresentam um nível satisfatório de segurança e algoritmos eficientes para a execução das transações. Além de prover um pseudo-anonimato de seus usuários o que gera uma grande atração para utilização desse modelo de sistema financeiro.

O fato das moedas digitais serem descentralizadas a topologia da rede se en- quadra perfeitamente a ideologia da liberdade de livre comercio. Além de permitir que suas transações sejam realizadas através da internet e sem uma instituição regulamentadora, a qualquer hora e em qualquer lugar do globo sem a cobrança de tarifas. Com isto o número de usuários aumenta consideravelmente a cada dia que passa.

Por isto, é de extrema importância que as transações sejam efetuadas seguindo todos os parâmetros de segurança mostrados nesse trabalho. E como a topologia da rede que é descentralizada a capacidade de processamento do sistema depende de diretamente

seus usuários para a sua execução. Por esse motivo a atração de novos usuários faz com que o sistema aumente seu poder de processamento.

Concluímos que o futuro das transações financeiras caminhe para a instauração de uma moeda livre de taxas, de barreiras entre os usuários e de acesso livre e indepen- dente de instituições financeiras. O Senegal de forma pioneira anuncia que sua moeda ofi- cial será um “clone” do Bitcoin, o e-CFA. O pais africano usará a e-CFA em todas as suas transações que opera de maneira semelhante ao do Bitcoin relatado no trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[Aurélio, 2002] Aurélio, B.H.F; “Mini Aurélio século XXI – minidicionário da língua portu- guesa”, Nova Fronteira, 2002.

[KUROSE, 2006] KUROSE, J. F., ROSS, K. W., Redes de Computadores e a Internet - Uma nova abordagem, 3a Edição, São Paulo: Addison Wesley, 2006

[King S, 2012] Nadal S. PPCoin: Peer-to-Peer Crypto-Currency with Proof-of-Stake. 2012 Aug.19. [Acesso em 05 setembro 2016]. Disponível em: http://www.peercoin.net/assets/pa- per/peercoin-paper.pdf.

[Nakamoto, 2008] Nakamoto S. Bitcoin: A peer-to-peer electronic cash system. 2008. [Acesso em 05 setembro 2016]. Disponível em: https://bitcoin.org/bitcoin.pdf

[Adam Back,1997] Adam Back. A partial hash collision based postage scheme, março 1997. [Acesso em 05 setembro 2016]. Disponível em: http://www.hashcash.org/papers/an- nounce.txt

[David Chaum, 1983] David Chaum. Blind signatures for untraceable payments. In Ad- vances in crypto-logy. Springer, 1983.

[Hans Dobbertin, 1996] Hans Dobbertin, Antoon Bosselaers, and Bart Preneel. Ripemd-160: A streng-thened version of ripemd. In Fast Software Encryption. Springer, 1996.

46 [Faure, 2013] A. P. Faure. Money creation: Genesis 2: Goldsmith-bankers and bank notes. Dis-ponivel em SSRN 2244977, 2013.

[Gernet.,1962] J. Gernet. Daily Life in China, on the Eve of the Mongol Invasion, 1250-1276. ACLS Humanities E-Book. Stanford University Press, 1962.

[Graeber, 2012] D. Graeber. Debt: The First 5000 Years. Penguin Books Limited, 2012.

[Second Life, 2009] Second Life. 2009 End of Year Second Life Economy Wrap up (includ- ing Q4 Economy in Detail).

[G.M. Lilly, 2004] G.M. Lilly. Device for and method of one-way cryptographic hashing, De- cember 7 2004. US Patent 6,829,355.

[Merkle, 1988] Ralph C. Merkle. A digital signature based on a conventional encryption func- tion. In Carl Pomerance, editor, Advances in Cryptology | CRYPTO '87, volume 293 of Lec- ture Notes in Computer Science. Springer Berlin Heidelberg, 1988.

