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4 COTAS PARA AS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE DEFICIÊNCIA NA UFS

4.1 NORMAS GERAIS DE INGRESSO NA UFS POR VESTIBULAR, ENEM E SISU

Em uma nova resolução nº 85/2009/CONEPE/UFS, que trata das normas gerais para o processo seletivo da UFS cita-se:

Art. 8o O candidato poderá ou não optar pelo sistema de cotas, conforme orienta a Resolução no 80/2008/CONEPE. Serão considerados os seguintes grupos de inscrição:

Grupo A - Todos os candidatos, qualquer que seja a procedência escolar ou grupo étnico racial.

Grupo B - Candidatos da escola pública de qualquer grupo étnico racial. Grupo C - Candidatos da escola pública que se autodeclarem pardos, negros ou indígenas.

Parágrafo Único: Os grupos de inscrição não são mutuamente excludentes. O grupo C é subconjunto de B e os grupos B e C são subconjuntos do grupo A. Assim, um candidato com inscrição no grupo C, se não selecionado, continuará concorrendo no grupo B e, se não selecionado, ainda concorrerá no grupo A.

Art. 9o O candidato que optar pela vaga de deficiente, caso não seja selecionado, continuará concorrendo de acordo com os critérios mencionados no artigo anterior.

Então, enquanto “Grupo”, as cotas para o ingresso das pessoas em situação de deficiência na UFS, foi pouco tratada nos termos acima, mas não enquanto unidade. A estas está garantido o direito legal de um percentual mínimo de vagas.

Entretanto, quando saíram os primeiros resultados das cotas, foi colocado em mural público, uma lista que seguia com os nomes dos aprovados pelas cotas para as pessoas em situação de deficiência, com o título de “Grupo D”, caso que soou e repercutiu entre os militantes e pesquisadores como preconceito velado.

Mais tarde, com as reivindicações dos grupos de pesquisa e a direção do Projeto Incluir na UFS, esses mesmos resultados passaram ter como título: “N Especiais”, termo utilizado até as mais recentes colocações nos vestibulares/concursos da UFS.

No que diz respeito aos candidatos às cotas, por vagas reservadas aos deficientes, em conversa com a Coordenação de Concursos e Vestibulares (CCV) e ao verificar as resoluções da UFS, ficou esclarecido que estes estudantes devem se inscrever on-line, para participarem do vestibular, como todos os outros estudantes. No ato de suas inscrições alegam serem pessoas em situação de deficiência e em seguida são orientados a procurar a CCV para explicarem melhor suas necessidades especiais e assim serem atendidos de maneira condizente nos dias de provas. Depois de entrarem em contato com a CCV eles são

encaminhados para a junta médica que fará a avaliação de cada laudo médico entregue. Os estudantes optam pelas vagas por cotas, não são obrigados a participarem delas, ainda que indiquem uma necessidade especial. Ou seja, no começo era possível que uma pessoa em situação de deficiência concorra às vagas comuns, sem ser pelas cotas, mas, ao mesmo tempo solicitar um atendimento especializado na hora da aplicação das provas do vestibular. A partir das mudanças sobre o ingresso à universidade pública não há mais como não relacionar o atendimento especializado ao sistema de cotas.

Uma vez que sejam aprovados no vestibular da UFS, será emitido um novo relatório sobre seus laudos médicos que conferem ou não veracidade às informações e a legalidade de sua deficiência. Caso, a pessoa não seja enquadrada legalmente nas condições de uma pessoa em situação de deficiência com direitos de acesso à universidade pelas cotas, embora possua uma necessidade especial para a aplicação de tais provas, deste será automaticamente retirado o direito de concorrer a estas vagas em específico, não perdendo o direito de continuar concorrendo com os demais.

A depender de suas comprovações, tanto poderá continuar concorrendo pelas cotas para os estudantes da escola pública, quanto poderá passar a concorrer com os estudantes sem direito às cotas. (Conferir anexos 2, 3 e 4, nas páginas 144 - 146)

Muito embora tenha sido assim até 2012, em que tanto as inscrições dos candidatos referentes ao vestibular seriado, quanto à classificação dos mesmos, eram de responsabilidade da coordenação (CCV), já referida nos parágrafos acima.

Já em 2013 a CCV só adotou as notas do Exame de Ensino Médio (ENEM), mas a classificação/colocação foi feita pela CCV. De modo geral a inscrição e a classificação dos alunos e das pessoas em situação de deficiência, inseridas pelas cotas, eram de responsabilidade da CCV. Ou seja, só a produção e aplicação das provas que eram de responsabilidade do ENEM.

Ressalva ao curso de Música, porque os moldes de produção e aplicação das provas diferem dos moldes do ENEM, por conta da prova de conhecimentos específicos, aplicados em momentos separados da prova prática, que somada à prova de conhecimento geral, gera um resultado final na pontuação. Nessa condição, todos os candidatos ao curso de Música, fariam uma espécie de segunda opção, denominada vulgarmente pelo setor de atendimento da CCV de “re-opção”, pro caso de esses candidatos não alcançarem as pontuações necessárias para aprovação no curso de Música, mas que orientados a fazerem também o ENEM, estes seriam recolocados como candidatos que pleiteariam outras vagas, em outros cursos.

Em 2014, o que vale para os 105 cursos da UFS, ainda com exceção do curso de Música é o ENEM e o SISU, para todos os estudantes, sejam eles referentes às diversas cotas ou não.

Agora o SISU é quem classifica e o ENEM dá a nota.

Assim o ENEM e o SISU estabelecem uma condição de inscrição única, seja em uma universidade pública ou pelo PROUNI em uma faculdade/universidade particular.

Configurando assim a inscrição no ENEM como primeira etapa e no SISU segunda etapa, restando à CCV a incumbência de apenas receber os dados a respeito das matrículas, organizar e encaminha-los ao DAA.