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O Microsoft Access como Sistema de Gestão de BD Relacionais

O Microsoft Access é um SGBD relacional, que tem como funcionalidade armazenar e manipular BD constituídas por conjunto de relações/tabelas interligadas.

4.1.1 Conceito de Base de Dados

Uma BD pode ser definida de uma forma genérica como qualquer conjunto de dados, isto é, BD pode ser uma agenda com as moradas de pessoas conhecidas, uma lista de músicas, um livro, apontamentos tirados nas aulas, os dados guardados nos computadores das Finanças sobre os contribuintes entre muitos outros. O objetivo de criarmos e mantermos uma BD é a de poder obter e utilizar os dados lá guardados, de modo a procurar a morada de uma determinada pessoa, saber o que foi dito nas aulas sobre um tema ou procurar se temos determinado livro. No geral, uma BD facilita a inserção, consulta e manutenção de uma coleção unificada de dados

Coleção unificada: Todos os dados, antes de serem introduzidos na BD, tem de ser tratados de modo a uniformizar os valores a armazenar, isto é, não se pode usar duas designações diferentes para dizer a mesma coisa, a validação do tipo de dados (não se pode num campo de dados numéricos colocar dados texto) e a integridade referencial (por exemplo, não se pode atribuir características a um determinado motor se o seu número de série ainda não foi introduzido na BD);

Dados Relacionados: Qualquer dado inserido numa BD vai ocupar um lugar numa rede de entidades e associações;

Estruturada de modo a facilitar o registo, consulta e manutenção dos dados: A estrutura deve ser organizada de modo a que seja fácil e rápido fazer qualquer operação de inserção, consulta e manutenção sem comprometer a segurança e fiabilidade da BD. 4.1.2 Conceito e Estrutura de uma Tabela

Uma tabela é um objeto de uma BD, onde os dados são organizados de maneira lógica num formato de linha/coluna. Cada linha representa um registo exclusivo e cada coluna representa um campo no registo. Por exemplo, uma tabela que contém dados de livros de uma biblioteca pode conter uma linha para cada livro e colunas representando as informações sobre o livro, como titulo, ISBN, ano de edição, escritor e posição.

O número de tabelas numa BD apenas é limitado pelo número de objetos permitidos numa BD, sendo que cada tabela pode ter até 1.024 colunas e números de linhas limitado apenas pela capacidade de armazenamento do servidor.

Uma tabela pode ser representada graficamente sobre a forma de vista de estrutura e

processamento, apresentado na Figura 41. Pode ainda recorrer-se à sua representação analítica

através de dois métodos: representação analítica da vista de estrutura da tabela ou

representação analítica da vista de processamento da tabela

Fig. 41 – Representação gráfica das vistas de estrutura e processamento

ISBN Titulo Escritor Ano Posição Livros 1000000000000 Access1 N/D 2013 01-02-2013 ISBN : Long «PK»«CK» 1000000000001 Access2 N/D 2013 02-02-2013 Titulo : String {Obrigatório} 1000000000002 Access3 N/D 2013 03-02-2013 Escritor : String {Obrigatório} 1000000000003 Access4 N/D 2013 04-02-2013 Ano : Long 1000000000004 Access5 N/D 2013 05-02-2013 Posição : Long {Obrigatório}

Livros Atributo (coluna ou campo)

R e la çã o ( T a b e la ) Li n h a o u R e g is to

Vista de Processamento da Tabela Livros Vista de Estrutura da Tabela Livros

Atributo faz parte das Chaves Primárias e candidatas

Item que impõem restrições ou inicializam o atributo Item que indica o tipo de

4.1.3 Chave Primária, Chave Estrangeira e Relacionamento entre Tabelas

Usualmente, uma tabela tem um ou mais atributos (colunas) que contém valores que identificam exclusivamente cada linha na tabela. A esse atributo ou atributos, é chamada de chave primária (PK) da tabela e impõe a integridade da entidade da mesma. Como as restrições primary key, garantem dados exclusivos e são frequentemente definidas num atributo de identidade.

Quando se especifica uma restrição primary key para uma tabela, a BD impõe a exclusividade dos dados criando automaticamente um índice exclusivo para os atributos de chave primária. Esse índice também permite um acesso rápido aos dados quando a chave primária é usada nas consultas. Se uma restrição de chave primária for definida em mais do que um atributo, os valores poderão ser duplicados num atributo, mas cada combinação de valores de todos os atributos na definição da restrição de chave primária deve ser exclusiva.

Uma BD relacional raramente é constituída apenas por uma tabela, sendo que quase sempre a informação nela contida encontra-se distribuída por várias tabelas interligadas por campos comuns, ou seja com tipos de dados e valores em comum. Colocar toda a informação numa mesma tabela acarreta certos inconvenientes tais como a presença de campos redundantes, problemas na remoção, inserção e alteração de registos.

A interligação entre duas tabelas processa-se através da importação, para a tabela alvo da ligação, designada de tabela relacionada, da chave primária da tabela de donde parte a ligação, designada tabela principal, estabelecendo-se assim, um relacionamento entre elas. O campo ou conjunto de campos importados pela tabela relacionada designa-se de chave estrangeira (FK). Por sua vez, é possível interligar várias tabelas a uma única tabela, estabelecendo um relacionamento com cada uma delas através do uso de uma chave estrangeira por relacionamento.

Uma FK ou candidata é um atributo ou combinação de atributos usado para estabelecer e impor uma ligação entre os dados de duas tabelas, a fim de controlar os dados armazenados na tabela secundária a partir de uma tabela principal. Quando o valor na coluna da tabela que contém a chave estrangeira corresponde ao valor na coluna da chave primária, cria-se uma ligação entre as tabelas.

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