• Nenhum resultado encontrado

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.4 NANOTECNOLOGIA FARMACÊUTICA SISTEMAS DE LIBERAÇÃO CONTROLADA

A nanotecnologia farmacêutica representa uma área multidisciplinar envolvida com o desenvolvimento de sistemas terapêuticos mais eficientes, que representam inovação tecnológica obtendo sistemas micro e nanométricos com o direcionamento do sítio de ação e controle de liberação de fármacos (STAMATIALIS et al., 2008).

Os sistemas de liberação controlada desenvolvidos por essa tecnologia são dispositivos que liberam o princípio ativo de forma controlada, mantendo a concentração terapêutica apropriada por um longo período de tempo. Apresentam, assim, inúmeras vantagens em relação às formas farmacêuticas convencionais, tais como: liberação progressiva do fármaco; direcionamento a alvos específicos; proteção do princípio ativo (diminuindo a sua retenção e/ou degradação pelo organismo); redução do número de doses e quantidade do fármaco administrado, bem como manutenção da concentração constante do princípio ativo no plasma;

diminuição de efeitos adversos; maior conveniência para o paciente e redução dos custos na saúde (BRANNON-PEPPAS, 1995; PETITTI et al., 2008).

Diferentes dispositivos podem ser utilizados como sistemas de liberação controlada, como lipossomas, micropartículas, nanopartículas, complexos de inclusão, dentre outros; como também diferentes tipos de liberação podem ser produzidos (contínua, pulsátil) de acordo com o fármaco, o dispositivo escolhido e a via de administração (PETITTI et al., 2008).

2.4.1 Lipossomas

Lipossomas são vesículas esféricas formadas por uma ou mais bicamadas lipídicas que possuem a propriedade de organizarem-se espontaneamente em meio aquoso. Os lipídeos se organizam de forma que suas cadeias hidrofóbicas interagem dando origem à bicamada e os grupos hidrofílicos orientam-se para solução extra-vesicular e a cavidade interna (Figura 11) (PAINI et al., 2015).

Figura 11 - Formação de estruturas fechadas em bicamadas a partir de fosfolipídeos em meio aquoso

Tais partículas são consideradas excelentes formas de sistemas de liberação controlada de fármacos e substâncias biologicamente ativas graças a sua flexibilidade estrutural relacionada ao tamanho, composição e fluidez da bicamada lipídica e na sua capacidade de encapsular substâncias hidrofílicas e/ou lipofílicas. Ademais, os lipossomas são biodegradáveis, biocompatíveis e não imunogênicos, características bastante atrativas para o desenvolvimento de sistemas terapêuticos (EDWARDS; BAEUMNER, 2006).

Os lipossomas são constituídos basicamente de fosfolipídeos e esteróis (MONTEIRO et al., 2014). A fosfatidilcolina é o lipídeo mais empregado nas formulações de lipossomas, devido a sua grande estabilidade frente a variações de pH ou da concentração de sal no meio (BATISTA et al., 2007). Enquanto que o colesterol atua aumentando a fluidez da bicamada, reduzindo a permeabilidade a moléculas hidrossolúveis e melhorando a estabilidade das vesículas na presença de fluidos biológicos (MONTEIRO et al., 2014).

Recentemente, a literatura apontou o surgimento dos polimerssomos, que são vesículas poliméricas automontáveis formadas em meio aquoso por copolímeros em bloco anfifílicos (SIMÓN-GRACIA et al., 2016). Por simularem lipossomas, uma vez que estes copolímeros de alto peso molecular possuem anfilicidade similar aos lipídios, tornaram-se uma alternativa atrativa devido a sua alta capacidade de encapsular compostos hidrofílicos, hidrofóbicos ou anfifílicos, caracterizando-os como sistemas excepcionais para a liberação de moléculas bioativas e a encapsulação de mais de um fármaco para terapia sinérgica (FIGUEIREDO et al., 2016; MARTIN et al., 2016).

