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Victor Az

No primeiro capítulo desse trabalho fizemos um passeio pela história da leitura e da mídia. Vimos que os meios usados pelo homem em cada momento da história foi fator fundamental para o desenvolvimento das posturas de leitura no decorrer do tempo. Desde o leitor de nós, passando pelo leitor das tabuletas de argila, do livro rolo, do códex manuscrito, do códex impresso, até o

ciberleitor, pode-se notar que cada um desses livros se fundaram tendo em vista todo um imaginário propício para cada uma das épocas.

Uma vez que esse trabalho de pesquisa visa estudar não apenas o texto literário, mas também os suportes que o encerram, é interessante observar que a palavra livro aqui não é usada para designar apenas o formato códex. Arlindo Machado, em uma entrevista dada ao documentário

Biblioteca Mindlin: um mundo em páginas, afirma que o livro não é o objeto, esse objeto que chamamos livro é o códex. Livro pode ser texto oral, narrativa, uma infinidade de textos. Epopéias como Ilíada e Odisséia são livros orais, por exemplo, e uma página de poesia digital na web também deve ser chamada de livro.

Essa afirmação de Machado é crucial para nos posicionarmos com relação aos acontecimentos atuais relacionados ao livro. Muito se tem falado, e lamentado, sobre o fim do livro, uma vez que as mídias digitais têm ameaçado a hegemonia desse objeto. Entretanto, é importante esclarecer aqui que o que está em pauta no mundo atual não é o fim do livro, mas sim o fim do formato do livro códex. O livro, enquanto essência, enquanto texto, enquanto linguagem

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continuará a existir mesmo que, por ventura, o códex deixe de existir em detrimento do crescimento de outras mídias. Sempre haverá espaço para o romance, o conto, a crônica. A diferença é que passaremos a ler em mídias digitais, e apesar do alarde feito pelos intelectuais de que os jovens não leem, essa postura é bastante discutível. Talvez eles não leiam os clássicos, mas o sucesso de obras com Harry Potter ou O Senhor dos Anéis, por exemplo, nos mostra que o problema não é a falta de leitura, mas os caminhos trilhados pelo sistema educacional, que precisam ser revistos.

Nesse capítulo nos debruçaremos sobre a postura de leitura do leitor-navegador. Por essa razão, em alguns momentos, será necessário retomarmos alguns aspectos já discutidos no primeiro capítulo, sobre questões que envolvem as mídia dos livros e suas posturas de leitura.

4.1. A mente e o corpo em posição para navegar nas redes virtuais

http://www.youtube.com/watch?v=jo3rl2kxB4g

O vídeo que serve de epígrafe para esse tópico ilustra de maneira muito elucidativa o que trataremos no decorrer desse capítulo. O monge, acostumado a ler em livro rolo, sente muita dificuldade em manusear um exemplar do recém chegado livro códex. O texto é uma bem humorada sátira aos atendimentos de suporte técnico que temos nos nossos dias. Entretanto, ele nos mostra uma questão fundamental para discutirmos e analisarmos as posturas de leituras dos novos tempos. A leitura é um hábito, como já mencionado anteriormente, por essa razão, quando há a mudança de uma mídia textual para outra, há também uma grande modificação comportamental do leitor. Essas modificações se dão não somente no plano do corpo, mas também nos aspectos mentais. Da leitura de uma mídia para outra há muitos elementos cognitivos que precisam ser apreendidos, como

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podemos observar no vídeo acima. Não é apenas saber ler, conhecer o alfabeto e os signos linguísticos que caracterizam um texto, é importante também saber manusear o suporte, conhecê-lo, desvendá-lo.

De fato nunca pensamos sobre esse assunto. Estamos há tanto tempo submersos no mundo da leitura em livro códex, que acreditamos ser natural manuseá-lo. Entretanto, quando nos vimos frente a frente com novos suportes, os meios eletrônicos, fomos descobrindo que não nascemos sabendo utlizar um códex, fomos aprendendo, assim como aprendemos a utilizar todos os demais objetos que estão ao nosso redor no dia-a-dia. Basta observarmos uma criança em seus primeiros contatos com um códice. Ela o manuseia de maneira desordenada, de trás para frente, de frente para trás, de cabeça para baixo, pulando as páginas. Da mesma forma estamos aprendendo a lidar com os aparelhos eletrônicos, e esse aprendizado tem nos conduzidos por caminhos muitos distintos dos caminhos que percorremos durante quase dois mil anos do surgimento do formato códex e, desses dois mil anos, quinhentos deles mergulhados na cultura dos textos impressos.

