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Não se obtém informação personalizada dos alunos ao longo do processo.

Capítulo 3. Marco Metodológico

36 Não se obtém informação personalizada dos alunos ao longo do processo.

De forma não organizada, obtém- se informação personalizada dos alunos com a finalidade se introduzir mecanismos individuais de melhoria.

Obtém-se informação personalizada dos alunos, de forma organizada, com a finalidade de introduzir mecanismos individuais de melhoria.

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Quando no final de um período do processo, o professor toma consciência de que não se produziram as aprendizagens desejáveis nos temas ou unidades desenvolvidas, repete o processo de forma global.

Quando no final de um período do processo, o professor toma consciência de que não se produziram as aprendizagens desejáveis nos temas ou unidades desenvolvidas e se coloca a progressão dos mesmos, repete aqueles aspetos que considera estruturalmente mais relevantes.

Quando ao longo do desenvolvimento do processo o professor toma consciência de que os conteúdos de aprendizagem ou as atividades que se realizam para esta, não estão em concordância com o campo de interesse dos alunos, reconduz a atividade ou o processo.

Quando ao longo do

desenvolvimento do processo o professor toma consciência de que os conteúdos de aprendizagem não estão em concordância com o campo de interesse dos alunos ou o grau de significados que estes deveriam adquirir nos conteúdos da disciplina, este analisa e introduz variantes do tipo metodológico, disciplinar ou de contexto, de forma individualizada.

Marco Metodológico

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Categorias Tradicional (TR) Tecnológica (TE) Espontaneísta (E) Investigativa (I)

In d ic a d o re s 38

O teste é o instrumento ideal para medir a aprendizagem dos alunos; para além disso, o aluno deve dedicar um determinado tempo para a sua preparação, não necessariamente coincidente com o período em que se desenvolveram os conteúdos de aprendizagem, para garantir a memorização e maturação do foi partilhado na aula.

O teste tem conotações de índole psicológica que influenciam negativamente na atividade do aluno e nas relações pessoais dentro da sala. Não é, no entanto, um bom instrumento para medir a evolução dos alunos.

O teste pode ser um instrumento educativo com o qual se consegue uma dupla finalidade, de aprendizagem, na medida em que é considerado uma atividade individual inserida no processo de criação de conhecimento do aluno, e de controlo do dito processo.

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O diagnóstico inicial dos alunos está baseado exclusivamente nos conteúdos que, supostamente, foram dados anteriormente.

O diagnóstico inicial dos alunos está baseado na deteção de erros conceptuais ou de procedimento que deveriam ser corrigidos antes de começar a execução do processo.

O diagnóstico inicial dos alunos está confinado aos interesses dos alunos.

O diagnóstico inicial deve pôr em relevo todos aqueles aspetos do conhecimento do aluno (conceitos, procedimentos, atitudes, teorias implícitas, conceções, ...) que, de uma ou de outra maneira, possam interferir no processo de ensino- aprendizagem. O processo de aprendizagem permitirá ao aluno confrontar o seu conhecimento oferecendo-lhe vias para a sua adequação e progressão.

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Para a avaliação do progresso dos alunos, o professor utiliza os resultados obtidos nos controlos, utilizados para medir a adequação dos resultados finais de aprendizagem face ao previsto.

Para a avaliação do progresso dos alunos, o professor utiliza os resultados obtidos em controlos, utilizados para medir o grau de consecução dos objetivos inicialmente fixados.

Para a avaliação do progresso dos alunos, o professor utiliza o relatório realizado sobre a base da revisão das tarefas destes e da sua participação nas mesmas.

Para a avaliação do progresso dos alunos, o professor utiliza informação obtida sobre a base da análise do caderno diário, das suas observações sistemáticas, os dados provenientes dos testes e dos trabalhos de grupo, assim como dos relatórios de investigação, …

Marco Metodológico

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A totalidade do instrumento de Monteiro (2006) contempla 40 indicadores (ver anexo IV). Para algumas subcategorias do instrumento surgem indicadores agrupados, aparecendo por exemplo TR/TE31, que respeita a uma Tendência Tradicional e Tendência Tecnológica ou TE/E43 respeitante a uma Tendência Tecnológica e Expontaneísta; isto indica que, para as tendências referidas, não se verificam diferenças ao nível das crenças observadas.

Para aceder às crenças dos quatro professores observados, encontraram-se unidades de informação pela seleção de frases que se identificassem com cada um dos indicadores estabelecidos pelo instrumento de análise, atribuindo-se uma tendência didática a cada indicador - as tendências didáticas são designadas da seguinte forma: Tendência Tradicional (TR), Tendência Tecnológica (TE), Tendência Espontaneísta (E) e Tendência Investigativa (I). Este procedimento efetuou-se, em primeiro lugar para as entrevistas realizadas, e posteriormente na análise das aulas gravadas de cada um dos professores. Uma vez que, quer na entrevista, quer na observação das aulas, a identificação de unidades de informação para a categoria “Avaliação” se tornava restrita e por vezes incompleta, optou-se por associar as unidades de informação de ambas as fontes (entrevista e aulas gravadas), pois só assim se tornou possível completar a caracterização dos professores. Com base nas tendências identificadas para cada indicador, procedeu-se à atribuição de um perfil maioritário por professor, correspondente à tendência identificada com mais frequência no conjunto de todos os indicadores.

Nas investigações qualitativas houve necessidade de encontrar formas de validar os resultados obtidos, por se considerar que estes não eram suficientes para o estudo ser aceite. Assim sendo, os resultados são alvo de triangulação que, segundo Stake (1998), pode ocorrer de várias formas: triangulação de dados, de investigadores, teórica, metodológica e múltipla. Neste estudo foram triangulados dados, na medida em que se utilizaram várias técnicas de recolha de informação, como foi o caso da entrevista realizada antes da lecionação das aulas, da videogravação de aulas e da recolha de artefactos de cada um dos quatro professores observados; também se procedeu à triangulação de investigadores, tendo-se recorrido à doutora orientadora desta tese e a uma mestranda que realizou, com a mesma orientadora, uma investigação sobre as conceções declaradas e em ação de professores de Ciências da Natureza, referentes à unidade “A célula – unidade na constituição dos seres vivos”.

Conclusões

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