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A referência encontrada do autor José Luís de Oliveira Cabaço, na disciplina FLA0395 – Antropologia da guerra, consiste em sua tese de doutoramento em Antropologia no programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Esse estudo foi orientado pelo professor doutor Kabengele Munanga, naturalizado brasileiro desde 1985, mas também africano, de origem congolesa, que teve sua trajetória na universidade de 1980 a 2012, atuando, sobretudo:

nas áreas de Antropologia da África e da População Afro-Brasileira, com enfoque nos seguintes temas: racismo, políticas e discursos antirracistas, negritude, identidade negra versus identidade nacional, multiculturalismo e educação das relações étnico-raciais [...] como Diretor do Museu de Arqueologia [...] e Diretor do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo. (MUNANGA, 2022, p. 1).

Segundo revelam seus agradecimentos, em Exame de Qualificação, o estudo foi avaliado pelo professor Carlos Serrano, anteriormente referido, e por Lourenço do Rosário, ocasião na qual esses estudiosos puderam sugerir aspectos que ampliaram as perspectivas de sua pesquisa.

A ideia do estudo, intitulado “Moçambique: identidades, colonialismo e libertação”, foi inicialmente concebida por ocasião da participação de Cabaço em um seminário de três meses na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em que, de acordo com ele, experienciou uma pesquisa em que se beneficiou “da viva interlocução motivada pela paixão pela África” entre ele e Marcelo Bittencourt (CABAÇO, 2007).

Em linhas gerais, a tese debruçou-se sobre os cem anos que antecederam a independência de Moçambique, que se deu em 1975, com o objetivo de refletir multidisciplinarmente sobre as políticas de identidade promovidas pela Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO – em oposição às do estado colonial português. Entre elas, o estudioso discute acerca do lusotropicalismo, já abordado na revisão bibliográfica da presente pesquisa, do lado português, em contraste “à política de identidade nacional proposta pela FRELIMO, foi privilegiada pela pesquisa e dialética que ela estabelece com as sociedades tradicionais” (CABAÇO, 2007, p. 12).

É importante mencionar, assim, que está alinhada à ementa e aos objetivos da disciplina na qual o estudo está presente, em que se afirma que pretende observar “o lugar dos conflitos

armados, da guerra e das violências física e simbólica na produção do saber antropológico, tendo como foco específico, mas não exclusivo, os trabalhos produzidos em diferentes países do continente africano.” (JÚPITER, 2022, p. 1). Além disso, em seus objetivos, está registrado que o que direciona o curso segue “as provocativas reflexões de Jacklyn Cock em The Place of Gender in a Demilitarisation Agenda, no sentido de questionar e refletir sobre o lugar do militarismo na produção e na solução não somente de conflitos, mas igualmente da violência e da desigualdade social e de gênero.” (JÚPITER, 2022, p. 1).

Tais transcrições transparecem uma característica comum a muitos nomes africanos conhecidos na esfera intelectual: o seu vínculo a conflitos armados vividos em seus próprios países, assim como podemos elencar o próprio Carlos Serrano, outrora referido, antes de iniciar sua vida acadêmica associada à Universidade de São Pulo. Essa constatação é, mais adiante, abordada em maior detalhe, na seção dedicada ao autor Lourenço do Rosário.

4.3 Lourenço do Rosário

Nascido em Sofala, Moçambique, Lourenço Joaquim da Costa Rosário é doutor em Literaturas Africanas, Reitor da Universidade Politécnica – A POLITÉCNICA, em Moçambique e Professor Titular da Universidade Eduardo Mondlane, entre outros cargos de liderança envolvendo o âmbito acadêmico (ROSÁRIO, 2010), sendo, pois, figura importante e respeitada na produção e promoção do conhecimento científico na área das Ciências Humanas e Sociais.

Embora não estivesse presente diretamente na bibliografia das disciplinas verificadas, , participou do Exame de Qualificação da tese de José Cabaço, como já mencionado, de modo a contribuir com o avanço de sua pesquisa (CABAÇO, 2007).

