• Nenhum resultado encontrado

O onde introduz comentário ou argumento?

Capítulo 3. A organização relacional

3.2. Análise do corpus sob a perspectiva da organização relacional

3.2.2. Análise da organização relacional dos textos

3.2.2.2. O onde introduz comentário ou argumento?

Em algumas de suas ocorrências, a interpretação do funcionamento do onde se mostra dúbia, na medida em que é possível interpretar tanto que esse item tem a função de marcar uma relação genérica de comentário, quanto que a sua função é ligar constituintes que se unem por uma relação genérica de argumento. Apresento nesta seção a descrição desses casos, a fim de investigar o seu papel para a compreensão dos segmentos em que se encontra.

As- (38) Não é preciso “ensinar” gramática Ip c-arg

(então) Ap – Deve-se dar ao aluno de 1o e 2o grau a oportunidade de crescer... Ip

(mas) Ap- (40) através da prática constante em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante

Is

com As- (41) onde tenham oportunidade de manifestação individual espontânea

Is c-arg

com Ap – (42) sem ser reprimido nem humilhado ... Figura 24: texto 3

Nessa ocorrência, o emprego do onde pode ser interpretado como o de um relativo, que introduz um constituinte subordinado ligado ao precedente de estatuto de principal numa relação de comentário. Ele possui um valor anafórico e a instrução que oferece ao leitor é a de retomar uma informação, apresentada no ato anterior – Ap (40)-, que seria aulas, termo que carrega a idéia de lugar físico, visto que designa sala ou classe, ou de lugar nocional, visto que também designa lição ou exposição.

A estrutura hierárquico-relacional tal como apresentada na figura 24, proposta em função dessa interpretação de seu emprego, revela que o alcance do onde se reduz ao ato precedente, em que se encontra o seu antecedente, aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante, nas quais os alunos terão a oportunidade de se manifestar espontaneamente, sem preocupação com as correções de seus “erros”.

enunciado é a escolha pelo aluno/autor do uso dos verbos em (4) e (5) no subjuntivo, por meio do qual se pode expressar incerteza ou suposição quanto ao que se enuncia.

Mas uma interpretação diferente para o alcance do onde bem como para a relação existente entre os constituintes por ele ligados nesse mesmo segmento, e dessa forma para o seu emprego, conduz à proposição de uma outra organização relacional a essa seqüência115:

As- (38) Não é preciso “ensinar” gramática Ip c-arg

(então) As – Deve-se dar ao aluno de 1o e 2o grau a oportunidade de crescer... Ip

(mas) As- (40) através da prática constante em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante

Is arg

com As- (41) tenham oportunidade de manifestação individual espontânea

Ip c-arg

onde Ap – (42) sem ser reprimido nem humilhado ...

Figura 25: texto 3

Como evidenciado nessa configuração, o onde introduz uma intervenção principal, a qual se liga ao ato precedente por uma relação genérica de argumento. Nesse esquema, ele aparece destacado por ser interpretado como um conector que tem por função marcar uma relação que porta sobre uma intervenção e não apenas sobre o ato precedente. Seu emprego pode ser concebido então como o de um conector argumentativo que contém uma instrução como a de retomar uma informação X anterior que pode ser um motivo (ou um argumento) para a obtenção de um resultado. Assim a interpretação dessa seqüência pode ser a de um enunciado formado por proposições que se ligam por uma relação argumentativa do tipo P de modo que Q: Deve-se dar ao aluno de 1o e 2o grau a oportunidade de crescer linguisticamente, através da prática constante em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante, de modo

que tenham oportunidade de manifestação individual espontânea sem ser reprimido

nem humilhado por constantes correções de seus erros. Os constituintes conectados

115 O que me motiva a dar prosseguimento ao processo interpretativo, investigando a possibilidade de

haver uma outra relação entre os constituintes conectados pelo onde é o fato de o aluno/autor ter usado um ato diretivo (39) seguido de atos em que as formas verbais estão no subjuntivo (sejam,tenham), indicando a meu ver uma justificação para esse ato revestido de certa autoridade.

pelo onde se ligam por uma relação argumentativa, resultante da interpretação do enunciado, do tipo final ou consecutiva116.

