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O que são sequência pedagógica e sequência ginástica?

No documento Autoras: Colaboradores: (páginas 70-91)

Sequência pedagógica é a sucessão de movimentos, naturais ou construídos, visando a um objetivo; a ordem deles acontece de acordo com a importância e a dificuldade. Sempre se deve ensinar do simples para o complexo. Ela é dividida em estágios de desenvolvimento. Os objetivos visados são:

• aluno: ele imagina a ação, tenta, experimenta, imita, descobre, constata, avalia e seleciona como deve ser feita;

• professor: ele orienta, incentiva, ajuda quando necessário, julga e corrige.

Lembrete

Sequência ginástica é uma sucessão de deslocações que se ligam de forma harmoniosa utilizando os fundamentos básicos da ginástica e que são somadas às habilidades motoras.

6 CAPACIDADES FÍSICAS

O desenvolvimento das capacidades físicas está ligado à ginástica como um meio, ou seja, como um instrumento para desenvolvê‑las, devido à sua importância em nível orgânico. São possibilidades motoras naturais e adquiridas, podendo‑se realizar esforços de acordo com cada indivíduo.

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Na educação física os movimentos corporais realizados nos seus conteúdos e até mesmo os do dia a dia dependem do desenvolvimento dessas capacidades físicas, para que as ações se tornem de fácil execução, sem nenhum tipo de transtorno.

Por isso uma das funções da educação física é o desenvolvimento das capacidades físicas (habilidades motoras), e a ginástica se torna um meio para desenvolvê‑la.

Souza e Ayoub (2012) dividem as capacidades físicas ou motoras em três grupos, a cujos exercícios ginásticos podemos recorrer para ensinar:

• primeiro: força, velocidade, resistência e potência;

• segundo: coordenação motora, flexibilidade corporal, equilíbrio motor;

• terceiro: orientação cinestésica, espaçotemporal, estruturação do esquema corporal, expressão corporal. Veremos agora as capacidades do primeiro e do segundo grupo; as do terceiro veremos em outra oportunidade.

6.1 Força

“[...] É a habilidade de um músculo ou grupamento muscular de vencer uma resistência, produzindo tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar[...]” (Tubino, 1992, p. 20).

É o resultado de processos de inervação e de utilização de substâncias energéticas na musculatura, dos quais ressaltamos:

• força dinâmica: quando o fator determinante do movimento tem a intensidade da resistência a ser vencida, e não a velocidade de execução. Suporta o peso do próprio corpo em deslocamentos repetitivos; • força isométrica: quando não há produção de trabalho ou deslocação. Há produção de força, mas

ela é estática;

• força explosiva: quando se exerce o máximo de energia em uma ação explosiva.

6.2 Velocidade

“[...] Qualidade particular do músculo e das coordenações neuromusculares que permite uma sucessão rápida de gestos [...]” (Tubino, 1992, p. 30).

Pode ser de intensidade máxima e duração breve ou muito breve. Há três tipos:

• velocidade de deslocamento, que é a capacidade máxima de uma pessoa mover‑se de um ponto ao outro;

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• velocidade de reação, que é a rapidez com a qual um indivíduo é capaz de responder a um estímulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser iniciada a resposta a um estímulo recebido; • velocidade de membros, que é a habilidade de mover membros superiores e/ou inferiores tão

rápido quanto possível.

6.3 Resistência

Qualidade em realizar um esforço continuado, reagindo contra uma fadiga, durante um determinado tempo. Existem diferentes tipos de resistência; cada um exigirá a utilização de uma determinada fonte de energia. Destacaremos a seguir alguns deles:

• resistência aeróbia: permite manter, por um determinado período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra‑se com sua absorção, sendo os esforços de fraca e média intensidade; • resistência anaeróbia: possibilita preservar, por um prazo definido, um esforço em que o consumo

de O2 é superior a sua absorção, acarretando um débito que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços de grande intensidade;

• resistência muscular localizada (RML): capacidade individual de realizar em um maior tempo possível a repetição de um movimento estabelecido, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a habilidade de repetir várias vezes uma tarefa igual utilizando‑se baixos níveis de força. É a possibilidade de o músculo trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo.

