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MODULO A12 Origem do vento

No documento MANUAL Marinheiro (páginas 52-63)

Devido ao aquecimento e arrefecimento da superfície terrestre, formam-se respectivamente zonas de baixas e altas pressões. Para equilibrar estas diferenças de pressões o ar desloca-se de uma alta para uma baixa pressão, dando origem ao que chamamos Vento. Este ainda sofre deflexões devido a uma força resultante da rotação da Terra (força de Coriolis), explicando-se assim o sentido de rotação diferente dos ciclones no hemisfério Norte e Sul.

A força do vento depende da velocidade do ar em movimento. Meteorologicamente é dada em metros/segundo mas, em termos náuticos exprime-se em nós (milhas marítimas/hora).

Milha - Valor médio do comprimento de um minuto de arco de um meridiano. Equivale a 1852 metros. Nó - Medida de velocidade equivalente a uma milha marítima por hora. 10 nós correspondem a 18,5 Km/h.

Terminologia Efeito do vento e correntes sobre as embarcações

Vento - Ar em movimento numa dada direcção e velocidade.

Corrente - Movimento horizontal das águas do mar numa determinada direcção.

Vaga – Movimento de água provocado pelo vento. Nota-se à superfície e por cima da ondulação. Ondulação – Movimento da água de fundo.

Vento / Vaga; Afecta mais as embarcações com obras mortas volumosas (embarcações altas) Corrente / Ondulação; Afecta igualmente todas as embarcações.

Barlavento - Lado de onde sopra o vento. Sotavento - Lado para onde sopra o vento. Vento Verdadeiro (real) - Vento que se sente com a embarcação parada.

Vento Aparente - Vento resultante do movimento da embarcação e do vento verdadeiro. Rosa dos Ventos - Círculo onde estão marcados os 4 pontos cardeais, com os quadrantes intermédios divididos em quartas, meias-quartas e quartos.

Veleiros/ Mareação

Conforme o ângulo que a Proa faz com a direcção do vento, assim se diz se o barco vai a uma bolina (cerrada ou folgada), com vento de través, a um largo, a um largo pela alheta de EB ou BB, ou a uma popa:

Todas as palavras a branco são os nomes das mareações

Orçar é a manobra que a embarcação faz para aproximar a Proa da direcção do vento (cor vermelha.

Arribar é a manobra que a embarcação faz para afastar a Proa da direcção do vento (cor verde).

As velas "batem" como bandeiras. Não se pode navegar contra o vento neste ângulo

Largo p/ Alheta de

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Virar de bordo

Ondulação

A causa principal da formação das ondas é o vento que transmite energia à superfície da água do mar. O vento ao friccionar a superfície do mar acelera as suas partículas, começando assim a ondulação, que à medida que o vento continua a transmitir a sua energia vai aumentando de altura.

Altura da onda é a distância vertical entre o ponto mais alto da crista e o ponto mais baixo da cava. Comprimento da onda é a distância que separa duas cristas.

Velocidade de uma onda é a distância percorrida por uma crista em unidade de tempo e expressa em nós.

Meteorologia

Estuda os fenómenos físicos da atmosfera e os que ocorrem na superfície da terra, relacionados com os fenómenos atmosféricos.

Atmosfera divide-se em troposfera (até aos 10 Km) e Estratosfera (dos 10 aos 30 Km).

É na Troposfera que se observam as maiores diferenças de temperatura, movimentos de massas de ar e fenómenos atmosféricos que nos afectam.

Temperatura - é a origem do calor vindo do Sol.

A camada da Troposfera próxima da superfície terrestre aquece principalmente devido à radiação proveniente do Sol, e depende da natureza da superfície, do grau de humidade do solo, da existência de massas de água nos continentes, da arborização, das superfícies desertificadas, etc. A unidade para medição da temperatura é o grau celsius (ºC) ou fahrenheit (F) , sendo porém mais corrente entre nós ,o primeiro. A conversão de graus Fahrenheit (F) para graus Celsius (C) é dada pela fórmula C=5/9.(F-32), ou, de forma equivalente por C=(F- 32)/1,8

Pressão Atmosférica - Pressão Atmosférica é a pressão que o ar exerce na superfície Terrestre.

- Quando a temperatura aumenta o ar aquecido dilata-se, e torna-se menos denso, diminuindo a pressão. - Quando a temperatura diminui o ar arrefecido comprime-se e torna-se mais denso, aumentando a pressão.

A Unidade de Pressão Atmosférica que se utiliza em Meteorologia marítima é o Milibar (mb).

