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O quadro da evolução diacrônica das Construções

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Art Adj* monte Dem chuva

6.4 O quadro da evolução diacrônica das Construções

Considerando os dados do Corpus do Português, comparamos abaixo a ocorrência do grupo de Determinantes por nós estudada e que expressam Grande Quantidade em Português.

Muito Muitos Muita Muitas Chuva de

Monte de Séc. 14 0.00222 0.01155 0.002187 0.009278 0 0 Séc. 15 0.0042086 0.046 0.011157 0.041864 0 0.00063 Séc. 16 0.0319628 0.074115 0.054266 0.075674 0 0.000214 Séc. 17 0.0134273 0.080152 0.020178 0.052303 0 0.000815 Séc. 18 0.0040541 0.069313 0.017551 0.057 0.00008909 0.000573 Séc. 19 0.0130435 0.02624 0.022196 0.028227 0.000510309 0.000351 Séc. 20 0.00709 0.032368 0.018335 0.030956 0.00026867 0.000846

Os números acima registram a frequência dos Quantificadores frente a todas as demais tokens que compõem o Corpus do Português. O gráfico abaixo ajuda na visualização da comparação na participação dos Quantificadores ao longo dos séculos:

FIGURA 40 Quadro comparativo das ocorrências dos Quantificadores e CQNs ao longo dos séculos

O quadro da evolução diacrônica do uso dos Quantificadores e das CQNs monte

de N e chuva de N ao longo dos séculos indica, com clareza, alguns fatores importantes

que podem ser verificados na produção e na expressão da Quantificação em Português:

(i) Considerando-se a linguagem como um sistema probabilístico, no qual a incidência da ocorrência de certas combinações indica o que uma comunidade de falantes de uma língua efetivamente usa, podemos apontar que, independentemente do fato de as Construções Monte de N e Chuva de N serem geradas como Construções anômalas, produtos de um desencontro sintático e semântico na combinação entre N1 e N2, os falantes do Português, desde o século

15, licenciam essas Construções para a expressão de Quantidade em Português.

(ii) A emergência dessas novas formas de Quantificação Nominal, em que a produção deriva da utilização de Nomes cujas estruturas de Qualia contêm um esquema imagético relacionado a metáforas primárias associadas a experiências sensório-motores e que são imediatamente acessáveis pelo inconsciente coletivo da comunidade de falantes, pode ser resultante de uma demanda pela emergência de expressões alternativas para a Quantificação: como se vê pelo gráfico (FIGURA 40), há uma queda no uso de Muito (e de Muita, por tabela), que é recrutado também para o uso adverbial.

(iii) Considerando-se a definição do processo de gramaticalização, tal como o descrevemos na seção 2.4 , as ocorrências simultâneas das formas Muito-Muita-

Muitos-Muitas e das expressões nominais para a Quantificação, as CQNs Monte de N e Chuva de N e todas as suas expressões alternativas (enxurrada de N, onda de N, montão de N, montinho de N, porrada de N, caminhão de N) indicam que

está em processo a gramaticalização de outras Construções para a expressão de Grande Quantidade de Nomes em Português: as formas mais antigas (Muito-

Muita-Muitos-Muitas) coexistem com as formas mais novas (as CQNs), da

mesma maneira que, no Inglês, a forma a lot of coexiste com as formas many e much na marcação da Quantidade de Nomes Contáveis e Massivos.

Retomando, com Hopper e Traugott (2004, p.3-8), agora que já se concluiu a análise da composição e do funcionamento sintático e semântico das CQNs investigadas, podemos identificar, na emergência dessas novas estruturas, algumas das características principais do processo de gramaticalização em uma língua:

(a) a gramaticalização envolve a troca do significado lexical pelo significado gramatical;

(b) a gramaticalização cria novos instrumentos para a linguagem, ao invés de simplesmente modificar aqueles já existentes;

(c) o processo de gramaticalização não funciona na perspectiva meilletiana de igualar mudança com a deterioração: nem as formas que estão sendo substituídas precisam ser ostracizadas do sistema, nem a demanda pela renovação significa que o sistema linguístico está em crise;

(d) durante o processo de gramaticalização, as formas mais velhas e as formas mais novas coexistirão em um processo de sedimentação em camadas. É também interessante observar a participação de cada um desses Quantificadores quando eles são comparados em um universo total de 100% de frequência de seus usos. O cálculo das percentagens no QUADRO 20, a seguir, foi efetuado sobre a frequência de uso das ULs Muito, Muita, Muitos e Muitas e das expressões Monte de N e Chuva de N como Quantificadores, em uma participação totalizada em 100%. O cálculo foi realizado através da totalização das frequências gerada pelo Programa R sobre os exemplos atestados do Corpus do Português.

