• Nenhum resultado encontrado

O arquiteto e o viajante

No documento Chapter Details - Blucher Open Access (páginas 45-52)

Usando a metáfora do labirinto, Leão argumenta que existem percepções e olhares diferentes do labirinto. O olhar do arquiteto e o olhar do viajante. Sendo que o viajante percorre o labirinto sem o mapa, sem a visão global da construção. Destas forma, quem verdadeiramente faz o labirinto não é o seu construtor, mas o viajante que o percorre. “o labirinto só passa a existir como tal, como constru- ção da complexidade, na medida que alguém o penetre e o percorra. Para o seu construtor, que tem a visão global do projeto, que tem o mapa, o labirinto não se impõe como metáfora do obtuso, do complexo. Para o seu arquiteto, o labirinto é finito. Para o viajante, por sua vez, devido às similitudes das encruzilhadas, (…) o labirinto se torna infinito” (p. 114).

Acessando o site do Laboratório de mídia e conhecimento da UNIVALI (Uni- versidade do Vale do Itajaí) em janeiro de 2000, a partir do endereço: http://www. cehcom.univali.br/lab_midia/

Figura 28 Laboratório de mídia e conhecimento da UNIVALI.

Neste estudo, como não se tem o mapa do labirinto dos principais sites da rede DPH, tendo contato somente com a construção do site local do LAMCO – UNIVALI (Laboratório de mídia e conhecimento), a análise da rede DPH foi sendo feita a partir da ótica de um viajante, como diria a professora Leão. Um viajante que parte do local para o global para fazer uma leitura entre as várias possíveis da rede DPH.

Quanto a forma, design e interface das páginas dos sites estudados, baseados na metodologia e critérios de Roger Black (1997) que estipula as dez regras do design que sinteticamente podem ser resumidas na primeira delas:

“Coloque um conteúdo em todas as páginas.”

O design não deve ser simplesmente decorativo, deve transmitir uma infor- mação. Um usuário, um leitor, nunca deve ter de “desbravar florestas de botões” para obter simples notícias.

Analisou-se sites da rede DPH levando-se em consideração esses critérios, mas principalmente as regras de interface, criadas pelo mesmo autor, mais abertas e que sugerem principalmente o que não fazer na Web.

A seguir, para efeito da pesquisa, sintetizou-se e sistematizou-se as regras de interface de Black (1997):

Não altere o propósito. Se tem uma marca ou uma mídia válida, não deve recriar tudo na Web, deve adaptá-la para a Web.

Não confunda o visitante. O site precisa ter um design consistente. Se tem páginas diferentes, as ferramentas de navegação e as

ilustrações precisam ter o mesmo aspecto em todas elas.

Não confunda o visitante, parte 2. Se alguém se perder dentro do site, nunca mais vai voltar. Assegure-se de que os botões e

as instruções de navegação sejam simples e claras.

Não faça páginas de tamanho exagerado. Tudo fica diminuído significativamente em relação aos grandiosos monitores

gráficos dos artistas. Crie para monitores de 14 polegadas e de pouca resolução.

Não crie páginas que exigem rolagem. Assim como 75% das pessoas leem somente a metade superior de um jornal dobrado,

a maioria dos navegadores nunca irá fazer a rolagem.

Não use ilustrações grandes e lentas. Se os visitantes tem de esperar, sairão do site e não vão mais retornar. Em nosso mundo

de bandas estreitas, não há atraso aceitável.

Não use um grande número de cores. Se puder conseguir uma concepção graficamente correta em preto e branco, está na

direção certa. Depois adicione cuidadosamente uma ou duas cores.

Não use sombras de fundo esfumaçadas. Não coloque um texto extenso.

Não use tipos muito pequenos. É muito difícil ler textos nas telas do computador. A ideia geral é fazer tudo maior do que seria

na impressão e assegure-se de que os tipos tenham um bom contraste com o fundo. Black, Roger (1997), sistematização do autor.

O site do LAMCO – UNIVALI, segue de forma simples as principais regras de interface para Web (BLACK, 1997). Ao ser acessado, logo se encontra referên- cia as fichas DPH, e também tem um link, bastante legível, para quem pretende encontrar os parceiros e contatos do laboratório.

No site, a partir do local, LAMCO acessa-se ao link da Associação Diálogo e a Rede Vozes do Silêncio e chega-se ao global a Rede DPH.

Figura 30 Rede vozes do silêncio.