A interpretação de que o onde possa ter um emprego argumentativo na seqüência em pauta conduz à descrição do percurso inferencial ligado à sua presença. Como observa Luscher (1989), há duas formas de conceber a argumentação em termos de instruções para a inferência. Para tratar um enunciado interpretável como uma conclusão r, o interlocutor pode fazer hipóteses antecipatórias sobre as razões que tem o locutor de pensar sobre a conclusão r, e um argumento P ou Q pode vir em seguida confirmar suas hipóteses. O interlocutor pode também, num segundo procedimento, produzir implicações contextuais para interpretar um argumento P, sendo que uma dessas implicações pode ter a mesma forma da conclusão r visada pelo argumento P. No primeiro procedimento, tem-se que a presença de um conector discursivo indica ao interlocutor que o locutor não considera seu enunciado completo ou pertinente, visto que os atos discursivos não têm garantia de pertinência se tomados independentemente e o conector é que vai completá-los, contribuindo para reforçar as hipóteses antecipatórias. Já no segundo procedimento, a presença do conector reforça uma suposição contextual mutuamente manifesta.

O emprego do onde, então, deve ser investigado para que se examine se ele oferece instruções que favoreçam esses procedimentos.

Premissa 1 informação lingüística enriquecida

O autor afirma ao leitor que o professor deve dar ao aluno de 1o e 2o grau a

oportunidade de desenvolver seus estudos lingüísticos através da prática constante em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante.

Premissa 2 informação lingüística enriquecida

O autor afirma ao leitor que o aluno deve ter a oportunidade de manifestação individual espontânea sem repressões e humilhações com constantes correções de seus “erros” em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante.

116 Existe uma aproximação entre esses dois tipos de relação – final e consecutiva – quando se apresenta

uma conseqüência que se associa a uma finalidade. Bechara (1978) cita que dessa associação resultam cruzamentos consecutivos-finais na construção da frase, responsáveis pelo aparecimento de locuções como de modo a, de maneira a, cujo emprego não é bem visto pelos gramáticos.

Premissa 3 informação lexical (instruções do onde)

Se se utiliza onde é para: 1. retomar uma informação dada pelo constituinte anterior ou presente na memória discursiva e estabelecer com ela um elo de correferência, fundado numa noção de localização; 2.retomar uma informação que pode ser um motivo ou um argumento de uma conclusão r.

Premissa 4 informação

referencial (chamada pelo onde)

Deve-se dar ao aluno a oportunidade de desenvolver seus estudos lingüísticos através da prática, em aulas que sejam um prazer e uma descoberta a cada instante, de

modo que/para que ele tenha a

oportunidade de manifestação individual espontânea sem repressões ou humilhações com constantes correções de seus “erros”. Conclusão interpretação O autor afirma ao leitor que o professor

deve dar ao aluno a oportunidade de desenvolver seus conhecimentos lingüísticos pela prática constante em aulas prazerosas

de modo que nessas aulas o aluno possa se

manifestar espontaneamente sem ser reprimido nem humilhado com constantes correções de seus “erros”.

O emprego do onde se faz necessário nessa seqüência visto que sua presença torna o enunciado completo. Os constituintes por ele ligados tomados independentemente não oferecem garantia de pertinência, mas ligados segundo as instruções de base atadas a ele de “retomar uma informação anterior e estabelecer com ela um elo de correferência”, se tornam capazes de veicular uma garantia de pertinência. E a sua presença ainda permite ao leitor reforçar uma suposição contextual obtida a partir da premissa referencial de que se deve oportunizar o aluno a desenvolver seus estudos lingüísticos em aulas prazerosas e interessantes, para que ele possa se manifestar sem repressões ou humilhações com constantes correções de seus “erros”.

