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Por que “um bordado com dois fios”? Um para a habilitação em Matemática e outro para a habilitação em Biologia Nas seções que

2.2 Um novo tecido para as mesmas agulhas, linhas e pontos: a UEFS

No dia 31 de maio de 1976, o governador do estado da Bahia, Roberto Santos, em ato solene, proferiu a primeira aula inaugural da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Num espaço em construção, com apenas duas unidades teóricas prontas, começaram as aulas com os antigos alunos da FEEFS, que foram transferidos, e os novos, ingressantes do primeiro vestibular da UEFS, que contou com “1684 candidatos, sendo 500 classificados e matriculados.”141 Entretanto, o dia 31 de maio inscreveria na história da educação baiana, mais

especificamente do município de Feira de Santana, a data de criação da primeira universidade pública estadual, apesar dessa história ter começado lá atrás.

A história da infância de Manoel Santos, ex-aluno do curso de Licenciatura (curta e plena) em Ciências da UEFS, filho de uma dona de casa e de um operário, de família humilde, como fez questão de frisar na entrevista, coincide com a da UEFS. Entre outras coisas, lembrou que na sua infância

[...] praticamente fui criado trabalhando, com nove anos de idade eu já estava trabalhando com o meu pai, ele trabalhava numa fábrica de sisal, fazia tapete de sisal, com orlaria; e na parte de cordoaria, tinha um que eu chamo de brinquedo, um brinquedinho, que fazia as cordas. Então, com nove anos de idade eu já estava trabalhando pra ajudar ele e sempre gostava de estudar, e era logo aqui de junto do Novo Horizonte [bairro onde a UEFS está instalada] a cordoaria, próximo daqui da UEFS. Antes de ser fundada a UEFS, aqui era uma chácara, e a gente morava aqui, depois passamos pro centro da cidade.142

A narrativa acima possibilita explorar uma série de elementos, como o trabalho infantil, a igreja católica e a ajuda aos pobres, porém me atentarei nesse primeiro momento ao trecho sobre “antes de ser fundada a UEFS, aqui era uma chácara, e a gente morava aqui”. O advérbio

140 RIBEIRO, Regina Lúcia Rosa da Silva. Op. cit. p. 5

141 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA. Cronologia. Sitientibus, Feira de Santana, v. 1, n. 1, p. 111-124, jul./dez., 1982. p. 118

de lugar (aqui) empregado por Manoel Santos se refere à UEFS, no momento da entrevista, estávamos na sala em que ele trabalha, no Núcleo de Educação Matemática Omar Catunda (NEMOC), onde exerce a função de secretário há mais de vinte anos. Os processos de expansão e industrialização, consequentemente de urbanização, levaram o município de Feira de Santana a crescer em lados opostos, já que no lado sul concentrava-se as indústrias; no lado norte, pouco desenvolvido, seria o lugar propício para a instalação da UEFS.

Desse modo, o Conselho Diretor da universidade se articulou de todos os modos para construir a sede da Universidade, que foi assumida pelo Governo do Estado em 1973, no lado norte da cidade – em terreno doado pela prefeitura, que visava o desenvolvimento da cidade –, oposto ao Centro Industrial Subaé (CIS), como pode ser verificado na figura abaixo:

Figura 4 - Localização da UEFS em relação ao centro da cidade

FONTE: UNIVERSIDADE DE FEIRA DE SANTANA.; TAVARES, Jader; GOMES, Oton; FRANK, Fernando. [Plano diretor da Fundação Universidade Feira de Santana]. Feira de Santana, Ba: Universidade de Feira de Santana, 1973. p. 18

Com a doação do terreno, muitas famílias, inclusive a de Manoel Santos, que morava numa chácara, precisaram migrar para outros espaços, já que aquele entraria em processo de construção da sede da universidade. Então, as propostas iniciais anunciavam um projeto de universidade, dentre as modernas que tinham no país, como a Universidade de Brasília (UNB). O primeiro Conselho Diretor, nomeado pelo Governador em 27 de abril de 1970, mesclava nomes de todas as entidades e filiações políticas, parecendo haver certo equilíbrio entre as autoridades políticas e os intelectuais de vários grupos políticos.

Áureo de Oliveira Filho (suplente, Maria Cristina de Oliveira Menezes) Edivaldo Machado Boaventura (suplente, Jorge Bastos Leal), Fernando Pinto Queiroz (suplente, Renato Andrade Galvão), Geraldo Leite (suplente, Joaquim Pondé Filho), José Maria Nunes Marques (suplente, Maria da Hora de Oliveira), Wilson da Costa Falcão (suplente, Augusto Mathias da Silva), Yeda Barradas Carneiro (suplente, Faustino Dias Lima).143

Esse conselho mudaria ao longo dos anos, sempre buscando atender aos grupos políticos. Essa história, com muito mais detalhes, pode ser lida na tese de Ana Maria Fontes dos Santos144, já que os embates políticos pela criação da UEFS não são objetos da minha pesquisa.

