• Nenhum resultado encontrado

A NÁLISE AO FUNCIONAMENTO DA APLICAÇÃO PRÁTICA DAS SESSÕES DE DANÇA

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DOS DADOS

1.3. A NÁLISE AO FUNCIONAMENTO DA APLICAÇÃO PRÁTICA DAS SESSÕES DE DANÇA

Quadro 19: Análise ao procedimento do trabalho em equipa em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Procedimento do trabalho de equipa

Os exercícios deverão ter alguma duração uma vez que a rapidez na sucessão dos estímulos pode levar o bebé à sobreestimulação.

No contacto físico deverá haver também contacto visual, mantendo uma conversa ou brincadeira.

Relativamente ao trabalho de grupo, só poderá resultar se os intervenientes adultos tiverem concentração, empenho e energia, caso contrário os bebés não se envolverão nos exercícios. Ter em conta que as sessões de dança deverão ser consideradas como um momento de partilha entre os intervenientes.

Independentemente do número de intervenientes adultos, a sessão poderá ter mais ou menos sucesso pelo que depende da adesão dos bebés.

Nas sessões de dança com os enc.ed. os bebés poderão relevar-se com comportamentos diferentes daqueles que são habituais, pelo que se incomodarem os outros no decorrer das orientações, deverão sair do contexto da sessão de dança (dentro ou fora da sala), procurando acalmar o bebé.

A aula deverá abranger os bebés todos em simultâneo e, no caso de bebés ficarem sem o acompanhamento do adulto, este deverá ir chamando a atenção do mesmo para os movimentos que está a fazer.

Nos momentos em que o choro de algum bebé incomode deverá ser feita uma pausa na sessão de modo a conseguir o ambiente desejado, ou, mudar de exercício, para uma proposta de estímulo que se saiba à partida que terá a adesão dos bebés.

Quando um bebé está distraído, os adultos presentes deverão chamá-lo pelo nome, solicitando a sua atenção. Quando um bebé se afasta do grupo, dispersando, o ideal é que um dos adultos se aproxime deste para continuar o exercício que estava a fazer.

Quando os bebés passaram por momentos de maior agitação ou cansaço optou-se por uma sessão mais calma, no sentido de relaxar. Utilizaram-se momentos de toque e relaxamento.

Quadro 20: Análise ao suporte musical em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Suporte musical

Utilizaram-se músicas simples através das quais o movimento combinou com o ritmo, acompanhando-o. Foram utilizados ritmos diferentes oferecendo ao bebé novas situações.

Quadro 21: Análise à orientação em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Orientação

Os exercícios deverão estar ligados de forma clara e devem ser feitas chamadas de atenção aos bebés. As orientações devem ser exemplificadas e quando explicadas, o/a orientador/a deverá manter contacto visual com os bebés, dirigindo para eles a atenção.

Quadro 22: Análise à organização do grupo em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Organização do grupo

A sessão deverá iniciar e terminar com os mesmos intervenientes de modo a não criar um ambiente instável. A sessão deverá incluir o maior número de adultos possível.

Quadro 23: Análise à organização espacial em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Organização espacial

No decorrer das sessões de dança mudou-se o espaço onde se centra a acção, o que criou no bebé uma expectativa diferente.

Na orientação dos intervenientes verificou-se que, quando existe a intervenção de vários adultos poderá ser usada a roda e, quando apenas na presença da orientadora poderá ser frente a frente colocando os bebés numa situação de “espectador”.

Quadro 24: Análise às estratégias metodológicas na aplicação de exercícios em ambas as creches. Fonte: Elaboração própria.

Observações de estratégias metodológicas na aplicação de exercícios:

Não existe necessidade de realizar os exercícios de colo com todos os bebés em todos os dias das sessões. Por exemplo: um dia fez-se com um grupo e no outro dia com o restante; ou: os adultos dançaram sozinhos enquanto os bebés assistiam. No caso de existir numa sessão com mais do que um exercício de colo seguir pela segunda opção anteriormente referida.

Outra hipótese será que, no caso de existirem mais bebés do que adultos nos exercícios de colo, deverá ficar um adulto no chão com os bebés mais sensíveis. Depois, numa segunda parte fazer-se-á com os restantes. Resultou fazer exercícios em frente a espelhos, pois obriga o bebé a estar concentrado no que se está a fazer. Nas massagens utilizaram-se diferentes tipos de toque.

Os bebés demonstraram especial gosto pela inclusão de objectos nas sessões de dança, dentro dos quais se destacam as bolas, as bolhas de sabão e objectos de produção de som.

Ao realizar movimentos teve-se em consideração as direcções do mesmo em relação ao corpo e/ou ao espaço: cima, baixo, lados, diagonais, atrás e à frente.

Foram utilizadas as diferentes partes do corpo nos exercícios.

Ao colocar o bebé numa situação alternada entre pausa e movimento, silêncio e som obtínhamos a sua admiração e atenção.

Os bebés aderiram e mostraram interesse pelos movimentos contrastantes.

No início do projecto os bebés ficavam bastante focados no adulto que realiza o exercício de activação, pelo que a aplicação deste se considera fundamental.

Ligar movimento a lengalengas resultou muito bem, verificando-se a adesão dos bebés através de risos. Recorremos às cavalitas em lugar do colo o que resultou muito bem no sentido de ser diferente.

No momento de relaxamento os bebés mais irrequietos ou que não aderem bem ao toque eram levados ao colo, em movimentos calmos, andando pela sala.

Houve interacção com os bebés na parte da expressão livre utilizando os movimentos da sessão, o que resultou muito bem.

No primeiro exercício de concentração houve o cuidado de não entregar o objecto para a mão dos bebés de modo a não retirar logo de seguida, pelo que começariam a chorar.

Na massagem do bebé deverá houve referência às partes do corpo tocadas.

2. ANÁLISEDASENTREVISTASAPROFISSIONAISDEEDUCAÇÃO

Na análise deste mecanismo de avaliação, optou-se por separar as duas creches, organizando a informação recolhida em quadros de acordo com o tema. Assim, contamos com 15 quadros (7 para a CGC e 8 para a CSFGP) nos quais se encontram os vários pontos temáticos, tendo em conta as observações das profissionais da educação ao longo do projecto: opinião geral do projecto, funcionamento das sessões, reacções dos bebés, sugestões de reformulação, levantamento de pontos positivos/negativos, mudanças de comportamento por parte dos bebés, críticas aos exercícios (CSFGP), e opinião sobre a inserção da dança na creche.

Em cada quadro foram expostas as citações das três entrevistadas, em simultâneo e devidamente identificadas, de modo a ter uma melhor visibilidade sobre as diferentes opiniões ao longo do projecto, complementando-as. Numa coluna lateral foram colocados o número de indicadores, isto é, a quantidade de vezes que a informação exposta foi referida pelas entrevistadas.