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O REINADO DO TERROR

No documento ÍNDICE ASSUNTO: PÁGINA (páginas 66-68)

Sérgio Charlab Tenho pena do Unabomber.

Falo do norte-americano - que já matou três pessoas e feriu outras 26 com cartas-bomba em 17 anos de terror - e não desta tosca versão brasileira. No dia 21 de setembro, os jornais The New York Times e Washington Post publicaram 35 mil palavras de um enorme manifesto do Unabomber (disponível na Internet a partir de

http;// www.paranoia.com/ coe/resources/fc/fc.html), chamado “Industrial Society

and Its Future”. A publicação foi exigência dele, que assim se comprometeu a pôr fim

às suas bombas.

O Unabomber condena a sociedade tecnológica. Para entender sua filosofia, é preciso voltar à Inglaterra do Século 19, entre 1811 e 1816, quando artesãos, espe- cialmente em Nottingham, se reuniram e destruíram máquinas têxteis, num movimen- to que ficou conhecido como Luddite. Assim, combatiam a então nascente Revolução Industrial. Os Luddites temiam que as máquinas fossem substituir seus empregos.

Como você e eu sabemos, eles estavam certos. (. . .)

Os argumentos do Unabomber são os principais existentes hoje contra a Revo- lução da Informação que estamos vivendo. É o medo de que a tecnologia apagará algo de fundamental da humanidade. Nossa sociedade está se dividindo em duas classes: a dos que têm habilidade com a tecnologia e a dos que não têm. Os primei- ros poderiam transformar-se na classe dominante, mas representam apenas 1%. A maioria, portanto, poderá acabar com este 1% antes que seja dominada. E os Luddites de hoje poderão ter mais sucesso do que os do passado.

Eu estaria muito assustado com estas reflexões se não acreditasse que é pos- sível sair desse impasse educando os Luddites. Temos feito muito pouco para ensi- nar as novidades tecnológicas. Usamos jargão, escrevemos sobre Informática em cadernos separados dentro dos jornais e publicamos revistas que são colocadas nas bancas lado a lado com outras da mesma área. Segregamos a informação tecnológica. É hora de ensinar. Do contrário, corremos o risco de ver cada vez mais bombas explodirem por aí.

(Jornal do Brasil - 10/10/95.) 5 10 15 20 25

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780. Os jornais “The New York Times” e “Washington

Post” aceitaram publicar o manifesto de Unabom- ber, porque queriam:

a) satisfazer a curiosidade de seus leitores. b) contribuir para a cessação dos ataques dos terro-

ristas.

c) assumir o risco de serem os destinatários de car- tas-bomba.

d) continuar a ser os dois jornais mais importantes dos Estados Unidos.

e) atender às pressões do governo americano na sua tentativa de isolar o terrorista.

781. Pelo texto, pode-se concluir que os Luddites de hoje caracteriza-se por:

a) serem opositores à Revolução Industrial. b) terem fracassado, nessa nova luta reacionária. c) desistirem de lutar contra a Revolução da Infor-

mação.

d) temerem a perda de características humanas por causa da tecnologia recente.

e) quererem evitar a divulgação dos recentes progres- sos tecnológicos nos órgãos da mídia.

782. O “reinado do terror” faz referência: a) ao medo da violência da sociedade atual. b) à sociedade do século 19 e às máquinas modernas. c) à certeza de que outros Luddites não surgirão na

sociedade.

d) ao medo de bombas e ao receio de que a tecnolo- gia apague fundamentos da humanidade. e) ao receio sentido por aqueles que não têm habili-

dade com a tecnologia diante dos que a têm. 783. Pela leitura do texto conclui-se que:

a) o Unabomber ficou conhecido como Luddite. b) os artesãos ingleses queriam preservar suas em-

presas.

c) as máquinas substituíram os empregos dos

Luddites do passado.

d) os jornais publicaram um manifesto combatendo tendo a Revolução Industrial.

e) os que têm habilidade com a tecnologia são mai- oria, na sociedade atual.

784. Para o problema dos Luddites de hoje, o autor do artigo crê que a solução é:

a) segregação das informações tecnológicas. b) uso de um jargão próprio para a nova ciência. c) ensino, para todos, das novidades tecnológicas. d) combate aos terroristas mais agressivos, como o

Unabomber.

e) aparecimento, na sociedade, de outras classes em oposição aos Luddites.

785. Das frases abaixo, a que apresenta os pronomes empregados corretamente, de acordo com a re- gência verbal, é:

a) Já recuperei o material de que você aludiu. Veja o romance de que sempre gosto de ler.

b) Já recuperei o material a que você aludiu. Veja o romance de que sempre gosto de ler.

c) Já recuperei o material cujo você aludiu. Veja o romance de que sempre gosto de ler.

d) Já recuperei o material que você aludiu. Veja o romance a que sempre gosto de ler.

e) Já recuperei o material a que você aludiu. Veja o romance que sempre gosto de ler.

