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O uso de telefones celulares mudou a maneira de transmitir dados,

As redes sociais podem contribuir para o trabalho diário do repórter, como demonstramos empiricamente

5- O uso de telefones celulares mudou a maneira de transmitir dados,

elementos fundamentais na preparação de uma reportagem.

6- O jornalismo perde a centralidade. Durante o último Fórum de Austin (*), realizado em setembro de 2009 no campus da Universidade do Texas e organizado pelo Centro Knight (**), o seu diretor, Rosental Alves (***), disse que o que antes era conhecido como Mass Media agora está evoluindo e se adaptando ao novo ecossistema emergente.

Facebook

www.facebook.com

O Facebook é uma caixinha de surpresas. Você nunca sabe qual grupo ou pessoa irá encontrar. Pessoalmente, tive experiências muito agradáveis desde que entrei nessa rede: www.facebook. com/sandracrucianelli

Recebi a adesão de pessoas que leem minhas reportagens ou acompanham o meu trabalho na televisão, mas também de gente que não via desde a minha infância e adolescência, amigas que se mudaram para outro país e até das minhas professoras do ensino fundamental, das quais não tinha notícias há mais de 30 anos.

Ter amigos no Facebook é uma tendência indiscutível. Mas muitos jornalistas ainda não enxergam as vantagens da nossa presença nesse tipo de rede. O primeiro ponto a favor que resgato é a interação com o público: acredito que isso tem um efeito maravilhoso para qualquer jornalista. Os leitores, ouvintes, telespectadores, deixam de ser anônimos e tornam-se pessoas de carne e osso, com as quais podemos nos comunicar em tempo real.

Além disso, a presença de jornalistas nesta rede social provoca um impacto direto no trabalho cotidiano, não só porque dentro do Facebook podemos encontrar fontes de consulta

interessantes, mas também porque o conteúdo de outros usuários pode ser fonte de informações.

Dentro da rede, as pessoas se organizam. Existem páginas pessoais, mas também de ONGs, empresas, políticos, empresas de comunicação, sem distinção: lá estão The New York Times (www.facebook.com/NYTimes) mas também aqueles meios pequenos ou locais como é o caso do Solo Local (www.facebook.com/sololocal).

No entanto, parece que pelo menos em alguns casos os jornalistas conseguem mais adesões que os meios de comunicação onde trabalham. No meu caso, a página no Facebook do Solo Local mal superou 200 seguidores, mas a minha página pessoal ultrapassou as 1.100 adesões em 6 meses. Outros jornalistas de outras partes do mundo também relatam isso: as pessoas parecem mais dispostas a se comunicar com as pessoas do que com as marcas.

Na verdade, o número de seguidores não importa tanto quanto o grau de interação entre os membros. Do que adiantaria ter 30.000 seguidores no Facebook se eles nunca interagem entre si? É melhor, nesse caso, fazer parte de uma pequena comunidade, mas com níveis mais elevados de comunicação interna entre seus membros.

Os meios de comunicação tradicionais deveriam prestar mais atenção ao que acontece nas redes sociais como o Facebook e o Orkut, popular no Brasil. As pessoas manifestam a necessidade de protestar contra a injustiça ou a favor de causas nobres: o conteúdo, incluindo o que está dentro de redes sociais, é como pão quente para os jornalistas. Por exemplo, a Marcha Mundial pela Paz (http://www.theworldmarch.org) surgiu com o Mundo

Sem Guerras (http://www.mundosinguerras.org), organização internacional apoiada pelo Movimento Humanista, que trabalha há 15 anos com pacifismo e não-violência. Para a convocação foram usados diversos canais de comunicação, e um dos mais importantes foi o Facebook.

No link http://www.theworldmarch.org/index.php?secc=link&orden=&quelink=FBK está a lista completa dos grupos que organizaram a iniciativa na rede social, em diferentes países. E foi um sucesso: há milhares de seguidores ao redor do mundo. A marcha começou em outubro de 2009, na Nova Zelândia, passou pelo Brasil dois meses depois e chegou à Argentina em janeiro de 2010.

O impacto das redes sociais não ocorre apenas no âmbito das organizações internacionais ou nas principais cidades do mundo. Mesmo em pequenos povoados ou cidades de médio porte, os usuários da rede social manifestam a mesma tendência. Em novembro de 2009, uma seca inédita no sudoeste da província de Buenos Aires atingiu várias cidades, incluindo Bahia Blanca, que ficou à beira da escassez de água potável. Um mês antes, em outubro, vários grupos haviam se organizado no Facebook para exigir soluções para o problema e um deles tem, até hoje, mais de 20.000 membros, ainda que a cidade tenha 300.000 habitantes.

Um dos primeiros grupos organizados por um jovem bahiense foi este:

http://www.facebook.com/group.php?gid=160263506871 Depois, o movimento deu origem a grupos semelhantes, como pode ser visto aqui: http://www.facebook.com/group. php?gid=171718296471

Eles conseguiram mobilizar os cidadãos e também cobrar as autoridades locais, a ponto de apresentar um recurso de amparo à Justiça local, para assegurar o direito de acesso à água potável aos vizinhos.

Nesse caso, as informações dos grupos abertos no Facebook serviram de apoio para o conteúdo e de ponto de partida para a obtenção de dados desconhecidos pelos jornalistas,

que deram origem a vários artigos em lugares diferentes, pequenos ou grandes, como pode ser visto neste artigo do Clarín: http://www.clarin.com/diario/2008/09/07/elpais/p-01755000.htm Pessoalmente, acho que é hora de prestar muita atenção ao que as pessoas dizem. A maioria das fontes convencionais do jornalismo continua sendo institucional. A mídia tradicional precisa se adaptar rapidamente a essas mudanças ou será deixada de fora da história que está sendo escrita.

Conheça listas de ferramentas do Facebook aqui: 1- http://www.facebooktools.com.ar/ (em espanhol)

2- http://mashable.com/2007/07/31/facebook-powertools-1/ (em inglês) 3- http://facebooktools.blogspot.com/ (em inglês)

4- http://is.gd/6h3a4 (em português)

Twitter

www.twitter.com

O Twitter (que significa “gorjear”) é um serviço de microblogging gratuito que permite aos usuários enviar e compartilhar textos curtos, chamados “tweets”, de até 140 caracteres. Para enviar essas mensagens, pode-se usar a Web, serviço de mensagens (SMS) de telefones celulares, programas próprios para celular e até programas de mensagens instantâneas ou aplicativos de e-mail, Facebook ou agregadores de conteúdo. Há também ferramentas para enviar documentos grandes, fotos, vídeos, áudio etc. Estes novos conteúdos, adicionados por uma URL curta, são exibidos na página do perfil do usuário e enviados imediatamente para os usuários que escolheram recebê-los.

Quando você opta por seguir um outro usuário do Twitter, os tweets desse usuário aparecem em ordem cronológica inversa, na página inicial do Twitter. Se você seguir 20 pessoas, verá uma mescla de tweets até o final da página.

Não há regras e a participação é muito simples, muito linear, oferecendo uma incrível vantagem sobre outras redes, porque permite twittar de qualquer lugar pelo celular. Com a mobilidade, o Twitter foi um dos sites mais importantes de 2009, com quase 40 milhões de usuários.

Glossário Básico do Twitter

1- Following: são usuários que você segue/acompanha.