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Ministério da Educação e as suas agências de serviços centrais e desconcentrados de administração: primeira e segunda instância da produção

38 Considerações finais

3. Ministério da Educação e as suas agências de serviços centrais e desconcentrados de administração: primeira e segunda instância da produção

e reprodução do discurso pedagógico

Segundo Decreto-Lei n.º 22/2010, no seu art.º 1.º afirma que “o Ministério da Educação é o órgão central do Governo responsável pela conceção, execução, coordenação e avaliação da política, definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas de educação, ciência, tecnologia e cultura”. Este Ministério é tutelado pelo Ministro da Educação que o superintende e por ele

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responde perante o Primeiro-Ministro e o Conselho de Ministros e é coadjuvado pelo Vice-Ministro (art.º 3.º). Nomeadamente, nos termos da Constituição da República (art.º 117.º) o Ministro da Educação compete: executar a política definida para o seu ministério; assegurar as relações entre o Governo e os demais órgãos do Estado, no âmbito do respetivo ministro. Enquanto nos termos da lei as atribuições do Ministério da Educação, compete as seguintes competências:

a) Desenvolver as medidas de planeamento e os projetos legislativos e regulamentares necessárias à prossecução das políticas definidas para as suas áreas de tutela;

b) consolidar o uso das línguas oficiais no sistema da educação e ensino, nos termos definidos pela Lei de Bases da Educação, enquanto pressuposto de desenvolvimento de todo o sistema educativo;

c) garantir, acreditar e administrar com base em critérios de qualidade e legalidade, um sistema de ensino básico universal, obrigatório e tendencialmente gratuito;

d) Elaborar e implementar os currículos de vários graus de educação e ensino e desenvolver as metodologias pedagógicas mais eficientes para o sucesso escolar;

e) Garantir a formação do pessoal docente;

f) Garantir um sistema ágil e eficiente de desenvolvimento e manutenção das infraestruturas da educação, de forma a garantir uma rede de ofertas públicas de educação e ensino de âmbito nacional;

g) Implementar um sistema de inspeção dos serviços de educação que garanta o principio da legalidade, a implementação das políticas de desenvolvimento para as escolas e de execução dos programas curriculares e orientações pedagógicas;

h) Promover, apoiar e difundir uma política linguística que contribua para o fortalecimento da identidade e unidade nacionais, através da promoção da diversidade linguística timorense e através da promoção das suas línguas de educação e conhecimentos.

De acordo, com a lei orgânica do Ministério da Educação (Decreto-Lei n.º 22/2010, no seu art.º 4.º apresentam as agências do Ministério da Educação para os serviços centrais da administração direta do Ministério da Educação, diretamente tutelado pelo Ministro da Educação ou entidades coadjuvantes que se descreve em seguida.

A Direção Geral de serviços corporativos e planeamentos tem poder hierárquicos nos seguintes serviços: a) Direção nacional dos planos, estatísticas e

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tecnologias de informação; b) Direção nacional de finanças e logísticas; c) Direção nacional de aprovisionamento; d) Direção nacional de recursos humanos e; e) Direção nacional da ação social escolar.

A direção-geral da administração escolar, inovação e desenvolvimento curricular na sua hierarquia responsabilizados aos seguintes serviços: a) Direção nacional da educação pré-escolar; b) direção nacional de ensino básico; c) direção nacional do ensino secundário geral; direção nacional do ensino secundário técnico- vocacional; d) direção nacional do currículo e avaliação escolar e; f) direção nacional do ensino recorrente.

A direção-geral do ensino superior no seu poder hierárquico sob os seguintes serviços: a) Direção nacional do ensino superior universitário; b) Direção nacional do ensino superior técnico e; c) Direção nacional de desenvolvimento das ciências e tecnologias.

A direção-geral da cultura com os seguintes serviços: a) Direção nacional do património cultura; b) Direção nacional dos museus e bibliotecas e; direção nacional das artes, culturas e indústrias criativas culturais.

Além das direções centrais da administração direta, existe também direções de serviços desconcentrados. Segundo o Decreto-Lei n.º 22/2010, no seu art.º 5.º apresenta a organização do Ministério da Educação nos serviços de desconcentrados em seguinte: a) Direção regional de Educação I agregam quatro distritos (Baucau, Viqueque, Lautém e Manatuto); b) Direção regional de Educação II em agrupamento de três distritos (Díli, Liquiça e Aileu); c) Direção regional de Educação III que responsabiliza três distritos (Ainaro, Manufahi e Covalima); d) Direção Regional de Educação IV com dois distritos (Ermera e Bobonaro) e; e) Direção regional de educação de Oecusse. Estas direções foram eliminadas no inicio do período governação do V Governo Constitucional por razão de duplicação de serviços da mesma em duas agências diferentes no mesmo espaço. Desde já também os serviços de desconcentrados foram criados a organização territorial de serviços desconcentrados do Ministério da Educação é a Direção Distrital de Educação em cada capital do distrito que hoje em dia assume a função de ser direção intermédia da educação nas relações dos serviços centrais da administração do ME com as escolas intermediadas por elas.

As tarefas assumidas pela Direção Distrital da Educação, segundo a Lei Orgânica do Ministério da Educação art.º 47.º no âmbito das competências são os seguintes:

1) As Direções distritais são os órgãos executivos, operacionais, que executam as decisões emanadas dos serviços centrais;

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2) As Direções distritais detêm competências próprias no âmbito da execução das políticas superiormente definidas para a gestão do sistema de educação pré- escolar, ensino básico e recorrente, designadamente:

a) Garantia de execução das políticas educativas na componente logística, designadamente em matéria de armazenamento e distribuição de materiais escolares, manuais didáticos e escolares, equipamentos, logística inerente à implementação dos programas de ação social escolar, entre outros;

b) Assegurar a divulgação de orientações dos serviços centrais e de informação técnica às escolas e aos utentes;

c) Recolha de toda a informação estatística definida pela competente direção central designadamente em matéria de administração e gestão de recurso humano;

d) Implementação das decisões emanadas da direção central em matéria de informatização do sistema educativo e em matéria de desenvolvimento e aplicação de tecnologias da informação nas escolas;

e) Execução e desenvolvimento por iniciativa própria da política cultural; f) Apoio à unidade de infraestruturas e manutenção dos equipamentos da

educação em todas as matérias que sejam requeridas;

g) Recolha e transmissão para os serviços centrais de toda a informação pertinente proveniente das escolas;

h) Poder de realização de determinados procedimentos e atos administrativos de auxílio ao funcionamento do sistema educativo, a definir por Despacho Ministerial

3). As direções distritais são dirigidas por um Diretor Distrital, que coordena a atividade dos chefes de secção;

4). Em todas as matérias cuja competência que provenha das Direções Distritais responde diretamente perante as competências direções-gerais do Ministério da Educação.

Em síntese, as agências centrais da administração do Ministério da Educação que agregam os serviços de forma direta com as escolas do ensino básico e secundário de todos os níveis de escolaridade (1.º - 12.º ano) do território nacional eram sete agências serviços centrais com dezassete subagências de apoio e uma agência de serviços desconcentrados em 13 distritos de forma vertical por ordem de comando, nos termos da lei. Cada uma das agências centrais com as subagências e serviços desconcentrados, e em geral todos eles assumem uma responsabilidade de trabalhar para o bem comum da educação de qualidade para os jovens de Timor-Leste, segundo definido nos termos da lei.

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4. A ONG Internacional UNICEF e as Cooperações Estrangeiras nas atividades