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Agora, veja como isso caiu recentemente em concurso.

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-MA - Escrivão de Polícia Civil

A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo da conduta, o fato é

A) típico e lei posterior suprime o tipo penal.

B) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal.

C) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime.

D) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena.

E) atípico e lei posterior o torna típico.

Gabarito – A – Pois, conforme o exemplo em que “xxx” cometeu um furto, a sua conduta é considerada um crime e, no momento em que há a abolitio criminis, por conta de uma lei penal benéfica, essa conduta anterior-mente criminosa não mais é considerada crime.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática de tal crime à pena de oito anos de reclusão. A condenação já transitou em julgado. Na hipótese do crime de aborto, com o consentimento da gestante, deixar de ser considerado crime por força de uma lei que passe a vigorar a partir de 02 de fevereiro de 2015, assinale a alternativa correta no tocante à consequência dessa nova lei à condenação imposta ao indivíduo B.

A) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

B) A nova lei só irá gerar algum efeito sobre a condenação do indivíduo B se prever expressamente que se aplica a fatos anteriores.

C) A nova lei só seria aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B se a sua entrada em vigência ocorresse antes de 01 de fevereiro de 2015

D) Não haverá consequência à condenação imposta ao indivíduo B visto que já houve o trânsito em julgado da condenação.

E) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo indivíduo B, contudo só fará cessar a execução persis-tindo os efeitos penais da sentença condenatória, tendo em vista que esta já havia transitado em julgado.

Gabarito: A – O enunciado da questão nos traz uma situação de abolitio criminis, razão pela qual, sobrevindo em 2015 uma lei que deixe de considerar criminosa a conduta de aborto com consentimento da gestante, mesmo que o agente tenha sido condenado pela pratica do referido crime, ela será automaticamente aplicada ao seu caso através do juiz da execução penal (611, STJ) que declarará extinta a punibilidade do agente pela superveniência da abolitio criminis.

Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-RO Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO - Técnico Judiciário

Considere que um homem tenha sido denunciado pela prática de estelionato e que, durante a ação penal, tenha entrado em vigor uma nova lei que prevê diminuição da pena aplicável ao referido crime. Nessa situação hipo-tética, consoante disposições do Código Penal, a lei nova

A) não se aplica ao crime em tela, uma vez que o fato criminoso que originou a ação penal foi praticado anteri-ormente à vigência da nova lei.

B) aplica-se ao crime em tela, independentemente do conteúdo material, dado que a lei penal obedece ao prin-cípio da retroatividade.

C) aplica-se ao crime em tela, visto que a lei penal obedece ao princípio da retroatividade, caso caracterize-se situação em que o acusado será beneficiado.

D) pode ser aplicada ao crime em tela, desde que não tenha ocorrido o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, situação que impede a retroatividade da lei nova.

E) não se aplica ao crime em tela, conforme o princípio da irretroatividade, visto que a ação penal já estava em curso quando a nova lei passou a vigorar.

Gabarito – C – Diante da situação apresentada no enunciado, em que o indivíduo está sendo processado pela prática do crime de estelionato (art. 171, CP) e, durante o tramite do processo, sobrevém nova lei penal bené-fica, é o caso de aplicarmos, de forma retroativa, a nova lei ao caso concreto, beneficiado o acusado do crime de estelionato.

Dessa forma, encerramos por aqui o estudo do primeiro efeito da lei penal benéfica e também de suas espécies. No próximo tópico iniciaremos o estudo de mais um dos efeitos da lei penal, dessa vez a irretroativi-dade!!

Irretroatividade.

O instituto da irretroatividade da lei penal é a regra no ordenamento jurídico, ou seja, meus caros, a regra é de que as leis penais não retroajam para alcançar fatos passados.

Quanto a irretroatividade, você também precisa saber que ela é gênero (lex gravior – outra termino-logia que você pode encontrar em sua prova) da qual são espécies a novatio legis incriminadora e a novatio legis em pejus, que serão abordadas a partir de agora.

“Lex gravior“ – irretroativa

Novatio legis incriminadora – nova lei que criminaliza condutas.

Novatio legis in pejus nova lei que mantém a criminalização, mas dá ao fato tratamento mais severo. Ex: inclusão do §2º ao artigo 157 do CP.

Para falar para você acerca da novatio legis incriminadora, quero que você recorde, mais uma vez, do exemplo dado no início do nosso curso no tocante ao crime de importunação sexual.

A Lei n.º 13.718/18, que criou o crime de importunação sexual (art. 215-A, do CP) é um típico exemplo de nova lei incriminadora, pois, antes de ela entrar em vigor, não havia no ordenamento jurídico a previsão de um crime específico para o agente que ejaculasse em uma moça nas condições em que o crime se desenvolvia (no interior do transporte público paulistano). Assim, por ser uma nova lei incriminadora, ela é irretroativa, não podendo punir os agentes que tenham praticado a referida conduta antes da sua entrada em vigor no mundo jurídico.

De outra banda, ainda temos a novatio legis in pejus, que é a lei penal que mantém a criminalização da conduta delituosa, mas da a esse fato um tratamento mais rigoroso. Voltemos ao exemplo em que Austin pra-tica o crime de furto (art. 155, caput, do Código Penal), que prevê uma pena de 1 a 4 anos e multa. Suponhamos que Austin depois de ter praticado esse furto e ter sido condenado a uma pena de 3 anos, sobrevenha ao orde-namento jurídico uma nova lei que torne mais severa a punição daquelas pessoas que praticam o crime de furto, prevendo uma pena de 10 a 20 anos. Desse modo, Austin não poderá ser alcançado por essa nova lei, pois ela é

Fato • Conduta de ejacualr nas vítimas no transporte