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da obra Área Construção Vol RCC Classe A gerado P Espec med Peso Total

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela 4.1: Volume, massa total e massa unitária das amostras

N. da obra Área Construção Vol RCC Classe A gerado P Espec med Peso Total

m2 m3 Kg/m3 Kg 01 1.416,00 72 1.077,4 77.572,8 02 1.169,20 48 1.077,4 51.715,2 03 17.706,80 673 1.077,4 725.090,2 04 1.300,00 72 1.077,4 77.572,8 05 6.796,66 624 1.077,4 672.297,6 06 9.762,49 860 1.077,4 926.564,0 07 8.256,22 237 1.077,4 255.343,8 08 440,00 60 1.077,4 64.644,0 09 8.200,00 450 1.077,4 484.830,0 10 7.100,00 260 1.077,4 280.124,0 11 4.046,00 225 1.077,4 242.415,0 12 10.440,00 555 1.077,4 597.957,0 13 14.581,50 780 1.077,4 840.372,0 14 2.903,00 126 1.077,4 135.752,4 15 1.952,19 112 1.077,4 120.668,8 16 3.941,71 104 1.077,4 112.049,6 17 12.452,66 600 1.077,4 646.440,0 18 3.606,07 180 1.077,4 193.932,0

Fonte: Autor da pesquisa.

Em função das obras estudadas, suas áreas construídas, e o volume de RCC da classe A gerados, necessário verificar se há realmente uma representatividade no tamanho da amostra escolhida, para se encontrar as taxas (m3/m2) e (kg/m2) no estudo. Inicialmente, se verificou que as dezoito obras estudadas no ano de 2010 possuíam uma área de 116.070,50 m2, e neste ano foi aprovada uma área licenciada para habite-se no valor de 866.675,38 m2, o que corresponde a um percentual de 13,39 %, o que demonstra uma fração amostral de representatividade da amostra do estudo.

Prosseguindo, partiu-se para verificar uma estimativa da área total aprovada pela PMJP, com base nesta amostra formada de dezoito obras estudadas (Figura 4.2), conforme análise de variância Tabela 4.5, Johnson, R.A., Wichern, D. W. (2002).

Figura 4.2: Área de construção das obras estudadas Fonte: Autor da pesquisa.

Quadro 4.3: Teste de normalidade para as áreas de construção

Kolmogorov-Smirnov Shapiro-Wilk

Estatística Gl Valor-p Estatística Gl Valor-p

0,183 18 0,113 0,922 18 0,138

Pode-se observar, no Quadro 4.3, o teste de normalidade e hipótese de distribuição normal, para as áreas de construção, das dezoito amostras estudadas, possuindo uma área total de 116.050,50 m2; não pode ser rejeitada, mas aceita baseada na suposição de que esta possui uma distribuição normal, permitindo a utilização da fórmula de intervalo de confiança com base na distribuição t-Student. Tangto. O teste de Kolmogorov-Smirnov (Valor-p = 0,113) e o teste de Shapiro-Wilk (Valor-p = 0,138) favorecem à decisão de aceitar a normalidade dos dados estudados. O teste de Shapiro-Wilk é o mais adequado, porque o tamanho da amostra é menor que 50 unidades.

Dessa forma, verificou-se que a amostra estudada possui uma normalidade de acordo com os valores obtidos por estimação, com 95% de confiança, tendo como base a distribuição t-Student com 17 graus de liberdade. A utilização da fórmula do intervalo de confiança usando a distribuição t é mais apropriada, porque o teste de Skapiro-Wilk, para verificar a distribuição normal destes dados, apresentou valor p = 0,138, permitindo decidir favorável à hipótese nula de distribuição normal.

Figura 4.3: Gráfico Quantil-Quantil (QQ – Plot) para a área construída da amostra (n = 18 )

Quanto ao gráfico QQ plot Figura 4.3, este apresenta pequenos desvios em relação à distribuição normal, confirmando visualmente o resultado do teste de Shapiro-Wilk, Quadro 4.3.

Este gráfico apresenta pontos em torno da reta y = x , mostrando pequenos desvios em relação à distribuição normal, comprovando a distribuição normal para a variável área de construção da amostra estudada, o que se verifica no teste de Shapiro-Wilk apresentado no Quadro 4.3.

A área licenciada na cidade de João Pessoa, no ano de 2010 foi 866.675,38 m2 , e a amostra estudada possuindo uma área total de 116.070,50 m2, representando, em termos de amostragem, uma fração amostral de 13,39 % em relação à área licenciada, o que comprova um valor representativo para o estudo.

Essa informação é necessária, para se demonstrar que a amostra estudada, Tabela 4.5, possui uma representatividade para o estudo na área de construção habitacional da cidade de João Pessoa.

Esses estudos possuíam as características físicas dos RCC da classe A da região, e foram utilizados para o estudo de edificações que possuíam o mesmo padrão construtivo.