MUITA MUITAS MUITO MUITOS

CHUVA de MONTE de séc14 10,23% 34,87% 10,63% 44,17% 0,00% 0,00% séc15 14,56% 39,98% 6,38% 38,37% 0,00% 0,97% séc16 35,61% 45,50% 5,24% 13,17% 0,03% 0,43% séc17 19,85% 26,36% 16,02% 37,15% 0,00% 0,60% séc18 19,02% 43,07% 6,19% 31,00% 0,12% 0,83% séc19 30,56% 35,31% 6,03% 24,27% 2,49% 1,33% séc20 25,97% 25,39% 7,68% 19,36% 2,00% 3,81% Quadro 20

que pode ser assim diagramado:

Os dados acima registram a emergência e a mudança no curso das CQNs para a consolidação das CQNs nos últimos séculos, especialmente quando o Sintagma Determinante é composto com monte de, cuja frequência demonstra a sua regularidade e aponta para um crescimento em seu uso no século XX.

A análise das CQNs monte de N e chuva de N detalhada na seção anterior aponta para uma outra motivação suficientemente relevante e sólida para justificar a emergência dessas Construções e a consolidação de seu uso no sistema, e que é aquela a que se refere Michaelis para tratar do aparecimento de novas formas de Quantificação em Inglês: em primeiro lugar, essas Construções surgiram porque já existiam implicaturas para a Quantificação; em segundo lugar, a demanda por essas novas expressões e o crescimento na frequência de seu uso estão imediatamente relacionados ao fato de que elas são mais

econômicas e mais fáceis para a expressão da Quantificação (monte de N e chuva de N

são neutros para a combinação dos Traços de seus Núcleos e de seus Complementos, não oferecendo restrições à combinação com N2).

FIGURA 41 Representação comparativa do surgimento e evolução no uso dos Quantificadores e CQNs, a partir dos

Como a demanda por formas mais econômicas e mais fáceis/ mais claras é uma demanda frequente dos usuários de um sistema linguístico, constituindo-se em uma rotina pragmática, é bastante provável que essas formas venham a ser, a médio prazo, inteiramente gramaticalizadas/lexicalizadas em Português, conforme os dados já apontam.

7. CONCLUSÕES

Esta tese analisa dois subtipos de Construção de Quantificação Nominal em Português, ambas emergentes do uso e ambas motivadas metaforicamente, a saber monte

de N e chuva de N.

A motivação metafórica que desencadeou seu uso, e, depois, sua relativa consolidação no sistema, é constatável, na análise de sua ocorrência em corpora, pelos vieses que se manifestam em sua instanciação: chuva de prefere quantificar Projéteis ou Informações; monte de prefere quantificar Entidades (Humanas ou Inaninadas) delimitadas, e que se amontoam.

Ponto para George Lakoff e para todos que o acompanham em postular uma base metafórica para a conceptualização abstrata e, particularmente, para a conceptualização gramatical.

O estudo da evolução diacrônica destas expressões de Quantificação revela que elas emergem do uso e que no uso é que se processa a dupla Coerção que constatamos em seus constituintes.

A complementação metafórica dos Nomes monte e chuva altera sua estrutura de Qualia, persistindo apenas o Quale Formal, que herda o esquema imagético de seu domínio-fonte. De outro lado, uma vez afloradas as novas Unidades Lexicais ( os lexemas monte e chuva, evocando a partir de esquemas diferentes o domínio-alvo da Quantidade), passam elas a desempenhar uma outra função lingüística, preenchendo na Construção Nominal o slot do Determinante e coagindo, nessas condições, o N2 da

Construção, agora designativo da Situação ( Entidade ou Evento) Quantificável.

É nesta nova característica, que torna os Nomes monte e chuva inaccessíveis à marcação temática, que os pesquisadores da FrameNet os denominam “Nomes Transparentes”.

A obsessão anotatória que move a construção da FrameNet não deve, entretanto, nos cegar para o fato de que, inaccessíveis à marcação temática, aqueles lexemas são ainda conceptualmente relevantes, de tal modo que pragmaticamente preferimos “um

monte de motoristas” a “uma chuva de motoristas” quando se trata de referir quem

empresa” se quisermos sublinhar o movimento físico realizado pelas Entidades

Quantificadas...

As diferenças sintáticas exibidas entre os dois tipos de Quantificadores ( em termos da possibilidade de sua instanciação isolada como Determinante ou como elemento-gatilho da Concordância Verbal) ressalta, mais uma vez, que é do uso que surge o sistema: daí ser “a langue” que estudamos mais heteróclita e “desencontrada”do que jamais supôs a leitura “normalizada”(escolar) do Curso de Linguística Geral.

De outro lado, a vivacidade da motivação metafórica e o desencontro patente entre o Núcleo Sintático e a sua complementação nos mostram também o caráter mesclado desta Construção, cuja interpretação recruta os atributos sintático-semânticos de seus constituintes, integrados, porém, em um todo que é maior do que a soma de suas partes.

Identificar estas dimensões no fenômeno, lavrar este campo problemático, são ações teóricas tornadas possíveis por uma nova forma de pensar sobre a linguagem – que a estuda como a rede de símbolos, sustentada no uso e pelo uso criada.

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Apêndices

Apêndice I

Quantity

Definition:

This frame contains transparent nouns (and some adjectives) denoting quantities of a Mass or of Individuals. As opposed to aggregate words such as group, set, these Quantity do not have a status as Wholes on their own. Initially, at least, we annotate both Quantity of Masses and of Individuals in this frame, though we may split the frame along these lines later on.

He found them in the DELUGEof papers on his desk.

FEs:

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