• Nenhum resultado encontrado

O produto educacional desenvolvido pelo pesquisador a partir de seu trabalho de pesquisa é composto por MD abordando a temática EA. Os MD foram desenvolvidos de acordo com a seguinte sequência:

(i) Objetivo no qual é passado ao professor à importância do assunto e como ele será abordado dentro do módulo.

(ii) Utilização - É sugerido ao docente o momento do Ensino Médio em que se pode trabalhar o tema, com base em conhecimentos compatíveis com a série.

Portanto o produto educacional é dividido em módulos em que cada um deles define primeiramente o efeito ambiental, seu significado e a forma com que deve ser tratado.

2.3.1 Módulos didáticos

O material didático teve o objetivo básico de contribuir para a apresentação da temática ambiental, através da inserção de conteúdos básicos de Química. Para que o professor ao trabalhar tais temáticas, possa proporcionar aos alunos uma melhor compreensão.

Para alcançar este objetivo, os MD possuem uma organização com uma abordagem diversificada a respeito de um determinado tema, mostrando os principais assuntos de Química que podem ser trabalhados na temática ambiental e de que forma a sociedade científica pode minimizar o problema. Os MD foram organizados com a intenção de serem utilizados por professores de Química no EM, fazendo com que intensifiquem seus conhecimentos a respeito de temas que envolvem a EA.

Os MD podem ser utilizados por todo o EB e também contemplam conteúdos de Física, Biologia e Geografia. Dentro da construção deste material didático,

citamos analogias, experimentos (quando possível) e listas de exercícios com gabarito comentado.

2.3.1.1 Conteúdo pré-requisito

Os MD apresentam antes da inserção do tema ambiental, assuntos de Química que fazem parte da grade curricular, que irão auxiliar os alunos a realizarem as conexões com o assunto que segue. Estes conteúdos também têm por objetivo propor ao professor outra forma de abordagem, com ilustrações, esquemas práticos de fácil compreensão para os discentes.

2.3.1.2 Experimentações

Um dos grandes desafios dos educadores de Ciências, nas escolas de nível fundamental e médio é construir uma ligação entre o conhecimento ensinado e o cotidiano do aluno. Segundo Valadares (2001) esta ausência de ligação, gera apatia e distanciamento entre professores e alunos.

O uso de experimentos surge como uma forma de propiciar aos estudantes um melhor entendimento sobre conteúdo trabalhado. Oliveira (2010) destaca algumas vantagens para o uso de experimentos em sala de aula:

(i) Motivar e despertar o interesse dos alunos, principalmente os mais dispersos, através do envolvimento deste estudante na atividade para servir de estímulo a querer compreender o conteúdo trabalhado.

(ii) Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo, a experimentação é uma ótima ferramenta que o docente dispõe para viabilizar uma maior socialização, entre os discentes. Chrispino e Faria (2010, p.9) compactuam com esta ideia:

“O laboratório também é um local de convivência, de troca de ideias, de relacionamento e de discussão de conhecimento à luz de observações experimentais”.

(iii) Desenvolver a criatividade e a capacidade de observar e registrar informações.

(iv) Aprender conceitos científicos, no momento em que o experimento se torna um complemento da aula expositiva.

Entretanto é necessário um planejamento sobre a atividade, analisar os conceitos que serão trabalhados e o que será cobrado dos alunos após a atividade. A avaliação pode ser por meio de relatórios, apresentação dos resultados obtidos ou ainda uma prova escrita.

2.3.1.3 Exercícios propostos

A prática de um assunto teórico, trabalhado em sala de aula, pode ser desenvolvida através da realização de exercícios de fixação sobre o conteúdo. Esta atividade serve como reforço do tema abordado e também como uma revisão do assunto.

O professor ao disponibilizar esta prática, abre espaço para discussões sobre a melhor forma de resolução do exercício. Com isso o docente pode realizar uma análise mais diversificada, não se detendo apenas na resposta correta (caso as questões sejam objetivas), mas mostrando onde está o erro nas alternativas.

