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Os Municípios do Estado devem manter programas permanentes de controle de zoonoses, através de vacinação e controle de reprodução de cães

No documento Revista Brasileira de Direito Animal (páginas 163-171)

Abolitionist Veganism and Cultural Practices

Artigo 11 Os Municípios do Estado devem manter programas permanentes de controle de zoonoses, através de vacinação e controle de reprodução de cães

e gatos, ambos acompanhados de ações educativas para propriedade ou guarda responsável.

Em  relação  ao  pedido  de  isenção  de  taxa  de  qualquer  natu- reza  para  o  processo  administrativo  nº  2072/2010,  entendo  que   também  estão  presentes  os  requisitos  da  tutela  antecipada.  

De  início,  respeitado  o  entendimento  do  procurador  munici- pal,  mesmo  no  âmbito  judicial,  a  contratação  de  advogado  não  é   suficiente  para  afastar  o  benefício  da  justiça  gratuita.  

A  propósito:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. JUSTI- ÇA GRATUITA. A  contratação  de  advogado  não  é  condição  suficiente   para se indeferir pedido de justiça gratuita. Viável a concessão do bene- fício quando a pleiteante, além de juntar declaração de imposto de renda com rendimento  compatível  com  a  benesse,  afirma  sua  pobreza.  Em  decisão  mono- crática, provido o agravo de instrumento para reformar a decisão vergastada e conceder à agravante o benefício da justiça gratuita. (Agravo de Instrumento Nº 70035962273, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge  Alberto  Schreiner  Pestana,  Julgado  em  22/04/2010)

BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RENDIMENTOS. PROVA. EXIGÊNCIA. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO. DEFENSORIA PÚ- BLICA. 1. Conquanto, em princípio, para fazer jus ao benefício da justiça gratuita  seja  suficiente  a  parte  afirmar,  na  inicial,  a  impossibilidade  de  arcar   com as despesas processuais, pode o Juiz exigir da parte a comprovação de seus rendimentos. 2. A concessão do benefício não se restringe às pes- soas que se socorrem dos serviços da Defensoria Pública, podendo alcançar aquelas que estão representadas por advogado contratado. Recurso provido por ato do Relator. Artigo 557 do Código de Processo Civil.

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(Agravo de Instrumento Nº 70031310451, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Julgado em  29/07/2009)

Tal  raciocínio  deve  ser  transportado  para  o  caso  de  isenção  de   taxas  nos  processos  administrativos.  Nestas  situações,  no  entan- to,  deve  haver  comprovação  de  hipossufiência  para  a  concessão   da  benesse  legal.  E  no  presente  caso,  em  sede  de  cognição  sumá- ria  suficiente  para  a  concessão  da  tutela  antecipada,  houve.  Em   princípio,   as   autoras   não   possuem   grandes   rendimentos,   têm   dívidas  e  ainda  arcam,  provavelmente  com  auxílio  de  doações,   com  altas  despesas  para  cuidar  de  dezenas  de  gatos  e  cachorros   abandonados.  

O  perigo  de  dano  irreparável  ou  de  difícil  reparação  consiste   na  demora  da  aprovação  do  projeto,  cujo  andamento  depende   da   concessão   da   isenção,   prejudicando-­‐‑se   dezenas   de   animais   abandonados.  

Também   merece   deferimento,   outrossim,   o   pedido   de   tute- la  antecipada  no  sentido  de  obrigar  a  requerida  a  fornecer  pro- fissional   habilitado   para   proceder   a   vacinação   e   castração   dos   animais.  

Conforme  item  “3”  do  termo  de  ajustamento  de  conduta  ce- lebrado   entre   o   Ministério   Público   e   ré,   esta   voluntariamente   se   obrigou   a   fornecer   atendimento veterinário gratuito a animais

pertencentes a pessoas de baixa renda; inclusive com possibilidade de castração sem qualquer ônus, a população reconhecidamente caren- te. Além   disso,   conforme   já   explicitado,   existe   o   art.   11   da   Lei  

Estadual  11.977/05,  também  conhecida  como  Código  de  Proteção   aos  Animais.  O  TAC  e  a  citada  lei  apenas  respeitam  o  comando   inserto  no  art.  225,  §  1º,  inciso  VIII,  da  Constituição  Federal.

Não   se   pode   olvidar,   ainda,   da   Declaração   Universal   dos   Direitos  dos  Animais,  proclamada  pela  UNESCO  em  27  de  ja- neiro  de  1978  em  Bruxelas  na  Bélgica,  que,  em  seu  art.  2º,  alíneas   “a”  e  “c”,  prescrevem  que:

a)  Cada  animal  tem  o  direito  a  respeito.

c)  Cada  animal  tem  o  direito  a  consideração,  à  cura  e  à  pro- teção  do  homem.  

