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e 5.32), nesses locais é possível reconhecer o S0 e notar que esse se encontra

e 5.17), resultado da ação de uma superfície de aplainamento.

5.31 e 5.32), nesses locais é possível reconhecer o S0 e notar que esse se encontra

bastante dobrado. O contato com a unidade estratigraficamente superior é gradacional, marcado pela ocorrência de níveis quartzosos em direção ao contato entre as duas.

A unidade Ba-2 sustenta uma serra no extremo sudoeste da área (Figura 5.33). Essa unidade é composta essencialmente por quartzitos de coloração bege.

Esses quartzitos são bem mais puros que os encontrados na unidade Ba-1, e as feições microscópicas desses dois quartzitos também são diferentes. Apresentam textura granoblástica, os grãos de quartzo são equigranulares, apresentando formato subeuedrais a euedrais, a morfologia dos agregados de grãos se encontra mais poligonizada do que em todos os quartzitos descritos anteriormente.

5.3 METAMORFISMO

Tendo em vista que o foco principal do atual trabalho é discutir o padrão estrutural desenvolvido ao longo do contato Domínio Externo/ Domínio Interno, e que as litologias envolvidas nesse contexto, apresentados no capítulo de Litoestratigrafia, são basicamente quartzosas, não oferecendo bons parâmetros para caracterizarmos o metamorfismo, esse item será apresentado sucintamente.

Damázio (2002) e Silva (2003) caracterizaram o pacote metassedimentar representado pelos quartzitos do Grupo Canastra, que afloram na Serra da Canastra, como metamorfisados em fácies xisto verde baixa, na zona da clorita. Já a Nappe de Passos apresenta uma história metamórfica mais complexa,

caracterizada um metamorfismo invertido, que varia desde a zona da biotita da fácies xisto verde, na base; até fácies anfibolito superior no topo da seqüência (ZANARDO, 1992; SIMÕES, 1995).

Domínio Externo

Com exceção do Subdomínio Babilônia, em que foi caracterizada um mélange tectônica, o Domínio Externo é representado por uma seqüência metassedimentar composta basicamente por quartzitos, mais ou menos micáceos, xistos, xistos feldspáticos e filitos; com ocorrências de lentes de rochas interpretadas como metabásicas.

As paragêneses metamórficas reconhecidas para essas rochas são: quartzo + muscovita, em grande parte dos quartzitos e xistos; albita + muscovita + quartzo, nos xistos feldspáticos da unidade CVC-6; clorita + albita + quartzo nas rochas

interpretadas como metabásicas intercaladas na unidade CVC-6; e quartzo + muscovita + estilpnomelana, em alguns quartzitos.

Essas paragêneses indicam que as rochas dos subdomínios Canastra/Vão dos Cândidos e Gurita do Domínio Externo foram metamorfisadas em fácies xisto verde, na zona da clorita, sob condições que podem atingir temperaturas pouco acima de 400ºC (YARDLEY, 1989). Não foram identificados minerais que permitissem avaliar a condição de pressão. Em geral as rochas da Faixa Brasília são atribuídas ao tipo Barroviano de metamorfismo, de pressão intermediária, em função da presença de cianita em xistos dessa faixa.

Todas as associações minerais descritas acima, definem à foliação principal presente no Domínio Externo (Sne), discutida adiante no capítulo de Geologia Estrutural. Foi reconhecida uma paragênese pré-deformação principal, paralela ao bandamento composicional entendido como S0, formada por muscovita + opaco; essa paragênese também é estável na zona da clorita da fácies xisto verde, não devendo haver muita diferença nas condições de pressão e temperatura entre essas duas fases deformacionais.

Nas rochas do subdomínio Babilônia foram identificadas paragêneses minerais que apontam metamorfismo mínimo na zona da biotita da fácies xisto verde. As paragêneses reconhecidas nos gnaisses e xistos desse subdomínio são: albita + epidoto + muscovita; clorita + muscovita + epidoto + albita; biotita + muscovita + clorita + albita; e em um local encontramos granada: granada + epidoto + albita + muscovita, que pode indicar metamorfismo na zona da granada, ou tratar- se de granadas manganesíferas que se formam a temperaturas mais baixas.

Apesar dessas paragêneses já estarem totalmente paralelizadas a foliação principal presente no Domínio Externo (Sne), elas apresentam indícios de que estavam instáveis durante a formação dessa foliação: biotitas alteradas para titanita e clorita; e a presença de epidoto + albita pode indicar a presença de um plagioclásio com composição mais rica em anortita, que se alterou para epidoto e albita. Baseado nessas observações, interpretamos que as paragêneses que indicam graus mais elevados de metamorfismo, no mínimo na zona da biotita, são pré-deformação principal, e foram retrometamorfisadas durante o evento de deformação principal que afetou o Domínio Externo.

Na área estudada o Domínio Interno é representado uma seqüência de rochas metassedimentares, composta por quartzitos, xistos e quartzo xistos.

A paragênese mineral principal observada é quartzo + muscovita; em um afloramento (TM-129) foi observada a paragênese: biotita + muscovita+ quartzo.

Segundo Simões (1995), a base da Nappe de Passos, apresenta metamorfismo na fácies xisto verde, zona da biotita, indicando condições de temperatura que podem variar de 400° a 450°C. A ausência de biotita em grande parte das rochas estudadas nesse domínio pode ser reflexo apenas da composição das mesmas, desfavorável a formação desse mineral.

A foliação principal que ocorre no Domínio Interno (Sni), é marcada principalmente pela paragênese muscovita + quartzo. Como reconhecido por alguns autores (ZANARDO, 1992; SIMÕES, 1995; VALERIANO, 1999; LUVIZOTTO, 2003), o auge metamórfico da Nappe de Passos é relacionado a um evento pré/cedo deformação principal, então a paragênese biotita + muscovita está correlacionada a um evento anterior ao que gerou a Sni.

Simões & Valeriano (1990) dividiram os Domínios Externo e Interno baseando-se no contraste metamórfico apresentado pela seqüência metassedimentar dos dois domínios. Na área estudada, desconsiderando-se as rochas da mélange que ocorre entre os dois domínios, temos as rochas do Domínio Externo metamorfisadas na zona da clorita da fácies xisto verde, e passamos no Domínio Interno para metassedimento metamorfisados na zona da biotita, não encontrando no Domínio Externo rochas que tenham biotita.