O site tem um design consistente. Isto significa segundo Black (1997), que em páginas diferentes, as ferramentas de navegação e as ilustrações tem o mesmo aspecto. Os botões e as instruções de navegação são simples e claras. Não usa um grande número de cores. Utiliza uma concepção graficamente correta em preto e branco e adiciona cuidadosamente poucas cores.

Figura 31 Diálogo – cultura e comunicação.

Com um link direto chega-se ao site da ONG Diálogo – Cultura e Comunica- ção em outro provedor (UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina): http://

www.ced.ufsc.br/bibliote/dialogo.html ou ainda a página da rede Vozes do silên- cio: http://www.ced.ufsc.br/bibliote/vozes.html que por sua vez também possuem links diretos com a rede DPH.

Os botões e as instruções de navegação são simples e claros e de fácil retorno ao site do LAMCO-UNIVALI. Porém, como seu conteúdo é baseado em texto es- crito, o usuário tem que utilizar a barra de rolagem com frequência, contrariando as indicações neste sentido de Black (1997).

Clicando em rede DPH entra-se no site institucional da Rede: http://w1.neu- ronnexion.com/dph/

Figura 32 Rede DPH.

As estruturas de design do site institucional de apresentação da Rede DPH é baseada no manual DPH impresso. Considerando as regras de Black, imagina-se que a ideia foi de não alterar o propósito, considerando que a rede tem uma marca ou uma mídia válida, não devendo recriar tudo na Web, mas adaptá-la para a internet.

O site da rede DPH tem várias páginas diferenciadas e as ferramentas de navegação e as ilustrações tem o mesmo aspecto em todas elas. Os botões e as instruções de navegação são simples e claras. Aspecto que Vaugham valoriza: “é importante incluir botões que executem tarefas básicas, como sair do projeto de qualquer ponto ou cancelar uma atividade” (1998, p. 139).

O site é todo escrito em língua francesa, com alguns acessos traduzidos em espanhol e inglês, demonstrando a influência da FPH, Fundação Charles Léopold Mayer para o progresso do Homem no apoio a rede DPH e ao provedor de ma- nutenção do site: neuronnexion.com.

Figura 33 Dossier.

Clicando em L’dossiers des expériences se tem acesso a alguns dossiers de fichas DPH temáticas:

Figura 34 Fiches RITE.

Analisando individualmente a tela de acesso as fichas do RITE, pode-se ques- tionar o uso de cores desta página, que não segue literalmente as indicações de Black (1997).

Usa uma quantidade de cores excessiva (laranja, azul, verde, cinza, preto, branco), considerando que não são variáveis da mesma tonalidade. A opção do alaranjado como padrão e o verde tendo as letras sombreadas em cinza dificultam a leitura já comprovadas pelas regras de Black. A página tem uma concepção graficamente correta em preto e branco, mas na adição de cores, exagerou nos tons, nas sombras de fundo esfumaçadas, dificultando a leitura e a apresentação do trabalho.

Clicando em um dos títulos da fichas DPH do dossier tem-se acesso ao con- teúdo das mesmas através de outra página:

Figura 35 Fichas DPH.

Ao analisar a página contendo uma ficha DPH do dossier chega-se as seguin- tes conclusões:

Os textos das fichas não são muito extensos e os tipos de letras não são mui- to pequenos. Estes chegam a ser maiores do que seriam na impressão e tem um bom contraste com o fundo, porém necessitam de rolagem de página para que o texto seja lido. Como, segundo Black (1997), a maioria dos navegadores (75%), nunca irá fazer a rolagem de uma página, essa atividade necessária para a leitura das fichas no site da rede DPH revela-se prejudicial.

No site, não há possibilidade técnica de baixar via download os textos das fichas DPH, nem utilizar processador de textos ou outra ferramenta similar para acesso ao conteúdo das fichas.

Ao acessar o link Des outils et des Methodes tem-se informações básicas das ferramentas e métodos utilizados pela rede. Muitas destas informações também

estão disponíveis de forma impressa em francês, inglês e espanhol via o Manual DPH, porém nem todas ainda estavam disponíveis no site quando analisado em janeiro de 2000.

Nas diferentes páginas, as ferramentas de navegação e as ilustrações tem o mesmo aspecto em todas elas, o mesmo caso ocorre nesta página.

Figura 36 Ferramentas de navegação.

Os vários suportes informáticos e ferramentas disponíveis relacionadas ao banco de dados DPH, bem como informações sobre as metodologias utilizadas estão acessíveis no site e no manual. A seguir analisa-se essas ferramentas. O ban- co de dados é acessível apenas aos grupos da rede DPH e deve ser instalado em computador local para uso das bases de dados.

No documento Chapter Details - Blucher Open Access (páginas 45-52)