6.4 Potência

O conceito de potência emitido pela física é igual à força multiplicada pela velocidade. Para a atividade física, o sinônimo corrente de potência é a força explosiva, ou seja, a quantidade de trabalho feito na unidade de tempo.

6.5 Coordenação

Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo de esforço. Constitui‑se uma atividade psicomotora indispensável em todas as habilidades desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de educação física desde os primeiros níveis. A repetição contínua de deslocamentos combinados melhora gradualmente a coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do sistema nervoso e do muscular, mostrando‑se as deslocações coordenadas, amplas e econômicas, sem desnecessárias contrações.

É a integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética em um movimento ou em uma sequência deles. O deslocamento está integrado aos comandos mentais, é um processo que envolve reflexão/ação. Coordenação motora associa corpo e mente.

Revisão: Kleber - Diagr amação: Már cio - 06/0 7/20 16 6.6 Flexibilidade

“Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude articular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesão” (Dantas, 1998, p. 173).

É a propriedade motora que permite realizar ações em nível articular; estruturalmente a flexibilidade depende dos músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular, estrutura óssea e pele, que são fatores limitantes. A flexibilidade envolve a mobilidade articular (movimento das articulações) e a elasticidade muscular (alongamento dos músculos).

Segundo Zilio (1994), a flexibilidade pode ser dividida em:

• flexibilidade ativa: quando a ação sobre determinada articulação é exercida por forças internas do próprio indivíduo;

• flexibilidade passiva: quando o funcionamento sobre determinada articulação é exercido por forças externas ao corpo do executante, como um auxiliar, pesos ou outra forma de auxílio. O alongamento não se trata de um tipo de ginástica, mas de um exercício físico que possui determinada especificidade, podendo ser utilizado como preparatório para outras práticas corporais, assim como para ginástica.

Saiba mais

Para mais referências sobre os tipos de flexibilidade, consulte a obra: ZILIO, A. Treinamento físico: terminologia. Canoas: Ulbra, 1994.

6.7 Equilíbrio

“[...] Qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade [...]” (Tubino, 1992, p. 41). O equilíbrio é uma das capacidades motoras mais importantes, pois precisamos dele nas ações do dia a dia, como andar, ficar em pé ou mesmo para andar de bicicleta.

O equilíbrio é a capacidade de sustentar o corpo em qualquer posição contra a força de gravidade. Ele ocorre da seguinte forma:

• equilíbrio estático: adquirido em determinada posição; • equilíbrio dinâmico: obtido durante o movimento;

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• equilíbrio recuperado: explica a recuperação da estabilidade após o corpo ter estado em deslocamento.

Observação

Os principais órgãos do corpo responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto do ouvido interno e o cerebelo, que têm influência no equilíbrio por serem responsáveis pela coordenação de todos os movimentos.

Resumo

Ao finalizarmos esta unidade, vimos que a ginástica geral surge primeiro como uma manifestação popular que visa a participação de um grande número de adeptos, sem que antes tenha havido alguma organização ou sistematização de metodologia para a sua prática.

No Brasil, somente a partir da década de 1980 é que a ginástica geral passa a ser desenvolvida com alguma ênfase depois da criação de grupos ginásticos em diferentes partes do país e também da implantação do comitê técnico de ginástica geral pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

A inexistência de elementos corporais obrigatórios amplia significativamente as possibilidades criativas da ginástica geral, pois não há “protocolos” a serem seguidos. E quando falamos dos benefícios, estamos nos referindo também a diversos aspectos como a participação de todas as idades, a valorização da cultura e a interação social dos participantes.

Precisamos entender como funciona a estrutura da ginástica, nos grupos em que se faz necessária a divisão para que as ginásticas fiquem agrupadas de acordo com a sua funcionalidade, com sua competitividade ou não, com as regras estabelecidas ou não, se são simplesmente de consciência corporal, ou se é mais de um grupo ao mesmo tempo, pois algumas podem pertencer a mais de um grupo simultaneamente. Se estiver na dúvida reveja esses grupos na unidade.

