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Municípios com área de risco e utilização de informações pluviométricas ou meteorológicas e/ou informações

Serviços de saneamento básico

Cartograma 6 Municípios com área de risco e utilização de informações pluviométricas ou meteorológicas e/ou informações

fl uviométricas ou hidrológicas - Brasil - 2008

Municípios com área de risco que utilizam informações fl uviométricas ou hidrológicas Municípios com área de risco que utilizam informações pluviométricas ou meteorológicas Municípios com área de risco que utilizam informações pluviométricas ou meteorológicas e informações fl uviométricas ou hidrológicas Municípios com área de risco que não utilizam informações pluviométricas ou meteorológicas e informações fl uviométricas ou hidrológicas

Serviços de saneamento básico ____________________________________________________________________________ Manejo dos resíduos sólidos

No Brasil, constitucionalmente, é de competência do poder público local o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos em suas cidades. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2008, 61,2% das prestadoras dos serviços de manejo dos resíduos sólidos eram entidades vinculadas à administração direta do poder público; 34,5%, empresas privadas sob o regime de concessão pública ou terceirização; e 4,3%, entidades organizadas sob a forma de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios.

Os serviços de manejo dos resíduos sólidos compreendem a coleta, a limpeza pública bem como a destinação fi nal desses resíduos, e exercem um forte impacto no orçamento das administrações municipais, podendo atingir 20,0% dos gastos da municipalidade.

A Região Norte concentrou o maior contingente de municípios com serviços de manejo dos resíduos sólidos gerenciados por entidades da administração direta do poder público. Os Estados do Acre e de Rondônia foram os destaques extremos, contrastando a maior e a menor proporção de municípios com entidades prestadoras dessa natureza: 95,7% e 60,7%, respectivamente.

Na Região Nordeste, embora 75,2% dos municípios apresentassem o manejo dos resíduos sólidos gerenciado por entidades da administração direta do poder público, a terceirização desses serviços nos Estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte – 41,2%, 37,8% e 34,8%, respectivamente – aproximou-se dos níveis observados nas Unidades da Federação das Regiões Sudeste e Sul do País.

A Região Sul destacou-se pelo número de entidades privadas atuando no setor, 56,3%, indicando que a terceirização dos serviços é uma tendência nos municípios da região. O destaque coube ao Estado do Rio Grande do Sul, onde 60,2% dos municípios dispunham de serviços terceirizados, seguido pelos Estados de Santa Catarina e Paraná, com 55,3% e 51,7%, respectivamente, conforme dados do Gráfi co 16.

100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0

Gráfico 16 - Entidades prestadores de serviços de manejo de resíduos sólidos, por natureza jurídica da entidade, segundo as Grandes Regiões - 2008

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Administração direta Empresa privada Outras %

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

________________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2008 Observando-se a destinação fi nal dos resíduos, os vazadouros a céu aberto (lixões) constituíram o destino fi nal dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros, conforme revelou a PNSB 2008. Embora este quadro venha se alterando nos últimos 20 anos, sobretudo nas Regiões Sudeste e Sul do País, tal situação se confi gura como um cenário de destinação reconhecidamente inadequado, que exige soluções urgente e estrutural para o setor. Contudo, independente das soluções e/ou combinações de soluções a serem pactuadas, isso certamente irá requerer mudanças social, econômica e cultural da sociedade, de acordo com a Tabela 13.

A partir do Cartograma 7, foi possível identifi car que os municípios com serviços de manejo dos resíduos sólidos situados nas Regiões Nordeste e Norte registraram as maiores proporções de destinação desses resíduos aos lixões – 89,3% e 85,5%, respectivamente – enquanto os localizados nas Regiões Sul e Sudeste apresentaram, no outro extremo, as menores proporções – 15,8% e 18,7%, respectivamente.

Na Região Norte, destacaram-se, nesse sentido, os municípios do Estado do Pará, onde a destinação dos resíduos aos lixões foi praticada 94,4% deles. Na Região Nordeste, os destaques negativos couberam aos municípios dos Estados do Piauí, Maranhão e Alagoas: 97,8%, 96,3% e 96,1%, respectivamente.

