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Aula N.º 1: Os alunos formandos foram devidamente elucidados sobre as nossas intenções no que concerne à investigação que agora dava os primeiros passos no terreno. Mostraram-se bastante recetivos à experimentação que se pretendia levar a cabo. Um dos requisitos que lhes foi pedido que cumprissem, sempre, de forma escrupulosa, tinha que ver com o facto de serem eles próprios ao longo de todo o programa de int ervenção no terreno, sem qualquer apontamento de artificialidade. Eles, por seu turno, comprometeram-se com o nosso pedido. A aula propriamente dita fluiu naturalmente, de acordo com a respetiva planificação. Lancei um organizador prévio para fazer a ponte com os conteúdos que pretendia lecionar. Comecei por abordar algumas definições para o conceito de redes de computadores. Os alunos formandos mostraram-se familiarizados com aquilo que expus. Depois, avancei para a enumeração e descrição das vantagens e desvantagens associadas às redes de computadores, de uma forma geral. Houve alguma recetividade por parte dos alunos formandos, até porque estas questões abordadas são, ou pelo menos deveriam ser, do âmbito da sua cultura geral. Esta foi a história da aula.

Aula N.º 2:Esta aula foi dedicada ao estudo dos diferentes tipos de redes de computadores existentes, por um lado, quanto à sua distância ou distribuição geográfica, e por outro, quanto à relação entre nós. De acordo com a respetiva planificação, a lecionação da aula foi sendo intercalada com diversas intervenções de um número razoável de alunos formandos, os quais acharam interessante toda a terminologia e siglas u tilizadas para rotular os diferentes tipos de redes de computadores. Para além disso, utilizei exemplos de vivências próximas dos alunos formandos, no sentido de exemplificar redes de computadores e respetivos tipos. Desenrolou-se uma partilha interessante de pontos de vista.

Aula N.º 3: Em consonância com o planificado, esta aula serviu o propósito de lecionar todas as topologias físicas de redes de computadores que existem no mundo, para além de mostrar exemplos de relacionamentos dos tipos de redes de computadores, lecionados na aula passada, com as topologias físicas de redes de computadores abordadas nesta aula. Os alunos formandos participaram ativamente nestas explanações, interpelaram-me por diversas vezes para que eu explicasse de novo, por exemplo, a diferença entre tipo e topologia de redes de computadores. Foi notória a falta de bases vocabulares dos alunos formandos. Para contornar estes constrangimentos tentei enfim, da melhor maneira possível, desconstruir conceitos e, como se diz na gíria popular, “trocar as coisas por miúdos”.

Aula N.º 4: À semelhança da aula passada e de acordo com a planificação da aula n.º 4, esteve em evidência, nesta aula, o estudo das topologias lógicas de redes de computadores. Houve um processo constante da minha parte, de fazer a destrinça entre topologia física e t opologia lógica, processo esse recompensado, julgo eu, pela perceção mais ou menos razoável com que os alunos formandos ficaram das respetivas diferenças. Denotei nos alu nos formandos algum cansaço pelo recurso à exposição teórica da matéria. De resto, alguns deles abordaram -me nesse sentido.

Aula N.º 5: Nesta aula dei início ao estudo dos padrões e dos modelos de arquiteturas de redes de computadores. Ciente das dificuldades que, certamente, não tardariam a fazerem-se sentir sobre esta matéria, pelo seu caráter mais ou menos complexo e por incluir submatérias substancialmente abstratas na sua essência, tentei fazer um robusto preâmbulo tecendo algumas considerações iniciais com o objetivo de prender a atenção dos alunos formandos. Julgo que, neste momento, terei sido mais ou menos bem-sucedido, a avaliar pelas suas expressões. Assim, avancei com algumas considerações gerais sobre o primeiro modelo a ser estudado - o Modelo de Referência OSI da ISO. A reação da grande maioria dos alunos formandos não for a melhor. Fizeram-se logo sentir as conversas paralelas, as distrações, os bocejos, enfim… Ainda assim a aula seguiu o seu rumo até terminar.

Aula N.º 6: Nesta aula dei seguimento à minha ingrata tarefa de continuar a lecionar conteúdos relacionados com o Modelo de R eferência OSI da ISO, tendo que abordar questões consideradas ainda mais difíceis do que as da aula anterior. Embora os alunos formandos se tenham mantido calmos e educados, a verdade é que a alienação da aula era uma realidade para alguns deles. Por isso, circulei bastante pela sala de informática, apelei à participação, espicacei-os, contudo julgo ter continuado a não ser bem-sucedido. Ainda assim, não houve desvios à planificação e, por tudo aquilo que me apercebi, pelo menos três alunos formandos transmitiram-me sinais positivos no que concerne ao seu entendimento da matéria.

