AMBIENTE OU TRABALHO
LUX
Sala de espera
100
Garagem, residência, restaurante
150
Depósito, indústria (comum)
200
Sala de aula
300
Lojas, laboratórios, escritórios
500
Sala de desenho (alta precisão)
1.000
Serviços de muito alta precisão
2.000
O aparelho usado para medir a iluminância é o luxímetro como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao
lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.
Dicas de Iluminação do Local de Trabalho
1. Excesso de luz é um problema comum nas empresas e nos escritórios. Muita luz, no entanto, não significa luz adequada. Pelo contrário, pode atrapalhar e gerar uma sensação de desconforto. 2. O limite mínimo também deve ser observado. A iluminação da área de trabalho deve apresentar, no mínimo, 500 luxes, o que é fiscalizado pelo Ministério do Trabalho. 3. Além da iluminação geral, algumas atividades exigem uma iluminação mais pontual na mesa de trabalho (desklight). 4. O excesso da luz solar deve ser controlado com cortinas e persianas. Há uma tendência em se aproveitar a luz natural, sempre complementando‐a com a iluminação artificial. 5. Ao longo do dia, as pessoas têm necessidades diferentes ‐ normalmente decrescentes ‐ de iluminação. Identificar essa variação pode ajudar no rendimento do trabalho. 6. Iluminação com cores diferentes torna o ambiente de trabalho menos monótono,
causando uma sensação de bem‐estar.
7. Também é possível utilizar recursos de iluminação em paredes, para torná‐las mais aconchegantes.
8. O computador nunca deve receber a luz natural da janela diretamente na tela. O ofuscamento prejudica a concentração e a saúde.
9. Pesquisa feita nos Estados Unidos demonstrou que aqueles que ficavam perto de janelas tinham 23% menos queixa de dor nas costas, dor de cabeça e exaustão.
10. Remova lâmpadas onde há mais luz do que o necessário, mas certifique‐se de manter uma iluminação boa em locais de trabalho para não prejudicar seu desempenho ou evitar acidentes (áreas com máquinas). 11. Realizando a limpeza de paredes, tetos e pisos e utilizar cores claras no ambiente de trabalho e estudo, melhoram a iluminação do local e você se sentirá mais confortável e disposto no seu local de trabalho. Iluminação Pública
A iluminação pública nas cidades é uma atribuição das Prefeituras Municipais; entretanto, é bom que o fazendeiro tenha uma noção dos tipos de lâmpadas mais indicadas, pois a geração de energia, através das microcentrais hidrelétricas está ao seu alcance, desde que em sua propriedade passe um córrego com descarga ou desnível adequados à sua geração.
A Tabela abaixo foi transcrita do site da CEFET‐SP e mostra os tipos de lâmpadas mais usadas no Brasil para uso na iluminação pública. A iluminância (representada por E e nas unidades de lúmens por watt), mostra claramente que a lâmpada à vapor de sódio, p.ex., apresenta uma eficiência cerca de dez (10) vezes superior à lâmpada incandescente. ILUMINAÇÃO PÚBLICA TIPO DE LÂMPADA E(lm/w) Incandescente 10 ‐ 15 Halógenas 15 ‐ 25 Mista 20 ‐ 35 Vapor de mercúrio 45 ‐ 55 Fluorescente tubular 55 ‐ 75 Fluorescente compacta 50 ‐ 80 Vapor metálico 65 ‐ 90 Vapor de sódio 80 ‐ 140 FONTE: Manual de Iluminação Eficiente, IBAM/ELETROBRÁS,Rio de Janeiro,1998 Ruídos e Vibrações
A Poluição Sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica através da energia (mecânica ou acústica). Tem reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo. Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração nas ações humanas. Provoca interferências no metabolismo de todo o organismo com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive tornando a perda auditiva, quando induzida pelo ruído, irreversível.
As Normas Regulamentadoras (NR) brasileiras indicam como prejudicial o ruído de 85 dBA (decibéis, medidos na escala A do aparelho medidor da pressão sonora) para uma exposição máxima de 8 horas por dia de trabalho. Sabe‐se que sons acima dos 65 dB podem contribuir para aumentar os casos de insônia, estresse, comportamento agressivo e irritabilidade, entre outros. Níveis superiores a 75 dB podem gerar problemas de surdez e provocar hipertensão arterial.