Alta Pressão - Designa um núcleo de altas pressões em que o valor da pressão diminui do centro para fora.

Virar de bordo por davante

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Baixa Pressão ou Depressão - Designa uma região de baixas pressões em que o valor da pressão aumenta do centro para fora.

Linhas Isóbaras

Representação gráfica dos ciclones e anticiclones. As curvas fechadas são as Isóbaras e as setas representam os ventos.

O ar no hemisfério Norte move-se no sentido dos ponteiros do relógio à volta de uma alta pressão e, move-se no sentido contrário à volta de uma baixa pressão.

O ar no Hemisfério Sul move-se no sentido dos ponteiros do relógio à volta de uma baixa pressão e, move-se no sentido contrário à volta de uma alta pressão. A intensidade do vento é tanto maior quanto mais próximas estão as linhas Isobáricas umas das outras.

Massas de Ar - A massa de ar é uma extensa porção de atmosfera homogénea quanto à distribuição horizontal da temperatura e humidade.

Características de uma massa de ar quente: - Grande humidade, temperatura elevada, desloca-se mais devagar que a massa de ar frio, visibilidade fraca.

Características de uma massa de ar frio: - Pouca humidade, temperatura muito baixa, desloca-se rapidamente e boa visibilidade (raramente inferior a 10 kms) nos intervalos dos aguaceiros.

Humidade - O ar contém mais vapor de água quanto mais quente estiver.

Condensação - Para uma determinada temperatura o vapor de água em excesso, contido numa massa de ar, condensa-se em gotas de água formando as nuvens.

Classificação das nuvens - Há vários grupos de nuvens, cada uma com o seu nome segundo a forma e a altitude em que se desenvolvem. Dividem-se em três tipos:

- Nuvens baixas (do solo a 2.000 m) Estratos (St) / Cumulo (C) - Nuvens médias (2.0000 a 6.000 m) Altostratos (As) / Altocumulo (Ac) - Nuvens altas (acima dos 6.000 m) Cirros (Ci)

Superfícies Frontais

Uma massa de ar é uma extensa porção de atmosfera homogénea quanto à distribuição horizontal da temperatura e humidade.

Quando duas massas de ar que entram em contacto não se misturam, mantendo cada uma as suas características, criam entre si uma superfície frontal.

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Superfície Frontal Quente

Uma massa de ar quente caracteriza-se pela temperatura alta, humidade elevada, má visibilidade (devido à elevada humidade) e deslocação lenta.

O ar quente, ao atingir a superfície frontal, sobe ao longo desta e, ao arrefecer, condensa-se, formando um sistema nebuloso que pode atingir 100 Km de largura. Aquando da sua aproximação, as primeiras nuvens a surgir são os cirros e, à medida que estes se vão elevando, surgem os cirrostratos, altostratos, nimbostratos e os estratos.

A precipitação é contínua, cessando após a passagem da frente.

Superfície Frontal Fria

Uma massa de ar frio caracteriza-se pela pouca humidade, temperatura muito baixa, deslocamento rápido e boa visibilidade (>10Km) nos intervalos dos aguaceiros.

Quando a cunha de ar frio encontra o ar quente, obriga-o a subir ao longo da superfície frontal até níveis mais elevados. As nuvens originadas são de desenvolvimento vertical, como cúmulos e cumulonimbos. Estas originam aguaceiros fortes, relâmpagos e trovoadas.

Superfície frontal quente/ características:

Elemento Antes passagem da À passagem Após a passagem Pressão Decresce continuamente Estabiliza Mantém-se ou decresce lentamente Vento De S ou SW e aumenta a intensidade Roda para SW ou W e diminui de intensidade Mantém direcção e intensidade

Temperatura Sobe lentamente Aumenta Mantém-se

Ponto Orvalho Aumenta Aumenta Mantém-se

Hr Aumenta Pode aumentar um

pouco

Pequenas variações

Nuvens Ci, Cs, As e Ns Ns e St St e Sc

Tempo

Chuva contínua Chuva contínua ou intermitente

Céu muito nublado com tectos baixos, chuviscos ou chuva fraca

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Superfície frontal fria/ características:

Elemento Antes passagem da À passagem Após a passagem

Pressão Decresce Sobe bruscamente Sobe lentamente

Vento

Se de SW roda para S. Aumenta de intesidade e sopra com rajadas

Roda bruscamente para NW. Aumenta de intesidade e sopra com rajadas

Mantém forte mas diminuem as rajadas Temperatura Mantém-se mas diminui durante a chuva Diminui bruscamente Pequenas variações durante os aguaceiros Ponto Orvalho Pequenas variações Diminui bruscamente Pequenas variações