Os lipossomas podem ser classificados de acordo com seu método de preparação, pelo número de bicamadas presentes na vesícula ou pelo seu tamanho; sendo as duas últimas as classificações mais utilizadas. Com base no número de bicamadas e vesículas, os lipossomas são classificados em vesículas unilamelares (ULVs), vesículas multilamelares (MLVs) ou vesículas multivesiculares (MVVs). Além disso, com relação ao tamanho, os lipossomas unilamelares são classificados em vesículas unilamelares grandes (LUVs) e vesículas unilamelares pequenas (SUVs) (MONTEIRO et al., 2014) (Figura 12).

Figura 12 - Classificação dos lipossomas quanto ao número de bicamadas e tamanho

Fonte: adaptado de MONTEIRO et al. (2014).

Diversos métodos foram desenvolvidos para a produção de lipossomas. O mais utilizado para a obtenção de formulações lipossomais é o método de hidratação do filme lipídico, onde os constituintes são dissolvidos em solvente orgânico, seguido pela evaporação do solvente e formação de um filme lipídico (LIRA et al., 2009; CAVALCANTI et al., 2011). Procede-se a hidratação do filme com água ou tampão sob agitação vigorosa, promovendo a formação da dispersão de lipossomas multilamelares. O momento da inclusão do fármaco durante a preparação das vesículas vai depender da natureza química do mesmo, sendo adicionados ao solvente orgânico (lipofílicos) ou solubilizados na solução tampão (hidrofílicos). Esta técnica produz lipossomas multilamelares, sendo necessária a aplicação de métodos mecânicos, eletrostáticos ou químicos para aquisição de lipossomas unilamelares, LUV’s e SUV’s. Os mais frequentes são os mecânicos, estando incluídos: a sonicação, o uso da prensa de French, homogeinizador/fluidificador e extrusão através de membrana de policarbonato com variadas porosidades (BATISTA et al., 2007).

A aplicação de métodos para caracterização imediata seguida do preparo e armazenamento de lipossomas é requerida para o controle de qualidade da produção. Entre eles, prioriza-se a determinação do diâmetro médio das partículas, índice de polidispersão (PDI), pH, carga de superfície e o percentual da eficiência de encapsulação do fármaco (EE%) (VEMURI; RHODES, 1995). Ainda podem ser realizados estudos de estabilidade e análise dos aspectos macroscópicos, bem como a determinação da morfologia dos sistemas através de microscopia óptica e eletrônica (SANTOS-MAGALHÃES et al., 2000; ANDRADE et al., 2004).

Com relação a sua composição química, os lipossomas podem ser classificados em: lipossomas convencionais, que são compostos basicamente de fosfolipídeos, colesterol e/ou um lipídio com carga (positiva ou negativa); lipossomas de longa circulação ou furtivos, que são obtidos através do revestimento da superfície da bicamada lipídica com polímeros hidrofílicos sintéticos inertes e biocompatíveis, especificamente os polietilenoglicóis, ou componentes hidrofílicos naturais, como o monossialogangliosídeo (MG1) e fosfatidilinositol (TORCHILIN,

2005).

Além dos citados, existem ainda os lipossomas direcionados ou sítio- específicos, os quais caracterizam-se por apresentar em sua superfície moléculas como anticorpos, proteínas, carboidratos e peptídeos, sem o comprometimento da membrana lipídica e alteração na função do ligante. Outra categoria são os lipossomas polimórficos, aqueles que se tornam reativos devido a mudança na sua estrutura, mudança esta desencadeada por uma alteração de pH, temperatura ou carga eletrostática. Dentre esses podemos citar os lipossomas catiônicos, sensíveis ao pH e termossensíveis. A literatura descreve ainda os lipossomas teranósticos, onde há um componente de imagem, um ligante direcionador e um agente terapêutico em um sistema único, sendo este simultaneamente uma ferramenta para terapêutica e diagnóstico (Figura 13) (BATISTA et al., 2007; SERCOMBE et al., 2015).