A interpretação a que se chega com a combinação das informações lingüísticas e referenciais e das instruções oferecidas pelo onde, tanto as de base quanto de segundo nível, é a de que através dele se estabelece entre os constituintes e a informação da memória discursiva um elo de correferencialidade ao mesmo tempo em que um elo de finalidade (ou conseqüência).

No exemplo que abordo a seguir, também me deparo com a possibilidade de interpretar a relação discursiva entre os constituintes ligados pelo onde tanto como de comentário quanto como de argumento.

As – (32) Se partirmos desse pressuposto arg

Is Ap – (33) arg As – (34) Is

Ap- (35) O tempo poderia ser melhor aproveitado na análise de textos, por exemplo,

Ip

(então) As-(36) onde o aluno seria levado a descobrir nas frases que o compõe as regras implícitas

com/arg

Is Ap- (37) Ou seja em vez de fazer o aluno decorar regras

arg Ip

Is As-(38) que ele nunca consegue fixar corretamente c-arg com

Is Is – (39) para aplicar na confecção de frases

Ip arg arg

ref Ap- (40) faríamos com que ele passasse a memorizar tais regras... As- (41) Desta forma, quando chegasse o momento de analisar frases... Ip arg

Ap – (42) ele teria maior facilidade compreendê-las. Figura 26: texto 4

A organização relacional dessa intervenção é principalmente marcada pelo conector reformulativo “ou seja”. A Is-(32)-(36) será reformulada na Ip formada por (37)-(42). O marcador “ou seja” indica, por seu semantismo, uma relação de equivalência que se quer estabelecer entre as duas formulações. Tem-se também nessa intervenção a presença do conector “se”, que marca um argumento potencial117, e da expressão “em vez de”, que explicita uma relação contra-argumentativa118, da expressão “desta forma”, que a meu ver marca uma conclusão apresentada na Ip-(41)-(42), e também do conector “quando”, que indica um argumento potencial119.

117 “Se” é tratado como um marcador de argumento potencial, visto que sinaliza a possibilidade de

realização do argumento.

118 A expressão “em vez de” denota contraste e até oposição entre as proposições.

119 “Quando” nessa ocorrência marca, assim como “se”, um argumento potencial. O modo subjuntivo do

Quanto à análise da atuação do onde, pode-se dizer, inicialmente, que ele funciona como um relativo que se refere à expressão antecedente na análise de textos. Como um relativo, ele se associa semanticamente a seu antecedente, mas nessa ocorrência não pode ser simplesmente por ele substituído, visto que a estrutura resultante com a sua substituição não parece gramaticalmente bem formada: *na análise de textos o aluno seria levado a descobrir nas frases que os compõem as regras implícitas. O onde se refere ao antecedente, mas não o retoma como faz uma forma ligada. Ele pressupõe a presença na memória discursiva desse referente e estabelece uma relação de comentário entre o constituinte por ele iniciado e a informação da memória discursiva.

Além dessa atuação com função referencial, o uso do onde poderia ser interpretado ainda como o de um elemento que introduz uma justificação que visa a sustentar um argumento anteriormente apresentado. Ao discutir os aspectos que deveriam ser observados pelos responsáveis pelo ensino da gramática, o autor do texto argumenta que muito tempo se perde nas aulas de gramática ao se ensinar regras que todos já conhecem, uma vez que todos têm um conhecimento implícito dessas regras. Assim, completando o seu raciocínio, o autor vai lançar a idéia ou o argumento de que o tempo poderia ser melhor aproveitado na análise de textos e vai justificar essa idéia dizendo que faz essa suposição porque acredita que o aluno seria levado a descobrir, nas frases que compõem os textos, as regras da língua, cuja memorização é sentida pelo autor como indispensável no ensino da gramática.

Segundo essa interpretação, o onde se encadeia na enunciação de (35), justificando a suposição expressa nesse ato120: (Suponho que) O tempo poderia ser “melhor” aproveitado na análise de textos, por exemplo, visto que o aluno seria levado a descobrir nas frases que “o compõe” as regras implícitas.