Quando nos deparamos com um livro códex, parece que nascemos para manuseá-lo. Não temos dúvidas de como abri-lo, de como lê-lo, de como fechá-lo. Também nos acostumamos – apenas algumas pessoas têm essa prática – a usar suas margens para rabiscá-lo, fazendo nossos comentários dos textos lidos e interferindo neles, dialogando com o autor. Sabemos exatamente como separar as páginas lidas das ainda não lidas usando um marcador. E não temos dúvida em procurar as referências bibliográficas no fim do livro, ler as leituras de rodapé no fim de cada página, ler as notas de fim de texto, ler as referências sobre o livro nas páginas iniciais e os prefácios e pósfácios, que como os próprios nomes indicam, se encontram antes ou depois do texto principal. Nada nos supreende. Nada nos parece novo quanto ao manuseio do formato códex.

De fato, quando aprendemos a ler em um códice, nada mais nos surpreende. Não há grandes inovações no suporte códice que estimulem nossa mente e que nos façam mudar de conduta quanto ao manejo do livro. As distinções ficam apenas a cargo do tamanho, qualidade das folhas, diferenças entre as capas, porém o modelo é sempre o mesmo, e uma vez apreendida as regras de leitura, ler um códex torna-se algo automatizado.

A mesma lógica pode ser aplicada para os fomatos em argila e o livro rolo. Esses dois formatos da antiguidade também não caracterizavam um desafio diário. Bastava internalizar as regras da leitura textual, que tudo se repetia, leitura após leitura.

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O texto digital se apresenta a nós como um grande desafio nesse sentido. Ao contrário dos modelos de mídias de leituras conhecidos até agora, os suportes eletrônicos são muito dinâmicos, sendo impossível apreender seu manuseio apenas uma vez, pois, cada vez que lemos em meio digital, devemos percorrer novos caminhos, mesmo os usuários mais experientes. O perfil desse ciberleitor será tratado ainda nesse capítulo, mais adiante. Por agora se faz necessário abrir aqui um parênteses para distinguir o leitor tradicional do leitor navegador. Para isso iremos recorrer a alguns conceitos tratados por Lucia Santaella em sua obra Navegar no ciberespaço. O perfil do leitor

imersivo.

Vimos no primeiro capítulo que para Chartier há duas maneiras de ler, intensivamente e extensivamente. Apenas recapitulando brevemente, no primeiro modo lê-se de forma repetitiva, ou seja, várias vezes a mesma coisa. No segundo modo as leituras são diferentes, lê-se vários títulos distintos.

Santaella, na referida obra acima, afere que há três tipos de leitores: o contemplativo/meditativo, o leitor movente/fragmentado e o leitor imersivo virtual.

O primeiro tipo, o contemplativo, meditativo e individual, surgiu por volta do século XII, quando iniciou-se a prática da leitura silenciosa. A leitura era feita basicamente com o uso da visão. Não havia nenhum outro sentido envolvido. E o maior ganho que a leitura silenciosa trouxe para o leitor, foi a capacidade de ler sem intermediários, foi estabelecer uma ligação direta entre texto e leitor. “ O leitor tinha tempo para considerar e reconsiderar as preciosas palavras cujos sons – ele sabia agora – podiam ecoar tanto dentro como fora. E o próprio texto, protegido de estranhos por suas capas, tornava-se posse do leitor, conhecimento íntimo do leitor“ (MANGUEL, 1997, p. 68). Por se tratar de uma leitura silenciosa, “é uma atividade de leitores sentados e imóveis, em abandono, desprendidos das circunstâncias externas.“ (SANTAELLA, idem, p. 23)

Em suma, esse primeiro leitor é um leitor que lida com objetos e com linguagens duráveis. O livro de papel é quase um objeto indelével. Ele é duradouro, permanente, proporcionando ao leitor a possibilidade de recorrentes leituras do mesmo texto.