[British Museum,2014] British Museum. The origins of coinage, Novembro 2014. [Acesso em 05 agosto 2016]. Disponível em: http://www.britishmuseum.org/explore/themes/mo- ney/the_origins_of_coinage.aspx

[University of Missouri, 2014] Museum of Anthropology of the University of Missouri. Chi- nese coins, novembro 2014. [Acesso em 05 agosto 2016]. Disponível em: http://anthromu- seum.missouri.edu/minigalleries/chinesecoins/intro.shtml

[Chaum, 1981] David C. “Untraceable Electronic Mail, Return Addresses, and Digital Pseu- donyms. Communications of the ACM 24/2, 1981.

[Goldschlag, Reed & Syverson, 1999] Goldschlag, D., Reed, M. Syverson, P., “Onion Rout- ing for Anonymous and Private Internet Connections”, Communications of the ACM

[Reiter & Rubin, 1998] Reiter, M. K., Rubin, A. D. “Crowds: anonymity for Web transactions”, ACM Transactions on Information and System Security, 1998

[Protocol Documentation,2016] Bitcoin Wiki, Documentação do Protocolo [Acesso em 07 outubro 2016]. Disponível em: https://en.bitcoin.it/wiki/Protocol_documentation

[Transaction Fee,2016] Bitcoin Wiki, “Transaction fee”. [Acesso em 11 setembro 2016]. Dis- ponível em: https://en.bitcoin.it/wiki/Transaction_fees

[Weaknesses,2016] Bitcoin Wiki, Weaknesses – Attacker has a lot of computing power. [Acesso em 11 setembro 2016]. Disponível em: https://en.bitcoin.it/wiki/Weaknesses

[Piotr Piaseck,2012] Design and security analysis of Bitcoin infrastructure using application deployed on Google Apps Engine. [Acesso em 05 setembro 2016]. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/327739537/PiotrPiasecki-BitcoinMasterThesis-pdf

[Casascius,2013] Moeda Bitcoin física[Acesso em 11 setembro 2016]. Disponível em: https://www.casascius.com/

[Business Insider,2013] Roubo de Bitcoins. [Acesso em 13 setembro 2016]. Disponível em: http://www.businessinsider.com/the-history-of-bitcointheft-2013-11

[Bitcoin Network, 2013] Wikipedia Bitcoin Network. [Acesso em 13 setembro 2016]. Dispo- nível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bitcoin_network

[Multibit, 2016] Multibit - The Bitcoin Wallet for Your Desktop [Acesso em 05 setembro 2016]. Disponível em: https://multibit.org/

[Coinbase,2016] Coinbase - Comprar e Vender Moeda Digital. [Acesso em 11 setembro 2016]. Disponível em: https://www.coinbase.com/

[King, 2014] King, Richie. Why nobody can withdrawn Bitcoins from one of the currency‘s largest exchanges. [Acesso em 11 setembro 2016]. Disponível em:

48 http://qz.com/175565/why-nobody-can-withdraw-bitcoins-from-one-of-the-currencys-lar- gest-exchanges/

[Bitcoin,2016] Bitcoin. Wikipédia, a enciclopédia livre. Flórida: Wikipédia Foundation. [Acesso em 15 setembro 2016]. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bitcoin

[Berthold, Federrath & Köpsell 2001] Berthold, O., Federrath, H. and Köpsell, S. “Web MIXes: A system for anonymous and unobservable Internet access”, in: De-signing Privacy Enhancing de Technologies -- International Workshop on Design Issues in Anonymity and Unobservability. Servidor Web navegador Web

[Negocie Coins,2016] Negocie Coins - Lojas que Aceitam Bitcoins. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://www.negociecoins.com.br/lojas-aceitam-bitcoins

[Tor Project, 2016] Tor Project: Anonymity Online. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: https://www.torproject.org/index.html.en