Aula N.º 7: Depois da abordagem ao Modelo de Referência OSI da ISO, dei início ao estudo, nesta aula, do 2.º modelo previsto e o mais importante na atualidade - o Modelo TCP/IP. Na senda das duas aulas anteriores, foi evidente a resistência dos alunos formandos a esta parte da matéria. Como forma de a contextualizar, teci um conjunto de considerações iniciais sobre o Protocolo TCP/IP. De seguida, passei à enumeração e expl icação das diferentes camadas que compõem este modelo. Os alunos formandos transmitiram-me a ideia da sua dificuldade em visualizar a utilização prática destas camadas numa topologia de rede. E terão a sua razão.

ANTÓNIO MIGUEL DA COSTA PINHO | MM11035

176 Aula N.º 8: Continuando a minha odisseia pelo mundo do Modelo TCP/IP, esta aula estava destinada, de acordo com a respetiva planificação, à lecionação dos principais conceitos associados ao protocolo IP (endereçamento IP). Tentei chamar a atenção dos alunos formandos para os conceitos que iriam ser abordados. Como estímulo, transmiti-lhes a ideia de que enfim, com um algum esforço associado e muita atenção, todos estes aspetos poderiam ser assimilados por eles. É claro que aulas onde a exposição teórica é o “prato principal” não reúne muitos adeptos à sua volta, por mais exemplos que sejam dados com o objetivo de tentar encontrar pontos de apoio mental. As reações dos alunos formandos à exposição que se seguiu foram mais ou menos curiosas. Reconhecem que “desligam a ficha de tempos a tempos”, não por mal, mas porque, de facto, não se sentem muito apoiados visualmente, apesar dos diapositivos que são criteriosamente projetados. Relatam eles que conseguem compreender razoavelmente quer as definições das siglas dos inúmeros protocolos abordados, quer os vários conceitos trazidos à discussão, mas quando se trata de compreender/descrever a função desses protocolos, por exemplo, as coisas tornam-se mais abstratas e, consequentemente, mais difíceis de perceber. É a tal falta de apoio visual e experimental que dizem sentir. Um outro assunto que é uma dor de cabeça para os alunos formandos é tudo aquilo que está relacionado com os cálculos que têm de efetuar, por exemplo, para atribuírem endereços IP aos computadores de uma rede informática que vai ser dividida em várias sub-redes. Este assunto que começou já a ser abordado nesta aula, de forma teórica, foi muito complicado de gerir.

Aula N.º 9: Na senda da aula anterior, os problemas em torno da lecionação dos conteúdos relacionados com o protocolo IP (end ereçamento IP) persistiram na mesma lógica daquilo que é compreendido e daquilo que fica por compreender.

Aula N.º 10: A planificação desta aula previa o início da realização de uma ficha de trabalho sobre configuração (atribuição) de endereços IP numa rede informática. E assim aconteceu. As dificuldades sentidas pelos alunos formandos foram numerosas. Tentei acompanhá-los de uma forma bastante individualizada, porque revelaram-se muito pouco autónomos. Como esta ficha de trabalho envolvia, necessariamente, o cálculo matemático, onde as conversões da base decimal para a base binária e vice-versa imperavam, alguns dos alunos formandos mostravam uma certa resistência à sua concretização.

Aula N.º 11: A planificação desta aula pressupunha o término da realização da ficha de trabalho sobre configuração (atribuiçã o) de endereços IP numa rede informática, iniciada na aula passada. Uma vez mais, as dificuldades sentidas pelos alunos formandos transferiram -se para esta aula, vindas da aula anterior. Contudo, continuei a fazer um acompanhamento bastante diferenciado e individualizado, numa tentativa de que os diferentes aspetos contidos na ficha de trabalho ficassem consolidados. Em todo o caso, o feedback fornecido pela maioria dos alunos formandos foi o de q ue, por exemplo, num teste, se não pudessem consultar por apontamentos esta matéria, dificilmente obteriam resultados satisfatórios. Ouvindo com atenção todos os sinais fornecidos pelos alunos formandos acerca do seu pensar, não pude deixar de lhes dizer, também, que um estudo mais consistente fora da sa la de aula é extremamente importante.

Aula N.º 12: Depois de abordados todos os aspetos relacionados com o protocolo IP, foi chegado o momento de abordar os princi pais conceitos associados ao protocolo TCP (Transmissão de Dados) e a outros protocolos que fazem parte do Modelo TCP/IP. A planificação contemplava objetivos muito semelhantes aos de aulas anteriores, nomeadamente, definir siglas e funções de protocolos. Mostrando coerência, os alunos formandos voltaram a atestar a compreensão das definições das siglas dos diferentes protocolos, deixando, no entanto, transparecer a sua dificuldade em perceberem os mecanismos por detrás do funcionamento dos mesmos.

Aula N.º 13: Estava convencido de que poderia ir para esta aula a pensar que, ao contrário do sucedido nas últimas aulas, a permeabilidade dos alunos formandos para entenderem os conteúdos previstos na respetiva planificação iria ser maior. Mas estava enganado. As dificuldades manifestadas pelos alunos formandos, no que respeita ao entendimento de funcionalidades, neste caso concreto, de dispositivos físicos utilizados em redes de computadores, foram óbvias. Ou seja, para além das dificuldades que já tinham evidenciado anteriormente acerca do modo de funcionamento dos diversos protocolos estudados, apresentavam agora as mesmas dificuldades, mas em relação ao modo de funcionamento dos componentes de interligação de redes de computadores. Nesta aula, a agitação dos alunos formandos foi mais acentuada, reclamavam por outra forma de abordar os conteú dos mais difíceis, sem saberem que eu já me estava a preparar nesse sentido. Em todo o caso, tentei, como aliás sempre o fiz, harmonizar, o mais possí vel, o ambiente de sala de aula.