O segundo tipo de leitor, é o leitor pós revolução industrial. Com as grandes transformações sofridas pelas cidades; o advento da industrialização; o surgimento de meios de comunicação como o telégrafo; o telefone; os jornais; desponta o leitor movente, fragmentado.

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Com a expansão e o aumento da população nas grandes cidades, passamos a viver também em um mundo mais veloz, em que tudo acontece sob uma exurrada de informações. Com a produção mecanizada da era industrial, passamos a viver em uma sociedade de consumo, e “a roupa, o livro, o médico, o advogado e o poeta, tudo foi se transformando em mercadoria e com ela nascia um novo tipo de percepção do mundo, (...) e o ser humano passou a se preocupar muito mais com a vivência do que com a memória“ (Idem, p. 27). Essa sociedade de consumo acabou gerando um mundo de imagens.

Como já referido na introdução e no primeiro capítulo, vivemos em mundo de imagens, para onde quer que olhemos elas estão presentes, em grande número e infinitas cores, competindo pela nossa atenção. Esse leitor de incessantes imagens acabou por se adaptar a ler uma infinidade de informações ao mesmo tempo, e acabou se tornando um “ leitor treinado nas distrações fugazes e sensações evanescentes cuja percepção se tornou uma atividade instável, de intensidades desiguais“. Esse leitor acabou apreendendo uma leitura rápida, efêmera e híbrida, “mistura que está no cerne do jornal, primeiro grande rival do livro. (...) Aparece assim, com o jornal, o leitor fugaz, novidadeiro, de memória curta, mas ágil“. (Idem, p. 29) Esse leitor convive com um excesso de estímulos, por isso não consegue reter as informações todas, tornando-se um leitor de fragmentos.

Dessa forma o leitor meditativo, que possui tempo para leitura e apreensão do texto, é obrigado a dividir espaço com o leitor movente, que apreende o mundo por fragmentos, trechos de jornais, imagens publicitárias, resvistas, HQs (histórias em quadrinhos). É um leitor que muitas vezes nem procura o texto para leitura, ele os encontra por acaso, em qualquer lugar, ele esbarra nos textos espalhados pelos diferentes espaços. Santaella afirma que esse leitor movente é o intermediário entre o meditativo e o imersivo do ciberespaço, pois ele funciona como um treinador das sensibilidades perceptivas humanas para a chegada do ciberleitor imersivo, que é um navegador, explorador de nós e textos alineares dos espaços virtuais.

O terceiro e último tipo de leitor, é o leitor do século XXI, embora ele tenha começado a surgir no fim da década de 90 do século XX. Esse leitor, segundo Santaella (idem, p. 47) navega por espaços intermídias em que sons, imagens e textos alfabéticos se misturam. Esse espaço também é formado por links, o que pressupõe um leitor ativo, que participa do texto, que cria seu próprio caminho textual, não ficando preso a linearidade do texto do leitor meditativo, nem aos fragmentos aleatórios do leitor movente, pois o leitor imersivo não tropeça no texto, não lê de maneira aleatória, mas busca seu texto de maneira sistematizada, constrói um caminho de leitura.

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Partindo dos conceitos acima de Santaella, pode-se afirmar que a autora trabalha apenas com o tipo de leitor extensivo, pois essas três definições propostas por ela abarcam somente o leitor de várias leituras e não o leitor repetitivo. Portanto, podemos concluir que ela subdivide o conceito de leitor extensivo de Chartier, que só surgiu a partir do século XVIII com a popularização do livro em formato códex. Para nosso trabalho o interesse maior é o leitor extensivo imersivo, aquele que lê nas mídias digitais, embora vez ou outra possa ser necessário nos referir aos demais tipos, tanto intensivo quanto extensivo, para explicarmos algumas características desse leitor digital.

Santaella (Ibdem.) classifica esse último usuário em três tipos: o novato, o leigo e o experto. Com base em algumas teorias de Charles Pierce, ela determina alguns “ tipos de raciocínio“.