O Ministério do Trabalho dispõe de quatro Normas que, de alguma forma, tratam do problema do ruído e das vibrações:
NR6 ‐ Equipamento de Proteção Individual ‐ EPI;
NR15 ‐ Atividades e Operações Insalubres; e NR17 ‐ Ergonomia (item 17.5.2). Na zona rural os ruídos e as vibrações são mais intensamente sentidos nos casos de trabalhos com: 1. tratores; 2. motosserras; 3. ferramentas manuais; e 4. silos e armazéns. Para se ter uma idéia, pesquisa feita na Universidade de Viçosa ‐ MG com trator MF mod.265 4x2 TDA de 65 CV e 2000 rpm fabr.1987 tracionando arado com 3 discos de 26 pol. de diâm., produziu ruído variando de 94 a 98 dBA.
Postura Correta
Dentre os distúrbios dolorosos que afetam a humanidade, a dor lombar (lombalgia, dor nas costas ou dor na coluna) é a grande causadora de morbidade e incapacidade para o trabalho, só perdendo para a cefaléia ou dor de cabeça; e afeta mais os homens do que as mulheres.
Aos 30 anos de idade, inicia‐se um processo de dessecação progressiva dos discos da coluna vertebral, que sofrem maior risco de rompimento e arrancamento, por perda de elasticidade e resistência. Hérnia de disco e "bico de papagaio" são doenças comuns da coluna lesada.
A postura no desenrrolar de tarefas pesadas é a principal causa de
problemas de coluna, mais precisamente na hora de levantar,
transportar e depositar cargas, ocasião em que os trabalhadores mantêm as pernas retas e "dobram" a coluna vertebral.
Pode ocorrer também outro movimento perigoso, o giro do tronco, quando a carga for pega ou depositada mais para o lado e não necessariamente à sua frente.
Quanto maior o peso da carga, maior será a pressão sobre cada vértebra (vide figura ao lado) e cada disco. Quanto mais distante do corpo, maior será a pressão. Cargas que representam o equivalente a apenas 10% do peso do corpo, já causam
problema à coluna.
A postura correta do indivíduo ao trabalhar com o computador doméstico (posição da coluna, das pernas, a altura dos olhos, etc.) está esquematizada na figura ao lado. Quando as pernas e os pés não estão bem apoiados, por exemplo, podem ocorrer caimbras após um certo tempo de operação. O encosto da poltrona, também deve ser curvo e ajustar‐ se às costas, sempre que possível.
Quanto à posição de trabalho em pé ou sentado, diz a Norma número 17 do Ministério do Trabalho ‐ MTE que: "sempre que o
trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou
adaptado para esta posição."
O trabalho em pé favorece a incidência do alargamento das veias das pernas (varizes) e causa edemas dos tecidos dos pés e das pernas.
A penosidade da posição em pé pode ser agravada se o agricultor tiver ainda que manter posturas inadequadas dos braços (acima do ombro, p.ex., como na colheita do cacau mostrada na foto ao lado), inclinação ou torção do tronco (como na colheita da laranja) ou de outras partes do corpo.
Assim, sempre que a atividade agrícola o permitir, a alternância de posturas (em pé‐sentado‐ em pé) deve ser sempre buscada, pois permite que os músculos recebam seus nutrientes e não fiquem fatigados.
Transporte manual de cargas
O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, sendo responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho. Estas lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também podem causar outros males como, por exemplo, a hérnia escrotal.
A figura ao lado mostra a técnica correta para o
levantamento de cargas (caixa, barra, saco, etc.). O joelho
deve ficar adiantado em ângulo de 90 graus. Braços esticados entre as pernas. Dorso plano. Queixo não dirigido para baixo. Pernas distanciadas entre si lateralmente. Carga próxima ao eixo vertical do corpo. Tronco em mínima flexão.
Na figura da direita, a técnica indicada para a
movimentação lateral de carga (no caso, um barril)
é a seguinte: posição dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a torção do tronco. No outro croqui, em que o modelo carrega uma caixa, o porte da carga é
feito com os braços retos (esticados), de modo a obter menor tensão nos músculos dos mesmos.
A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para operações de levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa) e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou minimizada.
A mecanização das atividades pode ser feita com o emprego de: polias, transportadores de correia, talhas empilhadeiras, carrinhos de transporte, elevadores, guindastes, pontes‐rolantes, etc. A foto à esquerda mostra uma pilha de sacas sendo içadas por meio de cabos acionados por guindaste (que não aparece).
