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O Consumo de Água no terminal de passageiros (VC 2 ) a partir

4.1 ETAPA1 – O DIAGNÓSTICO DO CONSUMO DE ÁGUA NO

4.1.4 O balanço hídrico reconciliado (BHR) do sítio aeroportuário

4.1.4.6 O Consumo de Água no terminal de passageiros (VC 2 ) a partir

hídrico reconciliado do sítio aeroportuário (BHR)

DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NO TPS

A partir da construção do balanço hídrico reconciliado - BHR do sítio aeroportuário, aqui denominado de VC1, para o período de 2006 à 2009, pôde-se

conhecer, com mais propriedade a distribuição do consumo de água no sítio, com destaque para o terminal de passageiro, maior consumidor de todo o sítio (Figura 28). A distribuição do consumo médio de água no sítio a partir do BHR não apresentou grandes variações quando comparada com a realizada a partir dos dados do Sistema AGUAPURA (Figura 24). O que já era esperado, pois se trata justamente dos pontos de consumo que têm medição.

Os dados apontam que o consumo médio de água do TPS passou de 83% para 82% em relação ao consumo de todo o sítio, o prédio de apoio passou de 15% para 15,5%, e os outros 2,5% estão distribuídos entre os prédios do SCI e da

subestação KF, na cascata ornamental na entrada do TPS, no TECA nacional e internacional, e nas 3 guaritas do sítio.

A atribuição de vazões para os diversos consumos, dentro do TPS, foi conseguida através do Balanço Hídrico Reconciliado. O conjunto dos sanitários (47,5%) e as torres de resfriamento (41,0%) se apresentam como os principais consumidores (Tabela 18).

Figura 28 – Consumo médio de água no sítio aeroportuário, em m3/dia e percentuais, a partir do balanço hídrico reconciliado (2006-2009).

Fonte: A Autora, 2011

Tabela 18 - Consumo de água por usos no terminal de passageiros, médias anuais em m3/dia.

Período

Consumo total do TPS

(m3/dia)

Sanitários Torres de resfriamento + outros* (m3/dia) – (%) Torres de resfriamento (m3/dia) – (%) Outros (m3/dia) – (%) (m3/dia) – (%) Fev a dez/2006 352,7 139,3 - 39,5 213,4 - 60,5 - - Jan a dez/2007 376,7 176,5 - 49,6 200,2 - 53,1 137,3 - 36,4 40,0 - 10,6 Jan a dez/2008 411,0 203,4 - 49,5 207,6 - 50,5 165,2 - 40,2 42,3 - 10,3 Jan a dez/2009 429,4 215,4 - 50,2 213,9 - 49,8 164,0 - 68,2 50,0 - 11,6 Fev/2006 a dez/2009 393,3 184,6 - 46,9 208,7 - 53,1 159,1 - 40,4 44,9 - 11,4 Percentual em relação ao TPS (%) 100,0 47,5 52,5 41,0 11,5

* outros consumos: concessionárias (praça de alimentação), irrigação de jardins internos ao TPS, testes dos equipamentos móveis de combate a incêndio, e abastecimento e higienização de aeronaves. Fonte: A Autora, 2011.

O consumo médio de água em TODO O SÍTIO, para o período,

A partir dos dados apresentados na Tabela 18 e na Figura 29, observa-se uma oscilação no consumo médio anual do TPS entre 353m3/dia e 429m3/dia, de fevereiro de 2006 a dezembro de 2009. O consumo de água nos sanitários apresentou uma variação de 139m3/dia a 215m3/dia, representando de 40% a 50% do total do TPS. E a média para todo o período total foi de 185m3/dia, representando 47% da média para o período.

Essa parcela de 40% a 50% de participação do sanitário no consumo de água total do TPS, também ocorre em outros aeroportos, a exemplo do de Sidney, na Austrália. Os dados levantados apontam que essa parcela equivale a 56% do consumo total de água do aeroporto – média em torno de 2 830m3/dia, em 2008, tornando-o um dos maiores consumidores de água do estado (SIDNEY AIRPORT, 2009).

No Brasil, estudos realizados para o Aeroporto Internacional de São Paulo, com mais de 200 sanitários instalados – o dobro do número de instalados no AIS - , apontaram um consumo médio anual, de cerca de 658 000m3, representando em torno de 1 830m3 /dia, para o período de 2002-2008. Para esse consumo, apenas as bacias sanitárias respondem por 51%, o consumo das torneiras representa em torno de 15% e dos mictórios em torno de 7% (RIBEIRO et al., 2009).

Os dados de uma pesquisa realizada por Hoppe Filho et al. (2003), em shopping center na cidade de São Paulo (SP), também, ambiente de grande circulação de pessoas, verificou-se que os dados apontaram para a média do consumo de água em torno de 650m³/dia, e desses, 260m³ (40%) foram consumidos nos banheiros.

Em relação ao consumo de água pelas torres de resfriamento, somado a outros internos ao TPS, não apresentou significativas variações, ficou em torno de (213 a 214)m3/dia, aproximadamente 53% do total do TPS. Para o Aeroporto Internacional de São Paulo, esta contribuição foi em torno de 19%, muito abaixo do percentual encontrado para o AIS. Na pesquisa realizada por Hoppe Filho et al. (2003), os dados obtidos para o consumo de água para o sistema de refrigeração foi de 130m³ (20%), de um total de 650m³/dia. Inicialmente, pode-se atribuir a esses percentuais, dentre outros fatores, questões relacionadas com o clima de São Paulo e a operação do sistema de refrigeração do aeroporto e do shopping center estudado.

Na Figura 30, observa-se o consumo de água pelas torres de resfriamento a partir de julho de 2007, discriminados dos demais consumos (praça de alimentação, irrigação de jardins, teste dos caminhões de combate a incêndio e o abastecimento e higienização das aeronaves). De acordo com os dados apresentados, o consumo das torres variou de 137m3/dia a 164m3/dia, representando cerca de 40% do consumo do TPS.

Salienta-se que o consumo de água pelas torres pode não ter aumentado significativamente com o aumento do movimento de passageiros em função de problemas operacionais vivenciados nesses equipamentos. Das três torres que compõem o sistema de refrigeração do TPS, apenas duas têm funcionado. Ou seja, estão trabalhando com uma sobrecarga que pode, eventualmente, comprometer o seu papel no sistema de refrigeração do terminal de passageiros.

A partir dos dados apresentados na Tabela 18 e nas Figuras 29 e 30, fazendo- se uma aproximação inicial é possível entender as flutuações dos consumos como normais e relacionadas com a variação do número de passageiros, com fatores sazonais e climáticos. Contudo, uma avaliação mais detalhada poderá permitir uma maior riqueza de conclusões.

Figura 29 - Consumo de água para diversos usos no TPS: sanitários, torres de resfriamento e outros usos. Médias mensais em m3/dia.

Figura 30 - Consumo das torres de resfriamento e outros usos no terminal de passageiros. Médias mensais em m3/dia.

4.1.4.7 O consumo de água por usuário (passageiros, funcionários, e