786. Nas frases abaixo, os termos sublinhados foram substituídos por um pronome pessoal. A substi- tuição está incorreta na seguinte alternativa: a) Vou buscar o livro. / Vou buscá-lo.

b) Esqueci o dia do seu aniversário. / Esqueci-o. c) Eles perderam nossos cartões de inscrição. Eles

os perderam.

d) Os operários solicitaram aumento ao diretor . / Os operários solicitaram-no aumento.

e) As autoridades vão manter aquele advogado no cargo. / As autoridades vão mantê-lo no cargo. 787. No último parágrafo do texto a forma verbal explo-

direm (L. 28) está no:

a) infinitivo flexionado; d) imperativo afirmativo; b) futuro do indicativo; e) presente do indicativo. c) futuro do subjuntivo;

788. O pronome sublinhado se indica reprocidade de ação na seguinte frase:

a) Necessita-se de pedreiros.

b) O menino se feriu na mão esquerda. c) Eles se queixaram ao diretor da escola. d) Alugam-se apartamentos por temporada. e) As duas senhoras se abraçaram, alegremente. 789. A alternativa que apresenta erro quanto à flexão

de número é: a) mal – males. b) troféu – troféis. c) cidadão – cidadãos. d) charlatão – charlatães. e) transistor – transistores.

790. Há erro no uso das vírgulas, segundo os padrões da língua culta, em:

a) Os primeiros obstáculos, apesar de tudo, foram superados.

b) Ele pertence à classe dominante, mas não parti- lha de sua ideologia.

c) Escrever programas para computadores, é uma atividade complexa.

d) Unabomber, terrorista perigoso, sabe utilizar-se

bem dos progressos tecnológicos.

e) Os operários combatiam a Revolução Industrial, embora ela já estivesse vitoriosa.

791. No nosso meio, existem alguns que não se inti- midam diante das dificuldades que devam existir em nossa vida.

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A alternativa que pode substituir, corretamente, os verbos sublinhados, na frase acima, é:

a) há – possa. b) hão – possa. c) há – possam. d) hão – possam. e) haverem – podem.

792. Das orações abaixo, aquela em que o verbo pode assumir a forma da voz passiva é:

a) Falo do norte-americano. b) A publicação foi exigência dele.

c) Eu estaria muito assustado com estas reflexões. d) O Unabomber condena a sociedade tecnológica. e) Os argumentos do Unabomber são os principais existentes hoje contra a Revolução da Informa- ção.

793. A concordância nominal das palavras sublinhadas está correta no seguinte período:

a) Ela mesma não sabia se as cópias deveriam ir anexa ou não ao processo.

b) Ela mesmo não sabia se as cópias deveriam ir anexas ou não ao processo.

c) Ela mesmo não sabia se as cópias deveriam ir anexo ou não ao processo.

d) Ela mesma não sabia se as cópias deveriam ir anexas ou não ao processo.

e) Ela mesma não sabia se as cópias deveriam ir anexos ou não ao processo.

794. Há erro uso do pronome relativo sublinhado (pre- posicionado ou não) na seguinte frase:

a) Eis os computadores de cujos programas depen- dem de técnicos especializados.

b) Existem pessoas a cujos defeitos todos obede- cem.

c) A casa onde moras fica num bairro distante d) Todos já conhecem a pessoa a quem amas. e) Quem não quer ajudar não precisa vir.

795. “Se você gostar do espetáculo, bate palmas, grita e faz de conta que ninguém o viu”.

Em relação ao emprego correto dos verbos no im- perativo afirmativo, pode-se afirmar que se deve usá-los do seguinte modo na frase acima: a) batam – gritam – façam.

b) bata – grite – faça. c) bate – grite – faça. d) bata – grite – faze. e) bata – grita – faz.

796. De acordo com a norma culta, há erro de coloca- ção do pronome oblíquo sublinhado em:

a) Não lhe devo nada.

b) Ele não queria que o vissem. c) Eles podiam contar-me o segredo. d) Fizeram-no sair da sala, imediatamente. e) A carta, ele tinha dado-a ao irmão ontem.

797. Seguem a mesma regra de acentuação gráfica todos os vocábulos da seguinte alternativa: a) é – aí – até.

b) século – assembléia – café. c) apagará – têxtil – exigência. d) destruíram – baía – heroísmo. e) moléculas – máquinas – órfãos.

798. A alternativa que apresenta erro quanto ao em- prego da letra “X”, em todas as palavras, é: a) exato, exílio, xícara

b) expiar, expoente, têxtil c) sexteto, auxiliar, explícito d) mixto, explêndido, excasso e) explorar, máximo, extremidade

799. A alternativa em que o a (sublinhado) não leva acento grave, indicador de crase, é:

a) Nossos amigos franceses foram a Bahia. b) O roubo das jóias atribuiu-se a empregada. c) Próximo a janela, Maria aguardava o carteiro. d) Escreveu a irmã desejando-lhe um Feliz Natal. e) Quando fomos a São Paulo os nossos ônibus

andaram, rapidamente.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA IGUAÇU – RJ

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