Aula N.º 14: Finalmente uma aula onde, aparentemente, a compreensão dos conteúdos apresentados par ece não ter ficado tão comprometida. De acordo com a respetiva planificação, dei início ao estudo dos componentes de ligação dos computadores às redes: placas de rede e modems. Os alunos formandos mostraram-se bastante recetivos à aprendizagem, tendo feito, muitos deles, intervenções de qualidade. Os restantes, embora mais reservados, corresponderam, também, de forma positiva.

ANTÓNIO MIGUEL DA COSTA PINHO | MM11035

177 Aulas N.º 15, N.º 16 e N.º 17: Foram reservadas para o estudo da cablagem - hardware específico para redes de computadores ao nível da camada física dos modelos OSI e TCP/IP. Devo confessar que correram lindamente, tendo superado todas as minhas expetativas. Os alunos formandos participaram imenso, interpelaram-me com bastante frequência, alguns deles conheciam muita da terminologia abordada, enfim, foi muito gratificante.

Aula N.º 18: Tentei, nesta aula, trabalhar com os alunos formandos aspetos muito importantes como os tipos de transmissões de dados que ocorrem nas redes informáticas. De novo, uma aula teórica que não colheu muita simpatia da generalidade dos alunos formandos. Do diálogo estabelecido com eles, foi possível perceber que nem tudo correu mal. Muitas das definições abordadas ficaram mais ou menos resolvidas em termos de consolidação. No entanto, outras nem por isso. E até posso compreender os porquês. Lá está, tem muito que ver com a questão da capacidade de abstração que estes alunos formandos não têm, ainda, muito desenvolvida. O que, na sua essência, não se pode traduzir num drama incontornável. E sendo a lunos de um curso profissional, deveriam ter outras condições para que a fasquia destas barreiras não fosse tão alta. O que não é o caso, de to do. Por isso, a necessidade de fazer esta análise.

Aulas N.º 19 e N.º 20: Se na aula n.º 18 trabalhei com os alunos formandos os tipos de transmissões de dados que ocorrem nas redes informáticas, as aulas n.º 19 e n.º 20 foram preparadas, de acordo com as respetivas planificações, para se explorarem as características f ísicas das transmissões de dados. À semelhança do que se verificou na aula passada, também aqui assim fiquei com a perceção de que nem tudo foi “para esquecer”. Ou seja, muitos conceitos foram bem rececionados pelos alunos formandos, com relatos na 1.ª pessoa a atestarem esta situação e também devido às minhas investidas nesse sentido, para tentar perceber o que foi assimilado. Com outros tantos, isto não aconteceu. E lá nisso os alunos formandos são muito coerentes: quando não percebem não estão “com paninhos quentes”, o que mostra a veracidade das suas personalidades.

Aula N.º 21: Mesmo na reta final desta maratona de aulas sobre o módulo envolvido na investigação, iniciei, nesta aula, o estudo ao 3.º e último padrão do conjunto de arquiteturas de redes de computadores abordadas neste ciclo. Assim, de acordo com a planificação prevista, teci algumas considerações gerais sobre o Padrão/Norma IEEE 802. A recetividade dos alunos a esta matéria, não tendo sido particularmente esfusiante, pautou-se por interesse q.b. A saturação da generalidade dos alunos formandos para com este tipo de aulas foi-me manifestada, uma vez mais. No entanto, compreenderam que era o cenário possível, pelo menos por agora, perante as condições que a própria escola oferece e que são muito escassas, de facto, acrescento eu. Bom, em todo o caso, a aula desenrolou-se mais ou menos de forma participada. Procedi à caracterização das normas mais importantes do Padrão IEEE 802. De forma recorrente, tentei envolver os alunos formandos nessa caracterização, inquirindo-os por diversas vezes, tentando despoletar um confronto de ideias para estabelecer as diferenças mais significativas entre as normas abordadas nas aulas. No final da aula a sensação com que fiquei foi a de que, não obstante as dinâmicas que tentei galvanizar, não sei se houve, por parte dos alunos formandos, uma efetiva consciencialização dos assuntos abordados.

Aula N.º 22: Foi a última deste ciclo de aulas levado a cabo no âmbito da I-A que se pretendia concretizar. Provavelmente, terá sido a aula mais “leve” face às restantes, porque o seu objetivo passava apenas por se elencar mais umas quantas normas IEEE 802 e associá-las ao tipo de redes a que estavam afetas e pouco mais, porque, no contexto do módulo em estudo, eram pouco relevantes. Pelas reações dos alunos, estou em crer que esta elencagem ficou percebida.

ANTÓNIO MIGUEL DA COSTA PINHO | MM11035

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