Considerar o seu emprego como de conector numa relação argumentativa não implica, a meu ver, negar o seu valor anafórico. Assim, diria que o onde faz referência a análise de textos como sendo o “lugar” em que o aluno descobriria as tais regras, além de conectar constituintes que se ligam por uma relação genérica de argumento (numa relação de justificação). O enunciado produzido pelo autor poderia ser assim parafraseado: Suponho que o tempo poderia ser mais bem aproveitado na análise de

textos, visto que, com a análise de textos/ao analisar textos, o aluno seria levado a descobrir as regras implícitas nas frases que os compõem.

O exame do percurso inferencial ligado ao emprego do onde nessa seqüência surge então como um instrumento que possibilita a explicitação do cálculo do qual resulta a determinação de sua função nesse caso.

Premissa 1 informação lingüística enriquecida

O autor diz ao leitor que supõe que o tempo dedicado ao ensino de língua poderia ser mais bem aproveitado, por exemplo, com a análise de textos, do que com o ensino de regras que o aluno já conhece.

Premissa 2 informação lingüística enriquecida

O autor diz ao leitor que supõe que o aluno seria levado a descobrir (tomar consciência das) as regras implícitas nas frases que compõem os textos.

Premissa 3 informação lexical

(instrução do onde) Se se utiliza onde é para retomar uma informação dada pelo constituinte anterior ou presente na memória discursiva e estabelecer com ela um elo de correferência, fundado numa noção de localização.

Premissa 4 informação referencial

Se se quer que o ensino de língua signifique “aprendizado de normas” e “não imposição das regras”, deve-se aproveitar o tempo dedicado ao ensino com outras atividades, como, por exemplo, a análise de textos e não com o ensino/imposição de regras.

Premissa 5 informação referencial

A análise de textos seria o “lugar” ou “o

meio” mais apropriado para o aluno

descobrir (tomar consciência das) as regras implícitas nas frases que compõem os textos.

Conclusão interpretação O autor diz ao leitor que o tempo poderia ser mais bem aproveitado na análise de textos,

visto que, com a análise de textos, o aluno

seria levado a descobrir as regras implícitas nas frases que os compõem.

A informação mais acessível na memória discursiva é na análise de texto, a qual é retomada pelo onde. O emprego do onde como relativo é extraído da aplicação das suas instruções de base. Mas o fato de o autor ter julgado o aproveitamento do tempo

com essa atividade como sendo melhor, em relação ao aproveitamento do tempo nas aulas de gramática normativa, conduz à aplicação de suas instruções de segundo nível. Com isso se chega à interpretação de que o autor considera a análise de textos como a atividade que implica melhor aproveitamento do tempo dedicado ao ensino de português e de que o onde funcionaria ainda numa relação argumentativa.

Na ocorrência discutida abaixo, conforme mostro na configuração apresentada na Figura 27, o onde introduz um As. Num primeiro momento, com a aplicação de suas instruções de base, ele pode ser apontado como marcador de uma relação de comentário. Num segundo momento, entretanto, aplicando-se ainda instruções de segundo nível, ele pode ser interpretado como um elemento que atua numa relação de argumento entre (58) e uma informação da memória discursiva que tem sua fonte em constituinte anterior.

Ap – Percebe-se, portanto, que a gramática da língua portuguesa, como muita coisa no Brasil, é utilizada de forma incorreta

Ip Ap- (54) Parte-se do mais difícil

Is

arg As- (55) para se chegar ao mais fácil arg

Ip Ap-(56) Isto me faz recordar uma indagação do explorador britânico Richard Burton

Ip A- (57) quando aqui esteve em 1867

Is As-

arg com A- (58) fazendo uma expedição pelo rio São Francisco As- (59) onde ele dizia não compreender por que no Brasil ...