O novato é o usuário que tem pouquíssimo contato com o computador. Ele apresenta desnorteamento diante do excesso de signos da tela, ansiedade e insegurança durante o processo de navegação e impaciência quando percebe que precisa de tempo para apreender os mecanismos do mundo virtual. Esse comportamento gera desconcentração, ocorrência demasiada de erros, confusão e inabilidade para retroceder e recomeçar a navegação. Com grande frequência se angustia e pede ajuda. As atitudes desses usuários causam a impressão de que estão “diante de um código cifrado com significados misteriosos“.

O novato é o que apresenta o raciocínio abdutivo, uma vez que quando navega, por ter pouco conhecimento do ambiente virtual, ele levanta hipóteses sobre os caminhos a serem percorridos. É como se fosse uma adivinhação. “A abdução consiste em, diante de um fato surpreendente, chegarmos a uma hipótese que possa explicá-lo.“ (Idem, p. 100) Dessa forma o usuário novato trabalha como um detetive, que investiga os dados para chegar ao conhecimento da verdade.

O leigo é o navegador que tem algum contato com o mundo da internet, mas conhece apenas alguns caminhos. Portanto, ele conhece algumas direções e se vira para encontrar rotas ainda desconhecidas. Ele é capaz de examinar as circunstâncias e é capaz de escolher as alternativas corretas. Em geral não apresenta problemas para retornar ao ponto de partida e recomeçar a navegação. Possue capacidade de averiguar e clicar nos links mais prováveis.

Esse tipo de usuário navega por indução, ou seja, ele admite o que é legítimo e recorrente de um conjunto de fatos e usa os mesmos procedimentos a partir dos fatos anteriores. A indução é a responsável pelo hábito. Algumas ações são seguidas pelas mesmas reações, assim se estabelece

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uma associação de que àquela ação irá se seguir determinada reação. Dessa forma passamos a repetir as mesmas ações e elas acabam por se tornar um hábito.

O experto não apresenta nenhum tipo de dificuldade em navegar na rede e apresenta desenvoltura e segurança para escolher os comandos. Ele conhece os aplicativos em sua totalidade e é veloz na hora de utilizar as ferramentas que o computador apresenta.

O experto navega usando a dedução. Na dedução a mente é comandada por um hábito “em virtude do qual uma ideia geral sugere em cada caso uma reação correspondente. Mas certa sensação é vista como envolvendo aquela ideia. Consequentemente, aquela sensação é seguida por aquela reação” (Idem, p. 117). Nesse caso o ciberleitor experto já tem as regras da navegação internalizadas, e os hábitos já foram adquiridos e, de certa forma, se automatizaram, e o usuário já não perde mais tempo com tentativas, ele sabe exatamente o que quer e como proceder para encontrar. Em suma:

O usuário experto pode ser definido como aquele que possui estratégias globais afinadas e precisas, mas também, e, sobretudo, como aquele que detém o conhecimento do conjunto, o que lhe permite tomar prontas decisões em pontos em que escolhas devem ser feitas. Os leigos, ao contrário, mais lentos e hesitantes, realizam repetidamente operações de busca, avançam, erram e se autocorrigem, retornam e tentam outro caminho para encontrar uma solução. Os novatos, por seu lado, revelam perplexidade diante da tela, parece faltar-lhes também destreza para manusear o mouse e controlá-lo, falta-lhes especialmente o controle dos objetos representados na tela por meio do movimento do mouse, isto é, a sincronia do olho, do tato e da reação motora.

É importante frisar que, embora o leitor experto tenha familiaridade com o equipamento digital, quando se trata de navegar no ciberespaço, a tarefa nunca é a mesma, principalmente quando o leitor se aventura em caminhos diferentes, buscando acessar sites desconhecidos para ele. Portanto, navegar no ciberespaço nunca é uma tarefa totalmente automatizada, como é, por exemplo, a tarefa de ler um códex. Todas as vezes que um leitor navega no ciberespaço, ele é levado a descobrir caminhos diferentes e estabelecer distintas relações cognitivas, uma vez que cada

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navegação é um novo aprendizado, especialmente em tempos de sistemas operacionais cada vez mais diversos.

