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Os itinerários de formação serão constituídos por um módulo básico obrigatório e módulos independentes que serão escolhidos pelo diretor escolar, de acordo com as suas necessidades mais urgentes. Estas escolhas definirão os grupos de trabalho que serão compostos por, no máximo, 20 diretores em cada grupo. O módulo básico será constituído de 60 horas, sendo que este módulo tem caráter obrigatório na definição das prioridades do itinerário formativo. Os demais serão ofertados com 40 horas e apenas um deles em 20 horas. Todo o itinerário possui 160 horas.

A metodologia de ensino e aprendizagem escolhida será predominantemente o “Estudo de Caso”. Para cada caso de gestão escolar escolhido, serão identificadas as competências específicas de gestão destacadas para o módulo. Serão também estudados os conceitos envolvidos para a proposição de soluções eficazes para cada caso.

Os casos de gestão foram selecionados do livro “Casos de Gestão: políticas e situações do cotidiano educacional brasileiro”16, que oferece uma

oportunidade ímpar de encontrar casos de gestão educacional em todo o território brasileiro e nos temas que são pertinentes à realidade da gestão fluminense.

Os grupos de diretores escolares deverão ser definidos no início do ano, durante a realização do módulo básico, que será desenvolvido para todos os grupos ao mesmo tempo, preferencialmente antes do início do ano letivo. O itinerário formativo deverá ser percorrido por todos os diretores, conforme calendário a ser compactuado entre a Regional Médio Paraíba e os diretores escolares.

Esse capítulo está organizado em seis seções. Na primeira seção, estão descritas as competências gerais e específicas do diretor escolar. Na segunda, será apresentado o itinerário formativo. A terceira versa sobre a divisão dos módulos de acordo com o agrupamento de competências específicas. Os conteúdos e sugestões de cases que estarão presentes no itinerário formativo também fazem parte desta seção. A quarta seção apresenta os critérios de avaliação dos diretores escolares na trajetória da formação. A quinta apresenta uma proposta de cronograma da formação, com definição de prazos, responsabilidades e custos. Por último são apresentadas as considerações finais do capítulo.

3.2 Competência geral e as competências específicas do diretor escolar da Regional Médio Paraíba

Compreender o conceito de competência geral para o exercício de uma função implica compreender o conceito de competência profissional. Para Bonfim (2012), competência profissional pressupõe

16 CUNHA, Manuel Fernando Palácios de Melo; LIMA, Ana Paula de Melo (orgs). Casos de

Gestão, políticas e situações emblemáticas do cotidiano educacional brasileiro. Juiz de Fora:

FADEPE/CAEd, 2012. O livro traz um panorama da pioneira produção discente do Programa de Pós Graduação Profissional em gestão e Avaliação da Educação Pública, doravante denominado PPGP.

um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas. Em outras palavras, a competência é percebida como estoque de recursos que o indivíduo detém. Embora o foco de análise seja o indivíduo, [...] sinaliza a importância de se alinharem às competências às necessidades estabelecidas pelos cargos, ou posições existentes nas organizações. (FLEURY E FLEURY 2001, p. 185 apud BONFIM, 2012, p. 6).

Assim sendo, a competência geral dever expressar globalmente as funções principais que serão desempenhadas pelo profissional e as competências específicas devem representar um detalhamento da primeira. Esta última deve estar contida na competência geral, de modo a representar claramente uma atribuição identificável no desempenho de suas funções, aqui em particular, no desempenho da gestão escolar no contexto da Regional Médio Paraíba.

Não se trata de reduzir o conceito de competência à simples atribuições ou a uma grande função. O que indicamos aqui pode ser entendido como a parte da competência geral e das competências específicas do diretor escolar que podem ser identificadas como padrões de desempenho quando estiverem atuando.

3.2.1 Competência Geral do Diretor Escolar da Regional Médio Paraíba

Articular toda a equipe e comunidade escolar para o planejamento, divulgação, execução e avaliação das atividades pedagógicas e administrativas no âmbito de sua competência, em consonância com o Projeto Pedagógico da Escola, definindo as linhas de atuação de acordo com os objetivos e metas estabelecidas, viabilizando a melhoria da qualidade do ensino.

3.2.2 Competências Específicas do Diretor Escolar da Regional Médio Paraíba Implementar normas de gestão democrática e participativa, integrando objetivo das Políticas Nacional, Estadual e da Unidade Escolar, promovendo a integração Escola-Comunidade;

Promover o cumprimento das normas legais e da política definida pela Secretaria de Estado de Educação e pelo MEC; Supervisionar a elaboração e a execução da Proposta Pedagógica da Unidade Escolar; Acompanhar as avaliações internas, externas e diagnósticas da Unidade

Escolar, responsabilizando-se pela correta aplicação e utilização dos resultados no Planejamento Pedagógico;

Monitorar o fluxo escolar, adotando medidas para minimizar a evasão escolar, informando aos pais e ou responsáveis sobre a frequência dos alunos;

Monitorar o rendimento escolar, adotando medidas que garantam a realização de recuperação para alunos com menor rendimento;

Propiciar o bom funcionamento da escola, coordenando as atividades administrativas, acompanhando a frequência de professores e funcionários, a preservação do patrimônio e a conservação de seu espaço;

Prover a segurança dos alunos na unidade escolar;

Assegurar a integridade dos documentos e a atualização das informações dos docentes e discentes;

Utilizar os materiais destinados à Unidade Escolar de forma racional; Estimular e apoiar o aperfeiçoamento profissional dos servidores sob

sua direção;

Gerenciar os recursos financeiros destinados à Unidade Escolar de forma planejada, atendendo às necessidades do Projeto Pedagógico, assegurando a prestação de contas, de acordo com os termos da legislação vigente;

Convocar e ou presidir reuniões, assembleias, colegiado da escola, associação de apoio escolar, grêmio estudantil e outros;

Promover a atuação integrada da equipe escolar nos diversos turnos da Unidade Escolar.

Neste Plano de Ação Educacional, as competências específicas serão agrupadas por afinidades e constituirão o marco referencial de cada módulo.

Todos os conteúdos e todos os casos selecionados para estudo obedecerão à competência selecionada para o módulo de estudo.