[G1 Moeda Virtual Bitcoin,2014] G1. Moeda virtual bitcoin começa a ganhar espaço no co- mércio brasileiro. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://g1.globo.com/tecnolo- gia/noticia/2014/02/moeda-virtual-bitcoin-comeca-ganhar-espaco-no-comercio-brasi- leiro.html

[Cohen, 2013] Forbes, Reuven Cohen. The top 30 crypto-currency market capitalizations in one place. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://www.forbes.com/sites/reu- vencohen/2013/11/27/the-top-30-crypto-currency-market-capitalizations-in-one-place

[Yermack, 2013] Yermack, David. Is bitcoin a real currency? An economic appraisal. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://www.nber.org/papers/w19747.pdf

[ULRICH,2014] Bitcoin: a moeda na era digital. São Paulo: Instituto Mises Brasil. (ULRICH, 2014, 2008)

[História do Bitcoin,2015] A História do Bitcoin, Parte 2: Surgimento e Ascensão. [Acesso em 24 agosto 2016]. Disponível em: https://bitcoin.com.br/a-historia-do-bitcoin-parte-2-sur- gimento-e-ascensao

[Bitcoin,2016]. Encontre as respostas para as perguntas frequentes e mitos sobre o Bitcoin [Acesso em 24 agosto 2016]. Disponível em: https://bitcoin.org/pt_BR/faq

[Gomes Rosa,2016] Dalilo Sérgio Gomes Rosas, Bitcoin. [Acesso em 20 agosto 2016]. Dis-

ponível em: https://books.google.com.br/bo-

oks?id=C5JkDAAAQBAJ&pg=PA18&dq=bitcoin+a+historia&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ah- UKEwj9xZye_drOAhXChJAKHVqFD-MQ6AEINDAA#v=onepage&q=bitcoin%20a%20his- toria&f=false

[Blockchain,2016] Explorador de Blocos Bitcoin. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: https://blockchain.info/

[Grinberg,2011] Reuben Grinberg, Bitcoin: An Innovative Alternative Digital Currency. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://www.meansofexchange.com/wp-con- tent/uploads/2013/07/Bitcoin-Innovative-Alternative.pdf

[Bitcoin Wiki, 2010] This wiki is maintained by the Bitcoin community. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: https://en.bitcoin.it/wiki/Main_Page

[Fergal Reid and Martin Harrigan, 2012] Fergal Reid and Martin Harrigan, an Analysis of Anonymity in the Bitcoin System. [Acesso em 20 agosto 2016]. Disponível em: http://ar- xiv.org/pdf/1107.4524.pdf

[Craig Wright desiste de provar que é Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin]

G1. [Acesso em 30 de maio de 2017]. Disponível em:http://g1.globo.com/tecnolo- gia/blog/seguranca-digital/post/craig-wright-desiste-de-provar-que-e-satoshi-nakamoto-cri- ador-do-bitcoin.html

50

[BERGMAN, Michael K.] The Deep Web: Surfacing Hidden Value. Disponível em: <http://brightplanet.com/wp-content/uploads/2012/03/12550176481-deepwebwhitepa- per1.pdf> [Figura 1] http://coinmarketcap.com/ [Figura 2] http://dann.com.br/bitcoin-guia-definitivo-parte-13-ideologia-e-estrutura-da-rede/ dia 01/08/2016 [Figura 3] https://www.bitcoinnews.com.br/bitcoinbrasil/conheca-os-melhores-e-mais-uteis- recursos-de-dados-bitcoin/ dia 01/08/2016 [Figura 4] Fonte:http://4.bp.blogspot.com/-kbTa- oUOgzUU/TnYM7QtO0FI/AAAAAAAAABk/_4GpCBmRFbE/s400/esquemaj.jpg [Figura 5] http://wikiimages.qwika.com/thumb/en/a/a2/Hash_function_long.png/330px- Hash_function_long.png [Figura 6] Bergman, 2012.

No documento Moedas digitais bitcoin (páginas 43-50)

Documentos relacionados