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OBJETO DE ESTUDO

No documento 2018DIONARADORNELESLOPES (páginas 61-64)

3 METODOLOGIA

3.2 OBJETO DE ESTUDO

A organização escolhida para este estudo foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFar. A escolha da Instituição deve-se ao fato de que os Institutos Federais representam um modelo inovador de Instituição, atuando na oferta da educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional (MEC, 2017).

Os Institutos Federais representam centros de excelência ao atuarem desde o ensino técnico de nível médio até a pós-graduação, no desenvolvimento de programas de extensão, divulgação científica e tecnológica, além de realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo e o cooperativismo. As unidades que compõem a Rede Federal são referências em suas áreas de atuação (MEC, 2017).

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFAR foi criado pela Lei n° 11.892, de 29 de dezembro de 2008, por meio da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do Sul, de sua Unidade Descentralizada de Júlio de Castilhos, da Escola Agrotécnica Federal de Alegrete, e do acréscimo da Unidade Descentralizada de Ensino de Santo Augusto que anteriormente pertencia ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves (IFFAR, 2014; BRASIL, 2008).

Caracteriza-se como uma instituição com natureza jurídica de autarquia, que lhe confere autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar (IFFAR, 2014).

O IFFar tem como missão promover a educação profissional, científica e tecnológica, pública, por meio do ensino, pesquisa e extensão, com foco na formação integral do cidadão e no desenvolvimento sustentável, visando ser excelência na formação de técnicos de nível médio, professores para a educação básica e em inovação e extensão tecnológica (IFFAR, 2014).

Em busca da excelência na formação de seus alunos e na tentativa de estreitar cada vez mais os seus laços com a sociedade, o Instituto Federal Farroupilha tem como prática buscar parcerias com a sociedade externa. Assim, a instituição mantém relações de parceria com universidades, prefeituras, conselhos regionais de classes profissionais, escolas, empresas públicas e privadas, sindicatos e associações. Essa prática permite aos estudantes do Instituto Federal Farroupilha o primeiro contato com o mercado de trabalho, bem como o aprimoramento da teoria através da aplicação prática dos assuntos debatidos em sala de aula. Tais parcerias

fortalecem as relações com a comunidade externa e possibilitam ao instituto e aos alunos a troca de conhecimento e de experiências com outros órgãos, o aprimoramento de pesquisas e estudos, o desenvolvimento dos programas de extensão e cooperação técnica (IFFAR, 2014).

De acordo com a lei de sua criação, o IFFAR é uma instituição de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi. Equiparados às universidades, os institutos são instituições acreditadoras e certificadoras de competências profissionais, além de detentores de autonomia universitária (IFFAR, 2014).

Atualmente o IFFar é composto pelas seguintes unidades administrativas: Campus Alegrete, Campus Frederico Westphalen, Campus Jaguari, Campus Júlio de Castilhos, Campus Panambi, Campus Santa Rosa, Campus Santo Ângelo, Campus Santo Augusto, Campus São Borja, Campus São Vicente do Sul, Campus Avançado Uruguaiana, Polos de Educação a Distância, Centros de Referência, conforme demostrado na Figura 5 (IFFAR, 2014).

Figura 5 – Mapa do Estado do Rio Grande do Sul com a localização das Unidades do IFFar. Reitoria e Campi

R. Reitoria 1. Campus Alegrete

2. Campus Frederico Westphalen 3. Campus Jaguari

4. Campus Júlio de Castilhos 5. Campus Panambi 6. Campus Santa Rosa 7. Campus Santo Ângelo 8. Campus Santo Augusto 9. Campus São Borja

10. Campus São Vicente do Sul 11. Campus Avançado Uruguaiana Centros de Referência 12. Candelária 13. Carazinho 14. Não-Me-Toque 15. Rosário do Sul 16. São Gabriel 17. Três Passos 18. Santiago 19. Quaraí Fonte: IFFAR (2014 p.17) – adaptado pela autora (2018).

