2. A CONSELHAMENTO NA C ONTRACEÇÃO DE E MERGÊNCIA
2.4. F OLHETO INFORMATIVO E FLUXOGRAMA
Uma vez que a CE se trata de um assunto um pouco complexo e de difícil abordagem à utente, é importante que todas as informações relevantes sobre o assunto cheguem à população. Nesse sentido, decidi elaborar um folheto informativo (Anexo
XVI) onde resumi a principal informação a que a paciente deve ter acesso sempre que
lhe é dispensada a CE. Como pretendia direcionar a mensagem para um público mais jovem, utilizei uma linguagem simples e recorri ao uso de imagens para tornar o folheto mais apelativo, procurando salientar sobretudo que a CE não deve ser utilizada de forma regular, devendo ser encarada como o último recurso. Um artigo para a edição de abril do jornal da Farmácia Oliveira foi outra das formas encontradas para que a informação chegasse ao maior número de pessoas (Anexo XIV).
Além disso, e tendo em conta as normas gerais de intervenção farmacêutica, elaborei um fluxograma (Anexo XVII) para ser utilizado pelos colaboradores da farmácia, no sentido de os orientar aquando da dispensa da CE. Preparei também uma apresentação (Anexo XVIII) para a equipa da farmácia, onde procurei estabelecer orientações de indicação farmacêutica, de forma a uniformizar os procedimentos e a prestar o melhor aconselhamento possível.
2.5.
C
ONCLUSÃO DO TEMAO desenvolvimento desta temática permitiu concluir que a CE mais eficaz e mais dispensada nas farmácias consiste na administração de uma dose única de levonorgestrel. Apesar de ser a única forma de evitar uma gravidez após uma relação sexual não protegida, reduzindo muitas vezes o recurso ao aborto, a CE apresenta contra-indicações e efeitos adversos, muitas vezes desvalorizados por quem a procura.
No fundo, o que eu pretendi com o desenvolvimento deste trabalho foi incutir na população sobretudo mais jovem a necessidade de haver uma utilização correta e ponderada deste tipo de contraceção, alertando-a para os riscos associados ao seu uso abusivo. Como se trata de um produto não sujeito a receita médica, as utentes evitam ir ao médico e dirigem-se diretamente às farmácias, acabando muitas vezes por recorrer à CE sem existir o risco de gravidez, caso o aconselhamento farmacêutico não seja o mais indicado. Desta forma, penso que esta é uma área em que o farmacêutico tem um papel fulcral. Este deverá informar e aconselhar cada utente, sempre de forma clara, por forma a evitar uma má e abusiva utilização deste método contracetivo. As utentes deverão também ser esclarecidas relativamente à adopção de uma contraceção saudável e adequada às suas necessidades individuais.
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43
C
ONCLUSÃOApós a conclusão do meu estágio, posso afirmar que estes três meses foram bastante importantes para a consolidação dos conhecimentos adquiridos ao longo da minha formação académica e para a aquisição de novos saberes. No entanto, fica ainda a certeza de que há muito mais para aprender nesta área.
A oportunidade de experienciar o quotidiano de uma farmácia, em quase todas as vertentes, permitiu-me entender a complexidade desta profissão e do funcionamento de uma farmácia comunitária. Para além da aprendizagem contínua de novas competências técnicas e deontológicas relativas à dinâmica de uma farmácia comunitária, também desenvolvi bastante a minha capacidade de trabalho, responsabilidade e autonomia, fundamentais para o meu enriquecimento pessoal e profissional. Para isto, muito contribuiu a ajuda e apoio dados pela equipa em que estive integrada.
Os trabalhos desenvolvidos no âmbito do estágio foram também fundamentais para complementar a minha formação, permitindo-me perceber a importância da intervenção do farmacêutico comunitário na sociedade e o modo como este pode atuar junto da população.
Concluída esta etapa tão marcante para minha formação, fica a certeza da importância do papel do farmacêutico na sociedade e a consciência da relevância do exercício da atividade farmacêutica de uma forma digna e responsável.
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44
B
IBLIOGRAFIA1. Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos (1998).
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7. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto. Estatuto do Medicamento. Diário da República, 1ª Série, nº 167, 6297-6383.
8. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 25/2011, de 16 de junho. Obrigatoriedade da indicação do preço de venda ao público (PVP) na rotulagem dos medicamentos. Diário da República, 1ª Série, n.º 115, 3178.
9. Ministério da Saúde. Portaria n.º 193/2011, de 13 de maio. Procedimento de pagamento da comparticipação do Estado. Diário da República, 1ª Série, n.º 93, 2717-2722.
10. Ministério da Saúde. Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio. Regime jurídico a que obedecem as regras de prescrição electrónica de medicamentos. Diário da República, 1ª Série, n.º 96. 2792-2796.
11. Ministério da Saúde. Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio. Regime jurídico a que obedecem as regras de prescrição de medicamentos, os modelos de receita médica, as condições de dispensa de medicamentos e as obrigações de informação a prestar aos utentes. Diário da República, 1ª série, nº 92, 2478-(2) - 2478-(7).
12. Ministério da Justiça. Decreto Lei n.º 15/1993, de 22 de janeiro. Regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes e psicotrópicos. Diário da República, 1ª Série - A, n.º 18.
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2015
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15. Ministério da Saúde. Despacho n.º 17690/2007, de 23 de julho. Lista das situações de automedicação. Diário da República, 2ª Série, nº 154, 22849-22850.
16. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 95/2004, de 22 de abril. Prescrição e preparação de medicamentos manipulados. Diário da República, 1ª Série, nº. 95, 2439-2441.
17. Ministério da Saúde. Portaria n.º 594/2004, de 2 de junho. Boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar. Diário da República, 1ª série, n.º 594.
18. Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. Portaria n.º 769/2004, de 1 de julho. Cálculo do preço de venda ao público dos medicamentos manipulados. Diário da República.
19. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de setembro. Produtos cosméticos e de higiene corporal. Diário da República, 1ª Série, nº 185, 6826-6905. 20. Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de junho. Dispositivos
médicos. Diário da República, 1ª Série, n.º 115, 3707-3765.
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NEXOI
Cronograma das atividades desenvolvidas durante o estágio.MÊS /DIA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 janeiro 1 2 3 fevereiro 4 5 6 março 7 8 9 10 11 abril 12
1 - Formação “Como controlar a asma? “, Associação acional de Farmácias 2 - Formação Fluimucil ® e Spidifen ®
3 - Formação Bioativo ®, PharmaNord 4 - Formação Lierac ®
5 - Formação Bioactivo ®, PharmaNord 6 - Formação René Furterer ®
7 - Formação Uriage ® 8 - Formação A-derma ®
9 - Cross-selling em veterinária, Farmácia Oliveira 10 - Academia Lierac ® Rosto
11 - Formação Barral ® 12 - Formação Canavezes ® Fim de semana e feriado
Receção e armazenamento de encomendas Conferência de receitas
Gestão de Psicotrópicos e Benzodiazepinas Atendimento ao público
Determinação de parâmetros bioquímicos Elaboração de montras
Armazenamento de encomendas
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Lista de medicamentos manipulados realizados e indicações terapêuticas.MEDICAMENTO MANIPULADO INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Solução alcoólica a 70% com ácido bórico a 4%
Tratamento tópico de otites externas, otites médias crónicas e no ouvido já operado (actividade
bacteriostática e fungistática) Solução alcoólica a 60% com
ácido bórico à saturação Solução aquosa de ácido cítrico a
25% (m/v)
Ajuste do pH de preparações líquidas ou semi-sólidas, proporcionando uma maior estabilidade aos
medicamentos Solução oral de nitrofurantoína a
1%
Tratamento de infecções urinárias não complicadas e profilaxia de infeções recorrentes (uso pediátrico) Incorporação de metronidazol em
Toléderm ® creme Tratamento de vaginites Solução Hidroalcoólica de ácido
salicílico e resorcina Tratamento da acne
Pomada de enxofre a 6% Tratamento da acne, rosácea, sarna e dermatite seborréica
Solução Oral de Cloridrato de Propranolol a 0,1%
Controlo da hipertensão e de arritmias cardíacas, adjuvante no tratamento de taquicardias desencadeadas
pela tirotoxicose neonatal e profilaxia das enxaquecas
Solução alcoolica a 70% com mentol a 1%
Alívio sintomático de determinadas afecções respiratórias como laringite, bronquite e sinusite, tratamento de picadas de insectos, prurido anal, urticária
com origem em dermatites e eczemas Pomada de Proprionato de
testosterona a 2%
Tratamento da craurose vulvar, da balanite xerótica obliterante, do hipogonadismo e também da diminuição
da libido, em mulheres Suspensão oral de trimetoprim a
1% (m/v)
Tratamento de gastroenterites, infecções do trato respiratório e infecções urinárias (uso pediátrico e
geriátrico) Incorporação de Neribase
® creme em Advantan ® creme Tratamento de eczemas Pó composto:Talco + Ácido Bórico
+ Ácido Salicílico Hiperdrose
Pasta de ácido salicílico a 4,7% e
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Diaporama “ edicamentos Genéricos”.