Entre as produções de sua autoria, o livro “Moçambique: história, culturas, sociedade e literatura”, publicado em 2010, reúne uma série de textos elaborados pelo autor em diferentes ocasiões e para diferentes propósitos, desde aqueles publicados em jornal até os que foram escritos para serem discursados em datas significativas perante público acadêmico.

Nele, entre diversas considerações importantes acerca da área da Literatura oral e escrita em Moçambique, bem como aspectos sobre a Língua Portuguesa, o autor volta-se à história e a aspectos sociais do país, desenvolvendo reflexões teóricas que podem ser utilizadas para discutirmos os resultados do presente estudo.

Primeiramente, pode-se mencionar o que estudioso acredita estar na essência da falta de conhecimento, até mesmo dentro do seu próprio país, sobre estudiosos africanos. Tratar-se-ia

de um olhar dos próprios conterrâneos voltado para fora de seu país, somado ao fato de que aqueles poucos que poderiam ser considerados importantes estão majoritariamente vinculados à esfera política, não somente à produção de conhecimento acadêmico (ROSÁRIO, 2010).

Em reflexão epistemológica que tece sobre o fenômeno da Globalização, afirma:

O grande defeito que detecto nas nossas reflexões sobre esta situação em que nos encontramos, é que não conseguimos libertar-nos da linha de pensamento dos grandes filósofos e outros teóricos da economia, da política e das demais Ciências Sociais e Humanas que no século XIX e até antes dirimiram as suas ideias sobre uma situação muito concreta, que já não é a nossa, Marx, Max Weber, Adam Smith, Leão XII e os demais enciclopedistas que inspiraram grande avanço no saber e no pensamento dos três séculos agitados no Ocidente. (ROSÁRIO, 2010, p. 60-61).

Para completar, conclui que

a política e o discurso político se sobrepuseram à reflexão cultural à volta desse debate [colocar a África no concerto das nações respeitadas no mundo]. Assim, encontraremos nomes como Kwame N’krumah, Abdul Nasser, Julius Nyerere, Sekou Touré, Leopold Senghor, como os nomes mais citados na história de África, sendo todos eles políticos. (ROSÁRIO, 2010, p. 80).

E finaliza essa consideração desafiando sua plateia a procurar um antropólogo, sociólogo ou historiador que tenha encontrado eco para suas ideias de modo a atingir tanta dimensão, difusão e impacto quanto os mencionados políticos (ROSÁRIO, 2010).

Nesse sentido, é possível compreender a ausência de um olhar voltado a essa produção de conhecimento nos planos de ensino das disciplinas analisadas neste estudo. Tal falta, entretanto, não é interessante, pois não aproxima estudantes de nomes como esses que, embora ligados à luta pela libertação nacional de suas terras natais, têm convicções advindas de suas vivências nesses países e análises da realidade local capazes de trazer muitos pontos de articulação com a realidade brasileira – alguns já mencionados na revisão bibliográfica desta pesquisa, como Mário Pinto de Andrade e Amílcar Cabral – ou mesmo impossibilita a descoberta de outros estudiosos que, potencialmente, têm análises ricas e, inclusive, menos subjetivas sobre a questão que envolve as relações étnico-raciais.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo revelou que, em duas das principais universidades públicas do estado de São Paulo, há inexpressiva contribuição de referenciais africanos lusófonos na produção de conhecimento na área das Ciências Sociais, assim como de produções com outra autoria africana, não proveniente dos Palop.

Na Universidade de São Paulo, foram encontradas apenas seis referências de autores africanos lusófonos em somente dois planos de ensino das disciplinas verificadas, sendo cinco de Carlos Henrique Serrano e uma de José Cabaço, ao passo que, na UNESP, câmpus de Araraquara, nenhuma constava nos planos.