Em busca de uma concepção de Universidade, o grupo acima contou com a participação de professores da UFBA e da UNB, na elaboração de currículos e na estrutura da universidade.145 Todavia, os desejos daqueles que almejavam uma instituição genuinamente feirense teriam que atender a legislação educacional vigente, enquanto estratégias políticas, a qual acolhia aos interesses da classe burguesa e das classes subalternas na “ilusão” de alcançar melhores condições de vida, por meio do processo de industrialização que o país vivia. Assim, formar professor, com custo baixo, ainda que em condições precárias e num curto prazo, soava como certa prioridade; e isso se refletiu nos primeiros cursos aprovados no primeiro projeto, em 25 de agosto de 1970, pelo Conselho Diretor, como pode ser visto a seguir:

I - Licenciatura em Letras, 1º e 2º ciclos; II - Licenciatura em Estudos Sociais, 1º ciclo; III - Licenciatura em Ciências Sociais, 2º ciclo; IV - Licenciatura em Ciências,

143 SANTOS, Ana Maria Fontes dos. Uma aventura universitária no Sertão Baiano: da Faculdade de Educação à Universidade Estadual de Feira de Santana. 2011. 341 f. Tese. (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Educação, Salvador, 2011. p. 276

144Para maiores informações sobre a história do UEFS, consultar a tese de doutorado da Profa. Ana Maria Fontes. SANTOS, Ana Maria Fontes dos. Uma aventura universitária no Sertão Baiano: da Faculdade de Educação à Universidade Estadual de Feira de Santana. 2011. 341 f. Tese. (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Educação, Salvador, 2011.

1º e 2º ciclos; V - Licenciatura em Matemática, 2º ciclo; VI - Licenciatura em Química, 2º ciclo; VII - Licenciatura em Física, 2º ciclo; VIII - Licenciatura em História Natural; IX - Licenciatura em Pedagogia; X - Enfermagem; XI -Odontologia; XII - Medicina; XIII - Agrimensura; XIV - Engenharia de Operações; XV - Economia; XVI - Administração.146.

E a universidade teria nove dos quinze cursos aprovados voltados à formação de professor; percebe-se que esses contemplavam todos os cursos já ofertados pela FEEFS. Ainda nesse ano, o então prefeito de Feira de Santana, João Durval Carneiro, sancionou a lei que autorizou a prefeitura a doar um terreno para a construção da sede da Universidade, além de destinar anualmente “3% da receita orçamentária do Município, para auxiliar na manutenção da Universidade.”147 Em 1972, a FEEFS possuía 386 alunos matriculados nos três cursos, ano

que solicitou ao Conselho Federal de Educação reconhecimento de seus cursos; os alunos matriculados e os que ingressaram nos anos seguintes seriam transferidos para a Universidade quando esta fosse autorizada.

O Regimento Geral aprovado em 23 de janeiro de 1973, na 45ª Reunião extraordinária do Conselho Diretor, trouxe um projeto de curso de Licenciatura Plena em Matemática, com 2850 horas. Entretanto, este não seria implantado em função da Resolução nº 30 publicada no ano seguinte, uma vez que os cursos de licenciaturas específicas deixariam de existir. Outros cursos como medicina, odontologia e agrimensura também não foram implantados; isso pode ter ocorrido em função das prioridades do governo estadual e da viabilidade técnica e estrutural do município ao ser avaliado pelo CFE. Segundo Fontes, “Na leitura das Atas do Conselho Diretor é visível o corre-corre para aproveitar a disposição do último ano das gestões que se encerravam, municipal e estadual, sobretudo esta última, e encaminhar o mais rápido o processo ao Conselho Federal de Educação – as reuniões foram semanais, quando havia impedimentos, reuniam-se aos sábados”148. Toda a movimentação que foi desde a elaboração do estatuto à criação dos currículos dos cursos, muitas vezes teve que atender as questões de ordens política e técnica, e com isso, a universidade, ora pensada, tomou outros rumos, em sua estrutura, concepção e cursos oferecidos.

