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Existem diversas fontes de dados secundários, para os preços do café Arábica, base deste trabalho. A identificação tanto dos tipos de café quanto das metodologias de levantamento de preços utilizadas nem sempre é de fácil identificação. Neste trabalho, buscou-se identificar as diversas fontes e identificar as metodologias adotadas por cada uma na formação de sua série de preços a fim de escolher a série que melhor se adapta ao propósito do trabalho.

Segundo a COCAPEC (2006) Cooperativa de Cafeicultores e AgroPecuaristas de Franca (http://www.cocapec.com.br)

O café é classificado pelo sabor da bebida e pelo tipo físico dos grãos. A espécie Arábica pode ter diversos sabores. Os padrões de bebidas são:

x Mole - Gosto doce, agradável, ácida.

x Dura - Gosto áspero e adstringente (sensação de secura na boca). x Riada - Gosto ligeiramente químico, lembrando iodo.

x Rio - Gosto químico e medicinal.

x Rio Zona - Gosto químico muito forte, lembrando remédio.

A classificação é feita, também, pelo tipo dos grãos, pelo tamanho e pela quantidade de grãos mal formados ou defeituosos em um lote.

x Tamanho - É definido em termos de granulometria onde os menores

grãos constituem a peneira 10 e os maiores grãos constituem a peneira 17/20.

x Defeitos - os defeitos dos grãos são de vários tipos: chochos, mal

granados, brocados e quebrados.

Os grãos mais prejudiciais à bebida são os pretos, verdes e ardidos, e não devem existir nos lotes em quantidades superiores a 10% - 15%.

As fontes pesquisadas foram:

1. CEPEA – O CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada é um departamento da ESALQ, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós, da Universidade de São Paulo. O Indicador do Café Arábica CEPEA/ESALQ representa uma média ponderada dos preços por quilo do grão tipo 6, bebida dura para melhor, nas principais praças de comercialização, sendo o fator de ponderação proporcional à participação de cada região na produção desse café. Para isso, agentes atuantes no cerrado e sul de Minas Gerais, nas regiões mogiana e paulista de São Paulo e noroeste do Paraná são diariamente consultados. A série contém dados diários de setembro de 1996 a outubro de 2006 e referem-se a preços posto em São Paulo, correspondente ao preço pago ao produtor acrescido do frete para a praça de São Paulo. Para a finalidade desta pesquisa foram calculados os preços médios mensais.

2. FGV Dados – Serviço de dados oferecido pela Fundação Getúlio Vargas. Os preços são indicados por quilo de café em coco pagos ao produtor. O café em coco deve ser beneficiado e transformado em grãos para ser exportado. As séries de preços são indicadas em reais por quilo existindo séries para cada Estado produtor. A fonte de dados para a pesquisa não é indicada pela Fundação Getúlio Vargas. Os preços médios para o mercado brasileiro são também divulgados pelo IPEA. A série contém preços médios mensais, em reais, de janeiro de 1967 até julho de 2006. Os preços anteriores a julho de 1994 foram convertidos para reais. Tendo em vista a existência de diversos

planos econômicos anteriores à criação do real, com adoção de práticas de eliminação de parte da inflação do período, os valores em reais de períodos anteriores a julho de 1994 foram eliminados da série restando uma série de dados de julho de 1994 a julho de 2006.

3. IEA – Instituto de Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Essa série se refere aos preços de café do tipo Arábica grão 6 bebida dura, em grão, recebidos pelo produtor. Os preços médios recebidos pelos agricultores referem- se aos valores obtidos na transação de venda de produtos para o primeiro comprador do sistema de comercialização. As cotações dizem respeito aos produtos embalados e livres dos custos de comercialização, tais como: frete, carga e descarga, ICMS, FUNRURAL e taxa de consignação. O levantamento é realizado em 645 Municípios do Estado de São Paulo, com periodicidade mensal, através de questionários enviados às pessoas selecionadas para dar informações. São 731 informantes, cujo número é composto por 450 Casas de Agricultura, 91 produtores, 110 empresas e entidades (cooperativas, atacadistas, indústrias, maquinistas, sindicatos rurais e outros) e 80 agências do BANESPA Banco do Estado de São Paulo. Após a coleta, os preços são depurados mediante tratamento estatístico, descontados pelo período de pagamento e acrescidos dos custos de frete da região de origem para a praça de São Paulo. Assim, o Indicador refere-se ao valor médio, à vista, do café posto na praça de São Paulo. A série contém preço em reais de janeiro de 2001 a setembro de 2006.

4. COOPARAISO – Cooperativa de Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso. Essa série se refere aos preços de café do tipo Arábica grão 6 bebida dura, em grão, recebidos pelo produtor. Os preços são aqueles faturados pela Cooperativa, sendo os preços recebidos pelos produtores 3,7% inferiores devido à dedução dos impostos. Os preços são publicados em dólares por saca uma vez que os preços internos do café

estão diretamente atrelados aos preços internacionais. A série contém dados de janeiro de 1986 a setembro de 2006. Essas séries refletem os preços vigentes na região de São Sebastião do Paraíso, Estado de Minas Gerais.

5. OIC – Organização Internacional do Café. A Organização Internacional do Café coleta preços médios de café Arábica em New York e nos mercados da Alemanha e França, determinando um preço médio ponderado para os três mercados. As séries publicadas são diárias e mensais para os preços de comercialização. Adicionalmente, a OIC publica os preços pagos aos produtores na porta da lavoura, em cents por libra peso. Para o Brasil, a série está disponível de janeiro de 1976 até dezembro de 2005 e reflete os preços pagos no país convertidos para dólar à taxa de conversão de moeda vigente ao final do mês.

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