Ainda que de maneira pouco aprofundada, as discussões do resultado desta pesquisa documental trouxeram algumas reflexões teóricas desses autores e de Lourenço do Rosário e temas de estudo como maneira de traçar um panorama geral das contribuições que podem trazer quando abordadas.

Quanto às referências atribuídas a Carlos Serrano, verificou-se a centralidade na temática de África, entretanto em disciplina por muitos anos pelo autor mesmo ministrada, o que revela maior restrição de sua abrangência, mesmo na universidade em que esteve assentado durante grande parte da carreira.

Com relação a José Cabaço e sua Tese de Doutorado, foi observado que se concentrava nos cem anos que antecederam a independência de Moçambique e estava presente em disciplina que visava ao estudo do saber antropológico produzido em – portanto potencialmente influenciado por – cenários de violência armada, física ou mesmo simbólica e a possibilidade de seu envolvimento na promoção de desigualdades sociais.

Por fim, o autor Lourenço do Rosário foi mencionado para auxiliar na compreensão dessa escassez bibliográfica, bem como para justificar a associação frequente desses conhecimentos com o cenário político em conflito armado por parte de seus autores.

Logo, guardadas as devidas limitações do objeto de estudo, que, bem se sabe, podem não refletir de maneira extremamente fiel e precisa a realidade da sala de aula universitária, foi demonstrado que se perdem contribuições africanas lusófonas importantes para discutir as relações étnico-raciais no âmbito universitário não só brasileiro, mas também nos próprio Palop.

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA A ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

1. Em qual instituição de ensino superior você cursa a graduação em Ciências Sociais?

a) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

b) Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) c) Universidade de São Paulo (USP)

2. Você teve contato com produções na área de Ciências Sociais de autores africanos lusófonos nas disciplinas obrigatórias do seu curso de graduação?

a) Sim b) Não

3. Você teve contato com produções na área de Ciências Sociais de autores africanos lusófonos nas disciplinas eletivas (optativas) do seu curso de graduação?

a) Sim b) Não

4. Você considera importante estudar a sociologia africana lusófona para auxiliar a compreensão das relações étnico-raciais brasileiras?

a) Sim b) Não

5. Você buscou conhecimento sobre a sociologia africana lusófona fora de seu curso de graduação?

a) Sim b) Não

6. Você gostaria de ter mais contato com o estudo da sociologia africana lusófona no curso de graduação?

a) Sim b) Não

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO ELABORADO NO APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE PESQUISAS GOOGLE FORMS

ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado (a) Senhor (a),

Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar de um estudo intitulado “Sociologia lusófona-africana e o estudo das relações étnico-raciais no Brasil”, que será desenvolvido pela pesquisadora Clara Fassoni Bonachela, estudante do Curso de Letras – Português e Inglês, sob orientação do Prof. Dr. Bruno Vicente Lippe Pasquarelli, docente do Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Sagrado Coração.

Neste estudo, nosso objetivo é identificar a contribuição do pensamento sociológico africano lusófono na construção de conhecimento das relações étnico-raciais brasileiras.

Para isso, solicitamos sua participação por meio de resposta a um questionário virtual com 6 questões fechadas a respeito da universidade em que cursa graduação e seu contato e opiniões sobre a temática investigada.

As informações serão mantidas em sigilo, garantindo que não ocorrerá a identificação de seu nome ou e-mail. Essas informações serão utilizadas apenas para compor os resultados deste estudo, sendo apresentadas em eventos da área científica e publicá-los em revista científica ou outro meio de divulgação científica. Suas respostas estarão sob cuidado e acesso exclusivo dos pesquisadores responsáveis pela pesquisa.

Para participar deste estudo o (a) Sr. (a) não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira, mas será garantido, se necessário, o ressarcimento de suas despesas, e de seu acompanhante, como transporte e alimentação.

Quanto aos riscos envolvidos, pode ocorrer constrangimento de abordagem e de participação em resposta ao questionário, embora este seja composto por poucas perguntas e as respostas preservadas em anonimato. Caso haja danos decorrentes dos riscos previstos, o pesquisador assumirá a responsabilidade pelos mesmos.