Hoje de manhã eu já fiz uma caminhada, interessante, me deu vontade de caminhar pela UEFS. Saí caminhando, rodei aqui no sétimo módulo, fui até o um, desci lá, subi e voltei. Mas essa caminhada é uma volta ao passado, parecia que eu estava

146 Cf. 9ª Reunião Extraordinária do Conselho da FUFS, livro 1-A, p. 28, em 25 de agosto de 1970; redigida pela secretária Iraildes Lima Beirão

147 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA. Cronologia. Op. cit.p. 113 148 SANTOS, Ana Maria Fontes dos. Op. cit. p. 287

esquentando os motores, porque não sabia que você vinha aqui fazer isso. Então, essa caminhada, eu sozinha, os pensamentos... Menino, voltaram assim, tantas situações, pessoas, coisas que aconteceram, fatos. Interessante! [...] Desci aqui, fiquei olhando, lembrei da invasão. Tinha um projeto que era, quando eu cheguei aqui na UEFS – sou fundadora – só tinha o primeiro e o segundo módulo, e o projeto era até o oitavo, depois que teve essa invasão, em um dos terrenos da UEFS, e não construíram mais o oitavo módulo; porque eram oito departamentos, ficou um sem módulo, que foi o CIS [Ciências Sociais] da noite, que era o oitavo. Vem tudo na cabeça sua, assim! Poxa, já tem uma terceira rua, eu nem sabia que tinha. Só pra lhe dizer que eu esquentei os motores agora de manhã, com lembranças.149

Arly Mary de Carvalho Oliveira, professora aposentada da UEFS e uma das primeiras da área de Matemática, concedeu-me a entrevista numa manhã de sábado, em uma das suas idas à UEFS, onde coordena o setor regional da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Sempre com humor, conversou por volta de quatro horas, entre a manhã e à tarde daquele dia. A afirmação “sou fundadora” é importante para Arly, pois ela se coloca no lugar daquela que contribuiu para o desenvolvimento da área de Matemática da universidade. Apesar do nome de Arly Oliveira não configurar entre os 114 professores a serem contratados, conforme constou no Parecer que autorizou a instituição, ela será a quarta professora a compor a área. Do total de professores mencionados anteriormente, 43 residiam em Feira de Santana. Houve a necessidade de buscar profissionais qualificados na capital. Como professores possíveis de contratação na área de Matemática estavam: Carloman Carlos Borges (Matemática I e II), Gilson Gurgel Fernandes (Álgebra), Jorge Cavalcante (Geometria), Milton Alexandre Oliveira (Cálculo I e II), Nilza Rocha Santos (Análise e Equações Diferenciais), Regina Lúcia Rosa Santos (Matemática), Winston Fonseca de Carvalho (Matemática Financeira) e Carlos Alberto Pedreira de Cerqueira (Estatística I e II); destes, como se observa, Carloman Borges e Regina Rosa foram contratados pela UEFS e Nilza Rocha Santos, um tempo depois.150

O parecer que autorizou o funcionamento da Universidade mencionou certa preocupação em relação aos professores, não só em Feira de Santana, mas em qualquer cidade do interior, pois a “[...] grande dificuldade para a instalação de estabelecimentos universitários no interior era conseguir professores qualificados com residência na localidade. Principalmente no caso dos Estados que concentram praticamente o ensino superior na capital.”151 Esse era o

caso da Bahia que

149 OLIVEIRA, Arly Mary Carvalho.Op. cit. p. 1

150 DOCUMENTA. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Educação, 1976. p. 50 151 Idem, ibidem.

[...] permaneceu relativamente estacionário e somente em tempos recentes tem expandido lentamente sua rede de estabelecimentos para atender às necessidades de sua população e de seu desenvolvimento. [...] Salvador monopoliza praticamente a oferta de vagas. [...], com 6.420, isto é, 88% do total.152

Um tempo antes, em setembro de 1974, foi inaugurada a Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão e as instalações do Observatório Astronômico Antares. Só em 8 de agosto de 1975, o Conselho Diretor encaminhou ao CFE o pedido de autorização de funcionamento da Universidade, anexando seu projeto que englobava as partes estrutural, acadêmica e normativa. Dois meses depois recebeu a visita da Comissão Verificadora do CFE, com a finalidade de instruir o processo de autorização. Assim, em 27 de janeiro de 1976, o CFE aprovou o Parecer 26/76 em que autorizou o funcionamento da Universidade.

Os cursos aprovados foram: I) Área de Estudos Básicos: a) Licenciatura em Letras para o 1° grau e a habilitação em Vernáculas e uma língua estrangeira (Francês e Inglês); b) Licenciatura em Ciências para o 1° grau e as habilitações em Matemática e em Biologia; c) Licenciatura em Estudos Sociais para o 1º grau e a habilitação em Educação Moral e Cívica; II) área de estudos profissionais: d) Administração; e) Ciências Contábeis; f) Enfermagem Geral; e g) Construção Civil (curta duração). O primeiro vestibular, por questões técnicas e estruturais da universidade, só ocorreu em abril de 1976, e as aulas iniciaram no segundo semestre desse mesmo ano.