É claro que o uso desses equipamentos representa um custo de investimento, razão porque devem ser adquiridos e empregados apenas quando forem constantemente utilizados. A figura da direita apresenta uma esteira rolante ou transportador de correia, muito usado no manuseio de sacas e outros materiais. Recomendações gerais para o transporte manual de cargas Evitar manejo de cargas não adequadas ao biotipo, à forma, tamanho e posição; Usar técnica adequada em função do tipo de carga; Procurar não se curvar; a coluna deve servir como suporte; Quando estiver com o peso, evite rir, espirrar ou tossir; Evitar movimentos de torção em torno do corpo; Manter a carga na posição mais próxima do eixo vertical do corpo; Procurar distribuir simetricamente a carga; Transportar a carga na posição ereta; Movimentar cargas por rolamento, sempre que possível;
Posicionar os braços junto ao corpo;
Usar sempre o peso do corpo, de forma a favorecer o manejo da carga;
Uso de ferramentas manuais
A Agropecuária, por suas características, é uma das maiores usuárias das
ferramentas manuais, dentre todas as demais atividades profissionais. Além dessas ferramentas se constituirem numa das maiores causas de acidentes entre os agricultores (principalmente o facão), muitas vezes, a improvisação ou má qualidade de fabricação, contribuem para os riscos ergonômicos do seu emprego.
As ferramentas manuais devem estar adequadas ao agricultor, não somente ao trabalho. Aquelas que exigem a aplicação de esforço muscular excessivo (as que pesam entre 4 e 8 kg exigem muito dos músculos, se estão sujeitas à posição horizontal por mais de três minutos) e/ou posturas incômodas, podem ocasionar tensão na mão, braço e ombros, de forma acumulativa ou gradual.
Por outro lado, o desvio do punho em mais de 30 graus, afeta diretamente a quantidade de força transferida da mão para a ferramenta. Assim, o
formato e a seleção apropriada das ferramentas manuais, são
fundamentais para se evitar os Transtornos por Trauma Cumulativo (TTC), bem como para aumentar a produtividade, a qualidade e a eficiência dos trabalhadores rurais. Os cabos das ferramentas que aparecem na figura ao lado, foram desenhados para evitar esse problema.
Por falar em cabos de ferramentas, os cabos de madeira envernizada, fornecem uma superfície de sustentação melhor do que os de metal ou plástico. Os cabos de borracha, podem se tornar pegajosos. Os cabos condutores de frio, reduzem a temperatura da mão e aumentam o risco de lesões cumulativas. Caso seja necessário um agarre ou aperto mais firme, o cabo deverá ser redondo, de forma que a força possa ser distribuída numa superfície maior. As ferramentas que não se adaptam aos canhotos ou apresentam dificuldades para alternar as mãos, também criam problemas.
Para evitar o esgotamento gradual dos músculos, a chamada carga estática (sustentar uma ferramenta ou manter dada postura) não deve exceder 10% da capacidade da força muscular máxima do trabalhador. Já as cargas dinâmicas (ex.: operar uma motosserra), que empregam grupos musculares maiores, não devem exceder 40% da capacidade máxima do indivíduo. Posto de Trabalho Toda atividade de trabalho está inserida numa dada área, num certo espaço. O ambiente físico ou posto de trabalho, pode favorecer ou dificultar a execução do mesmo. Seus componentes podem ser fonte de insatisfação, desconforto, sofrimento e doenças ou proporcionar a
sensação de conforto (Mascia & Sznelwar, 1996). As fotos abaixo mostram três postos de
trabalho comuns na zona rural brasileira.
Colheita Armazém Ordenha
A Portaria número 3751 de 23/11/90 criou a Norma Regulamentadora NR‐17 (Ergonomia) do Ministério do Trabalho ‐ MTE, que obriga as empresas regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho ‐ CLT a realizar a Análise Ergonômica das Condições de Trabalho e a adequar as condições de trabalho a proporcionar conforto e segurança nas tarefas e atividades realizadas nos postos e ambientes de trabalho. A Análise Ergonômica de que trata a Norma, diz respeito a 4 frentes: Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; Mobiliário do posto de trabalho; Condições ambientais de trabalho; e Organização do trabalho. 1 ‐ Carga Manual Sempre que possível, o levantamento, o transporte e a descarga manual de objetos pesados devem ser evitados. Para saber mais sobre este assunto, consulte o ítem relativo a Transporte Manual de Cargas. 2 ‐ Mobiliário
Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem ser adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Adequados à natureza do trabalho significa que os equipamentos devem facilitar a execução da tarefa específica. No uso das
máquinas agrícolas, por exemplo, uma série de exigências ergonômicas devem ser respeitadas.
