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CAPÍTULO 4 METODOLOGIA DA PESQUISA

4.2 O Contexto da Pesquisa

A Escola Estadual “André Avelino Ribeiro”, lócus da pesquisa, foi escolhida para o desenvolvimento do referido estudo por se tratar de uma escola polo no que se refere à implementação de políticas de inclusão digital, sendo um espaço privilegiado no uso de diferentes tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem, por já ter o uso das TIC inserido no seu contexto escolar. É um local de atendimento exclusivo ao Ensino Médio, e o emprego das tecnologias caracteriza-se como um diferencial e atrativo junto aos adolescentes e jovens que utilizam com muita facilidade diversos tipos de inovações digitais que surgem diariamente.

Conforme consta do Projeto Político-Pedagógico da referida Escola (PPP), esta possui estrutura relativamente adequada aos fins a que se destina, uma vez que foi construída dentro dos padrões exigidos para o funcionamento de uma grande

instituição educacional. Atende a uma clientela de aproximadamente dois mil alunos divididos entre adolescentes e jovens. A escola possui dezesseis salas de aula, um salão de eventos, biblioteca, sala de vídeo, laboratórios de informática e ciências da natureza, refeitórios etc. Funciona em regime de três turnos: matutino, vespertino e noturno; possui cerca de 80 (oitenta) professores formados nas mais diversas áreas do conhecimento, desenvolvendo atividades somente nos cursos de Ensino Médio, com apoio do PIBID/UFMT.

Atualmente, a Escola Estadual “André Avelino Ribeiro”, situada na Avenida Deputado Osvaldo Cândido Pereira, bairro Morada da Serra no CPA I, na região norte da capital mato-grossense, atende 1.830 alunos matriculados no Ensino Médio, distribuídos nos três turnos de ensino (PPP / EEAAR, 2008).

Esta escola foi fundada no dia 05 de outubro de 1980, quando era governador o Dr. Frederico Soares de Campos; e recebeu o nome em homenagem ao professor que prestou relevantes serviços às causas educacionais no Estado de Mato Grosso. (PPP / EEAAR, 2008).

Mesmo possuindo uma estrutura relativamente adequada aos fins a que se destina, uma vez que foi construída dentro dos padrões exigidos para o funcionamento de uma grande instituição educacional, temos constatado que diante das inovações tecnológicas, a escola necessita ainda de reforma na parte elétrica, hidráulica; e também precisa de ampliação de sua estrutura com a construção de laboratórios de linguagem, ciências exatas, sala de vídeo, além da ampliação do laboratório de informática, construção de cozinha, refeitório com capacidade para atender o número de alunos que utilizam a alimentação escolar.

A unidade escolar possui 16 (dezesseis) salas de aulas, um salão de eventos, uma sala para banda musical, secretaria, diretoria, biblioteca, laboratório, coordenação pedagógica, sala de vídeo, Laboratório de Ciências da Natureza, pequeno refeitório e cozinha, sanitários de alunos e de professores.

A escola funciona em regime de externato nos três turnos: matutino, vespertino, noturno e atende aos alunos do Ensino Médio regular e técnico, sendo nas turmas de 1º ano com até 38 (trinta e oito) alunos por turma e nos segundo e terceiro anos com até

40 (quarenta alunos); e EMIEP (Ensino Médio integrado à Educação Profissional), no primeiro, segundo e terceiro anos, com 35 (trinta e cinco) alunos em cada turma.

Contando com Conselho Deliberativo presente e atuante, a Escola Estadual “André Avelino Ribeiro” é hoje uma unidade executora, constitui-se em uma das escolas mais conceituadas e procuradas da grande Morada da Serra, atendendo a uma clientela oriunda de diversos bairros periféricos, a exemplo da Morada da Serra I, II, III, IV, Três Barras, Ouro Fino, Novo Horizonte, Centro América, Tancredo Neves, Dr. Fábio, Novo Paraíso, Florianópolis, 1º de Março, Jardim Vitória etc. Todos localizados no entorno da unidade escolar (PPP / EEAAR, 2008).

A partir de esforços isolados, a escola busca a melhoria da qualidade do ensino desenvolvendo projetos especiais visando melhor atender a sua clientela. Possui em andamento diversos projetos, dentre eles: Projeto de Educação para trânsito, Introdução à informática, Horta escolar, Banda musical, PDE, Olimpíadas, Revisa ai, Talentos do André, entre outros (PPP / EEAAR, 2008).

A escola, mesmo se esforçando para desenvolver estratégias para envolver a comunidade escolar no seu projeto educativo, por acreditar ser este um imprescindível caminho para o fortalecimento da mesma e para o sucesso das mudanças desejadas, não tem logrado êxito em suas tentativas, uma vez que a maioria dos pais continuam distantes do dia a dia da escola, tornando-se assim um constante desafio para a equipe gestora (PPP / EEAAR, 2008).