Malgrado   tal   Declaração   não   obrigue   as   nações,   não   pode   ser  ignorado  que  se  trata  de  exortação  que  funciona,  ao  menos,   como  orientação  moral.

Sendo  assim,  tratando-­‐‑se  as  autoras  de  pessoas  com  parcos   ganhos  financeiros,  mormente  diante  da  atividade  social  de  in- teresse  público  que  exercem,  a  requerida  tem  obrigação,  seja  le- gal  ou  pelo  TAC,  de  fornecer  atendimento  veterinário  gratuito.

O   perigo   de   dano   irreparável   ou   de   difícil   reparação   é   evi- dente,  pois  há  risco  a  saúde  das  autoras  e  dos  animais,  podendo   estes  se  proliferarem.  

Em  relação  ao  fornecimento  de  ração,  a  tutela  antecipada  tam- bém  tem  guarida,  embora  não,  por  ora,  nos  moldes  requeridos.   Conforme  TAC  assinado  com  o  Ministério  Público,  a  requeri- da  tem  obrigação  de  recolher  cães  e  gatos  errantes  do  município,   para  fins  de  promover  a  castração  e  os  tratamentos  médicos  ade- quados.  Após  o  recolhimento  e  tratamento,  deveria  a  ré  promo- ver  campanhas  de  adoção.  

Pelo  que  se  apurou  nos  autos,  em  sede  de  cognição  sumária,   a   requerida   não   vem   cumprindo   com   tal   primária   obrigação.   Segundo   se   apurou   através   de   auto   de   constatação   realizado   por  oficiais  de  Justiça  (fl.  153),  o  canil/gatil  municipal  não  está

recebendo  nenhum  tipo  de  animal  abandonado  para  fins  de  tra- tamento e posterior colocação em feira de adoção (...) não existe no Município nenhum lugar para receber animais abandonados (...) na época que a pessoa de nome Sílvia lá trabalhava havia aproximadamente 45 animais, entre cães e gatos, e hoje conta com 6 cachorros e nenhum gato (...) dezembro de 2008 como data de inauguração e segundo o conhecimento de Diogo não houve reformas  e  ampliação  desde  aquela  época.  Diogo  afirmou  ainda   tratar-se apenas de um centro de castração.

Sendo   assim,   ao   que   parece,   a   requerida   não   vem   aceitan- do  cães  e  gatos  errantes,  descumprindo  mais  do  que  uma  obri- gação  assumida  com  o  Ministério  Público,  mas  uma  obrigação  

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perante  a  sociedade  que  é  o  recolhimento  e  tratamento  de  cães   e  gatos  abandonados.  Pelo  que  foi  apurado,  os  munícipes  terão   que  assumir  o  encargo  de  recolher  e  cuidar  dos  animais  aban- donados,  pois  a  ré  apenas  está  castrando  os  animais.  E  as  auto- ras,  em  princípio,  vêm  assumindo  essa  obrigação  que  também   é  do  Município,  pois  têm  em  seu  poder  114  gatos  e  54  cães  (fls.   117/118),  sendo  que  a  requerida  tem  apenas  6  cachorros  e  0  ga- tos  (fl.  153).  

Como  as  autoras  vêm  prestando  um  serviço  de  interesse  pú- blico  e  cunho  social,  recolhimento  de  cães  e  gatos  errantes,  no   lugar   da   requerida,   esta   deve   cumprir   sua   obrigação,   mesmo   que   longe   de   suas   dependências,   mesmo   porque,   segundo   os   itens  23  e  24  do  TAC,  a  ré  poderia  fazer  um  convênio  com  enti- dade   particular   e   deveria   reformar   e   ampliar   as   dependências   do  Centro  de  Controle  Populacional  para  Cães  e  Gatos.  O  auto   de   constatação   demonstrou,   inclusive   com   fotos,   que   o   local,   malgrado   visivelmente   precise,   não   recebeu   qualquer   reforma   desde  a  sua  inauguração.  

A  jurisprudência,  sensível  a  essa  situação,  já  entendeu  que: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA POR ASSO- CIAÇÃO PROTEDORA DE ANIMAIS DO MUNICÍPIO DE CAMA- QUÃ  (APACA). RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO PELO RE- COLHIMENTO, ABRIGO E TRATAMENTO DE ANIMIAS ABAN- DONADOS NAS RUAS DO MUNICÍPIO. OMISSÃO MANIFESTA DO ENTE PÚBLICO. INDENIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PELOS GASTOS DESPENDIDOS NO CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE NATUREZA PÚBLICA. IMPOSIÇÃO DA CONDENAÇÃO EM OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONSTRUÇÃO DE ABRIGO EM LOCAL ADEQUADO. PRORROGAÇÃO DO PRAZO FIXADO. MANUTEN- ÇÃO DO PAGAMENTO DOS CUSTOS PELO ABRIGO DOS ANIMAIS ATÉ A CONCLUSÃO DA OBRA. Nos termos do art. 225, VII, c/c art. 23, VI e VII, e art. 30, V, todos da CF/88, recolher, abrigar, e dar tratamento adequado a animais domésticos abandonados nas vias públicas muni- cipais, até como forma de se evitar a propagação de doenças aos munícipes. Manifesta omissão do Município de Camaquã no cumprimento de atri- buição que lhe foi conferida, em nível de legislação municipal, pelos arts. 235 e 244 do Código de Posturas do Município (Lei Municipal nº 19/49. Servi-

