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2 DIREITOS, POLÍTICAS PÚBLICAS E SERVIÇO SOCIAL

2.3 O Serviço Social e as medidas socioeducativas

O Serviço Social vem se constituindo como profissão, inscrito na divisão social e técnica do trabalho, regulamentada pela Lei 8662/93, de 7 de junho de 1993, com alterações determinadas pelas resoluções CFESS 290/94 e 293/94, e balizada pelo Código de Ética, aprovado por meio da sua Resolução 273/93, de 13 de março de 1993.

Nessa direção, Torres, Lanza, Silva e Campos lecionam sobre o Serviço Social e a atuação do Assistente Social:

É uma profissão reconhecida pela sua natureza analítica e interventiva, o que legitima os assistentes sociais a planejar e construir respostas profissionais mediatizadas pelas necessidades sociais identificadas e experienciadas pelos sujeitos que vivem nesta realidade social. Balizado nas direções construídas pelo conjunto CFESS/CRESS e ABEPSS para a formação, a saber: teórica e metodológica; ética e política e técnico- operativa, os profissionais reconhecem que essas direções fundamentam também o exercício profissional, além de garantir a direção social necessária a esta profissão (TORRES et al., 2015, p. 5–6).

Assim, o assistente social atua nas mais diversas políticas sociais, planejando, executando, monitorando e avaliando ações. É, portanto, uma profissão requisitada pelo Estado e suas instâncias para atender as necessidades sociais — via políticas sociais — decorrentes das expressões da “questão social”.

Questão social é entendida na sociedade capitalista como um conjunto das expressões das desigualdades, como bem explica Iamamoto:

Questão Social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se provada, monopolizada por uma parte da sociedade (IAMAMOTO, 2009a, p. 27).

Para a identificação dessas necessidades, toma como referência o reconhecimento das expressões da questão social; a análise da realidade social; identifica demandas de atendimento e finca a atuação calcada na perspectiva dos direitos.

Surgida historicamente para acomodar os conflitos sociais emergentes do contexto econômico e político no Brasil no final da década de 1920 e 1930, o Serviço Social, ao longo de sua história de atuação, foi amadurecendo e reconfigurando suas dimensões teórico- metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas e pautando-se ideopoliticamente na defesa intransigente dos interesses da classe trabalhadora. Esse processo permanente de revisão interna de seus princípios norteadores como categoria profissional — que efetivamente teriam impacto na prática profissional e, concomitantemente, na realidade social — fez com que conduzisse a categoria, por meio de suas entidades representativas, à construção de um projeto ético-político que orientasse o exercício profissional, conforme preconiza o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS):

Nos últimos 30 anos, o Serviço Social brasileiro construiu, de forma coletiva, um projeto ético-político que orienta o exercício e a formação profissional. É conduzido política e profissionalmente pelas entidades representativas da categoria: o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO). Este projeto articula uma perspectiva de profissão sintonizada com um projeto societário que assegure a emancipação humana e se expressa no Código de Ética Profissional, na Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8.662/1993) e nas Diretrizes Curriculares aprovadas pela ABEPSS, em 1996 (BRASIL, 2010, p. 2).

Portanto, a atuação do assistente social é construída a partir dos processos teórico- metodológicos, ético-políticos e técnico-operacionais apreendidos no contexto histórico e político da produção e da reprodução na/da relação capital-trabalho (ARRUDA; PINTO, 2013, p. 6–7).

O assistente social que trabalha em um programa e/ou serviço de atendimento socioeducativo faz parte de uma equipe de trabalho multidisciplinar e desenvolve ações interdisciplinares junto com os demais profissionais das áreas de conhecimento da Psicologia, da Terapia Ocupacional, da Pedagogia, do Direito e da Enfermagem, e a articulação cotidiana com os agentes de segurança socioeducativos, professores, auxiliares educacionais, diretores e demais profissionais do centro socioeducativo (ARRUDA; PINTO, 2013, p. 6–7).

Isto porque o profissional de Serviço Social pode atuar em diversosespaços, desde os processos de elaboração, formulação, execução e avaliação de políticas sociais, em órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Presta orientação a indivíduos, grupos e famílias e realiza estudos sociais sobre o acesso a bens e serviços públicos. Planeja, organiza e administra benefícios sociais, assessora órgãos, empresas e movimentos sociais. Atua na docência e realiza pesquisas e investigações científicas. Elabora pareceres sociais, laudos, projetos e relatórios.