Figura 13 - Classificação dos lipossomas quanto à sua constituição. A - Lipossoma convencional, B - Lipossoma furtivo, C - Lipossoma teranóstico e D – Lipossoma sítio- específico

Fonte: adaptado de SERCOMBE et al. (2015)

2.4.2 Microesferas

As micropartículas são definidas como pequenas partículas sólidas e esféricas de tamanho entre 1 a 1000 m. Nas micropartículas poliméricas, o fármaco pode estar encapsulado como um núcleo sólido, como uma solução, ou disperso na matriz polimérica; sendo classificadas em microcápsulas e microesferas. As primeiras são sistemas reservatórios contendo o fármaco em um núcleo central com revestimento polimérico que atua como um filme protetor; enquanto as microesferas são sistemas matriciais ou monolíticos, no qual o fármaco está uniformemente disperso e/ou dissolvido na matriz polimérica (Figura 14) (PETITTI et al., 2008; SINGH et al., 2001).

Figura 14 - Representação esquemática da classificação das micropartículas: (A) microesfera (sistema matricial) e (B) microcápsula (sistema reservatório)

Fonte: adaptado de PIMENTEL et al. (2007).

Para a obtenção de micropartículas podem ser utilizados polímeros naturais (proteínas ou polissacarídeos) ou sintéticos. Dentre os polímeros naturais mais estudados encontram-se: ácido hialurônico, alginato, amido, colágeno e quitosana, que oferecem muitas vantagens quando usados como carreadores para liberação de fármacos (BALMAYOR et al., 2009). No entanto, problemas correlacionados à pureza, necessidade de modificação química ou mesmo de incompatibilidade com os constituintes da formulação justificam o uso preferencial de polímeros sintéticos biodegradáveis como matérias-primas destes sistemas (HANS; LOWMAN, 2002).

Os polímeros sintéticos mais comumente utilizados são ácidos poliamino, poliamidas, poliacrilamidas, poliésteres, poliortoésteres e poliuretanos. Os poliésteres como poli-ε-caprolactona (PCL), polímero de ácido glicólico (PGA), polímero de ácido láctico (PLA) e copolímero de ácido láctico e glicólico (PLGA) são bastante atrativos devido a características favoráveis, tais como: biocompatibilidade, biodegradabilidade e segurança para uso em humanos, já sendo oficialmente regulamentados para uso interno (FERNÁNDEZ-CARBALLIDO et al., 2008).

Durante os últimos anos, pesquisas foram focadas no desenvolvimento de microesferas de polímeros biodegradáveis, como o PLGA, devido a inúmeros fatores, dentre os quais: capacidade de serem reabsorvidas pelo organismo, ação terapêutica prolongada e elevada eficiência de encapsulação associadas as suas dimensões, melhoria da estabilidade e da biodisponibilidade oral de fármacos,

aumento da permeabilidade através do epitélio intestinal e facilidade de administração (MUTHU et al., 2009).

Os métodos usados na produção de microesferas geralmente envolvem princípios de evaporação e/ou difusão do solvente, coacervação, polimerização em emulsão, técnica de microemulsão, spray-drying, salting out, dentre outros (IQBAL et al., 2015).

As técnicas de emulsificação com evaporação do solvente são bastante utilizadas na preparação destes sistemas e envolvem a formação de emulsões com fases aquosas e oleosas orgânicas, com a retirada do solvente orgânico ao final do processo. O polímero e o fármaco são solubilizados nas fases apropriadas e estas são emulsificadas em uma fase contínua (aquosa ou oleosa) contendo um emulsificante adequado com um baixo poder de solubilização do fármaco. No caso de fases contínuas aquosas, o álcool polivinílico (PVA) é o emulsificante mais usado. Ao final do processo, os solventes voláteis podem ser removidos por evaporação ou por extração da fase externa (WISCHKE; SCHWENDEMAN, 2008).

As emulsões formadas nestes métodos podem ser do tipo simples, como de óleo/água (o/a, caracterizando um sistema rico em água) (Figura 15), óleo/óleo (o/o) ou múltiplas como água/óleo/água (a/o/a) (IQBAL et al., 2015).