Espera-se que este estudo contribua positivamente com a sociedade, à medida que preza pela superação da produção de conhecimento científico exclusivamente eurocêntrica, a qual ignora o valor que pode ser agregado à compreensão da diversidade étnico-racial no Brasil e à busca por relações sociais não hierarquizadas por esse aspecto pela inclusão de referenciais teóricos africanos dentro do conhecimento sociológico.

Destacamos que sua participação é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador(a).

Da mesma forma, caso decida não participar do estudo, ou tomar a decisão, em qualquer momento, de desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano, penalidade ou constrangimento, e,

também não haverá qualquer modificação na assistência que vem recebendo no CRAS e em outras instituições.

Os pesquisadores estarão sempre à sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em qualquer etapa da pesquisa e, para tal, no final deste documento se encontram seus nomes e forma de contato.

Participante

Eu, ____________________________________________, portador (a) do documento de Identidade ____________________ fui informado (a) dos objetivos deste estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão de participar se assim o desejar.

Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada à oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

Bauru, _________ de __________________________ de ___________

___________________________________________________________________

Assinatura

Pesquisador principal:

Nome: Bruno Vicente Lippe Pasquarelli

E-mail: bruno.pasquarelli@unisagrado.edu.br | Telefone: (14) 99772-0444

___________________________________________________________________

Assinatura do pesquisador Data:

Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar: CEP UNISAGRADO – Comitê de Ética em Pesquisa do UNISAGRADO

Centro Universitário Sagrado Coração Rua Irmã Arminda 10-60, Bauru - SP

Fone: (14) 2107-7340 / horário de funcionamento: 2a. a 6a. feira das 8:00 às 17:00 E-mail:

cep@unisagrado.edu.br

ANEXO B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

CENTRO UNIVERSITÁRIO SAGRADO CORAÇÃO

-UNISAGRADO

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador:

Título da Pesquisa:

Instituição Proponente:

Versão:

CAAE:

SOCIOLOGIA LUSÓFONA-AFRICANA E O ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL

BRUNO VICENTE LIPPE PASQUARELLI

Universidade do Sagrado Coração - Bauru - SP 1

44776221.4.0000.5502 Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer:4.621.836 DADOS DO PARECER

Proposta de IC a ser desenvolvida por uma estudante do Curso de Letras – Português e Inglês por meio da análise dos planos de disciplinas obrigatórias e eletivas dos cursos de Ciências Sociais das três principais universidades públicas do estado de São Paulo –UNICAMP, UNESP e USP, bem como pela aplicação de um questionário por meio do Google Forms, contendo 6 perguntas fechadas, com alternativas sim e não, a 30 estudantes do último período desses cursos de graduação, 10 de cada instituição.

Apresentação do Projeto:

“Investigar a contribuição do pensamento sociológico africano lusófono na construção de conhecimento das relações étnico-raciais brasileiras em cursos de Ciências Sociais das principais universidades públicas do estado de São Paulo - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) e Universidade de São Paulo (USP);

- Identificar as disciplinas obrigatórias e/ou eletivas dos cursos de Ciências Sociais das IESs selecionadas que contemplam o conhecimento sociológico africano lusófono a respeito das relações étnico-raciais em sua bibliografia;

- Estimar a quantidade de estudantes do último período de Ciências Sociais das IESs selecionadas que tiveram algum contato com esse referencial dentro do curso de graduação;

- Colaborar com o desenvolvimento da necessidade de discussão da sociologia africana no Brasil, Objetivo da Pesquisa:

Financiamento Próprio Patrocinador Principal:

17.011-160

(14)2107-7260 E-mail: cep@unisagrado.edu.br

Endereço:

Bairro: CEP:

Telefone:

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pos-Graduação Rua Irmã Arminda Nº 10-50

UF:SP Município: BAURU

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