No entanto, com vários segmentos da comunidade escolar, hoje um pouco mais conscientizada, parte significativa da comunidade e de seus atores sociais, espera que a escola, até pouco tempo considerada quase que essencialmente uma mera reprodutora de conhecimentos, organize-se pedagogicamente e passe a ser uma instituição capaz de olhar para si mesma; atuar com maior competência e revelar sua própria identidade e autonomia sem esquecer, naturalmente, que o seu papel social deve estar voltado, principalmente, para os interesses dos alunos trabalhadores, não trabalhadores, mas provenientes das classes menos privilegiadas da população (PPP / EEAAR, 2008).

Além de um prédio com instalações e equipamentos suficientemente adequados aos fins a que se destina, a escola que a comunidade deseja é a que faz reflexões com vistas a construir, no coletivo, um Projeto Político Pedagógico para atender aos anseios e aos interesses dos jovens que dependem da inclusão num mundo do trabalho onde as oportunidades são cada vez mais restritas, as ocupações cada vez mais precarizadas e a exclusão são crescentes, e que também prepare seus professores para o novo ensino que o novo momento requer (PPP / EEAAR, 2008).

Assim entendemos que, além de um prédio funcional, faz-se necessário pensar um ensino, que atenda aos anseios e aos interesses dos jovens que dependem da inclusão no mundo do trabalho. Para tanto o EMIEP- Ensino Médio Integrado à Educação Profissional prepara o aluno trabalhador, aproximando-o do mercado de trabalho (PPP / EEAAR, 2008).

Contudo, para a realização da oferta do EMIEP, a escola necessita de: construção de laboratório de linguagem, de sala de som e vídeo, sala para a Educação Física, construção de cozinhas e refeitórios adequados ao número de alunos, além da ampliação do laboratório de informática etc. A parte elétrica deverá ser totalmente refeita; uma vez que a mesma não suporta a carga elétrica consumida atualmente, pois é constante a queda de energia, queima de lâmpadas, ventiladores e aparelhos eletrônicos etc. (PPP / EEAAR, 2008).

Mesmo possuindo uma proposta pedagógica bem definida, atualmente, a escola vem enfrentando vários problemas no setor de aprendizagem dos alunos, especialmente no período noturno e com menor incidência no período diurno, como evasões, reprovação e ou alunos com dependência em 02 (duas) disciplinas. Preocupante, também, são as depredações do espaço escolar e dos móveis, como mesa dos professores, carteiras, torneiras de banheiros e bebedouros entre outras feitas pelos próprios alunos. Percebemos, então, que estes não se sentem como sujeitos no ambiente escolar (PPP / EEAAR, 2008).

Outros problemas relevantes enfrentados pela escola é a rotatividade dos professores, em função do fato de alguns não serem efetivos; e com relação aos

alunos, pois em função da necessidade deles de ingressarem no mundo e no mercado de trabalho, gera desmotivação e desinteresse por parte dos educando.

Podemos destacar, também, como fragilidade as salas de aulas com número de alunos superior ao proposto nas normativas governamentais, devido à grande procura e insistência por vagas por parte dos pais; a falta de ventilação adequada; aulas desmotivadas; pouca utilização dos laboratórios existentes; o que, na opinião dos alunos, faz com que eles “matem” aula dentro do próprio ambiente escolar (PPP / EEAAR, 2008).

A partir de esforços isolados, a escola busca melhoria da qualidade de ensino, desenvolvendo projetos que visam incluir os alunos nos mais variados temas. Apesar de o estabelecimento de ensino desenvolver estratégias para envolver a Comunidade Escolar no seu projeto educativo, por acreditar ser este um imprescindível caminho para o fortalecimento da escola e para o sucesso das mudanças desejadas; a participação dos pais ainda é tímida no ambiente escolar, tornando assim mais um desafio a ser vencido ao longo do tempo escolar (PPP / EEAAR, 2008).

Como na Escola “André Avelino Ribeiro”, o Ensino Médio 6é oferecido tanto na

perspectiva do ensino regular, como no ensino profissionalizante com a oferta dos cursos Técnico em Administração e Técnico em vendas; ela tornou-se um espaço privilegiado no que refere à inclusão digital e ao uso de diferentes formas de práticas pedagógicas; ponto decisivo para a escolha e implantação do Programa PIBID/UFMT. Atualmente, está em pleno funcionamento na escola o PIBID de Biologia, Química, Matemática, Física, Filosofia, Sociologia e Geografia (PPP / EEAAR, 2008).

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Não demos enfoque ao tema Ensino Médio, por considerar que essa temática não é nosso objeto de pesquisa e sim apenas espaço de atuação dos pibidianos.