Figura 15 - Método de preparação de microesferas por emulsificação (o/a) e evaporação do solvente: (1) solubilização dos componentes na fase oleosa orgânica, (2) mistura da fase orgânica com a fase contínua contendo emulsificante sob agitação, (3) evaporação do solvente, (4) separação das microesferas

Os parâmetros utilizados para caracterização físico-química dos sistemas obtidos são bem variados, podendo-se destacar: avaliação macroscópica e microscópica, tamanho e distribuição de tamanho de partícula, índice de polidispersão, eficiência de encapsulação, potencial zeta, interações e incompatibilidades entre os componentes da formulação, estudos de estabilidade acelerada e a longo prazo e cinética de liberação in vitro (SANTOS-MAGALHÃES et al., 2000).

Técnicas como difração de raios-X (XRD), calorimetria exploratória diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA), ressonância magnética nuclear (RMN), infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), espectroscopia Raman e microscopia de varredura laser confocal, ainda podem ser empregadas, com o objetivo de evidenciar a encapsulação do fármaco e distribuição na matriz polimérica, a interação ou incompatibilidade do fármaco com o polímero ou outros componentes da formulação (FAISANT et al., 2002; FERNÁNDEZ-CARBALLIDO et al., 2008; WANG et al., 2009).

REFERÊNCIAS

ABDELWAHAB, S.I. Protective mechanism of gallic acid and its novel derivativeagainst ethanol-induced gastric ulcerogenesis: involvement of

immunomodulation markers, hsp70 and bcl-2-associated x protein. International Immunopharmacology, 16, 296–305, 2013.

ANDRADE, C.A.S., CORREIA, M.T.S., COELHO, L.C.B.B., NASCIMENTO, S.C., SANTOS-MAGALHÃES, N.S. Antitumor activity of Cratylia mollis lectin encapsulated into liposomes. International Journal of Pharmaceutics, v. 278, p. 435-445, 2004. ASOKKUMAR, K.; SEN, S.; UMAMAHESWARI, M.; SIVASHANMUGAM, A.T.; SUBHADRADEVI, V. Synergistic effect of the combination of gallic acid and

famotidine in protection of rat gastric mucosa. Pharmacological reports, 66, 594– 599, 2014.

BADHANI, B.; SHARMA, N.; KAKKAR, R. Gallic acid: a versatile antioxidant with promising therapeutic and industrial applications. RSC Adv., 5, 27540, 2015.

BALMAYOR, E.R.; TUZLAKOGLU, K.; AZEVEDO, H.S.; REIS, R.L. Preparation and characterization of starch-poly-e-caprolactone microparticles incorporating bioactive agents for drug delivery and tissue engineering applications. Acta Biomaterialia, v. 5, p. 1035–1045, 2009.

BATISTA, C. M. et al. Complexos de inclusão e suas aplicações terapêuticas: Estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 43, 2007. BELHOCINE, T.Z.; PRATO, F.S. Transbilayer phospholipids molecular imaging. EJNMMI Research, v. 1, n. 17, 2011.

BENITEZ, F. J. et al. Gallic acid degradation in aqueous solutions by UV/H2O2 treatment, Fenton’s reagent and the photo-Fenton system. Journal of Hazardous Materials B. v. 126, p. 31–39, 2005.

BENNETT, C. J. et al. Potential therapeutic antioxidants that combine the radical scavenging ability of myricetin and the lipophilic chain of vitamin E to effectively inhibit microsomal lipid peroxidation. Bioorganic & medicinal chemistry, v. 12, n. 9, p. 2079–98, 2004.

BENOIT, M.-A.; BARAS, B.; GILLARD, J. Preparation and characterization of protein-loaded poly(ε-caprolactone) microparticles for oral vaccine delivery. International Journal of Pharmaceutics, 1999;184:73-84.

BERNE, R. M.; LEVY, M. N.; KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Fisiologia. 5 edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004.