Às vezes, uma simples cadeira ergonômica (como a da foto ao lado), pode fazer a diferença. A altura de uma bancada pode estar adequada a uma pessoa alta, mas não para outra, baixa. Produtos e postos de trabalho inadequados provocam tensões musculares, dores e fadiga. Ás vezes, podem levar a lesões irreversíveis. Na maioria dos casos, os problemas podem ser evitados com a melhoria dos postos de trabalho e dos equipamentos em uso no trabalho (Guimarães, 1998).
Todos sabem que a atividade agrícola, muitas vezes, está sujeita a raios
e trovoadas. A abordagem ambiental sob a ótica da Ergonomia, é
centrada no ser humano e abrange tanto o critério da saúde quanto os de conforto e desempenho.
Assim, com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos (residência, galpão, escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados os cuidados construtivos e operativos necessários para propiciar ao trabalhador: conforto térmico, acústico, luminosidade, instalações sanitárias e locais para dessedentação e descanso.
4 ‐ Organização do Trabalho
A organização do trabalho define quem faz o que, como e em quanto tempo. É a divisão dos
homens e das tarefas, principalmente nas empresas agropecuárias, vez que, quando o
agricultor é o proprietário e trabalha a sua própria terra, é o dono do seu nariz e organiza o trabalho ao seu jeito, sem interferência da figura do patrão.
Na agricultura, como são menores as exigências de tempo (quando comparado com o trabalho nas cidades), os mais idosos conseguem permanecer na ativa, mesmo tendo atividade física geral bem mais intensa que na indústria.
Esforço Físico
As Normas relativas à Ergonomia (NR‐17) podem ser lidas aqui ou no site do Ministério do Trabalho ‐ MTE e compõem‐se de seis tópicos: 17.1 ‐ Visa adaptar o trabalho ao homem 17.2 ‐ Levantamento, transporte e descarga de materiais 17.3 ‐ Mobiliário dos postos de trabalho 17.4 ‐ Equipamentos dos postos de trabalho 17.5 ‐ Condições ambientais de trabalho e 17.6 ‐ Organização do trabalho
O esforço físico despendido pelo agricultor no corte de árvores depende da ferramenta utilizada (machado ou motosserra), do seu posicionamento (no chão, como na foto ao lado, ou nos galhos como no caso das podas em cidades) e até das condições do terreno (seco ou pantanoso; plano ou inclinado).
O trabalho muscular exigido por esta atividade (de 4.000 a 5.000 Kcal/h), como citado na página de Trabalho sob o Sol, só é superado pelo dos atletas. Mesmo quando a atividade do corte de árvores é feita com o auxílio da motosserra, ela é
considerada como de grande intensidade de esforço físico (ILO, 1968).
Transcrição do item 17.6.3 da Norma NR17 ‐ Ergonomia. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) devem ser incluídas pausas para descanso; c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
APUD (1989) afirma que a frequência cardíaca é um dos melhores métodos para avaliar a carga de trabalho em ambientes quentes e o esforço extra para a dissipação do calor gerado pelo corpo. GRANDJEAN (1988) recomenda a frequência de 35 bpm (batimentos do coração por minuto), acima da frequência cardíaca em repouso, como um limite de atividade contínua para homens.
APUD sugere o limite de 40% da capacidade cardiovascular individual, como aceitável para o trabalho desenvolvido num turno de 8 horas. De modo geral, um período de descanso deve seguir os ciclos de trabalho e pausas curtas e frequentes são mais indicadas do que pausas longas em menor número (LAVILLE, 1977).
Batimentos do Coração
Da página de Sinais Vitais, reproduzimos a Tabela abaixo, que mostra os parâmetros que norteiam a pulsação normal num indivíduo adulto.