Partindo dessa estrutura, vimos as ginásticas que são pertencentes ao comando da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Falamos de forma resumida da ginástica aeróbica, depois abordamos a ginástica acrobática, a ginástica de trampolim, que é mais conhecida como “cama elástica”, e que muitos confundem pela sua nomenclatura, além de ter outras provas nessa modalidade desconhecidas até então. Depois abordamos a

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ginástica rítmica e ginástica artística, duas modalidades olímpicas, que são muito confundidas por todos: estudantes, pais e leigos. Abordamos de maneira bem resumida, para que os alunos tenham uma ideia sobre elas, facilitando assim a compreensão principalmente de suas nomenclaturas. Cada uma das modalidades tem suas regras específicas e seus códigos regidos e regulamentados pela FIG. Além da ginástica artística e da rítmica pertencerem ao ciclo olímpico, a ginástica de trampolim entrou nesse ciclo recentemente, mas a ginástica acrobática e a ginástica aeróbica ainda não, havendo somente os campeonatos mundiais.

O desenvolvimento dos fundamentos da ginástica, como as habilidades de locomoção, de estabilização e de manipulação, são muito importantes para serem trabalhados desde a infância, para a melhoria das habilidades básicas motoras. Essas habilidades, quando bem‑trabalhadas, são responsáveis por toda a base das ginásticas e, por consequência, de outras modalidades.

Exercícios

Questão 1. A inclusão de crianças em programas de iniciação esportiva em ginástica artística é

cada vez mais precoce: com cerca de 5 anos a pessoa inicia o aprendizado das capacidades específicas e gerais para a ginástica artística. Nesse contexto, as sessões não devem exigir a execução perfeita do movimento, mas a exploração das atividades, respeitando as características dos indivíduos do ponto de vista quantitativo, quanto cada um consegue fazer, e qualitativo, como cada um consegue executar a mobilidade. A ginástica pode contribuir com os aspectos motor e cognitivo, pois através dela as crianças aprendem mais sobre seu corpo, suas possibilidades de deslocamento e os problemas práticos estimulam a capacidade de analisar, sintetizar e avaliar o movimento; e o afetivo, pois desenvolve a capacidade de apreciação e de senso estético, estimula a criatividade através da combinação de dinâmicas diferentes e desafiadoras, despertando qualidades como perseverança e coragem (NUNOMURA; TSUKAMOTO, 2009).

O texto prévio aborda a questão da iniciação esportiva em ginástica artística. Ele defende o seguinte ponto de vista:

A) A iniciação esportiva precoce das crianças na ginástica artística pode gerar prejuízos à saúde em função do excesso de estímulos de alta intensidade, que podem gerar lesões tendíneas, musculares e articulares, interferindo no crescimento normal das praticantes.

B) A formação de um atleta de ginástica exige muitas horas de treinamento com a repetição de grande volume de movimentos, buscando a execução perfeita dos padrões técnicos referenciados pela performance esportiva.

C) A experiência qualitativa do movimento feita de forma precoce visa formar padrões gradativamente mais maduros, desenvolvendo aspectos motores e mentais da criança através de atividades desafiadoras.

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D) As crianças não devem ser inseridas de forma precoce na especialização esportiva, tendo em vista que os padrões de prontidão maturacional não se encontram adequados à assimilação das demandas físicas e psicológicas da experiência competitiva de desempenho.

E) A ginástica artística deve ser estimulada nas crianças menores como forma de enfatizar as atividades rítmicas e coreografadas, focando no componente artístico e cultural.

Resposta correta: alternativa: C.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: o texto não fala sobre excesso de treinamento, apenas reforça a prioridade na qualidade do movimento, e não na quantidade.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: o texto defende a individualidade de cada praticante e reforça a importância da qualidade do movimento, e não a quantidade.

C) Alternativa correta.