BITAN-CHERBAKOVSKY, L.; ASERIN, A.; GARTI, N. Structural characterization of lyotropic liquid crystals containing a dendrimer for solubilization and release of gallic acid. Colloids and surfaces. B, Biointerfaces, v. 112, p. 87–95, 2013.

BOZIC, M.; GORGIEVA, S.; KOKOL, V. Laccase-mediated functionalization of chitosan by caffeic and gallic acid for modulating antioxidant and antimicrobial properties. Carbohydrate Polymers, v. 87, n.4, p. 2388–2398, 2012.

BRAGA M.A; MARTINI M.F.; PICKHOLZ M.; YOKAICHIYA F.; FRANCO M.K.D; CABEC¸ L.F.; GUILHERME V.A.; SILVA C.M.G.; LIMIA C.E.G.; DE PAULA E.

Clonidine complexation with hydroxypropyl-beta-cyclodextrin: From physico-chemical characterization to in vivo adjuvant effect in local anesthesia. Journal of

Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 119, p. 27–36, 2016.

BRANNON-PEPPAS, L. Recent advances on the use of biodegradable

microparticles and nanoparticles in controlled drug delivery. International Journal of Pharmaceutics, 1995;116:1-9.

BREWSTER, M.E.; LOFTSSON, T. Cyclodextrins as pharmaceutical solubilizers. Adv. Drug Del. Rev., v.59, p.645-666, 2007.

BRUNTON, L. L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11 ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2007.

CALABRÒ, M.L.; TOMMASINI, S.; DONATO, P.; RANERI, D.; STANCANELLI, R.; FICARRA, P.; FICARRA, R.; COSTA, C.; CATANIA, S.; RUSTICHELLI, C.;

GAMBEERINI, G. Effects of a and β-cyclodextrin complexation on the physico- quemical properties and antioxidant activity of some 3-hydroxyflavones. J. Pharmaceut. Biomed., v.35, p.365-377, 2004.

CALAM, J.; BARON J.H.Pathophysiology of duodenal and gastric ulcer and gastric cancer. BMJ 2001 :323:980. 2001.

CARVALHO J. C. T, GOSMANN, G; SCHENKEL, E. P. Compostos fenólicos simples e heterosídicos. In: Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR (org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. rev. ampl. Florianópolis: Ed. da UFSC; Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2004. p. 519-535.

CARVALHO, A.S.T. Úlcera péptica. Jornal de Pediatria, v. 76, p. 127-134, 2000. CAVALCANTI, I. M. F.; MENDONÇA, E. A. M.; LIRA, M. C. B.; HONRATO, S. B.; CAMARA, C. A.; AMORIM, R .V. S.;MENDES FILHO, J.; RABELLO, M. M.; HERNANDES, M. Z.; AYALA, A. P.; SANTOS-MAGALHÃES, N. S. The

encapsulation of b-lapachone in 2-hydroxypropyl-b-cyclodextrin inclusion complex into liposomes: A physicochemical evaluation and molecular modeling approach. Eur. J. Pharm. Sci., n. 44, p. 332–340, 2011.

CHALLA, R.; AHUJA, A.; ALI J.; KHAR, R.K. Cyclodextrins in drug delivery: an updated review. AAPS Pharm. Sci. Tech., v.6, p.329-357, 2005.

CHO, E.; JUNG, S. Supramolecular Complexation of Carbohydrates for the Bioavailability Enhancement of Poorly Soluble Drugs. Molecules v. 20, 19620- 19646, 2015.

CHUBINEH, S.; BIRK, J. Proton pump inhibitors: the good, the bad, and the unwanted. Southern Medical Journal. v. 105, n. 11, p. 613-618, 2012.

CNUBBEN, N. H. P.; RIETJENS, I. M. C. M.; WORTELBOER, H.; VAN ZANDEN, J.; VAN BLADEREN, P. J. The interplay of glutathione-related processes inantioxidant defense. Environmental Toxicology and Pharmacology. v.10, p.141-152, 2001. CONNORS, K.A. The Stability of Cyclodextrin Complexes in Solution. Chem. Rev., v.97, p.1325-1358, 1997.

