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A NÁLISE DA E NTREVISTA AO O FICIAL DE O PERAÇÕES DA B RIGADA DE

No documento TIA (ASP AL CAV ALBUQUERQUE) (páginas 48-51)

CAPÍTULO 2 OS ESQUADRÕES DE RECONHECIMENTO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS

2.7. O ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO DA BRIGADA DE REACÇÃO

2.8.1. A NÁLISE DA E NTREVISTA AO O FICIAL DE O PERAÇÕES DA B RIGADA DE

I

NTERVENÇÃO

Foi realizada uma entrevista ao Tenente-Coronel de Cavalaria Paulo Marques, que era Oficial de Operações da BrigInt, aquando da integração do ERec da BrigInt na NRF 11, estando no centro de todo o processo, sendo uma fonte essencial para se retirar desta

65 Entrevista com o Capitão Fernando Lopes, em 29 de Abril de 2010. 66

Idem.

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experiência conhecimentos importantes na procura de respostas para as questões levantadas neste trabalho. A entrevista encontra-se no Apêndice J.

2.8.1.1.

Análise das Modificações Orgânicas Efectuadas

O Quadro KK.1 apresenta o QO do ERec, em 2006. As alterações, em termos de QO, estão identificadas no Quadro KK.2, como pode ser visto no Anexo KK.

No Anexo LL pode ser visto a estrutura orgânica proposta, com as viaturas e respectivas guarnições, para a NRF 11.

Como pode ser observado no Quadro 2, o Comando e a Secção de Comando não sofrem alterações.

A Secção de Manutenção, apenas é aumentada em um Sargento e diminuído num Praça. Na secção de Reabastecimento, o nome é alterado para Secção de Reabastecimento e Transportes e é aumentada em dois Praças, na Equipa de Reabastecimento.

Na Secção Sanitária, passa a integrar em permanência um 1ºSargento (Cmdt), com especialidade em Medicina, mais um 2ºSargento Socorrista, não existindo alterações no número de Praças (quatro).

A Secção VCB, o Pelotão de Morteiros Pesados e os Pelotões de Reconhecimento, são as subunidades que apresentam maiores alterações.

Na secção de VCB, o número de viaturas é reduzido para dois (em vez das quatro), consequentemente, o número de Sargentos e de Praças é reduzido, também, para metade. O Pelotão de Morteiros Pesados passa a designar-se por Secção de Morteiros Médios, trazendo a este pelotão diversas modificações em termos de orgânica e de viaturas. Passa a ser Comandado por um 1ºSargento (em vez dum Oficial Subalterno), sendo eliminado o Sargento de Pelotão. Passa a haver um Sargento PCT e apenas um calculador PCT (em vez de dois). Das 4 Secções de Morteiros Pesados, passa a haver 3 Esquadras de Morteiros Médios, desaparecendo uma Viatura Porta Morteiro e respectiva guarnição (um Sargento e três Praças).

No entanto é o Pelotão de Reconhecimento (×3) que apresenta mais alterações. O comando do pelotão mantém-se inalterável. A Secção de Exploração, perde a sua capacidade Anti- Carro, visto que lhe é retirado as duas Viaturas Porta Míssil Anti-Carro, com respectivas guarnições (dois Sargentos e seis Praças). Ficando com duas Chaimite V-200 e respectivas guarnições (cada uma com 1 Sargento e duas Praças). A Secção de Atiradores, também apresenta alterações, perdendo 2 Praças (o apontador da metralhadora e o respectivo municiador). A Secção de Auto-Metralhadoras, não apresenta alterações. Cada PelRec é reduzido em dez elementos.

O Esquadrão de Reconhecimento, do seu Quadro Orgânico como Medium Recce Coy apresenta menos trinta e oito militares, menos um oficial e menos trinta e oito praças, apresentando mais um sargento ficando com um total de cento e quarenta militares.

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2.8.1.2.

Aprontamento da Força

Os requisitos e as capacidades necessárias para a integração numa NRF, são conhecidas através do CJSOR, através do qual os países disponibilizam forças comprometendo-se a satisfazer os requisitos requeridos.

Todavia nem todas as forças cumprem na íntegra os requisitos, como é o caso das forças oferecidas por Portugal, mas isso também acontece com outros países.

O caso do ERec que foi aprontado para a NRF 11, organicamente o ERec da BrigInt tem cerca de duzentos militares, com a reorganização passou a ter cerca de cento e quarenta, isto conduz a lacunas, no que toca a missões a realizar e a respectivas capacidades, pois não se podem manter inalteradas com esta redução de recursos humanos.68

2.8.1.3

O Tempo em Stand-by

O ERec apenas ficou pelo aprontamento nacional, não tendo atingido a fase do Stand-by, pois o processo completo do aprontamento não foi atingido.

Para o Tenente-Coronel Paulo Marques, o período em Stand-by não deve ser encarado como uma condicionante, pois as forças atravessam um processo, algo demorado, de constituição, formação e aprontamento, que quando se atinge essa fase as forças atingiram um nível de preparação que se poderia ponderar ser o nível desejável para todas as forças do Exército, sendo infelizmente, um nível que dificilmente a maioria das forças do Exército atingirá.

Refere ainda que são limitações estruturantes do Exército as diminutas disponibilidades orçamentais, matérias e de pessoal, apenas sendo ultrapassadas aquando do aprontamento de forças para se constituírem como FND ou algo análogo como a NRF ou BG.69

2.8.1.4.

Aquisição de Equipamentos

Para o Tenente-Coronel Paulo Marques, existe a necessidade da aquisição de equipamentos para as unidades, mas algum deste equipamento só deve ser adquirido depois de se saber qual o TO onde as forças serão projectadas.

Refere que é necessário ter atenção na preparação das forças pois, como por exemplo, não se pode ir com uma Dotação Individual de Equipamento do Kosovo para um país de altas temperaturas no continente Africano.

Existem equipamentos que são mais necessários em determinados TO do que noutros, exemplo disso, é o equipamento de protecção contra RCEID terem uma maior importância no TO do Afeganistão que num TO no continente Africano.70

68 Entrevista com o Tenente-Coronel Paulo Marques, em 11 de Abril de 2010. 69

Idem.

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2.8.1.5.

Projecção da Força

O ERec não foi projectado “Porque foi interrompida a preparação e retirada a oferta nacional do ERec para integrar a NRF 11”.71

É referido que este ERec mesmo que prosseguisse com a preparação e entrasse na fase de

stand-by, não existia nenhuma garantia que fosse projectado, pois as forças podem estar

disponíveis mas não serem projectadas.72

2.9. ANÁLISE DA PROTECÇÃO E PODER DE FOGO DOS

No documento TIA (ASP AL CAV ALBUQUERQUE) (páginas 48-51)

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