Justificativa: a experiência qualitativa e plural estimula aspectos físicos e cognitivos, tais como a coragem e a perseverança.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: o texto não enfoca a questão do desempenho esportivo e do excesso de treinamento, fala apenas das qualidades da inserção de uma vivência qualitativa para o desenvolvimento da criança.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: apesar de denominar‑se ginástica artística, essa atividade não se resume na expressão rítmica e coreografada; trabalha diversas capacidades físicas e padrões diversos de movimentos, além de adaptações cognitivas referentes à reflexão e à resolução de problemas associados ao movimento.

Questão 2. A ginástica artística é uma modalidade olímpica. Atualmente a FIG (Federação

Internacional de Ginástica) organiza anualmente a Copa do Mundo de Ginástica Artística, além de campeonatos mundiais e jogos olímpicos. As provas da ginástica artística são distintas para homens e mulheres. Quais são as provas de cada uma das categoriais?

A) Feminino: trampolim acrobático, solo, argolas, trave de equilíbrio e barras paralelas assimétricas; masculino: cavalo com alças, solo, salto sobre a mesa e barra fixa.

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B) Feminino: solo, salto sobre a mesa, paralelas simétricas e trave de equilíbrio; masculino: cavalo com alças, trampolim acrobático, salto sobre a mesa, argolas e solo.

C) Feminino: solo, barras paralelas assimétricas, cavalo com alças, trave de equilíbrio; masculino: solo, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas.

D) Feminino: barras paralelas assimétricas, salto sobre a mesa, solo, trave de equilíbrio; masculino: solo, cavalo com alças, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas, barra fixa.

E) Feminino: salto sobre a mesa, solo, barra fixa, trave de equilíbrio, salto sobre a mesa; masculino: salto sobre o cavalo, barras assimétricas, argolas, solo.

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Unidade III

7 FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA II 7.1 Habilidades de locomoção

As formas básicas de locomoção são definidas como as habilidades básicas que o homem utiliza para se deslocar de um ponto ao outro, ou seja, como ele se movimenta para chegar de um lugar ao outro. Pode ser uma atividade do dia a dia, mas também base do desenvolvimento das modalidades esportivas. As formas básicas de locomoção são: andar, correr, saltar, saltitar e quadrupejar.

Segundo Tani (1988, p. 87) “o andar é reconhecido como o primeiro padrão à organização complexa de movimento, com contínua perda e ganho de equilíbrio dinâmico, havendo alternância entre as fases de ação da perna e as fases de apoio. Há também uma fase de duplo apoio, importante para a manutenção do equilíbrio, que tende a desaparecer quando a velocidade de locomoção aumenta (TANI, 1988, p. 75)”.

O andar é o deslocamento do corpo de forma harmônica, coordenada, equilibrada, e dá‑se pela alternância dos passos e é constituído de dois estágios, que são a transferência de peso do corpo de uma perna para a outra; ocorre impulso da perna de trás quando o pé empurra o solo para trás e para baixo. Caracteriza‑se por ter um dos pés sempre em contato com o chão. O movimento dos pés no andar vai do calcanhar, passando pelo bordo externo, até os artelhos. No andar ocorre uma projeção do centro de gravidade para frente, a cabeça tende a estar dirigida para frente, os braços tendem a ficar em movimento pendular alternados com o movimento das pernas, e a coluna, ereta (PEREIRA, 2005).

Em seus estudos sobre desenvolvimento motor, Tani (1988, p. 76) define: “o correr é uma extensão natural do andar e se caracteriza por uma fase de apoio e uma fase aérea ou sem apoio”.

Segundo Peuker (1973, p. 42): “correr é a execução de um deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para o outro, com a perda momentânea de contato dos pés no solo”.

Segundo Gallahue (2005, p. 224), a “corrida envolve um breve período sem contato com a superfície do solo”. O autor explica que “a corrida é uma forma exagerada de caminhada. Difere dela porque existe uma breve fase aérea em cada passada, na qual o corpo fica sem contato com a superfície de apoio”, que é o solo.

Todavia, para Hurtado e Guilhermo (1987, p. 42), “a corrida é uma manifestação primária e natural do exercício. É uma forma de movimento básico para a realização de uma atividade muscular, respiratória e circulatória, conforme as distâncias a percorrer”.