BATIMENTOS CARDÍACOS EM ADULTOS (No./min) NÚMERO INTERPRETAÇÃO 60 a 80 Normal < 60 Lento (bradicardia) >100 Rápido (taquicardia) 100 ‐ 150 Emergência (acidentado) > 150 Procurar Médico rápido
Segundo consta do livro SOS ‐ Cuidados Emergenciais. Barbieri,R.L., Ed.Rideel, 1a.ed., São
Paulo, 2002 alguns fatores afetam a velocidade de pulsação normal. São eles: 1. temperatura corporal: aumenta o número de bpm; 2. hora do dia: demanhã é mais lenta; no final da tarde e à noite, mais rápida; 3. idade: diminui da infância à meia idade e aumenta na idade avançada; 4. sexo: as mulheres têm 5 a 10 bpm a mais que os homens; 5. exercícios: os moderados, aumentam de 20 a 30 bpm (retornando após 2 min);
6. estimulação simpática (dor, ansiedade, medo, raiva): provoca taquicardia;
7. estimulação parassimpática (intoxicação, síncope, pressão intracraniana): bradicardia; 8. demanda de oxigênio (febre alta, choque, hipoxia, anemia grave): taquicardia;
9. arritmias cardíacas (pulso radial < pulso apical); e
10. arritmias sinusais: nas crianças e adultos jovens, a bpm pode se elevar no pico da inspiração respiratória e diminuir na expiração.
Segundo o site Saude em movimento:
Freqüência Cardíaca de Repouso (FCR) é o número de batimentos
cardíacos durante um minuto numa situação de repouso.
Freqüência cardíaca Máxima (FCM) é a maior freqüência cardíaca atingida no teste. A
freqüência cardíaca máxima é atingida quando percebemos que mesmo aumentando a carga de trabalho não existe um aumento da freqüência cardíaca. Não pode ser alterada com o treinamento físico. O único fator identificado que altera a FCM é a idade: é diminuída em 1 batimento a cada ano. Portanto um indivíduo que possui sua FCM de 200 bpm com vinte anos de idade deverá ter sua FCM 20 batimentos a menos quando estiver com 40 anos de idade, ou seja 180 bpm.
Tempo de Recuperação
Fernando Seixas procedeu a um estudo numa fazenda de Iguape‐SP, em 1996/97, para a determinação do esforço físico de trabalhadores na colheita da caixeta. Nesse trabalho, para calcular o tempo de recuperação após um período de atividades braçais de corte dessa árvore, foi utilizada a fórmula de MURREL modificada para frequência cardíaca (APUD, 1989). A saber: S = 0,4 [(220 ‐ idade) ‐ FCR] + FCR Ex: S = 0,4 [(220 ‐ 33) ‐ 68] + 68 = 116 bpm T = W(b ‐ S)/(b ‐ FCR) onde: T = tempo de recuperação (min) W= tempo de trabalho (min) b = taxa de pulsação média no trabalho (bpm) S = nível de taxa de pulsação adotada como limite (bpm equiv. aos 40%) FCR = frequência cardíaca em repouso (bpm) Ex: T = [55 (132 ‐ 116)] / (132 ‐ 68) = 14 min Explicação: um homem com 33 anos de idade e 68 bpm em repouso, trabalhando no corte de árvore durante 55 min (atingindo 132 bpm nessa operação), deve descansar durante 14 minutos.
Para outros cálculos da frequência cardíaca, consulte a página da Cooperativa do Fitness ‐ CDOF.
Movimentos Repetitivos
A história do trabalho repetitivo é tão longa quanto a do próprio trabalho, visto que na agricultura primitiva e no comércio antigo, já existiam tarefas altamente repetitivas. Já em 1713, Ramazzini (apud Kroemer, 1995) atribuiu as L.E.R.s aos movimentos repetitivos das mãos, às posturas corporais contraídas e ao excessivo estresse mental.
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social ‐ INSS (1993), a principal conseqüência da L.E.R. é a perda da capacidade de realizar movimentos, o que interfere diretamente sobre a condição social e psicológica do indivíduo. Isso se verifica quando a lesão impede temporária ou permanentemente o homem de realizar trabalho, já que este ato passa a ser um elemento de degradação física e emocional.
A literatura mostra que 61,4% dos pacientes com L.E.R. desenvolvem incapacidade parcial permanente, enquanto que 38,6% apresentam incapacidade temporária (Hoefel, 1995). Prieto et al (1995) também cita a mudança de humor, a irritabilidade, a insônia e o nervosismo, os quais são conseqüências da dor, como fatores que refletem diretamente na vida familiar do portador de L.E.R. Couto (1997), também afirma que a relação custo x benefício de uma empresa sofre déficit, acarretados desde a perda com funcionários afastados devido à L.E.R., até aspectos mais complexos de comprometimento do resultado financeiro da organização. Dissertação apresentada na Univ.de São Carlos‐SP, mostra o papel das atividades ou dos
movimentos repetitivos no desenvolvimento ou exacerbação de neuropatias compressivas ou