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NEXOXVIII
Diaporama “Contraceção de emergência”.
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1
Paula Gabriela Campos Cardoso 2015
PRÁCTICAS TUTELADAS
EN OFICINA DE FARMACIA
Realizado en el marco del Mestrado Integrado emCiências Farmacêuticas
2 Prácticas, de 3 meses, en oficina de farmacia incluidas en el Mestrado Integrado em Ciências Farmacéuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Local: Farmacia Ldo. Alberto Javier Carrasco Martínez, Calle Santa Teresa, 3, 28004 Madrid.
Período en prácticas: 13 de maio a 10 de agosto de 2015.
Paula Gabriela Campos Cardoso
_________________________________________________
Alberto Javier Carrasco Martínez
Prácticas Tuteladas en Oficina de Farmacia 2015
i
DECLARACIÓN DE INTEGRIDAD
Yo, Paula Gabriela Campos Cardoso (200900030), alumna de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto declaro que he actuado con absoluta integridad en esta memoria.
En este sentido, se confirma que no incurro en plagio (el acto por el cual una persona, incluso por omisión, asume la autoría de una obra intelectual o partes de ellas). Más se establece que todas las frases tomadas de trabajos anteriores se hacen referencia o se escriben con nuevas palabras, y en este caso se coloca la cita bibliográfica de la fuente.
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ____ de septiembre de 2015
Prácticas Tuteladas en Oficina de Farmacia 2015 ii INDICE AGRADECIMIENTOS ... iv INDICE DE ABREVIATURAS ... v INDICE DE IMÁGENES ... vi INDICE DE TABLAS ... vi 1. INTRODUCCIÓN ... 1 2. ORGANIZACIÓN DEL ESPACIO FÍSICO Y FUNCIONAL DE LA FARMACIA ... 2 2.1. Localización ... 2 2.2. Aspecto exterior ... 2 2.3. Horario ... 2 2.4. Organización del espacio físico ... 3 2.4.1. Área de servicio público ... 3 2.4.2. Rebotica ... 4 2.4.3. Despacho ... 5 2.4.4. Almacén ... 5 2.4.5. Laboratorio ... 5 2.4.6. Baño ... 5 2.5. Recursos humanos ... 6 3. SISTEMA INFORMATICO ... 6 4. GESTIÓN DE STOCK, APROVISIONAMIENTO Y ALMACENAJE DE ESPECIALIDADES FARMACÉUTICAS ... 7 4.1. Gestión de stock ... 7 4.2. Pedidos y recepción ... 7 4.2.1. Pedidos ... 7 4.2.2. Recepción ... 8 4.3. Almacenamiento ... 9 4.3.1. Control de temperaturas ... 9 4.3.2. Custodia ... 10 4.3.3. Control de caducidades ... 10
Prácticas Tuteladas en Oficina de Farmacia 2015
iii 4.3.4. Devoluciones ... 10 5. SÍMBOLOS, SIGLAS Y LEYENDAS EN EL CARTONAJE DE LAS ESPECIALIDADES FARMACÉUTICAS ... 11 6. DEFINICIÓN, CLASIFICACION Y LEGISLACIÓN DE MEDICAMENTOS ... 12 7. DISPENSACIÓN ... 12 7.1. Dispensación de medicamentos sin receta médica... 13