Segundo Tani (1988, p. 77), “o objetivo do saltar é impulsionar o corpo à frente e/ou acima, através da ação de uma perna ou de ambas em conjunto, com ação efetiva dos braços para impulsão, fase de voo e aterrissagem”.

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O saltar é caracterizado pelo tipo de movimento realizado quando o corpo se afasta do solo em grande proporção, procura vencer a força do corpo, as leis da gravidade para atingir determinada distância e altura. O saltar representa três fases: a primeira é a saída do solo que se dá através do impulso, a segunda através da permanência no ar onde se dá o tipo do salto, e a terceira é a descida ao solo com o molejar (PEREIRA, 2005).

Durward (2001, p. 136) diz que “o saltar pode ser considerado como uma extensão natural da corrida que, por sua vez é uma extensão da locomoção”.

O autor ainda diz que “saltar constitui uma atividade muito complexa em termos de coordenação das articulações do membro inferior e da produção de grandes forças de reação do solo tanto na direção vertical quanto na horizontal” (DURWARD, 2001, p. 144).

Fraccaroli (1977, p. 69), explica que o salto “consiste em uma projeção da massa do corpo para cima e para frente, fazendo‑o percorrer um certo período de tempo suspenso no espaço”. Ele também classifica os saltos como vertical e horizontal. No salto vertical “o corpo é animado apenas em uma velocidade dirigida para cima e, oblíquo, quando é resultante da composição de duas velocidades, uma vertical dirigida para cima e outra horizontal dirigida para frente; ambos podem ser executados parados ou em movimento”.

Segundo Peuker (1973, p. 51), “o saltito é um salto em miniatura. A fase de permanência no ar é curta. A primeira fase, a saída do chão, recebe menos impulso; e a chegada, o molejo, também é mais suave”.

O saltito é um salto de pequena elevação e amplitudes menores, com pouco afastamento do corpo em relação ao solo. Apresenta inicialmente uma saída do solo com um pequeno impulso, o movimento propriamente dito que caracteriza o saltito e a chegada ao solo acompanhada de um molejo (PEREIRA, 2005).

O coletivo de autores (1992, p. 78) definiu o rolar como “dar voltas sobre o eixo do próprio corpo”, executando movimentos em forma de rodas.

O rolar é dar giros sobre o eixo do próprio corpo, é deslocar‑se sobre si, fazendo voltas.

A quadrupedia pode ser descrita como uma forma básica de locomoção, de deslocamento do corpo em quatro apoios, sendo com os dois pés e as duas mãos, como o imitar do andar dos animais quadrúpedes.

Palláres (1983, p. 76) a partir de seus estudos sobre atividades rítmicas, definiu “quadrupejar como andar com quatro apoios”. O número de apoios é atribuído conforme o número de articulações em contato com a base de apoio, no caso do quadrupejar, andar de quatro, duas articulações do punho e duas dos pés que ficam em contato com o solo.

Nas aulas de ginástica, podemos ensinar e trabalhar as formas básicas de locomoção, com objetivos diferenciados, desenvolvendo as capacidades motoras diferenciadas, pois a vivência enriquece o vocabulário motor da criança. Quanto mais diversidade de movimentos desenvolvidos na base da criança, melhor será o seu desempenho nas atividades físicas posteriores.

Revisão: Kleber - Diagr amação: Már cio - 06/0 7/20 16 7.2 Habilidades de estabilização

As habilidades de estabilização são definidas como habilidades de manutenção do corpo, quando o corpo se mantém em uma posição estática, vencendo a força da gravidade. Não há movimento da base de apoio, e o centro de massa permanece dentro da base de apoio.

Observação

Centro de massa = centro de gravidade O centro de massa pode ser definido como:

• o ponto de equilíbrio do corpo;

• o ponto no qual toda a massa do corpo está igualmente distribuída; • o ponto em torno do qual o corpo gira;

• a intersecção dos três eixos corporais primários.

Algumas modalidades ginásticas utilizam as habilidades de estabilização como uma de suas características principais, ou seja, há necessidade em se executar, como podemos perceber na ginástica acrobática e na ginástica artística, no qual os movimentos estacionários (estáticos) têm vital importância para os bons resultados de

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