Na Região Sul, os municípios de seus três estados – Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná – registraram as menores proporções de destinação dos resíduos sólidos aos lixões: 2,7%,16,5% e 24,6%, respectivamente. O destaque coube aos municípios do Estado de Santa Catarina, com 87,2% desses resíduos destinados a aterros sanitários e controlados, fi gurando os municípios dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul com 81,7% e 79,2%, respectivamente.

Na Região Sudeste, os municípios do Estado de São Paulo registraram as menores proporções de destinação dos resíduos sólidos aos lixões, 7,6%, enquanto os municípios do Estado do Rio de Janeiro foram o destaque negativo, sendo este tipo de destinação praticado por 33,0% deles.

Vazadouro a céu aberto Aterro controlado Aterro sanitário

1989 88,2 9,6 1,1

2000 72,3 22,3 17,3

2008 50,8 22,5 27,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Sanea- mento Básico 1989/2008.

Ano Destino final dos resíduos sólidos, por unidades de destino dos resíduos (%) Tabela 13 - Destino final dos resíduos sólidos, por unidades de destino dos resíduos

Serviços de saneamento básico ____________________________________________________________________________ Cartograma 7 - Municípios, segundo a destinação fi nal dos resíduos sólidos

domiciliares e/ou públicos - Brasil - 2008

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

Aterro controlado e aterro sanitário Aterro sanitário Aterro controlado Vazadouro a céu aberto (lixão) e aterro sanitário Vazadouro a céu aberto (lixão) e aterro controlado Vazadouro a céu aberto (lixão), aterro controlado e aterro sanitário Vazadouro a céu aberto (lixão) Destinação fi nal dos resíduos sólidos domiciliares e/ou públicos

________________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2008

Gráfico 17 - Municípios com manejo de resíduos sólidos, onde as entidades têm conhecimento de catadores em seus vazadouros ou aterros, segundo as Unidades da Federação - 2008

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0100,0 Santa Catarina Rio Grande do Sul Tocantins Maranhão Piauí São Paulo Roraima Minas GeraisAmazonas Espírito Santo Paraná Mato Grosso Rio de Janeiro Acre RondôniaPará Bahia Rio Grande do NorteSergipe Amapá Goiás Mato Grosso do Sul Paraíba Ceará Alagoas Pernambuco Distrito Federal Centro-Oeste Sul Sudeste Nordeste Norte Brasil % O levantamento mostrou que, em relação à frequência da coleta regular dos resíduos sólidos residenciais nas áreas onde o serviço era ofertado, em 5 291 municípios a coleta foi feita no núcleo e, em outros 4 856, nos bairros da cidade. Na maioria desses municípios, o recolhimento foi realizado diariamente ou três vezes por semana, independente da região do País. Em relação aos outros tipos de resíduos domiciliares, apenas para os resíduos comerciais um volume signifi cativo de municípios ofereceu o serviço (5 332), enquanto, para os resíduos de saúde não sépticos, a coleta ocorreu em 3 961 municípios e, para os resíduos industriais não perigosos, em somente 2 085 cidades do País. Para esses tipos de resíduos, as frequências de coleta diária ou três vezes na semana foram as que apresentaram maior regularidade.

A PNSB 2008 identifi cou, ainda, que 26,8% das entidades municipais que faziam o manejo dos resíduos sólidos em suas cidades sabiam da presença de catadores nas unidades de disposição fi nal desses resíduos. Tal atividade é exercida, basicamente, por pessoas de um segmento social marginalizado pelo mercado de trabalho formal, que têm na coleta de materiais recolhidos nos vazadouros ou aterros uma fonte de renda que lhes garante a sobrevivência. Contudo, não se tem conhecimento, dentro da escala de valores das categorias profi ssionais, de nenhuma outra atividade que seja tão estigmatizada e d e s p r e s t i g i a d a socialmente como o trabalho dos catadores. Nos municípios das Regiões Centro- Oeste e Nordeste, foram registradas as maiores proporções de entidades prestadoras dos serviços de manejo dos resíduos sólidos que informam ter conhecimento da presença de catadores em seus vazadouros ou aterros: 46,4% e 43,1%, respectivamente. Na Região Centro-Oeste, esse destaque coube aos municípios dos Estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, com 57,7% e 52,8%, respectivamente; na Região Nordeste, aos municípios dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Ceará, com 67,0%, 63,7% e 59,8%, r e s p e c t i v a m e n t e , conforme Gráfi co 17.