DAVIS, M.E.; BREWSTER, M.E. Cyclodextrin-Based Pharmaceutics: past, present and future. Nat. Rev. Drug Discov., v.3, p.1023-1035, 2004.

DE ROSA, G.; LAROBINA, D.; LA ROTONDA, M.I.; MUSTO, P.; QUAGLIA, F.; UNGARO, F. How cyclodextrin incorporation affects the properties of protein-loaded PLGA-based microspheres: the case of insulin/hydroxypropyl-β-cyclodextrin system. J. Control. Release,v.102, p.71-83, 2005.

DEL VALLE, E.M.M. Cyclodextrins and their uses: a review. Proceed. Biochem., v.39, p.1033-1046, 2004.

DEVARAKONDA, B.; HILL, R.A.; LIEBENBERG, W.; BRITS, M.; VILLIERS, M.M. Comparison of the aqueous solubilization of practically insoluble niclosamide by polyamidoamine (PAMAM) dendrimers and cyclodextrins. International Journal of Pharmaceutics, v.304, p.193-209, 2005.

DÍAZ-GÓMEZ, R. et al. Comparative antibacterial effect of gallic acid and catechin against Helicobacter pylori. LWT - Food Science and Technology, v. 54, n. 2, p. 331–335, 2013.

DÍAZ-GOMEZ, R.; TOLEDO-ARAYA, H.; LOPEZ-SOLÍS, R.; OBREQUE-SLIER, E. Combined effect of gallic acid and catechin against Escherichia coli. LWT - food science and technology, 59, 896E900, 2014.

DUCHÊNE, D.; WOUESSIDJEWE, D.; PONCHEL, G. Cyclodextrins and carrier systems. J. Control. Release, v.62, p.263-268, 1999.

EDWARDS, K. A; BAEUMNER, A. J. Liposomes in analyses. Talanta, v. 68, n. 5, p. 1421–31, 2006.

FAISANT, N.; SIEPMANN, J.; BENOIT, J.P. PLGA-based microparticles: elucidation of mechanisms and a new, simple mathematical model quantifying drug release. Eur. J. Pharm. Sci., v.15, p.355-366, 2002.

FERNANDES, V.C.; DENADAL, A.M.L.; MILLÁN, R.D.S; ALVES, R.J.; CUNHA JÚNIOR, A.S. Caracterização físico-química de complexos de insulina:dimetil-β- ciclodextrina e insulina:hidroxipropil-β-ciclodextrina e avaliação da influência do tipo de complexo na produção de microesferas biodegradáveis. Rev. Bras. Ciên. Farm., v.43, p.543-553, 2007.

FERNÁNDEZ-CARBALLIDO, A.; PASTORIZA, P.; BARCIA, E.; MONTEJO, C.; NEGRO, S. PLGA/PEG-derivative polymeric matrix for drug delivery system applications: Characterization and cell viability studies. International Journal of Pharmaceutics, 352:50-57, 2008.

FIGUEIREDO, P.; BALASUBRAMANIANA, V.; SHAHBAZIA, M.; CORREIA, A.; WU, D.; PALIVAN, C.G.; HIRVONEN, J.T.; SANTOS, H.A. Angiopep2-functionalized polymersomes for targeted doxorubicin delivery to glioblastoma cells. International Journal of Pharmaceutics, v. 511, p. 794–803, 2016.

FIUZA, S. M. et al. Phenolic acid derivatives with potential anticancer properties--a structure-activity relationship study. Part 1: methyl, propyl and octyl esters of caffeic and gallic acids. Bioorganic & medicinal chemistry, v. 12, n. 13, p. 3581–9, 2004. FLORINDO, H.F.; PANDIT, S.; GONÇALVES, L.M.D.; ALPAR, H.O.; ALMEIDA, A.J. Streptococcus equi antigens adsorbed onto surface modified poly-ε-caprolactone microspheres induce humoral and cellular specific immune responses. Vaccine, v.26, p.4168-4177, 2008.