Hr Aumenta durante a chuva Mantém-se levada durante a precipitação

Diminuição brusca logo que a chuva pára

Nuvens Ci, Ac, As e Cb Cb com bases baixas Cu e Cb

Tempo

Chuva contínua Chuva forte, com trovoada e por vezes granizo Chuva forte durante um curto período seguida de aguaceiros Visibilidade

Fraca Fraca durante a precipitação

Excelente no ar frio, excepto durante os aguaceiros

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ESCALA DE BEAUFORT – Estabelece uma relação entre as condições de vento e o correspondente estado do mar. O numero esta directamente relacionado com a força do vento.

Força do vento em Velocidade

nós Descrição Símbolo Aspecto do mar

Altura da Vaga (metros)

0 0 - 1 Calma Mar de azeite 0

1 1 - 3 Aragem Rugas na água em forma de escamas, sem cristas

de espuma 0 - 0.10

2 4 - 6 Fraco

Pequenas vagas curtas mas marcadas; cristas translúcidas, mas não rebentam

0.10 - 0.25

3 7 - 10 Bonançoso

Pequenas vagas mais alongadas, as cristas começam a rebentar, alguns carneiros

0.25 - 1.0

4 11 - 16 Moderado Pequenas vagas alongadas, mais carneirada 1.0 - 1.50

5 17 - 21 V. Fresco Vagas médias de forma alongada, aumenta a

carneirada 1.50 - 2.50

6 22 - 27 Fresco Muito -Frescalhão

Vagas grandes em formação; cristas

espumantes com ronciana 2.50 - 4.0

7 28 - 33 Forte As vagas acumulam-se a espuma alonga-se em fieiros esbranquiçados na direcção do vento 4.0 - 5.50

8 34 - 40 (Muito Rijo) Muito Forte Vagas medianamente altas mas compridas; as cristas

rebentam em turbilhão, 5.50 - 7.50

9 41 - 47 Tempestuoso

Vagas altas, fieiros densos, o mar enrola, a ronciana diminui, por vezes, a visibilidade

7.5 - 10.0

10 48 - 55 Temporal

Vagas muito altas, de cristas compridas e pendentes, ronciana em lençóis estirados em faixas brancas, superfície da água esbranquiçada, o rolo é violento e caótico, má visibilidade

10.0 - 12.0

11 56 - 63 Temporal Desfeito

Vagas altas, mar coberto de faixas de espuma, os picos das cristas são poeira

de água, má visibilidade 12.0 - 16.0 12 > 64 Furacão O ar está saturado de espuma, mar completamente branco, péssima visibilidade > 16.0

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Escala de Mau tempo - Sinais de Aviso de Temporal (nos portos portugueses) (de 1 a 9)

O número indica a direcção com que o mau tempo acontece. NÃO indica força como a escala de Beaufort. Segundo o D.L. nº 283/87, de 25 de Julho, a tabela seguinte descreve os sinais de aviso de temporal para uso nos portos portugueses. As capitanias dos portos e as suas dependências são responsáveis pela actuação destes sinais.

Força e direcção do

vento Diurno Sinal Nocturno Sinal Numero/Obs

Vento de força 8 ou superior começando no quadrante de NW 1 Vento de força 8 ou superior começando no quadrante de SW 2 Vento de força 8 ou superior começando no quadrante de NE 3 Vento de força 8 ou superior começando no quadrante de SE 4 Vento de força 12 de qualquer direcção 5 Vento de força 7 de qualquer direcção 6 Vento rondando no sentido do movimentos dos ponteiros do relógio

7-Sinal

complementar dos anteriores Vento rondando no

sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio 8-Sinal complementar dos anteriores Observada ou prevista ondulação de SE com 2 m. ou superior 9-Usado só na costa algarvia

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Amarração

Colocação dos cabos nos cabeços em terra

Colocação correcta – observe a figura e verifique que pode retirar qualquer cabo, quando necessitar sem ter que tirar previamente o outro.

Quando se passa a amarração do navio ao cais convém deixar os cabos suficientemente folgados a contar com as amplitudes de maré para o local tendo em particular atenção aos cabos ao través.

