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Museu e sua relação com o Turismo

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA

4.1 MUSEU PARANAENSE

4.1.1 Museu e sua relação com o Turismo

O museu como uma instituição museológica, foi descrito por Nascimento devido possuir um vasto e rico acervo, sendo histórico, antropológico e arqueológico, que este último é informado ser o único em Curitiba.

Desta forma, o Museu Paranaense tem papel importante para a cultura

do estado por possuir um acervo rico e importante para a história do estado e auxilia outros museus em questões da área de arqueologia, antropologia e história.

Com relação ao turismo, o museu está tentando trabalhar a visibilidade e iluminação de sua estrutura, para que a área, com movimentação prioritariamente noturna, tenha maior visibilidade. Outra questão de visibilidade decorre do fato de que todos os domingos ser realizado a Feira do Largo da Ordem em frente ao museu, o que ao mesmo tempo que atrai alguns visitantes, por ser um local que recebe turistas, mas que também prejudica a visibilidade da fachada do museu. Com

isso, o museu procura realizar atividades/eventos aos domingos para chamar a atenção das pessoas que estão na feirinha e assim receber mais visitantes. Também estão tentando melhorar a visibilidade do museu utilizando as redes sociais, uma ótima ferramenta, que o museu utiliza “linkando” com o site, visto que este possui todas as informações relacionadas a instituição.

Referente aos valores do museu para a sociedade, destacam-se: resguardar a história do estado, do qual já possui como Slogan “O Museu Da História do Paraná”, e apresentar isso para a comunidade, além de valorizar, reconhecer, trazer e resguardar a história, podendo ser visto na exposição de longo prazo chamada de Circuito Ocupação do Território Paranaense, que conta a história do Paraná, contribuindo para apresentar a história do estado e consequentemente um pouco da história do Brasil para o turista.

O museu realiza a mediação de grupos escolares e outros tipos de grupos, a partir de agendamento prévio. Possibilita ajuda em pesquisas para alunos de diferentes níveis de escolaridade, visto que os setores científico, histórico, antropológico e a biblioteca Romário Martins estão disponíveis à comunidade. Permite visita de alunos e pesquisadores de universidades e de outros museus à reserva técnica e auxilia os museus de outros municípios.

Além disso, procuram sempre que possível, realizar atividades em paralelo com as exposições para trazer mais informação sobre as exposições para os visitantes e consequentemente atrai mais visitação. Por exemplo, a exposição Espírito do Budô, em parceria com o Centro Ásia e a Sociedade de Kendo de Curitiba, realizou visitada guiada e apresentações que se relacionavam com a exposição, tendo um grande fluxo de visitantes, de acordo com Nascimento.

Porém, o museu tem dificuldade para fazer o levantamento da quantidade de visitantes, visto que muitos não assinam o livro de registro e não há funcionários ou outra forma de contabilizar essas entradas (como controle de ingressos). Toda via, o contador que fica com os vigilantes, permite terem uma quantidade aproximada do número dos visitantes.

Ainda sobre os visitantes, Nascimento afirmou que acreditam que a maior parte sejam de estudantes, e que possuem um fluxo de visitantes esporádicos, que vem sozinhos ou com poucas pessoas, além de que muitos adultos que vem para a cidade por alguma atividade ou evento, acabam passando pelo museu. Informou

também que boa parte dos visitantes são de Curitiba e Região Metropolitana, mas que também recebem turistas de outras regiões e nacionalidades. Além de já terem solicitado a Prefeitura de Curitiba para que o Museu Paranaense seja, pelo menos, informado na Linha Turismo, visto que o trajeto do circuito turístico passa a uma quadra do museu e possui uma parada, para os turistas descerem, perto do mesmo. Durante o dia em que foi realizado a entrevista existia um grande fluxo de visitantes, muitas famílias com crianças e um grupo de aproximadamente 30 alunos, do Curso de Português do Centro de Línguas e Interculturalidade da UFPR - CELIN e um grupo escolar.

Em relação à sinalização, o museu possui placas indicativas externas: uma placa de sinalização turística na calçada em frente à entrada do museu e um totem com o nome do museu e o logo na sua entrada.

FIGURA 3 – TOTEM E PLACA DE SINALIZAÇÃO TURÍSTICA DO MUSEU PARANAENSE

FONTE: O autor (2016).

A recepção fica na entrada do museu, possui guarda-volumes e atendentes que não são bilíngues. Não possuía informativos/materiais de divulgação sobre o

museu, sobre o qual foi informado que não possuíam devido à distribuição ser feita pelo governo do Estado. Tais materiais foram descritos como informativos produzidos pela Secretaria da Cultura do Paraná. No dia da visita realizada para esta pesquisa havia apenas um panfleto sobre a exposição “Espirito do Budô” que foi produzido pela Japan Foundation.

Em relação à edificação, por ser um edifício histórico tombado pelo IPHAN como Patrimônio Histórico, sua estrutura foi restaurada e possui elementos originais do início do século XX, que de acordo com Nascimento, encanta os visitantes, e sua arquitetura e história pode interessar e atrair os visitantes, muitas vezes tendo sido mais ao visitante do que o próprio acervo do museu.

Mesmo sendo um edifício antigo, possui um elevador, mais utilizado internamente, mas que pode ser utilizado pelo visitante. Possui um anexo, construído em 2002, de dois andares, onde ficam as exposições que contam a história do Paraná. Percebeu-se que no anexo que abriga a exposição permanente, existem algumas falhas técnicas ao longo da exposição, como: a falta de padronização das placas informativas dos objetos (alguns possuem e outros não); a não numeração de alguns objetos expostos; e a inexistência de uma lista de descrição de alguns objetos. Considera-se aqui que tais falhas prejudicam a exposição, visto que Almeida (2009) apresenta que a exposição é um meio de comunicação fundamental do museu.

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