Nas questões discursivas, além do conteúdo pode ser desenvolvido um trabalho sobre a importância da escrita, no desenvolvimento do exercício, que o aluno deve justificar e não apenas colocar a resposta. Tal prática proporciona a interdisciplinaridade, ligando os assuntos de Química à redação de Português.

2.3.1.4 Módulo Didático: Efeito estufa e alterações climáticas

No módulo de Efeito estufa e alterações climáticas é tratado primeiramente o que é o efeito estufa, a diferença entre temperatura e calor e como o efeito ocorre. Como ocorre através da retenção da radiação infravermelha, logo, é descrito no módulo o que é a radiação infravermelha com os respectivos comprimentos de onda. Para compreender melhor como ocorre o efeito estufa, é feito um detalhamento de como ocorre à absorção deste tipo de radiação.

Na sequencia é mostrado ações da comunidade científica para minimizar esse problema. Define-se Protocolo de Kyoto, mercado de carbono e o que representa o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Ao final do módulo são sugeridos

exercícios de vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) com o gabarito comentado.

2.3.1.5 Módulo Didático: Utilização de clorofluorcarbonos (CFC) e destruição da camada de ozônio

No módulo de Utilização de clorofluorcarbonos e destruição da camada de ozônio são mostrados os comprimentos de onda do ultravioleta, diferenciados pela subfaixas: UV-C, UV-B e UV-A, com os efeitos biológicos referentes a cada tipo de ultravioleta. É definido o que é a camada de ozônio, sua localização e importância, como ocorre à formação do ozônio na estratosfera e sua depleção através dos CFCs. No módulo são descritas as reações que geram o buraco na camada de ozônio na Antártida. São mostradas também algumas substâncias que estão sendo utilizadas como substitutas dos CFCs.

Neste módulo é explicado também à importância e a atuação dos filtros solares na absorção da radiação ultravioleta. Ao final do módulo são inseridas questões de vestibulares com gabarito comentado.

2.3.1.6 Módulo Didático: Chuva ácida

O módulo de chuva ácida inicia com as reações de óxidos ácidos com água, bem como a origem destes óxidos, justificando também que a chuva já é levemente ácida devido à reação do gás carbônico (CO2) com água que leva a formação do ácido carbônico (H2CO3). Por essa razão a chuva apresenta um pH em torno de 5,6 e valores inferiores a 5,0 a chuva é considerada realmente ácida (DA ROCHA, 2001).

Os óxidos de nitrogênio e de enxofre, que também contribuem para a chuva ácida, são descritos no módulo, sendo explicado também que as reações que levam a formação destes óxidos no meio são devido à ação humana. O módulo relata os efeitos da chuva ácida para a sociedade. No final do MD, além de questões com gabarito comentado, são sugeridos dois experimentos para realização no laboratório da escola: um sobre óxido básico e o outro sobre a formação da chuva ácida.

2.3.1.7 Módulo Didático: Água- Poluição e tratamento

No módulo que trata dos problemas de poluição da água se define

primeiramente a importância da água para a manutenção da vida a partir do ciclo da água, sendo citados e especificados os diferentes tipos de poluição que a água pode ter. A partir deste momento o módulo detalha o tratamento das águas para uso doméstico e dos esgotos para retorno a fonte. O MD ressalta também a importância para a saúde humana de uma água devidamente tratada.

A Companhia Riograndense de Saneamento Básico (CORSAN) foi a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) analisada, na cidade de Santa Maria – RS, no qual é descrita a sequencia de tratamento com fotos do local para auxiliar na melhor compreensão e visualização dos processos. Ao final do módulo, além das questões com gabaritos comentados, são especificados quais são os parâmetros de qualidade da água de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA).

Os quatro MD estão apresentados na íntegra pelos APÊNDICE A, B, C e D.

Documentos relacionados