Sua intervenção inclui ainda a gestão e direção em instituições públicas e privadas (BRASIL, 2016a, p. 1).

Importante destacar que, no final de 1970, com as profundas mudanças teórico- metodológicas vivenciadas pelo Serviço Social brasileiro, o debate sobre a ética se fortaleceu no universo profissional na década seguinte e culminou com a aprovação do Código de Ética Profissional (CEP) de 1986. No movimento de debates e reflexões sobre a ética, coordenado pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na década de 1980, conquistou-se a ruptura com “concepções filosóficas conservadoras, fundadas no neotomismo, donde a prevalência de valores abstratos, da lógica da harmonia, do bem comum e da neutralidade” e o entendimento da ética, que orientou, apesar de suas particularidades, os códigos profissionais anteriores (1947/1965/1975) (BARROCO; TERRA, 2012, p. 9).

Sendo assim, na conjuntura sócio-histórica de luta pela conquista do Estado de Direito e pela vigência da democracia política, se efetivaram iniciativas coletivas de reflexão e de luta em busca de um projeto profissional direcionado aos interesses da classe trabalhadora e à crítica ao conservadorismo e suas implicações na vida social e profissional (BARROCO; TERRA, 2012, p. 9–10).

Com o conjunto de mudanças teórico-metodológicas e ético-políticas que se efetivaram no Serviço Social brasileiro a partir desse período, definiu-se o que hoje denominamos de projeto ético-político profissional, com um processo permeado de debates, lutas, conquistas, tensões e desafios. Esse processo se encontra aberto às determinações da sociedade, à dinâmica da luta de classes e à relação entre Estado e sociedade (BARROCO; TERRA, 2012, p. 9–10).

Essa luta constante que potencializa as contradições com análise crítica da realidade, articulação e lutas por direitos, de forma histórica tem demonstrado evolução no intuito de mediação e reconstrução das contradições, com a direção política crítica, conforme ensinam Barroso e Terra:

Com o aprofundamento e a socialização de diferentes experiências profissionais/acadêmicas, estudantis e militantes, várias gerações de assistentes sociais têm contribuído na construção da direção político-coletiva do Serviço Social brasileiro. São esses sujeitos profissionais, individuais e coletivos que potencializam as contradições e, com análise crítica da realidade, em articulação com outros sujeitos, em determinadas condições objetivas, estabelecem vínculos orgânicos entre a agenda profissional e as lutas por direitos (BARROCO; TERRA, 2012, p. 10).

Partindo então para análise do espaço sócio-ocupacional na execução das medidas socioeducativas, podemos afirmar que o assistente social tem algumas atribuições específicas no seu cotidiano profissional e algumas competências em conjunto com as demais áreas (ou

técnicos), como, por exemplo, a elaboração de relatórios, planilhas de atividades, participação em reuniões de equipe, estudo de caso e em atividades promovidas pela unidade, dentre outras, como também atendimento às demandas sociais objetivas que perpassam sua condição de adolescente em cumprimento de medida socioeducativa (ARRUDA; PINTO, 2013, p. 7).

Isso posto, o atendimento realizado ao adolescente e ao grupo familiar feito pelo profissional de Serviço Social é um atendimento social, que tem como foco principal os fatores referentes à prática infracional que envolvem trajetória sócio-histórica da família e do adolescente, análise e leitura das demandas apresentadas por eles, identificação de outras demandas que a família e o adolescente não tenham percebido. É de posse dessas informações que o assistente social elabora a sua estratégia de intervenção profissional. Ressalta-se que a intervenção profissional é pautada para a efetivação continuada dos direitos sociais e, no que tange à especificidade das medidas socioeducativas, visa também contribuir para o processo de responsabilização do adolescente (ARRUDA; PINTO, 2013, p. 7).

Na Resolução do Conselho Federal do Serviço Social (CFESS) 557, de 15 de setembro de 2009, o artigo 4° estabelece que o assistente social “ao atuar em equipes multiprofissionais, deverá garantir a especificidade de sua área de atuação”. Com isso se percebe a necessidade de análise para uma intervenção profissional qualificada (BRASIL, 2009a, p. 2).