Aproximação ao cais

Ao atracar o navio deverá fazer-se ao cais a uma velocidade baixa e com um ângulo de inclinação entre os 10º e 20º com este, de modo a parar paralelo e o mais perto possível do cais. Deve levar o ferro do bordo oposto pronto a largar como medida de segurança. Para evitar avarias nos hélices não deve a popa encostar à muralha em primeiro lugar atracar com corrente ou vento

Passo direito desloca a popa para EB com motor AV Passo esquerdo desloca a popa para BB com motor AV Passo direito desloca a popa para BB com motor AR Passo esquerdo desloca a popa para EB com motor AR Atracar com Corrente ou Vento

O navio deve atracar sempre contra a corrente. Com corrente contrária um navio parado relativamente ao cais tem os motores a trabalhar a vante de modo a compensar a velocidade que a água tem em sentido contrário. Deste modo, como relativamente à água, o navio continua em movimento a vante, o efeito do leme não se perde e mantém assim a capacidade de manobra do navio.

Vento Forte

O vento, actuando nas obras mortas do navio pode dificultar ou mesmo impossibilitar a manobra de atracar ou largar de um cais. Ao atracar se o vento for forte de terra, menor deverá ser o ângulo com o cais. Se o vento for forte do lado do mar, maior deverá ser o ângulo de aproximação ao cais. A embarcação ao aproximar do cais e ao perder velocidade fica mais vulnerável à acção do vento. Este vai provocar nessa condição um maior abatimento.

Manobra de Homem ao Mar

Tal como o seu nome sugere, a manobra de “ Homem ao Mar” destina-se fundamentalmente a ser executada para recolher alguém que caiu à água. Sendo uma manobra de execução bastante simples, exige, no entanto algumas precauções que se devem ter em atenção. A mais importante é não perder o homem de vista. Uma pessoa na água torna-se um ponto difícil de ser visto, mesmo numa fraca agitação marítima.

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Com uma embarcação a motor:

1. Parando a embarcação e navegando a ré se a agitação marítima for fraca e o náufrago tiver caído há pouco tempo.

2. Continuando a navegar a vante e fazer uma manobra de rotação. Esta manobra consiste em quinar a embarcação carregando todo o leme para o bordo em que o homem caiu e fazer uma rotação de 360º até voltar ao local do náufrago.

3. Continuando a navegar a vante e efectuar uma Manobra de Butakov. Esta manobra consiste em carregar todo o leme a um dos bordos até que a proa da embarcação se afaste 60º da direcção em que seguia. Nesta altura mete-se

todo o leme para o bordo contrário de modo a inverter o sentido da guinada e depois, quando faltarem trinta graus para o rumo inverso do inicial, mete-se o leme a meio. Desta forma irá acabar a guinada ao rumo inverso do que vinha. Sendo a manobra de Butakov mais morosa do que a de rotação, ela apresenta vantagens quando se perde o náufrago de vista, uma vez que, teoricamente, após a guinada, o navio seguirá exactamente sobre o caminho que estava a percorrer, no sentido inverso, o que irá conduzir ao local onde o náufrago caiu à água.

Escolha de Fundeadouro

No que diz respeito à profundidade, ela deve ser tal que, por um lado, o navio na maré vazia fique resguardado do fundo, e que por outro, não fique com muita água por baixo, o que implicaria a utilização duma maior quantidade de amarra. Dependendo do navio, o valor aconselhado de amarra a largar é 3 a 4 vezes a profundidade se o ferro for do tipo almirantado e de 5 a 6 vezes para os outros.

Claro que é de primordial importância a utilização de cartas de navegação dos locais por onde se pretende navegar. É nelas e nos roteiros da zona que se podem encontrar todas as informações necessárias para tomar uma decisão criteriosa acerca do fundeadouro a escolher. Nestes documentos, já vêm aconselhados não só bons locais para fundear, como também indicações de fundeadouros proibidos, tipos de fundos, batimetria, marcas conspícuas em terra, etc. Depois de escolhido o local, fundear é uma manobra simples. (Ver Ferros e Amarras).

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MODULO A13

PRIMEIROS SOCORROS

Os primeiros socorros a bordo de uma embarcação consiste em ministrar a um tripulante que sofreu um acidente, alguns tratamentos simples e correctos que lhe permitam aguardar pela chegada a um porto.

Reanimação Cardio Pulmonar

1- Colocar a vitima deitada de lado, com a cabeça mais baixa que os pés.

2- Abrir-lhe a boca e se puder com um lenço envolvendo os dedos indicador e médio de uma das mãos limpá-la de modo a lhe desobstruir as vias respiratórias.

3- Deitar a vítima na posição de decúbito dorsal (de costas)

4- Libertá-lo de tudo o que o possa apertar ou dificultar a circulação e os movimentos de ventilação pulmonar.

