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Em [34], ´e proposto que um objeto digital ´e uma tupla do = (h, SM, ST, StructuredStreams), onde:

4.2. Objetos Complexos 43

Figura 4.1: A estrutura de definic¸˜ao do Arcabouc¸o 5S [115]. 1. h ∈ H, onde H ´e um conjunto de identificadores universais ´unicos (labels); 2. SM = {sm1, sm2, . . . , smn} ´e um conjunto de streams;

3. ST = {sta, stb, . . . , stz} ´e um conjunto de Structural Metadata Specifications;

4. StructuredStreams = {stsmi, stsmii, . . . , stsmxx} ´e um conjunto de func¸˜oes de Structu-

redStream definidas a partir de streams no conjunto SM do objeto digital e de estruturas no conjunto ST .

Streamss˜ao sequˆencias de elementos de um tipo arbitr´ario (como bits, characters, imagens, etc.). Structural Metadata Specifications s˜ao relac¸˜oes entre o objeto e suas partes (como os cap´ıtulos de um livro). Structured Streams definem o mapeamento de uma estrutura para stre- ams (como cap´ıtulos, sec¸˜oes, introduc¸˜ao, etc. s˜ao organizados para definir um livro). Mais detalhes est˜ao dispon´ıveis em [34].

Um objeto complexo ´e uma tupla cdo = (h, SCDO, S), onde:

1. h ∈ H, onde H ´e um conjunto universal de identificadores ´unicos (labels);

2. SCDO = {DO ∪ SM}, sendo DO = {do1, do2, . . . , don}, onde doi ´e um objeto digital ou

um objeto complexo; e SM = {sma, smb, . . . , smz} ´e um conjunto de streams;

3. S ´e uma estrutura que comp˜oe o objeto complexo cdo em suas partes em SCDO.

Na definic¸˜ao formal do Arcabouc¸o 5S os metadados do objeto digital s˜ao armazenados em um cat´alogo separado [34]. Por consequˆencia, os metadados do objeto complexo tamb´em ser˜ao armazenados em um cat´alogo, portanto n˜ao ´e referenciado na definic¸˜ao da tupla cdo. Os com- ponentes DO e SM s˜ao conjuntos finitos, portanto, a estrutura S tamb´em ´e finita, delimitando

o que pertence ao objeto complexo ou n˜ao. Note que o componente DO pode ser outro objeto complexo, agregando COs dentro de outros COs.

A estrutura S no objeto complexo n˜ao ´e especificada, portanto, pode ser estendida a toda a estrutura que representa as partes de um todo, como uma lista, uma ´arvore, ou mesmo um grafo. Esta flexibilidade na formalizac¸˜ao ´e estendida `a implementac¸˜ao: ´e poss´ıvel utilizar a estrutura de ´arvore e agregar v´arios arquivos em um CO (implementado como um arquivo compacto zip), ou realizar agregac¸˜oes mais espec´ıficas e complexas (como as implementadas na tecnologia OAI-ORE). Como exemplo pr´atico, podemos citar a abordagem de Fedora Commons [9], onde listas representam v´arios arquivos que foram embalados em conjunto, e gr´aficos representam arquivos que est˜ao relacionados, criando redes de objetos digitais. Se considerarmos ainda os arquivos organizados em HTML5 [93], a estrutura S poderia ser estendida para um grafo c´ıclico.

Um objeto complexo m´ınimo ´e uma tupla cdo = (h, SCDO, S), onde:

1. h ∈ H, onde H ´e um conjunto universal de identificadores ´unicos (labels);

2. SCDO = {DO∪SM}, sendo DO = {do1}, onde do1´e um objeto digital; e SM = {sm1, sm2,

. . . , smn} um conjunto de streams;

3. S ´e uma estrutura que indica que {do1} ´e um componente de cdo.

O CO m´ınimo tˆem por objetivo definir a menor granularidade permitida. Caso n˜ao sejam necess´arias agregac¸˜oes, a definic¸˜ao em [34] pode ser aplicada. O objetivo deste cap´ıtulo n˜ao ´e explorar em detalhes estes conceitos, por´em considerar uma abordagem de alto n´ıvel: agregar logicamente e at´e fisicamente, objetos distintos, de modo que a estrutura do CO que conecta suas subpartes possa ser explorada, e que o CO em si possa ser representado como uma unidade ´unica.

Recursos tamb´em podem ser estruturados utilizando o conceito de colec¸˜ao [34]. A prin- cipal diferenc¸a presente ´e que uma colec¸˜ao ´e um simples conjunto de objetos [34], enquanto em um CO, componentes representam partes de um conceito ´unico, e podem possuir relac¸˜oes espec´ıficas os conectando.

Considere a aplicac¸˜ao Nou-Rau (citada na Sec¸˜ao 3.3) e uma tese (Figura 4.2), com 12 cap´ıtulos, metadados, uma apresentac¸˜ao Powerpoint descrevendo o primeiro cap´ıtulo, e um v´ıdeo referenciando o cap´ıtulo dois.

O objeto complexo que representa esta tese tem a estrutura co = (h, SCDO, S), onde: • h1 ´e um identificador ´unico que representa co;

• SCDO = {DO ∪ SM}, sendo DO = {do1, do2, do3}, onde do1 ´e a tese, do2 ´e um arquivo

Powerpoint, e do3 ´e um v´ıdeo; e SM = {sma, smb, . . . , smz} ´e um conjunto de streams;

4.2. Objetos Complexos 45

Note que pela definic¸˜ao previamente apresentada de objeto digital, cada componente da tese tamb´em possui um identificador ´unico. Portanto o exemplo apresentado possui 3 identificado- res para os componentes, e um identificador adicional para o CO. Caso a implementac¸˜ao dos servic¸os precise navegar ou realizar buscas nos componentes, basta utilizar o primeiro identi- ficador citado na definic¸˜ao de objeto digital. Caso seja necess´ario realizar buscas integradas, basta utilizar o identificador do objeto complexo.

Thesis

Title Abstract Chapter1 Chapter2 … Chapter12 Hierarchical Structure

Title Section … Section Title Body

Paragraph ... ParagraphTextual Stream … Introduction... Digital libraries are complex...

Page 1 Page 2 Linear Structure do1 - PDF File

PowerPoint Presentation

Summary Introduction … References Paragraph ... Paragraph ...Summary...This presentation... Page1 Page2 Linear Structure do2 - Powerpoint File Video

Frame1 Frame2 …Frame n do3 - Video File Thesis Complex Object

Figura 4.2: Exemplo de um objeto complexo que representa uma tese.

Figura 4.3: Exemplo de uma estrutura XML agregando os elementos do objeto complexo tese. Neste caso o componente S pode ser representado formalmente como um grafo, por´em na pr´atica v´arios formatos podem ser utilizados (como a estrutura de ´arvore). A Figura 4.3 apre- senta um exemplo simples para estruturar uma tese e seus respectivos elementos, utilizando XML. No exemplo, o arquivo lista inicialmente os metadados gerais a respeito da tese (como

t´ıtulo, autor, etc.). A sec¸˜ao seguinte apresenta uma estrutura para cada cap´ıtulo e seus respec- tivos arquivos. O cap´ıtulo hum, por exemplo, ´e composto por um arquivo PDF e um arquivo Powerpoint. O cap´ıtulo dois referencia um arquivo PDF e um v´ıdeo. A estrutura XML tamb´em j´a foi utilizada para combinar esquemas e o Arcabouc¸o 5S [36].