GALLI, F. Interactions of polyphenolic compounds with drug disposition and metabolism. Current drug metabolism, v. 8, n. 8, p. 830–8, 2007.

GHARIB, R.; GREIGE-GERGES, H.; FOURMENTIN, S.; CHARCOSSET, C.; AUEZOVA, L. Liposomes incorporating cyclodextrin-drug inclusion complexes: Current state of knowledge. Carbohydrate Polymers, n. 129, p. 175-186, 2015. GIL-LONGO, J.; GONZÁLEZ-VÁZQUEZ, C. Vascular pro-oxidant effects secondary to the autoxidation of gallic acid in rat aorta. The Journal of Nutritional

Biochemistry, v. 21, n. 4, p. 304–9, 2010.

GOVEA-SALAS, M.; RIVAS-ESTILLA, A.M., RODRÍGUEZ-HERRERA, R.; LOZANO- SEPÚLVEDA, S.A.; AGUILAR-GONZALEZ,C.N.; ZUGASTI-CRUZ, A.; SALAS- VILLALOBOS,T.B.; MORLETT-CHÁVEZ J.A. Gallic acid decreases hepatitis c virus expression through its antioxidant capacity. Exp ther med, 11(2): 619–624, 2016. HALTER, F.; SCHMASSMANN, A.; TARNAWSKI, A. Review article: healing of experimental gastric ulcers. Interference by gastric acid. Digestive diseases and sciences, v. 40, n. 11, p. 2481-2486, 1995.

HANS, M.L.; LOWMAN, A.M. Biodegradable nanoparticles for drug delivery and targeting. Curr. Opin. Solid State Mater. Sci. v. 6, p. 319–327, 2002.

HAROLD, B.; TOMIC-CANIC, M. Cellular and molecular basis of wound healing in diabetes. The Journal of Clinical Investigation. 117(5): 1219–1222. 2007

HO, C.-C. et al. Gallic acid inhibits murine leukemia WEHI-3 cells in vivo and

promotes macrophage phagocytosis. In vivo (Athens, Greece), v. 23, n. 3, p. 409– 13, 2009.

HO, H.-H. et al. Anti-metastasis effects of gallic acid on gastric cancer cells involves inhibition of NF-kappaB activity and downregulation of PI3K/AKT/small GTPase

signals. Food and chemical toxicology : an international journal published for the British Industrial Biological Research Association, v. 48, n. 8-9, p. 2508–16, 2010.

HOOGERWERF, W.; PASRICHA, P. J. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2003. HSU, C.-L.; LO, W.-H.; YEN, G.-C. Gallic acid induces apoptosis in 3T3-L1 pre- adipocytes via a Fas- and mitochondrial-mediated pathway. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 55, n. 18, p. 7359–65, 2007.

HUANG, K.-W.; YU, C.-J.; TSENG, W.-L. Sensitivity enhancement in the colorimetric detection of lead(II) ion using gallic acid-capped gold nanoparticles: improving size distribution and minimizing interparticle repulsion. Biosensors & bioelectronics, v. 25, n. 5, p. 984–9, 2010.

IQBAL, M.; ZAFAR, N.; FESSI, H.; ELAISSARI, A. Double emulsion solvent evaporation techniques used for drug encapsulation. International Journal of Pharmaceutics, v. 496, n. 2, p. 173–190, 2015.

KAUR, M. et al. Gallic acid, an active constituent of grape seed extract, exhibits anti- proliferative, pro-apoptotic and anti-tumorigenic effects against prostate carcinoma xenograft growth in nude mice. Pharmaceutical research, v. 26, n. 9, p. 2133–40, 2009.

KAZUMORI, H.; ISHIHARA, S.; RUMI, M. A. K. Transforming growth factor directly augements histidine decarboxylase and vesicular monoamine transporter 2

production in rat enteochromaffin-like cells. Am. J. Gastrointest. Liver Physiol. v.286, p. 508-514, 2004.