Enquanto o tramite legal ocorria o Conselho Diretor foi pensando a Universidade. E a UEFS foi criada e com ela os departamentos de: Física, Química, Matemática, Biologia, Geociências, Ciências Humanas e Filosofia, Letras, Artes, Ciências Médicas, Ciências de Engenharia, Educação, Administração e Economia.153 Entretanto, para adequar as necessidades dos cursos aprovados e as questões estruturais, os departamentos são reestruturados e aprovados pelo CFE em dois grupos:

I) Sistema comum de ensino e pesquisa básicos: a) Departamentos de Ciências Exatas; b) Departamento de Ciências Biológicas;

c) Departamento de Ciências Humanas e Filosofia; d) Departamento de Letras e Artes.

II) Sistema de ensino e formação profissional e pesquisa aplicada: a) Departamento de Educação;

b) Departamento de Saúde; c) Departamento de Tecnologia;

152 Idem, ibidem. p. 49

153 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE FEIRA DE SANTANA. Regimento Geral da Universidade de Feira

d) Departamento de Ciências Sociais Aplicadas. 154

Da lista de departamentos mencionados acima, consta, conforme a memória da professora Arly Oliveira, oito departamentos. Contudo, até o presente momento o espaço físico destinado ao Departamento de Ciências Sociais Aplicadas nunca foi construído. Apesar da professora Arly Oliveira mencionar a invasão do terreno da universidade como um fator para justificar a não construção, a invasão e a construção ocorreram em momentos diferentes. Ainda assim, a construção do módulo poderia ter sido em outro local, uma vez que a universidade dispõe de um terreno amplo e boa parte sem área construída. Assim, leva-me a acreditar que a construção não ocorreu em função de questões técnicas, administrativas e políticas, as quais priorizaram a construção de outros espaços.

A estrutura da UEFS aprovada estava atrelada aos modelos propostos pela Reforma Universitária. Esta, visando também atender ao momento de crescente industrialização e procura por vagas no ensino superior, diante da necessidade de cortes de despesa nesse nível escolar, propunha, antes de tudo, uma economia significativa para o Governo. Um dos principais pontos da reforma, apontados por Luiz Antônio da Cunha, tratou-se da extinção das cátedras e a institucionalização dos departamentos.155

Esses dois argumentos foram importantes para acabar com o regime seriado de ensino e instituir a matrícula por disciplina, assim as disciplinas de uma mesma área de conhecimento ficariam alocadas no departamento correspondente a tal área, como foi o caso do Departamento de Ciências Exatas da UEFS. Este concentrou as disciplinas das áreas de Matemática, Química, Física, Geociências e Informática. Esse modelo estrutural significava uma economia com a matrícula por disciplinas, pois todos os alunos que fossem cursar uma mesma disciplina poderiam fazê-lo em qualquer curso em que ela fosse oferecida. Assim, haveria preenchimento máximo das vagas por disciplina, economizando na quantidade de professores que poderiam ministrá-las.

Outro ponto importante foi a criação das disciplinas obrigatórias em todos os cursos. Na UEFS foram criadas as disciplinas Matemática I, Língua Portuguesa I e Metodologia do Trabalho Científico oferecidas para todos os cursos.

De qualquer modo, aumentaria o número médio de alunos por professor, baixando o custo médio da matrícula. O novo sistema, eliminando a duplicação da oferta de

154 DOCUMENTA. Op. cit. p. 46

155 CUNHA, Luiz Antônio Cunha. A universidade reformada: o golpe de 1964 e a modernização do ensino superior. Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1988.

disciplinas idênticas e facilitando o “trânsito” de estudantes por vários departamentos, independentemente dos cursos, viabilizaria o objetivo proposto.156

O que se observou sobre esse fato foram as disciplinas serem caracterizadas como “mais gerais”, deixando de lado as particularidades do conteúdo ensinado com os objetivos dos cursos aos quais a mesma disciplina era ofertada. Contudo, em algumas universidades criaram mecanismos para subverter a ordem, inventaram “multiplicação de pré e co-requisitos e as mudanças de denominações de disciplinas para fazê-las exclusivas de certos cursos/departamento/ unidades.”157 A iniciativa da oferta de disciplinas teve, também, outro

efeito, e talvez, muito mais significativo, dado o estado político que se vivia no período do regime. Não se pode precisar se houve ou não a intenção política do Governo nessa estratégia, no entanto, cabe salientar que a matrícula por disciplina acabou provocando uma dispersão nas turmas, pois os grupos de alunos, nem sempre, estavam juntos ou se viam com a mesma frequência, desse modo as articulações políticas se tornavam mais difíceis.158 O que não ocorreu na UEFS uma vez que o espaço ainda era pequeno, o número de alunos era reduzido e todos acabavam se conhecendo.