Is com/arg

arg Ap- (60) Assim, para se conquistar o interior do país

Ip Ap- (61) construíam-se estradas carroçáveis e estradas de ferro

Is Is

com arg As- (62) ao invés de se usar o potencial da navegação dos grandes rios c-arg

Ap- (63) Hoje percebemos o quanto ele estava certo Figura 27: texto 4

Toda essa grande Is-(56)-(63) apresenta um comentário à asserção contida na Ip precedente em que o autor afirma que no Brasil muita coisa é utilizada de forma incorreta, pois se parte do mais difícil para se chegar ao mais fácil. O onde aparece introduzindo um ato que pode ser interpretado como uma observação acerca da indagação do explorador britânico. Nesse caso, ele tem o emprego de um relativo equivalente a “em que”: Em(numa) sua indagação Richard Burton dizia não compreender por que no Brasil costumava-se usar os recursos naturais na ordem inversa da dificuldade em obtê-los121. É interessante observar que há outros termos presentes no cotexto anterior os quais, por seu semantismo locativo, poderiam ser pensados como possíveis antecedentes do onde, como aqui, expedição e rio São Francisco, e também que a sua presença – eles se encontram inclusive mais próximos do onde do que o sintagma que contém indagação- pode ter influenciado o autor para a escolha do uso do onde nessa construção e não da forma relativa “na qual”, que inclusive precisaria essa retomada anafórica.

Mas ocorre-me ainda que o onde introduz um ato através do qual se apresenta não apenas um comentário, mas uma justificação ao fato de o enunciador ter se recordado da indagação feita por Richard Burton, para argumentar em favor da idéia de que no Brasil parte-se do mais difícil para se chegar ao mais fácil. O enunciador se recorda de uma indagação de Richard Burton, pois este se perguntava sobre a escolha do Brasil, na conquista do interior do país, pela construção de estradas quando poderia usar o potencial de navegação dos grandes rios que possuía. O funcionamento do onde pode ser visto, então, como o de um conector que retoma uma informação dada anteriormente e introduz uma justificação à enunciação de (56) a (58). Neste caso, é possível interpretar que existe ainda entre os constituintes por ele conectados uma relação argumentativa genérica, cujo alcance poderá ser determinado no cálculo inferencial.

A descrição do percurso inferencial que evidencia o caminho o qual conduz à interpretação de uma relação argumentativa genérica entre o constituinte introduzido pelo onde e uma informação acessível em constituinte anterior é a seguinte:

121 É interessante observar que a substituição de onde por “uma indagação” é possível, mas que esse

termo não se caracteriza como um locativo que situa o sujeito Richard Burton. A idéia que se quer transmitir seria mais a de que por meio de uma indagação Richard Burton expôs sua questão sobre o uso dos recursos naturais no Brasil.

Premissa 1 informação lingüística enriquecida

O autor diz ao leitor que a idéia de que no Brasil parte-se do mais difícil para se chegar ao mais fácil o faz recordar de uma indagação que o explorador britânico RB fez quando esteve no Brasil em 1867. Premissa 2 informação lingüística

enriquecida

O autor diz ao leitor que numa indagação RB dizia que não compreendia por que no Brasil costumava-se usar os recursos naturais na ordem inversa da dificuldade em obter esses recursos.

Premissa 3 informação lexical (instrução do onde)

Se se utiliza onde é para retomar uma informação dada pelo constituinte anterior ou presente na memória discursiva e estabelecer com ela um elo de correferência, fundado numa noção de localização.

Premissa 4 informação referencial

Numa indagação se pode dizer alguma coisa.

Premissa 5 informação referencial

Se alguém se recorda de uma indagação, é porque essa indagação serve para justificar uma colocação já feita em segmentos anteriores.

Conclusão interpretação O autor diz ao leitor que se recorda da indagação de RB porque nessa indagação ele disse que não compreendia por que no Brasil costumava-se usar os recursos naturais na ordem inversa da dificuldade em obter esses recursos.

A interpretação a que se chega a partir das instruções do onde e das informações