KIM, S.-H. et al. Gallic acid inhibits histamine release and pro-inflammatory cytokine production in mast cells. Toxicological sciences: an official journal of the Society of Toxicology, v. 91, n. 1, p. 123–31, 2006.

KIM, Y.-J. Antimelanogenic and Antioxidant Properties of Gallic Acid. Biol. Pharm. Bull., 30, 1052–1055, 2007.

KRATZ, J.M.; ANDRIGHETTI-FRÖHNER, C.R.; KOLLING, D.J.; LEAL, P.C.; CIRNE- SANTOS, C.C.; YUNES, R.A.; NUNES, R.J.; TRYBALA, E.; BERGSTRÖM,T.; FRUGULHETTI, I.CPP.; BARARDI, C.R.M.; SIMÕES, C.M.O. Anti-HSV-1 and anti- HIV-1 activity of gallic acid and pentyl gallate. Mem. Inst. Oswaldo

Cruz, vol.103 n.5, 2008.

KRISTMUNDSDÓTTIR, T.; ARADÓTTIR, H.A.; INGÓLFSDÓTTIR, K.;

ÖGMUNDSDÓTTIR, H.M. Solubilizaton of the lichen metabolite usnic acid for testing in tissue culture. J. Pharm. Pharm., v.54, p.1447-1452, 2002.

KRISTMUNDSDÓTTIR, T.; JÓNSDÓTTIR, E.; ÖGMUNDSDÓTTIR H.M.;

INGÓLFSDÓTTIR, K. Solubilization of poorly soluble lichen metabolites for biological testing on cell lines. Eur. J. Pharm. Sci., v.24, p.539-543, 2005.

KUTTY, K.; SCHAPIRA, R. M.; RUISWYK, J. V.; KOCHAR, M. S.; Úlcera péptica. In:Tratado de Medicina Interna., Rio de Janeiro, Guanabara-koogan, p. 398-400, 2005.

LAINE, L.; TAKEUCHI, K.; TARNAWSKI, A. Gastric Mucosal Defense and

Cytoprotection: Bench to Bedside. Gastroenterology, v. 135, n. 1, p. 41-60, 2008. LAM, P.-L. et al. Development of formaldehyde-free agar/gelatin microcapsules containing berberine HCl and gallic acid and their topical and oral applications. Soft Matter, v. 8, n. 18, p. 5027, 2012.

LE RAY, A.-M.; CHIFFOLEAU, S.; IOOSS, P.; GRIMANDI, G.; GOUYETTE, A.; DACULSI, G.; MERLE, C. Vancomycin encapsulation in biodegradable poly(ε- caprolactone) microparticles for bone implantation. Influence of the formulation process on size, drug loading, in vitro release and cytocompatibility. Biomaterials, 2003;24:443-449.

LI, D. et al. A straightforward method to determine the cytocidal and cytopathic effects of the functional groups of gallic acid. Process Biochemistry, v. 46, n. 11, p. 2210–2214, 2011.

LI, M.; ROUAUD, O.; PONCELET, D. Microencapsulation by solvent evaporation: state of the art for process engineering approaches. International Journal of Pharmaceutics, v.363, p.26-39, 2008.

LIAO, C.-L. et al. Gallic acid inhibits migration and invasion in human osteosarcoma U-2 OS cells through suppressing the matrix metalloproteinase-2/-9, protein kinase B (PKB) and PKC signaling pathways. Food and chemical toxicology: an

international journal published for the British Industrial Biological Research Association, v. 50, n. 5, p. 1734–40, 2012.

LIRA, M.C.B.; FERRAZ, M.S.; SILVA, D.G.V.C.; CORTES, M.E.; TEIXEIRA, K.I.; CAETANO, N.P.; SINISTERRA, R.D.; PONCHEL, G.; SANTOS-MAGALHÃES, N.S. Inclusion complex of usnic acid with β-cyclodextrin: characterization and

nanoencapsulation into liposomes. J. Incl. Phenom. Macrocycl. Chem., v.64, p.215-224, 2009.

LIU, J. et al. Synthesis of chitosan-gallic acid conjugate: Structure characterization