ço público que vinha sendo prestado por Associação de proteção aos Animais, sediada no Município, em face da omissão do ente público, a ensejar a indenização do ente privado pelos gastos suportados com a manutenção dos animais encaminhados por Órgãos Públicos. Majoração do  prazo  para  a  construção  de  abrigo  adequado,  fixando-­‐‑o  em  um  ano,  man- tida a determinação de pagamento de valores pelos gastos suportados com a Associação com a prestação de serviço de natureza pública. VERBA HO- NORÁRIA. FAZENDA PÚBLICA. MANUTENÇÃO. Vencida a Fazenda Pública,  aplicável  a  regra  do  art.  20,  §  4º,  do  CPC,  para  fins  de  condenação   ao pagamento de verba honorária. Manutenção dos honorários advocatícios fixados  na  sentença.  APELAÇÃO  PARCIALMENTE  PROVIDA.  (Apelação   Cível Nº 70023027758, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:  Henrique  Osvaldo  Poeta  Roenick,  Julgado  em  26/03/2008)

Segundo   os   laudos   veterinários   de   fls.   117/118,   as   autoras   gastam   mensalmente  310  kg  de  ração  com  os  114  gatos  e  850  kg  com  os  cães.   Até  que  haja  prova  de  que  a  requerida  cumpre  sua  obrigação   legal  e  contratual,  bem  como  prova  pericial  da  real  necessidade   de  ração,  entendo  que  a  ré  deve  providenciar  200  kg  e  550  kg  de   ração  para,  respectivamente,  gatos  e  cachorros  das  autoras.  

Em   relação   ao   pedido   de   tutela   antecipada   de   abertura   de   acesso  à  propriedade  das  requerentes,  ao  menos  por  ora,  enten- do   que   não   deve   ser   deferido.   Em   razão   de   pedido   pendente   perante  a  requerida,  entendo  que  esta  deve  primeiro  analisá-­‐‑lo,   mormente  porque  havia  o  empecilho,  agora  inexistente,  do  re- colhimento  das  taxas.

De  outra  face,  nas  palavras  do  Eminente  Juiz  Federal  Dirley   da   Cunha   Junior*,   decorrido prazo legal ou, não havendo este, ex-

pirado tempo razoável para a Administração se manifestar, pode o Administrado, que tem o direito a uma manifestação rápida da Administração,  ingressar  em  juízo  com  ação  adequada  (...).  

A  propósito:

ADMINISTRATIVO. RÁDIO COMUNITÁRIA. PROCESSO ADMINIS- TRATIVO. PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO. MORA DA ADMINISTRA- *   JUNIOR,  Dirley  da  Cunha;  in Curso de Direito Administrativo,  4ª  ed.  Ed.  Podium:  2006,  

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ÇÃO. ESPERA DE CINCO ANOS DA RÁDIO REQUERENTE. VIOLA- ÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA E DA RAZOABILIDADE. INEXISTÊNCIA. VULNERAÇÃO AO ARTIGO 535, II DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE INGERÊNCIA DO PODER JUDI- CIÁRIO NA SEARA DO PODER EXECUTIVO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO PELA ALEGATIVA DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 6º DA LEI 9612/98 E 9º, INCISO II, DO DECRETO 2615/98 EM FACE DA AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS DEMAIS ARTIGOS ELENCADOS PELA RECORRENTE. DESPROVIMENTO. 1. Não exis- te afronta ao artigo 535, II do Código de Processo Civil quando o decisório combatido resolve a lide enfrentando as questões relevantes ao deslinde da controvérsia. O fato de não emitir pronunciamento acerca de todos os dis- positivos legais suscitados pelas partes não é motivo para decretar nula a decisão.  2.  Merece  confirmação  o  acórdão  que  julga  procedente  pedido  para   que a União se abstenha de impedir o funcionamento provisório dos serviços de radiodifusão, até que seja decidido o pleito administrativo da recorrida que, tendo cumprido as formalidades legais exigidas, espera já há cinco anos, sem que tenha obtido uma simples resposta da Administração. 3. A Lei 9.784/99 foi promulgada justamente para introduzir no nosso ordenamento ju- rídico o instituto da Mora Administrativa como forma de reprimir o arbítrio administrativo, pois não obstante a discricionariedade que reveste  o  ato  da  autorização,  não  se  pode  conceber  que  o  cidadão  fi- que sujeito à uma espera abusiva que não deve ser tolerada e que está sujeita, sim, ao controle do Judiciário a quem incumbe a preservação dos direitos, posto que visa a efetiva observância da lei em cada caso concreto. 4. “O Poder Concedente deve observar prazos razoáveis para ins- trução e conclusão dos processos de outorga de autorização para funciona- mento, não podendo estes prolongar-se por tempo indeterminado”, sob pena de  violação  aos  princípios  da  eficiência  e  da  razoabilidade.  5.  Recurso  especial   parcialmente conhecido e desprovido.  REsp  531349  /  RS  RECURSO  ESPE- CIAL  2003/0045859-­‐‑1  Relator(a)  Ministro  JOSÉ  DELGADO  (1105)  Ór- gão  Julgador  T1  -­‐‑  PRIMEIRA  TURMA  Data  do  Julgamento  03/06/2004   Data  da  Publicação/Fonte  DJ  09/08/2004  p.  174