Segundo Arruda e Pinto ensinam, o acolhimento ao adolescente feito pelo assistente social, seja em meio aberto ou fechado, pode iniciar-se desde a admissão no centro socioeducativo, onde será realizada coleta de informações do adolescente e meio familiar, verificação de documentos, identificação de equipamentos que o adolescente já tenha frequentado, e momento em que também será acordado o dia do atendimento. Nos atendimentos posteriores, buscar-se-á identificar os elementos da história de vida do adolescente e sua família para conduzi-los, por meio de intervenções, estratégias e reflexos, à construção da responsabilização de cada caso (ARRUDA; PINTO, 2013, p. 7–8).

Em relação às medidas socioeducativas, existem seis tipos aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais, de caráter socioeducativo, que estão previstos no artigo 112 do ECA:

A Lei nº 8.069/90 instituiu dois grupos de medidas socioeducativas: a) as não privativas de liberdade (Advertência, Reparação do dano, Prestação de Serviços à Comunidade e Liberdade Assistida), a serem cumpridas em meio aberto; e b) as privativas de liberdade (Semiliberdade e Internação), geralmente cumpridas em regime semiaberto ou fechado (BRASIL, 1990, p. 31).

[...] são aplicadas visando garantir que o adolescente seja responsabilizado pelos atos por ele praticados, mas que também lhe sejam oferecidas oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, visto que, como já foi colocado, trata-se, segundo a lei, de pessoa em desenvolvimento (FREITAS, 2011, p. 34).

De acordo com o artigo 2° do ECA, quem pode receber essas medidas socioeducativas são jovens entre 12 e 18 anos, podendo se estender até os 21 anos incompletos (BRASIL, 1990, p. 1). Para o presente trabalho, dar-se-á maior destaque às medidas socioeducativas não privativas de liberdade, de Prestação de Serviços à Comunidade e de Liberdade Assistida.

Os adolescentes que cumprem medida socioeducativa de prestação de serviços comunitários (PSC) precisam realizar tarefas de forma gratuita de interesse público, durante o período máximo de seis meses, em entidades assistenciais, hospitais, escolas, estabelecimentos congêneres, programas comunitários ou governamentais (LIBERATI, 2006, p. 371-372).

Assim, podemos observar que a prestação de Serviços à Comunidade (PSC), de acordo com o artigo 117 do ECA de 1990, preconiza:

Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.

Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho (BRASIL, 1990, p. 32).

Liberati (2006) aponta algumas características das medidas socioeducativas em prestação de serviço à comunidade, sendo uma tarefa que se pode traduzir também em trabalho, atividade física ou mental (diversa da relação de emprego); se realiza de maneira gratuita, sem remuneração; desperta interesse da comunidade em período fixado de, no máximo, seis meses; deverá ser realizada em hospitais, escolas, entidades assistenciais e outros estabelecimentos congêneres, governamentais ou não; devem ser respeitadas as aptidões do adolescente e cumpridas numa jornada de, no máximo, oito horas semanais, em dias que não prejudiquem as aulas ou o eventual trabalho do adolescente (LIBERATI, 2006, p. 372).

Outra medida socioeducativa objeto deste trabalho, a Liberdade Assistida (LA) está prevista nos artigos 118 e 119 do ECA de 1990, que determina:

Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.

§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.

§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.

Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:

I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;

II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;

III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;

IV - apresentar relatório do caso (BRASIL, 1990, p. 32).

Segundo Libertati (2006), a medida de Liberdade Assistida somente será aplicada ao adolescente autor de ato infracional, será cumprida em meio aberto, será administrada e executada pelo Poder Público (preferencialmente, o Município) ou por entidades não governamentais, com prazo de, no mínimo, seis meses, permitida sua prorrogação, revogação ou substituição, sendo necessárias avaliações periódicas do adolescente, efetuadas pelo orientador nomeado pela autoridade judiciária ou pelo programa de atendimento, sendo essa uma medida restritiva de direitos. Ainda, importante destacar que a Liberdade Assistida possui algumas regras essenciais:

a) a irrestrita observância dos preceitos consagrados na doutrina da proteção integral, prevista no art. 227 da Constituição Federal; b) que o adolescente é sujeito de direitos e devedor de suas obrigações; c) a entidade de atendimento deve ter a atividade centrada no adolescente que praticou a infração e não na infração cometida; d) embora de caráter sancionatório, a medida socioeducativa deve se constituir como diretriz de educação e não de mera sanção; e) o adolescente deve permanecer próximo de sua família, escola e comunidade; f) a família deve estar envolvida no processo de execução da medida socioeducativa; g) a medida será executada por meio de atendimento personalizado e individualizado, valorizando as potencialidades do adolescente; h) sua execução privilegia a inserção do adolescente no mercado de trabalho (LIBERATI, 2006, p. 374).

