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Níveis de Maturidade do CMMI

2 MATURIDADE DE PDP E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE

2.3 MATURIDADE DE PROCESSO

2.3.2 Níveis de Maturidade do CMMI

Segundo o SEI (2006), no modelo CMMI, “utilizam-se níveis para descrever um caminho evolutivo recomendado para uma organização que deseja melhorar os processos utilizados para desenvolver e manter seus produtos e serviços”. Os cinco níveis de maturidade, sendo cada nível considerado uma camada que representa a base para as atividades de melhoria contínua do processo, são assim explicitadas:

 Nível 1 – Inicial

O sucesso depende da competência e do heroísmo das pessoas e não do uso dos processos comprovados. As organizações frequentemente produzem produtos e serviços que funcionam, entretanto, extrapolam seus orçamentos e não cumprem seus prazos. São caracterizadas pela tendência de se comprometer além da sua capacidade, por abandonar o processo em um momento de crise e por serem incapazes de repetir os próprios sucessos.

 Nível 2 – Gerenciado

Os projetos da organização têm a garantia de que os processos são planejados e executados de acordo com uma política. Os projetos empregam pessoas experientes que possuem recursos adequados para produzir saídas controladas e envolvem partes interessadas relevantes. Também são monitorados, controlados e revisados, além de serem avaliados para verificar sua aderência em relação à descrição de processo. Isso contribui para que as práticas existentes sejam mantidas durante períodos de estresse. Os projetos são executados e gerenciados de acordo com seus planos documentados.

 Nível 3 – Definido

Os processos são bem caracterizados e entendidos, e são descritos em padrões, procedimentos, ferramentas e métodos. O conjunto de processos-padrão é estabelecido e melhorado ao longo do tempo. Os padrões, descrições de processo e procedimentos para um projeto são adaptados a partir do conjunto de processos- padrão da organização para se ajustar a um projeto específico ou a uma unidade organizacional e, portanto, mais homogêneos, exceto por diferenças permitidas pelas diretrizes para adaptação. Os processos são gerenciados mais proativamente, com base na compreensão de como as atividades de processo se relacionam e nas medidas detalhadas do processo, seus produtos de trabalho e serviços.

 Nível 4 – Gerenciado Quantitativamente

A organização e os projetos estabelecem objetivos quantitativos para qualidade e para desempenho de processo, utilizando-os como critérios na gestão de processos. Objetivos quantitativos baseiam-se nas necessidades dos clientes e dos responsáveis pela implementação de processos. A qualidade e o desempenho de processo são entendidos em termos estatísticos e gerenciados ao longo da vida dos processos. Nesse nível, identificam-se as causas especiais de variação de processo e, onde apropriado, as fontes dessas causas são corrigidas para prevenir sua recorrência.

 Nível 5 – Em Otimização

Neste nível, uma organização melhora continuamente seus processos com base no entendimento quantitativo das causas comuns de variação inerentes ao processo e tem foco na melhoria contínua do desempenho de processo por meio de melhorias incrementais e inovadoras de processo e de tecnologia. Os objetivos quantitativos de melhoria de processo são estabelecidos, continuamente revisados para refletir as mudanças nos objetivos estratégicos e são utilizados como critérios na gestão de melhoria de processo. Os efeitos das melhorias de processo implantadas são medidos e avaliados. A organização preocupa-se em tratar as causas comuns de variação de processo e promover mudanças no processo.

Para cada nível de maturidade, além das áreas de processos identificadas, existem metas específicas e metas genéricas que devem ser alcançadas pelos processos de planejamento e implantação da organização. Segundo a definição dada pelo Software Engineering Institute (SEI),

“Uma meta específica descreve as características que devem estar presentes para uma implementação adequada de uma área de processo. Ela é um componente requerido do modelo utilizada nas avaliações para determinar se uma área de processo está implementada. Por exemplo, uma meta específica da área de processo Gestão de Configuração é: ‘A integridade dos baselines8

é estabelecida e mantida’. As metas genéricas são componentes requeridos do modelo utilizadas nas avaliações para determinar se uma área de processo está implementada e são denominadas ‘genéricas’ porque a mesma declaração de meta se aplica a várias áreas de processo. Elas descrevem as características necessárias para institucionalizar os processos que implementam a área de processo em questão. [. . . ] Um exemplo de meta genérica é: ‘O processo é institucionalizado como um processo definido’” (SEI, 2006).

A Figura 10 ilustra a estrutura e os componentes do modelo CMMI.

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Baseline(s): “é um conjunto de especificações ou de produto de trabalho que tenham sido

formalmente revistos, e que, a partir desse ponto de concordância entre os revisores, serve como base para desenvolvimento ou entrega posterior, só podendo ser modificados por meio de procedimentos de controle de mudança. Representa a atribuição de um identificador a um item de configuração ou a um conjunto de itens de configuração e entidades associadas” (SEI, 2006).

Figura 10 – Componentes do CMMI Fonte: SEI (2006), adaptado.

Como mostra na Figura 10, cada área de processo (PA) é subdividida em metas específicas (SG) e metas genéricas (GG), sendo que para as metas específicas (SG) têm-se as práticas específicas (SP) e para as metas genéricas (GG) têm-se as práticas genéricas (GP). Segundo a definição dada pelo Software

Engineering Institute (SEI),

“A prática específica é a descrição de uma atividade considerada importante para a satisfação da meta específica associada. As práticas específicas são componentes esperados do modelo que descrevem as atividades esperadas visando à satisfação das metas específicas de uma área de processo. Por exemplo, uma prática específica da área de processo Monitoramento e Controle de Projeto é: ‘Monitorar os compromissos com relação aos identificados no plano de projeto’. As práticas genéricas são componentes esperados do modelo e são denominadas ‘genéricas’ porque a mesma prática se aplica a várias áreas de processo. Elas descrevem uma atividade considerada importante para a satisfação da meta genérica associada. Por exemplo, uma prática genérica da meta genérica ‘O processo é institucionalizado como um processo gerenciado’ é: ‘Fornecer os recursos adequados para execução do processo de monitoramento e controle de projeto, envolvendo o desenvolvimento de produtos de trabalho e fornecimento dos serviços do processo’” (SEI, 2006).

disciplina. Quando implantadas, elas buscam a satisfação de um grupo de metas significativas para se obter melhorias.