A unidade escolhida para a realização desta pesquisa foi o Campus Alegrete, que encontra-se situado na RS 377, Km 27, 2º Distrito de Passo Novo, no município de Alegrete/RS, na Mesorregião Sudoeste Rio-Grandense, com uma área de 316 hectares, a aproximadamente 35 Km da sede do município. O Campus foi instalado na fase da Pré-Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (IFFAR, 2014).

Iniciou suas atividades em 1954, atendendo jovens oriundos de famílias de agricultores, do Núcleo Colonial do Passo Novo, e é um dos Campus mais antigos do IFFAR. A partir de 2008, com a criação da Lei nº 11.892, a Escola Agrotécnica Federal de Alegrete passou a integrar, juntamente com os demais Campus, o IFFAR (IFFAR, 2014; BRASIL, 2008).

Atualmente, o Campus possui 14 cursos presenciais atuando em Alegrete, dois cursos à distância e um centro de referência no município de Quaraí, onde desenvolve cursos de extensão e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) (IFFAR, 2017). No Campus Alegrete são oferecidos os cursos técnicos nas modalidades integrado, subsequente e PROEJA (Educação de Jovens e Adultos integrada à educação profissional), em nível superior, são ofertados cursos de tecnologia, bacharelado e licenciatura. A Instituição também disponibiliza aos interessados um curso de pós-graduação latu sensu e dois na modalidade EAD, além dos cursos de formação continuada através do Pronatec (IFFAR, 2017). Com aproximadamente 2000 alunos (2016), o IFFAR-Campus Alegrete oferece oportunidades de qualificação para toda a comunidade da Fronteira Oeste e do Estado (IFFAR, 2017).

O interesse no objeto da presente investigação teve sua origem no fato da instituição pública escolhida não experimentar até então, qualquer trabalho que avaliasse o comprometimento, entrincheiramento organizacional e o engajamento no trabalho dos seus servidores, tornando-se essa, uma temática rica e útil. Acrescente-se a isto a contribuição que, através da conquista do comprometimento, o IFFar-Campus Alegrete poderá obter melhores índices de desempenho, engajamento e produtividade, oferecendo em contrapartida aos seus servidores, o alcance do sucesso profissional enaltecendo-os e dignificando-os (LEITE, 2007). Em um cenário atual, intensamente marcado pela competitividade e transições do mundo do trabalho, as instituições públicas não fogem a este contexto. Com as tendências da nova ordem mundial e administração gerencial, as organizações encontram-se bastante exigidas pela sociedade civil, contribuintes e cidadãos-clientes dos serviços, necessitando, assim como nas empresas privadas, possuir processos organizacionais e equipes comprometidas e engajadas para responder a estas demandas (LEITE, 2007).

Considerando que historicamente foi debitado ao funcionalismo parcela de responsabilidade pelo mau desempenho da máquina estatal, fica assim revelada a importância do comprometimento para a melhoria da gestão e crescimento das organizações públicas, visto que o conceito de servidor comprometido abarca como ideias centrais, a noção de esforço, engajamento e envolvimento com os objetivos e metas institucionais, o que pode levar a indicadores de aumento do desempenho, produtividade e eficácia organizacional (LEITE,

2004). Além destes, o referencial estudado revela que bons níveis de comprometimento reduzem o absenteísmo, atrasos e rotatividade, marcas tão comuns na gestão pública, interferindo nos resultados da instituição como um todo, visto que as expectativas sobre os efeitos que a intensidade do comprometimento podem gerar nos próprios servidores e nas organizações e, por extensão, na sociedade como um todo, explicam o grande interesse científico, social e empresarial em estudá-lo (LEITE, 2004).

Para a execução deste estudo no mês de agosto de 2017, foi encaminhada a Diretoria do Campus Alegrete uma solicitação formal (Apêndice A) para a realização da pesquisa, a qual explicava os objetivos, métodos e instrumentos de coleta de dados. No mesmo mês a Direção Geral autorizou (Anexo A) a realização do estudo na Instituição.

No documento 2018DIONARADORNELESLOPES (páginas 61-64)

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