5- Fazer a hiper-extensão do pescoço, isto é inclinando-a bem para trás, se a vitima estiver deitada de costas ou de lado para que a língua não obstrua a passagem do ar pela garganta.

6- Seguidamente deve realizar um teste diagnóstico rápido mas preciso

a)Verificar se tem frequência respiratória * Aumenta e abaixamento da caixa torácica * Colocar o relógio junto da boca da vitima * Colocar a face junto da boca da vítima

b)Verificar se tem frequência cardíaca

c)Observar se tem midriase (dilatação anormal da pupilas com abolição mais ou menos total do movimento da íris)

d)Coloração roxa ou cinzenta da pele (cianose) e)Palidez ou cor azulada da pele e mucosas

f)Frio e rigidez do tronco e membros

SE NÂO HOUVER PULSAÇÂO iniciar imediatamente a RCP 7.1- Primeiro passo no RCP é colocar a vítima em hiper-extensão.

7.2-Seguidamente deve-se colocar uma das mãos sobre a testa e apanhando o nariz de modo a evitar que o ar saia. A outra mão coloca-se por baixo do pescoço da vítima de modo a que as vias respiratórias estejam desimpedidas.

7.3-Apertando o nariz com uma mão encosta-se a boca junto à da vítima e insufla-se fortemente de modo a que seja visível a elevação do externo. Após cada insuflação soltamos a o nariz da vitima e enquanto se o recupera fôlego a cara do operador fica situada por cima do nariz e da boca da vitima e com ela virada para o esterno da mesma, deste modo poderemos sentir o ar a sair e estamos atentos ao movimento do esterno.

7.4-A primeira vez que se insufla ar injecta-se 3 vezes ar e 15 massagens. Só depois é que passamos ás 2 insuflações e 15 massagens.

7.5-Após insuflar ar deve-se proceder à massagem cardíaca. Com os dedos entrelaçados e com os braços esticados devemos proceder à massagem. Importante o pormenor dos braços esticados, pois a força aplicada sobre o esterno provém do movimento de cintura e não do dobrar dos braços

MANUAL DE MARINHEIRO

Hipotermia – Verifica-se quando há uma descida de temperatura corporal abaixo dos 35ºC

Primeiro socorro – retirar a vítima do ambiente em que se encontra, mantendo-a em ambiente aquecido; secá- la e substituir a roupa molhada; alimentá-la e administrar-lhe bebidas quentes e açucaradas caso esteja consciente; Não colocar a vítima sob fonte de calor directo.

Insolação – Estado provocado no organismo por longa exposição do crânio ao sol ou do corpo em local pouco arejado, quente e seco. A pele encontra-se vermelha, quente e seca.

Primeiro socorro – Refrescar progressiva e gradualmente todo o corpo da vítima, incluindo a cabeça. Dar água a beber. Promover a evacuação para o hospital.

Golpe de calor - Estado provocado no organismo pela longa permanência do corpo em ambiente quente e húmido. Pele branca, fria e húmida, cãibras.

Primeiro socorro – Levar a vítima para local fresco e arejado, efectuar hidratação lenta da vítima dando-lhe pequenos goles de água de 15 em 15 min. Promover a evacuação para o hospital.

Paragem de digestão - A digestão é um conjunto de processos, que tem como finalidade a assimilação dos alimentos ingeridos. Qualquer alteração que ocorra na ingestão, elaboração e absorção dos alimentos, pode levar a uma interrupção do processo Digestivo vulgarmente denominado por congestão. Rigidez abdominal, palidez das mucosas, pulso fraco, vómitos, desmaios e cãibras. Se esta situação ocorrer na água, existe a angustia e confusão, que o naufrago sofre nestas alturas e que podem levar a uma série de transtornos emocionais.

Primeiro socorro – Colocar a vítima em PLS e massajar-lhe o abdómen.

PLS-POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA

Se a vitima estiver inconsciente, deve-se colocá-la na posição lateral de segurança que garantirá a sua estabilidade e a ventilação pulmonar, não só porque evitará que qualquer vómito possa entupir as vias respiratórias, mas também porque a posição da cabeça em hiper- extensão facilitará a entrada de ar nos pulmões.

QUEIMADURAS

As queimaduras podem ser provocadas por vários agentes: Calor ou frio; Corrente eléctrica; Produtos químicos; Radiações, etc.

As lesões resultantes de uma queimadura podem variar atingindo apenas camadas superficiais da pele, até aos casos extremos de destruição de músculos, nervos, vasos sanguíneos e mesmo órgãos.

No documento MANUAL Marinheiro (páginas 52-63)

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