Os níveis críticos fisioeconômicos (Tabela 11) foram obtidos pela substituição dos valores de dose econômica nas equações que representam a regressão entre o N extraído da camada de 0-20 cm pelos diferentes extratores e as doses de N aplicadas ao solo. Os seus valores indicam a quantidade mínima de N no solo necessária para a cultura alcançar um determinado rendimento, em função da dose ótima econômica. Segundo Oliveira (1987), a determinação da necessidade de adubação pode ser calculada através da diferença entre o nível crítico de N no solo e o nitrogênio fornecido pelo solo, considerando-se o coeficiente angular da regressão entre o N extraído e o N aplicado.
Tabela 11. Níveis críticos fisioeconômicos de N para o trigo, relativos às doses econômicas
calculadas para três diferentes relações n/w.
Níveis críticos fisioeconômicos (mg de N/kg de solo) Relação n/w
H2O2/MnO2 KCl 2M a 100ºC Tampão pH11,2+NO3- Tampão pH11,2
5 87 84 80 60
7 71 67 63 45
9 55 51 47 30
Os níveis críticos fisioeconômicos que mais se aproximaram do ponto de inflexão das curvas que representam as regressões entre o rendimento de grãos de trigo e o N extraído do solo pelas diferentes soluções extratoras, na camada de 0-20 cm, foram obtidos para uma relação n/w de 5/1: 87 mg de N kg-1 de solo (H2O2/MnO2), 84 mg de N kg-1 de solo (KCl 2M
a 100ºC), 80 mg de N kg-1 de solo (tampão pH11,2+NO3-), e 60 mg de N kg-1 de solo (tampão
pH11,2). Esses valores seriam responsáveis por um rendimento de 94 a 96% da produtividade máxima obtida nesse trabalho.
CONCLUSÕES
1. Os extratores estudados representam metodologias promissoras para as análises rotina de N no solo.
2. A camada de 0-20 cm apresentou os maiores coeficientes de determinação para as regressões entre o rendimento de grãos e o N extraído do solo pelos diferentes extratores, indicando ser essa a melhor profundidade de amostragem.
3. O extrator mais indicado para a análise de rotina de N foi o da solução tampão pH11,2+NO3-, em função da praticidade de análise e da economia de reagentes.
4. As doses de N aplicadas influenciaram os teores desse nutriente nos grãos e na matéria seca e, também, o peso do hectolitro, a altura das plantas e o teor de proteína bruta nos grãos de trigo.
5. O peso de mil grãos de trigo não foi afetado pela adubação nitrogenada.
6. As doses econômicas de N, considerando as variações na relação preço do kg do N/preço do kg do trigo de 9/1 até 5/1, variaram de 42 kg de N ha-1 até 114 kg de N ha-1.
7. Os níveis críticos fisioeconômicos para uma relação n/w de 5/1 foram: 87 mg kg-1 (H2O2/MnO2), 84 mg kg-1 (KCl 2M a 100°C), 80 mg kg-1 (tampão pH11,2+NO3-), e 60 mg
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