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4. ENCARTE IV – PLANEJAMENTO DA RESERVA BIOLÓGICA DE PEDRA TALHADA

4.6. Normas Gerais da Reserva Biológica da Pedra Talhada

Nos itens a seguir são descritas as normas gerais da Reserva, devendo permear toda a Unidade. 1. O atendimento externo será realizado de segunda a sexta-feira, em horário comercial. 2. As atividades de visitação exigirão prévio agendamento, a ser realizado pelo visitante ou

por parceiros habilitados e dentro dos procedimentos indicados neste PM.

3. São proibidos o ingresso e a permanência na Reserva, de pessoas portando armas, materiais ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou a quaisquer outras atividades relacionadas à degradação da fauna ou da flora.

4. Excetuam-se, da situação anterior, pesquisadores, funcionários ou parceiros com autorização expressa da RBPT, bem como guias que poderão portar facão como medida de segurança, facas e canivetes usados no desenvolvimento de atividades.

5. Nenhuma das atividades a serem realizadas no seu interior poderá comprometer a integridade da Reserva Biológica.

6. As pesquisas cientificas somente ocorrerão se devidamente autorizadas pelo ICMBio, e estará sujeita à condições e restrições por ele estabelecidas, tendo-se por prioritárias aquelas previstas no PM ou voltadas ao manejo da Reserva.

7. Os relatórios de pesquisas deverão ser apresentados no prazo máximo de três meses, ou obedecendo as normas do SISBIO.

8. As publicações oriundas das pesquisas científicas, deverão ter uma versão em português remetida ao acervo da Reserva.

9. Todos os exemplares de fauna e flora coletados na Reserva, mediante autorização do ICMBio, devem ser depositados em instituições nacionais de pesquisa, credenciadas, conforme legislação vigente que regulamenta a pesquisa científica em UC.

10. Não será permitida a visitação pública a não ser aquela com finalidade específica para educação ambiental ou científica.

11. Os parceiros habilitados deverão fornecer aos visitantes, informações sobre todas as normas e procedimentos definidos para a visitação à Reserva.

12. O consumo de bebida alcoólica, cigarros e similares, bem como de drogas ilícitas não é permitido na área da Reserva.

13. Não será permitida a instalação de placas e/ou quaisquer formas de comunicação visual que não tenham relação direta com atividades desenvolvidas ou com os objetivos da Unidade, sem que esteja previsto em projeto autorizado pelo ICMBio, conforme orientações específicas.

14. Todo usuário da Unidade seja funcionário do ICMBio, da Associação Nordesta ou pesquisador, será responsável pelas atividades que estejam desenvolvendo em seu interior.


15. Os resíduos de qualquer natureza gerados no interior da Reserva Biológica deverão ser destinados para unidades de tratamento adequadas, de modo que se possa dar a eles disposição final ambientalmente adequada. Toda e qualquer reutilização de insumos e materiais poderá ser realizada desde que não cause degradação ambiental ou danos à saúde aos seus usuários.

16. É proibido o abandono de lixo, detritos ou outros materiais, que prejudiquem a integridade física, biológica, paisagística, sanitária ou cênica da Reserva Biológica. Os despejos, dejetos e detritos não orgânicos e que se originem de atividades de manejo da Unidade, deverão ser tratados e retirados dos limites da Reserva.

17. Todo servidor da UC, no exercício de suas atividades, deverá estar devidamente uniformizado e identificado.


18. Todas as atividades e projetos a serem desenvolvidos no interior da Unidade deverão ter autorização do ICMBio. 


19. Os servidores da Reserva deverão subsidiar os processos de licenciamento ambiental (caso ocorram), junto à Coordenação Regional (CR-6), do ICMBio, das atividades que tenham interface com a UC.

20. É proibido lançar quaisquer produtos ou substâncias químicas (ex.: sabão, detergente, óleo), resíduos líquidos ou sólidos não tratados de qualquer espécie, nocivas a vida animal e vegetal em geral, em águas interiores e exteriores à Reserva, bem como no solo e no ar, exceto para casos especiais autorizados pelo ICMBio. 


21. É proibido usar agrotóxico, tais como herbicida, pesticida ou outros defensivos agrícolas em águas interiores e exteriores, inclusive aqueles identificados como sendo biológicos.

22. Todos os funcionários, pesquisadores e usuários da Reserva deverão tomar conhecimento do Regimento Interno da Reserva, bem como receber instruções específicas quanto aos procedimentos de proteção e segurança. 


23. Para a reintrodução de espécies ou indivíduos da fauna ou flora somente será permitida quando orientada por projeto técnico específico, autorizado formalmente pelo órgão gestor da Reserva, conforme legislação vigente.

24. A soltura de espécies nativas na Reserva e sua zona de amortecimento, apreendidas ou resgatadas, só será realizada mediante parecer técnico de especialistas.

25. De acordo com estudos a serem realizados, se contempla a erradicação gradativa de espécies exóticas e/ou invasoras (fauna e flora) que ameaçam o ecossistema da Reserva. 26. Todas as intervenções devem levar em conta a adoção de alternativas de baixo impacto

ambiental.

27. O tratamento de esgoto a ser implantado nas instalações da Reserva deverá estar apto às condições dos solos, relevo, pluviosidade e variações do lençol freático.

28. Não será permitida a realização de eventos de cunho religioso e político partidário na área da Reserva.

29. É terminantemente proibido o uso de fogueiras dentro da área da Reserva, seja para cozinhar, aquecer, iluminar ou outra finalidade qualquer.

30. É permitido o uso de contra-fogo no combate a incêndios quando não houver alternativa técnica para controle do foco, e quando recomendado pelo coordenador de operações responsável.

31. A infraestrutura a ser instalada ou recuperada na Reserva limitar-se-á àquela necessária para o seu bom funcionamento e ao adequado manejo.

32. As construções existentes, quando indenizadas, deverão ser aproveitadas para as atividades da Reserva, no que couber ou então demolidas.

33. As estradas de acesso às propriedades que já foram indenizadas, serão fechadas observando a necessidade de uso da Reserva.

34. Sempre que viável, deverá ser dada prioridade à instalação de fontes alternativas de energia (placas solares) para as edificações da Reserva.

35. Não são permitidas atividades competitivas no interior da UC, bem como eventos esportivos ou desportivos com a participação e/ou concentração de praticantes, tais como corridas de aventura, torneios de esportes de natureza, ralis, festivais, enduros de regularidade, entre outros.

36. A permissão para eventos poderá ocorrer, quando a atividade for realizada em locais da UC, como: auditório, centro de visitantes e na zona de Ocupação Temporária.

37. Os eventos que, por ventura, ocorrerem, devem ter relação com os objetivos da UC, bem como não oferecer impactos ambientais e socioambientais negativos para a UC. A autorização ficará facultada à capacidade de gestão da unidade de conservação e deverão ser priorizados os eventos que contribuam com o cumprimento dos seus objetivos específicos.

38. O uso de áreas para cultivos ou pastagens, nas propriedades ainda não indenizadas, ficará restrito àquelas com vegetação natural já suprimida, quando da criação da Reserva devendo-se considerar as práticas de mínimo impacto.

39. A fiscalização da Unidade deverá ser permanente e sistemática.

40. Todas as ocorrências observadas e as atividades de fiscalização deverão ser georreferenciadas, assinalando os trechos percorridos, áreas de possíveis infrações, etc.

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