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O Grande Selo

No documento Benny Hinn - O Sangue (páginas 108-113)

Depois que somos lavados pelo sangue de Jesus e purificados pela Palavra, o Senhor nos sela com o Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreve:

"Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da ver- dade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido,  fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o pe-

nhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória." (Ef 1.13,14.)

O selo é um símbolo de proteção. Quem sela alguma coisa está dizendo:

"Isso é meu. Deixe-o separado num canto, reservado para mim. Ninguém pode tocar nele. Voltarei para buscá-lo."

Quando o Senhor sela algo é porque pretende redimi-lo. Se ele não pretendesse levar-nos ao lar, não construiria moradas (Jo 14.2,3).

E ficaremos selados até que Cristo venha buscar-nos para levar-nos ao lar celeste e dar-nos uma "herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros" (1 Pe 1.4).

Essa herança se destina àqueles que são "guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1 Pe 1.5).

O selo só será removido depois que concluir sua obra em nós. Paulo declarou que "nós que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).

 A obra estará concluída ao soar da última trombeta.

"Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos trans-  formados. Porque é necessário que este corpo corruptível se re- vista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade,

então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória." (1 Co 15.52-54.)

Setenta Vezes Sete

Enquanto aceitarmos a obra que Cristo realizou por nós ao verter seu sangue, nada na terra poderá romper o selo divino (2 Tm 1.12).

"Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8.38,39).

Mas é possível que alguém pergunte: "Você está querendo dizer que Deus me ama apesar de minhas falhas?"

Sim. Apesar de nossa inconstância, ele sempre nos ama. Ele nos adotou como filhos apesar de sermos os responsáveis pela morte de seu Filho. E nos acolhe mesmo quando fraquejamos e falhamos.

E talvez indague também:

"E se eu cometer o mesmo erro repetidas vezes? Será que ele ainda irá perdoar-me?"

Pedro fez a mesma pergunta a Jesus.

"Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mt 18.21,22.)

Mas ao dar essa resposta, Jesus não pretendia ensinar que o crente poderia viver pecando sem arrepender-se, e que ainda assim iria para o céu. Absolutamente não. Aqueles que abusam da misericórdia divina, na realidade, nunca experimentaram a verdadeira salvação. Deus nos oferece mais do que uma segurança eterna; ele nos concede uma graça eterna.

É a graça transformadora de Deus que torna possível nossa redenção e nos capacita a viver uma vida santa.

"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as  paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e  piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo  Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras." (Tt 2.11-14.)

Quando entramos em contato com a graça salvadora de Deus, ela provoca em nós fome de justiça e de santidade.

Com base na obra consumada no Calvário, Deus enviou-nos seu Espírito Santo para nos comunicar poder para vivermos uma vida santa. Paulo afirma que nós "não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8.4).

Deus revelou ao profeta Zacarias um fato que ainda vigora em nossos dias.

"Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o  Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de  Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!"  (Zc 4.6,7.)

 Alguém pode estar sofrendo fortes tentações que lhe parecem um alto monte prestes a esmagá-lo. Pelo Espírito do Senhor e por sua graça, ele pode demolir esse monte pedra a pedra.

O Poder da Graça

Juntamente com a graça de Deus, o crente obtém grande poder.

"Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da res- surreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.'' (At 4.33.)

O livro de Atos relata o que Deus, com seu poder, operou por intermédio dos primeiros cristãos.

• Eles receberam poder e se tornaram testemunhas. "Mas

recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas." (At 1.8.)

• O Espírito modificou sua linguagem. Eles passaram a falar em

outras línguas (At 2.4), e pregavam a Palavra de Deus com intrepidez (At 4.31).

• Sua aparência podia alterar-se. O melhor exemplo disso é Es-

têvão. Quando ele estava sendo julgado, o Espírito Santo desceu sobre ele e "todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo" (At 6.15). Eu creio que quando alguém recebe a unção de Deus, aqueles que estão por perto percebem claramente a presença do Espírito Santo. No rosto desse cristão estampa-se uma expressão de gozo e poder divinos; sua voz tem um timbre de autoridade. Foi por isso que Pedro e João disseram ao coxo: "Olha para nós" (At 3.4). E quando aquele homem os fitou, os apóstolos compreenderam que ele percebera que os dois haviam recebido o poder de Deus.

Um fato que sempre recordo com relação a Kathryn Kuhlman é que todas as vezes que ela recebia a unção, seu olhar se modificava. Havia nele um brilho diferente.

Nos últimos anos, aprendi outro fato com relação a essa questão. Sempre que um servo de Deus perde a unção, desaparece também esse  brilho no olhar; o fogo do Espírito se apaga. Lembro-me de um homem

que recentemente visitou minha igreja. Até algum tempo atrás, ele era um dos mais poderosos homens de Deus no Canadá. Mas dessa vez, quando olhei para ele, percebi que seu olhar não apresentava mais aquele  brilho; não havia o fogo. Ele perdera a unção, e isso estava evidente em

seu semblante.

• O Espírito Santo lhes deu intrepidez. "Ao verem a intrepidez de

Pedro e João, e sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus" (At 4.13). Os discípulos não se achavam mais atemorizados. Agora demonstravam uma gloriosa intrepidez ao proclamar as boas novas do evangelho.

• O Espírito modificou o relacionamento deles com Deus. Pedro

afirmou que ele era testemunha do que Jesus fizera, "e bem assim o Espírito Santo" (At 5.32). Vemos aí o Espírito como companheiro e auxiliar deles.

• O Espírito mudou a posição deles. Estêvão, inicialmente, era um

dos diáconos da igreja (At 6.5), mas acabou sendo um poderoso evangelista (At 6.8-10).

• O Espírito Santo deu-lhes uma nova visão das realidades es-

pirituais. "Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à sua direita" (At 7.55).

Esse grande poder do Espírito Santo se acha à nossa disposição hoje, pois também nós recebemos dá "abundante graça" de Deus.

 A presença do Espírito Santo em nossa vida é um lembrete de que Cristo derramou seu sangue, morreu, ressuscitou, subiu ao céu e se acha à destra do Pai. O próprio Jesus pediu aos discípulos que utilizassem um recurso muito especial para se lembrar dele. E certo dia, em contato com um grupo de freiras carismáticas, meus olhos se abriram e descobri um novo e maravilhoso significado nesse modo de nos lembrar dele.

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No documento Benny Hinn - O Sangue (páginas 108-113)