Serviços de saneamento básico ____________________________________________________________________________ Os primeiros programas de coleta seletiva14 e reciclagem dos resíduos sólidos no Brasil começaram a partir de meados da década de 1980, como alternativas inovadoras para a redução da geração dos resíduos sólidos domésticos e estímulo à reciclagem. Desde então, comunidades organizadas, indústrias, empresas e governos locais têm sido mobilizados e induzidos à separação e classifi cação dos resíduos nas suas fontes produtoras. Tais iniciativas representaram um grande avanço no que diz respeito aos resíduos sólidos e sua produção.

As primeiras informações ofi ciais sobre a coleta seletiva dos resíduos sólidos foram levantadas pela PNSB 1989, que identifi cou, naquela oportunidade, a existência de 58 programas de coleta seletiva no País. Esse número cresceu para 451, segundo a PNSB 2000, e para 994, de acordo com a PNSB 2008, demonstrando um grande avanço na implementação da coleta seletiva nos municípios brasileiros.

Conforme a última pesquisa, tal avanço se deu, sobretudo, nas Regiões Sul e Sudeste, onde 46,0% e 32,4%, respectivamente, dos seus municípios informaram programas de coleta seletiva que cobriam todo o município. Na Região Sul, dos programas implementados, 42,1% se concentravam em toda a área urbana da sede do município e 46,0% cobriam todo o município. Na Região Sudeste, 41,9% cobriam toda a área urbana da sede municipal.

No Gráfi co 18, verifi ca-se que a PNSB 2008 revelou, ainda, que os municípios com serviço de coleta seletiva separaram, prioritariamente, papel e/ou papelão, plástico, vidro e metal (materiais ferrosos e não ferrosos), sendo os mesmos assim negociados: comerciantes de recicláveis, como principais receptores fi nais desses materiais, com 53,9%; indústrias recicladoras, 19,4%; entidades benefi centes, 12,1%; e outras entidades, 18,3%.

14 A coleta seletiva de resíduos sólidos pressupõe a separação dos materiais recicláveis ainda na fonte produtora, ou seja, nos domicílios, nas fábricas, nos estabelecimentos comerciais, escritórios, etc., enquanto a reciclagem consiste na reinserção de um material já utilizado para seu fi m inicial, exigindo, portanto, um alto grau de mobilização e conscientização para a sua importância. 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Brasil Norte Nordeste SudesteCentro-Oeste

Comerciantes de materiais recicláveisEntidades beneficentes Indústrias recicladoras Outras %

Gráfico 18 - Principais compradores dos materiais separados pela coleta seletiva dos municípios, segundo as Grandes Regiões - 2008

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

________________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2008 Em relação ao destino fi nal dos resíduos sólidos de serviços de saúde sépticos, nos municípios que coletavam e/ou recebiam tais resíduos, 61,1% das entidades informaram dispor os resíduos em vazadouros ou aterros em conjunto com os demais resíduos, enquanto 24,1% das entidades informaram dispor esses resíduos em aterros específi cos para resíduos especiais.

Observa-se no Gráfi co 19 que, nos municípios das Regiões Sul e Sudeste, o destino fi nal dos resíduos de serviços de saúde em vazadouros ou aterros em conjunto com os demais resíduos foi 39,3% e 46,4%, respectivamente, em contraste com o observado nos municípios das Regiões Nordeste (72,6%) e Norte (65,7%).

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.

Nota: O município pode ter mais de um local para disposição dos resíduos sólidos de serviços de saúde sépticos. Em vazadouro, em conjunto com os demais resíduos

Sob controle, em aterro de terceiros específico para resíduos especiais Outra

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

61,1 72,6 39,3 52,0 65,7 46,4 30,4 20,4 24,1 30,2 38,1 14,3 17,8 30,4 15,6 13,2 13,9 14,9

Gráfico 19 - Percentual de municípios por destinação final dos resíduos sólidos de serviços de saúde, segundo Brasil e Grandes Regiões – 2008 %

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