A Lei Federal 12.594/2012, lei de execução do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), determina em seu artigo 52 que o Plano Individual de Atendimento (PIA) “deverá contemplar a participação dos pais ou responsáveis, os quais têm o direito de contribuir com o processo ressocializador do adolescente, sendo esses passíveis de responsabilização administrativa, nos termos do art. 249 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), civil e criminal”. Segundo o artigo 53 do SINASE, “o PIA será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento, com a participação efetiva do adolescente e de sua família, representada por seus pais ou responsável” (BRASIL, 2012b, p. 12).

Analisando o exercício profissional do Serviço Social, relativamente às medidas socioeducativas de PSC e LA, destaca Iamamoto:

A análise dos espaços ocupacionais do assistente social — em sua expansão e metamorfoses — requer inscrevê-los na totalidade histórica considerando as formas assumidas pelo capital no processo de revitalização da acumulação no cenário da crise mundial. Sob a hegemonia das finanças e na busca incessante da produção de superlucros, aquelas estratégias vêm incidindo radicalmente no universo do trabalho e dos direitos. As medidas para superação da crise sustentam-se no aprofundamento da exploração e expropriação dos produtores diretos, com a ampliação da extração do trabalho excedente e a expansão do monopólio da propriedade territorial, comprometendo simultaneamente recursos naturais necessários à preservação da vida e os direitos sociais e humanos das maiorias (IAMAMOTO, 2009b, p. 1).

Nessa direção, exigem-se do assistente social postura e posicionamento crítico e propositivo, com rigorosa capacidade teórica, ético-política e técnico-prática “que possa responder com ações qualificadas, que detectem tendências impulsionadoras de novas ações rompendo com ações meramente burocráticas e rotineiras” (SARMENTO, 2000, p. 100).

Para Iamamoto (2009c), o espaço profissional é produto histórico, condicionado pelo tipo de respostas teórico-práticas carregadas de conteúdo político dadas pela categoria profissional. E assim, completa:

[...] o espaço profissional não pode ser tratado exclusivamente na ótica das demandas já consolidadas socialmente, sendo necessário, a partir de um distanciamento crítico do panorama ocupacional, apropriar-se das demandas potenciais que se abrem historicamente à profissão no curso da realidade. Em síntese, importa reconhecer o fio contraditório que percorre os fenômenos históricos e as instituições que abrigam o trabalho profissional, como lente privilegiada para a leitura dos espaços ocupacionais (IAMAMOTO, 2009c, p. 4).

Assim, entendemos que o assistente social não é neutro, que sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças sociais na sociedade capitalista e, portanto, exige- se dele um posicionamento político para que possa ter clareza da direção social de sua prática (competência ético-política). Para tanto, o assistente social deve ser qualificado para conhecer a realidade social para além da dinâmica aparente (competência teórico-metodológica); devendo assim conhecer, se apropriar e criar (desenvolver) um conjunto de habilidades técnicas para desenvolver ações junto à população com a qual trabalha intervindo de forma propositiva e crítica (competência técnico-operativa) (SOUSA, 2008, p. 121–122).

Conforme afirma Sarmento (2000), a leitura e análise da realidade empreendida pelo assistente social no contexto das práticas institucionais é fundamental “para que situações aparentemente individuais, esparsas, casuais ou institucionalizadas se tornem demandas coletivas, potencializadoras de direitos e novos serviços de interesse da população atendida” (SARMENTO, 2000, p. 107).

Como objeto do Serviço Social no campo das medidas socioeducativas, está o desafio de se construírem alternativas que permitam aos adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa acessar o mundo público dos direitos, contribuindo assim para a construção de um projeto de vida, de modo que eles tenham condições de tornarem-se sujeitos da própria história.

No capítulo a seguir será possível, a partir dos resultados e discussão da pesquisa realizada, compreender concretamente como tem sido realizado o trabalho do assistente social, bem como a execução das medidas em meio aberto de Liberdade Assistida de modo a assegurar efetivamente seus direitos previstos no marco legal.