O mundo da tecnologia eletrônica nos surpreende a cada dia. Tudo é muito rápido. Se em um dia estamos utilizando um novo aparelho e um novo programa, no dia seguinte essas ferramentas se tornam obsoletas e são trocadas por outras mais modernas. Por essa razão, é importante salientar aqui que as teorias acima, discutidas de Lucia Santaella, foram desenvolvidas a partir de uma pesquisa realizada por ela no início dos anos 2000, e divulgada em 2004, data de seu livro. Esses dez anos que nos separam da pesquisa da autora de maneira alguma anulam os resultados obtidos por ela, pelo contrário, mas é necessário que se faça aqui alguns adendos, uma vez que de lá para cá muita coisa mudou nas mídias eletrônicas.

As pesquisas realizadas por Santella levaram em consideração apenas o computador de mesa e o sistema operacional Windows, que nesses dez anos sofreu várias modificações. Essa escolha se deu pelo fato de os demais aparelhos ainda serem incomuns, como o Notebook, por exemplo, que estava apenas começando a ganhar espaço no gosto da população. Atualmente, temos vários aparelhos e sistemas operacionais diferentes sendo usados periodicamente, e essa oferta de aparelhos, certamente modificou o comportamento dos usuários durante uma década. Apesar dessas mudanças nas mídias, os conceitos trazidos à baila por Santaella em seu livro ainda são viáveis e totalmente atuais, devendo ser apenas aplicados aos novos modelos de suportes eletrônicos de leitura.

O mercado de aparelhos eletrônicos cresceu e se modificou muito desde a criação do Mark I em 1944. Se há 70 anos um computador ocupava toda uma sala, hoje carregamos um computador de aproximadamente 120 gramas nas mãos e acessamos a internet de qualquer lugar do mundo. Entretanto, vamos nos centrar nas modificações ocorridas de 10 anos para cá, para compreendermos como se dá a postura de leitura do ciberleitor nos dias atuais.

Se no início dos anos 2000 prevalecia o uso do computador de mesa e do sistema operacional Windows, hoje vemos cada vez menos pessoas trabalhando em computadores maiores. O Notebook e o Netbook caíram no gosto popular e os Tablets e Smartphones tornaram-se acessório indispensáveis na vida do homem contemporâneo. Isso significa, dentre outras coisas, aprender a manusear aparelhos diferentes com sistemas operacionais diferentes.

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O leitor das mídias eletrônicas, diferentemente do leitor da mídia códex, precisa aprender a dominar primeiramente todo um sistema interno da mídia para só depois poder partir para leitura em si. Enquanto o leitor tradicional apenas tem o trabalho de abrir o livro códex e ler, o leitor virtual precisa primeiramente se familiarizar com a mídia, com o sistema operacional, para só depois se familiarizar com o texto. Que também apresenta diferentes formatos, dependendo da programação utilizada.

Atualmente existem pelo menos cinco aparelhos mais utilizados pelos usuários: o computador de mesa, os Notebooks, os Netbooks, os Tablets e os Smartphones. Porém, cada um desses aparelhos pode apresentar vários sistemas operacionais diferentes. O computador de mesa, os

Notebooks e os Netbooks podem utilizar o Windows, o Linux, em suas várias distribuições49, e se for uma máquina da Apple Macintosh o seu próprio sistema operacional OS X . Com os Tablets e

Smartphones acontece o mesmo. Ambos podem utilizar o Android , o Windows 8 dentre outros sistemas ainda menos usados. E se o Tablet for um iPad e o Smartphone um iPhone o sistema operacional será iOS. Isso sem falar nos modelos de computadores óculos, como, por exemplo, o

Google glass50 ou o computador relógio, iWatch51, que não somente é um relógio de pulso com memória de computador, como apresenta tecnologia holográfica. O primeiro já está sendo comercializado, e o segundo tem previsão de chegar ao mercado em 2019.

O fato é que o mundo eletrônico nos apresenta novidades há todo momento. Quando chegamos a dominar minimamente uma tecnologia, outra aparece para tornar a anterior ultrapassada e nos levar a aprender novamente os caminhos para se acessar o novo suporte.

Diante de tantas ofertas, um usuário experiente pode se tornar um novato, ou um leigo, cada vez que acessa a rede ou que se aventura em navegar em uma nova mídia. Por essa razão, o processo de apreensão do conhecimento e da informação é diferente para um leitor virtual e para um leitor do livro tradicional. É importante que aqui se abra um parêntese para explicar o que se sugere

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