Dessarte,   diante   da   concessão   da   isenção   de   taxas,   deve   a   requerida   analisar   o   requerimento   da   parte   autora   em   tem- po   razoável,   sob   pena   de   determinação   judicial   para   que   a   Administração  edite  o  ato.  

Nesse  sentido,  traz-­‐‑se  novamente  a  baila  os  ensinamentos  do   Eminente  Dirley  da  Cunha  Junior**:

“Pensamos, todavia, que, mesmo sendo vinculado o conteúdo do ato admi- nistrativo omitido, o juiz deve determinar que a Administração Pública conceda o pedido, e não diretamente concedê-lo. Tomemos um exemplo: o pedido do administrado à obtenção de uma licença para construir. Em face do silêncio administrativo, imaginemos que o efeito previsto em lei é o denegatório. Como o ato é vinculado e a Administração Pública não pode negá-lo quando o administrado satisfaz as condições legais à sua obtenção, ele pode, através do Poder Judiciário, compelir a Administração a expedir o ato de licença. Não é correto, a nosso sentir, que o Judiciário conceda diretamente a licença, que, por natureza, é um ato administrativo. O Judiciário, no caso, ordena que a Administração edite o ato omitido”.

Sendo   assim,   deixo   para   analisar   tal   pedido   de   tutela   ante- cipada  quando  da  defesa  da  ré,  ocasião  em  que  terá  decorrido   tempo  suficiente  para  análise  do  processo  administrativo.  

Ante  o  exposto,  DEFIRO  PARCIALMENTE  a  tutela  antecipa- da  para  fins  de:

a)   obrigar   a   requerida   a   não   demolir   o   abrigo   de   animais   construído  pela  parte  autora,  na  Estrada  do  Camarão,  nº  2315,   sob  pena  de  multa  no  valor  de  R$  50.000,00  (cinqüenta  mil  reais),   pelo  descumprimento  da  decisão,  sem  prejuízo  de  crime  de  de- sobediência  e  ato  de  improbidade  administrativa.  

b)  dispensar  a  parte  autora  de  recolher  qualquer  tipo  de  taxas   em  relação  o  processo  administrativo  nº  2072/2010.  

c)  obrigar  a  requerida,  no  prazo  de  45  dias,  contados  desta   decisão,  a  castrar  e  vacinar  os  cães  e  gatos  na  posse  das  autoras.   d)  obrigar  a  parte  requerida  a  fornecer  às  autoras  200  kg  e  550   kg  de  ração  de  boa  qualidade  para,  respectivamente,  gato  e  ca- chorro,  até  que  haja  prova  inequívoca  de  que  a  ré  vem  recolhen- do  e  tratando  dos  gatos  e  cachorros  errantes,  ocasião  em  que  as   condições  dessa  tutela  antecipada  poderão  ser  modificadas.  

**   JUNIOR,  Dirley  da  Cunha;  in Curso de Direito Administrativo,  4ª  ed.  Ed.  Podium:  2006,   pag.  88.

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Cite-­‐‑se  para  resposta,  no  prazo  legal,  constando  no  mandado   as  advertências  legais.

Oficie-­‐‑se  ao  Ministério  Público,  com  cópia  desta  decisão,  auto   de  constatação  e  suas  fotos,  para  tomada  das  providências  que   entender  cabíveis.  

Intime-­‐‑se.

Cumpra-­‐‑se  com  urgência.

Diligências  necessárias. Ilhabela,  22  julho  de  2010.

Sandro  Cavalcanti  Rollo Juiz  de  Direito

No documento Revista Brasileira de Direito Animal (páginas 163-171)