Após se encontrar o valor da massa das obras pesquisadas, verificaram-se as áreas de construção das mesmas e também o volume de RCC da classe A que nelas foram geradas e em seguida buscou o peso dos mesmos em cada obra, em função da média da massa unitária encontrada no estudo. Em seguida, calculou-se a taxa (m3/m2) e (kg/m2) encontradas nas obras pesquisadas e conclusas. Ao encontrar essas taxas, verificou-se a média das mesmas, encontrando-se dessa forma respectivos valores médios dessas taxas que correspondem a 0,06 m3 / m2 e 60,4 kg/ m2.

Essas taxas foram necessárias, para se encontrar o volume (m3) e o peso (t) dos RCC gerados na cidade, em função da área de licenças aprovadas pela PMJP, no período estudado (2000 a 2010).

Tabela 4.5: Taxas de RCC (m3/m2) e (kg/m2) nas obras pesquisadas

N. da

obra Área construção V. RCC classe A gerado Masssa total Vol. / m2 Peso / m2

m2 m3 Kg m3 / m2 Kg/m2 01 1.416,00 72 77.572,8 0,05 54,8 02 1.169,20 48 51.715,2 0,04 44,2 03 17.706,80 673 725.090,2 0,04 41,0 04 1.300,00 72 77.572,8 0,06 59,7 05 6.796,66 624 672.297,6 0,09 98,9 06 9.762,49 860 926.564,0 0,09 94,9 07 8.256,22 237 255.343,8 0,03 30,9 08 440,00 60 64.644,0 0,14 146,9 09 8.200,00 450 484.830,0 0,05 59,1 10 7.100,00 260 280.124,0 0,04 39,5 11 4.046,00 225 242.415,0 0,06 59,9 12 10.440,00 555 597.957,0 0,05 57,3 13 14.581,50 780 840.372,0 0,05 57,6 14 2.903,00 126 135.752,4 0,04 46,8 15 1.952,19 112 120.668,8 0,06 61,8 16 3.941,71 104 112.049,6 0,03 28,4 17 12.452,66 600 646.440,0 0,05 51,9 18 3.606,07 180 193.932,0 0,05 53,8 Taxa de RCC média 0,06 60,4

Conhecidas as taxas de geração dos RCC, constatando-se as grandes degradações ambientais nas áreas urbanas da cidade causadas pelos RCC gerados pelas edificações, adicionado ainda a publicação da Resolução CONAMA 307 e ainda a Lei Municipal 11.176/2007 de João Pessoa, a cidade fundou em Set/2007 a USIBEN – Usina de Beneficiamento dos Resíduos de Construção e Demolição em João Pessoa, a fim de se minimizarem essas degradações ambientais e ainda utilizar os RCC reciclados para uso nas obras da administração municipal.

Fonseca et al., (2007) mostra que, na cidade de João Pessoa, 70% dos RCC têm destino inadequado; as exigências do CONAMA/307 e da Lei municipal 11.176/2007 tem orientado e seguindo as diretrizes para melhoria dessa deposições. No que se refere ao transporte dos RCC e controle da disposição correta, a PMJP começou a exigir, para liberação da carta de habite-se, a apresentação dos documentos comprobatórios do Controle de Transporte de Resíduos (CTR), previsto no plano dos RCC da obra.

Dessa forma, para se obter a área construída da cidade de João Pessoa, foi necessário buscar área de construção autorizada pelo CREA, durante os últimos dez anos, conforme Tabela 4.6 e Figura 4.5

Posteriormente, buscou-se a área construída autorizada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, para se fazer um comparativo dos valores encontrados, conforme Tabela 4.7 e Figura 4.6.

Como, no trabalho, está sendo tomado o crescimento, em área de construção de edificações residenciais de padrão médio alto, e a área de construção fornecida pelo CREA é considerada de todo padrão de edificação: residenciais, comerciais e industriais, além de que nem todas as obras que foram registradas no CREA chegam a receber o habite-se, é mais correto e viável se considerar para este trabalho as áreas informadas pela PMJP, Tabela 4.8 e Figura 4.4.

Tabela 4.6: Áreas Licenciadas (CREA) em João Pessoa de 2000 até 2010

Áreas Licenciadas pelo CREA de 2000 a 2010

Ano

Área (m

2

)

Área Acum. (m

2

)

2000 430.023,32 430.023,32 2001 479.652,44 909.675,76 2002 322.039,69 1.231.715,45 2003 358.499,37 1.590.214,82 2004 362.217,79 1.952.432,61 2005 248.702,58 2.201.135,19 2006 191.025,52 2.392.160,71 2007 425.646,61 2.817.807,32 2008 543.573,51 3.361.380,83 2009 871.793,43 4.233.174,26 2010 1.348.280,85 5.581.455,11

Fonte: Autor da pesquisa.

Figura 4.4: Áreas licenciadas (CREA) em João Pessoa de 2000 a 2010 Fonte: Autor da pesquisa.

Tabela 4.7: Áreas licenciadas (PMJP) em João Pessoa de 2000 a 2010